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DIREITO CIVIL II – Teoria Geral das Obrigações
Aula 12
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
 A obrigação se extingue quando há o cumprimento da prestação com o fim de liberar o devedor. E se extingue de diversos modos: 
a) pagamento direto ou execução voluntária da obrigação;
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CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
b) pagamento indireto pela dação em pagamento, novação, compensação, transação, confusão, remissão; 
c) extinção sem pagamento: pela prescrição; pela impossibilidade de execução sem culpa do devedor; pelo advento da condição ou do termo extintivo;
d) execução forçada, em virtude de sentença.
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CONCEITO DE PAGAMENTO
Representam formas de pagamento a entrega ou a restituição de certo bem imóvel ou móvel (obrigação de dar); a realização de certa tarefa (obrigação de fazer); ou ainda, a abstenção de um fato (obrigação de não fazer).
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PESSOA QUE EFETUA O PAGAMENTO
A obrigação só se extingue quando há o cumprimento da prestação pelo devedor É ele quem deve pagar.
“Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor” (CC, art. 304).
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PESSOA QUE EFETUA O PAGAMENTO
Pagamento efetuado por terceiro não-interessado
A lei autoriza o “terceiro não-interessado” a pagar a dívida em nome do devedor, porém tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor (CC, art. 305).
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PESSOA QUE EFETUA O PAGAMENTO
Pagamento efetuado por terceiro não-interessado
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
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PESSOA QUE EFETUA O PAGAMENTO
Pagamento efetuado por terceiro não-interessado com desconhecimento do devedor
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
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PESSOA QUE EFETUA O PAGAMENTO
Pagamento efetuado por terceiro não-interessado com oposição do devedor
Nesse caso pode o terceiro ser reembolsado, mas não pode se sub-rogar, porém se o devedor principal tinha condições de pagar, ou se existia condição resolutiva da obrigação (prescrição, decadência, novação, compensação e etc) não há obrigação de reembolso.
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PESSOA QUE EFETUA O PAGAMENTO
Pagamento efetuado por terceiro não-interessado com desconhecimento do devedor
neste caso também só se terá o direito de reembolso, salvo se o devedor tinha condições de ilidir a ação, não de sub-rogação, bem como só terá direito de reembolso daquilo que realmente aproveite ao devedor. Ex: compensação – devia-se 100 mas tinha a receber 50, portanto deve-se somente 50, se 100 foi pago pelo terceiro, cabe reembolso de apenas 50.
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PESSOA QUE EFETUA O PAGAMENTO
Do pagamento que importar transmissão da propriedade
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
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AQUELE A QUEM SE DEVE PAGAR
É importante saber a quem o solvens deve efetuar o pagamento, pois há o velho ditado: quem paga mal, paga duas vezes.
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AQUELE A QUEM SE DEVE PAGAR
O pagamento deve ser feito, como regra, diretamente ao credor ou ao seu representante legal: “O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o representa, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito” (CC, art. 308).
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AQUELE A QUEM SE DEVE PAGAR
a) No caso especial de o pagamento não ter sido feito diretamente ao credor, é preciso que haja a ratificação posterior por parte deste.
b) A lei condiciona a validade do pagamento realizado ao não credor à verificação de que o produto do pagamento reverteu em benefício do próprio credor.
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AQUELE A QUEM SE DEVE PAGAR
Do Pagamento feito de boa-fé ao credor putativo
O credor putativo, leciona Clóvis Beviláqua, “é aquele que, aos olhos de todos passa pelo verdadeiro credor”27. É o caso, por exemplo, do pagamento realizado pelo locatário ao antigo locador, depois da venda do prédio locado.
“O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor” (CC, art. 309).
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AQUELE A QUEM SE DEVE PAGAR
Do Pagamento feito ao credor incapaz
Se o pagamento for feito ao absolutamente incapaz, o ato de quitar é nulo de pleno direito.
Se o pagamento é realizado à pessoa relativamente incapaