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Síntese aula 09

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Tópicos Avançados em Contabilidade – Aula 09 – Balanço Social, DVA e Relatório de Sustentabilidade.
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer o Balanço Social no Brasil;
2- Identificar a responsabilidade social e pública das organizações;
3- Reconhecer o Relatório de Sustentabilidade;
4- Avaliar a Demonstração do Valor Adicionado – DVA;
5- Estabelecer a elaboração e a divulgação da DVA.
O Balanço Social é um relatório que busca apresentar as ações da empresa em relação à comunidade, ao meio ambiente e aos funcionários, não é uma demonstração contábil, no sentido mais estrito do termo, tampouco é exigido pelas normas contábeis brasileiras. 
Acima de tudo, representa um veículo através do qual as empresas podem dar transparência às suas ações relacionadas à responsabilidade social e, assim, ampliar o dialogo com a sociedade. 
As organizações, ao longo do tempo, viram crescer a demanda por informações acerca de suas ações voltadas para a comunidade, meio ambiente e funcionários, por parte da sociedade como um todo.
O conceito de responsabilidade social e a necessidade de sua divulgação tornaram-se mais fortes a partir da década de 1950, quando foram publicados, nos EUA, artigos relacionados. 
A ideia de responsabilidade social das empresas popularizou-se, nos anos 1970, na Europa. E foi a partir desta ideia que, em 1971, a companhia alemã STEAG produziu uma espécie de relatório social, um balanço de suas atividades sociais. Porém, o que pode ser classificado como um marco na história dos balanços sociais, propriamente dito, aconteceu na França em 1972: foi o ano em que a empresa SINGER fez o, assim chamado, primeiro Balanço Social da história das empresas.
No Brasil, conforme informações do Ibase, algumas empresas, na década de 1980, inovaram com a divulgação de informações sociais:
Os primeiros balanços sociais de empresas foram divulgados no Brasil na década de 1980. Nos primeiros anos da iniciativa, o projeto conseguiu apoios importantes. Realizaram balanços sociais anuais a Inepar, a Usiminas, a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Light. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendou a realização do balanço e o modelo do Ibase a todas as empresas do setor.
Ainda hoje algumas empresas como, por exemplo, a Petrobras utiliza o modelo do IBASE para a apresentação do balanço social, dentro de um demonstrativo mais amplo denominado de relatório de sustentabilidade. Os principais  elementos apresentados no modelo do Ibase para o balanço social são: 
a) os indicadores sociais internos e externos;
b) os indicadores ambientais;
c) os indicadores do corpo funcional; e
d) as informações relevantes quanto a cidadania empresarial.
Indicadores Sociais internos e externos
Nesse grupo, encontramos informações acerca das ações da empresa voltadas para o bem-estar do corpo funcional, apresentada como indicadores sociais internos, que contemplam elementos tais como:
• previdência privada, saúde;
• segurança e saúde no trabalho;
• capacitação e desenvolvimento profissional; 
• creche;
• participação nos lucros; 
• entre outros.
• geração de renda e oportunidades de trabalho; 
• educação para a qualificação profissional;
• garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes; 
• cultura;
• esportes; 
• entre outros.
Indicadores ambientais
Esses indicadores ressaltam as ações da empresa em prol do meio ambiente, seja na recuperação de áreas degradadas ou na sua prevenção.
Os tópicos relacionados referem-se aos investimentos relacionados com a produção/operação da empresa e aos investimentos em programas e/ou projetos externos.
Indicadores do Corpo Funcional
Os indicadores do Corpo Funcional buscam apresentar informações acerca da composição dos empregados em quantidade e a sua diversificação em termos de gênero, faixa etária e raça. Os principais elementos referem-se a:
• nº de empregados ao final do período, 
• nº de empregados terceirizados,  
• nº de estagiários, 
• nº de empregados acima de 45 anos, 
• nº de mulheres que trabalham na empresa, 
• nº de negros que trabalham na empresa, 
• nº de portadores de deficiência ou necessidades especiais.
Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial
Este grupo contempla uma diversidade de itens, tais como:
relação entre a maior e a menor remuneração na empresa, 
número total de acidentes de trabalho, 
número total de reclamações e críticas de consumidores, 
distribuição do valor adicionado (dva).
Clique aqui para baixar em PDF o balanço social elaborado pela Petrobras para o exercício findo em 31.12.2010.
Relatório de Sustentabilidade
A Global Reporting Iniciative (GRI) define um relatório de sustentabilidade como: 
“... um relatório que divulga o desempenho econômico, ambiental, social e de governança da organização relatora.”
(Fonte: https://www.globalreporting.org/languages/Portuguesebrazil/Pages/Elabora%C3%A7%C3%A3o-de-relat%C3%B3rios-de-sustentabilidade.aspx )
A GRI foi criada com o objetivo de elevar as práticas de relatórios de sustentabilidade a um nível de qualidade equivalente ao dos relatórios financeiros. O conjunto de diretrizes e indicadores da GRI proporciona comparabilidade, credibilidade, periodicidade e legitimidade da informação na comunicação do desempenho social, ambiental e econômico das organizações.
Com base nas premissas adotadas pela GRI a divulgação deste relatório visa tornar as operações da relatora mais sustentáveis estabelecendo processos que mensuram a sustentabilidade e os desempenhos dos diversos atores institucionais em suas relações com o ambiente, bem como o estabelecimento de objetivos e o monitoramento das mudanças operacionais necessárias ao cumprimento destes objetivos.
Desta forma, o relatório de sustentabilidade compreende uma das plataformas para o acompanhamento dos impactos positivos e negativos sobre a sustentabilidade do empreendimento e a obtenção de informações que possam influenciar os objetivos, a política, a estratégia e as operações da organização de forma contínua e criteriosa.
quem assinou fez a revisão do relatório; A Global Reporting Iniciative (GRI) define uma série de aspectos a serem considerados pelas organizações para tal iniciativa:
• Aumentar a compreensão sobre os riscos e as oportunidades que elas enfrentam;
• Melhorar a reputação e a fidelidade à marca;
• Ajudar seus stakeholders a compreender os impactos de sustentabilidade e desempenho;
• Enfatizar a relação entre o desempenho organizacional financeiro e o não financeiro;
• Influenciar na estratégia e política de gestão em longo prazo e planos de negócios;
• Servir como padrão de referência (benchmarking) e avaliação de desempenho de sustentabilidade com respeito às leis, normas, códigos, padrões de desempenho e iniciativas voluntárias;
• Demonstrar como a organização influencia e é influenciada pelas expectativas relativas ao desenvolvimento sustentável; 
• Comparar o desempenho organizacional interno e entre outras organizações; 
• Conformidade com os regulamentos nacionais ou com os requisitos referentes à bolsa de valores.
• Servir como padrão de referência (benchmarking) e avaliação de desempenho de sustentabilidade com respeito às leis, normas, códigos, padrões de desempenho e iniciativas voluntárias;
• Demonstrar como a organização influencia e é influenciada pelas expectativas relativas ao desenvolvimento sustentável; 
• Comparar o desempenho organizacional interno e entre outras organizações; 
• Conformidade com os regulamentos nacionais ou com os requisitos referentes à bolsa de valores.
Com base no exposto, o instituto Ethos, define o relatório de sustentabilidade como uma das principais ferramentas de comunicação do desempenho social, ambiental e econômico das organizações e o modelo de relatório da Global Reporting Initiative (GRI) é atualmente o mais completo e mundialmente difundido. A estruturamínima de um relatório de sustentabilidade deve conter:
• Indicadores econômicos
• Indicadores de meio ambiente
• Indicadores de Direitos Humanos
• Práticas trabalhistas
• Responsabilidades pelos produtos
• Indicadores socioeconômicos
• Entre outros aspectos relacionados às práticas adotadas pela organização.
Exemplo de relatório de sustentabilidade:
Demonstração do valor adicionado
O valor adicionado, conforme definido no item 9 do Pronunciamento nº 9 do CPC, representa a riqueza produzida pela empresa, medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros, ajustados pela depreciação e amortização do período.
Além disso, inclui o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, que não foi produzido por ela, mas sim transferido à entidade por terceiros, que o produziram.
Dessa forma, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) constitui uma importante fonte de informações sobre a capacidade de geração de valor (riqueza) pelas empresas e a forma pelo qual são distribuídos aos diversos agentes que dele usufruem.
ATENÇÃO - Os elementos que são retratados na DRE são basicamente os mesmosapresentados na DVA, diferindo apenas no que diz respeito à arrumação dos diversos elementos e, em alguns casos, em aspectos relativos à apuração de seu valor. No entanto, ao passo que a DRE visa no resultado que remunera apenas os investidores (sócios e acionistas), a DVA se preocupa em refletir a distribuição da riqueza para todos (empregados, financiadores, governo e proprietários), que são os beneficiários dos esforços efetuados pelas empresas.
A DVA, nos valendo ainda do explicitado no referido Pronunciamento, em seus itens 10 e 11, está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do produto interno bruto (PIB), devendo-se eliminar os valores que representam uma dupla contagem.
Entretanto, o modelo contábil e o econômico apresentam diferenças temporais no que diz respeito ao calculo do valor adicionado. Pois, a ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se no momento da produção, enquanto a Contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, isto é, baseia-se no regime de competência.
Como os momentos de realização da produção e vendas são normalmente diferentes, os valores calculados para o PIB por meio dos conceitos oriundos da Economia e os da Contabilidade são naturalmente diferentes.
Obrigatoriedade de elaboração
Essa demonstração tornou-se obrigatória a partir da Lei 11.638/07, que criou o item V, no artigo 176, da Lei 6404/76 e a incluiu entre as demonstrações que devem ser elaboradas e publicadas pelas sociedades de capital aberto, isentando dessa obrigatoriedade as demais companhias.
Assim, ressaltamos que somente as empresas de capital aberto são obrigadas à sua elaboração e publicação. Antes da edição dessa norma, a DVA quando elaborada e publicada, revestia-se apenas do caráter de informação complementar.
(*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7 
 
 Cabe ressaltar que os detalhamentos previstos no modelo que consta do Pronunciamento nº 9 são o requisito mínimo para a apresentação da demonstração e podem ser ampliados para que sejam apresentadas mais informações, enriquecendo a demonstração colocada à disposição dos usuários. 
 A seguir, vamos apresentar as instruções gerais estabelecidas no referido pronunciamento para o preenchimento desse modelo básico. Lembrando que as informações são extraídas da contabilidade e, portanto, deverão ter como base o regime de competência.
Receitas
Venda de mercadorias, produtos e serviços: inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando, na demonstração do resultado, tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas.
Outras receitas: da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas.
Provisão para créditos de liquidação duvidosa: inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão.
Insumos Adquiridos de Terceiros
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos: inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio.
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros: inclui valores relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros.
Observação: Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia etc. consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na DRE.
Perda e recuperação de valores ativos: inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados, investimentos etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos.
Depreciação, amortização e exaustão: inclui a despesa ou o custo contabilizados no período.
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição são os seguintes:
Pessoal: valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de remuneração direta (salários, férias, horas extras, participação nos lucros etc.), benefícios (assistência médica, alimentação, transporte etc.) e FGTS.
Impostos, taxas e contribuições: valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições ao INSS que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os valores incidentes sobre as receitas e sobre os itens considerados como insumos adquiridos de terceiros.
Remuneração de capitais de terceiros: valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital, tais como juros, aluguel, royalties, franquias, direitos autorais etc.
Remuneração de capitais próprios: valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas, tais como juros sobre o capital próprio (JCP), dividendos, lucros retidos ou prejuízos retidos.

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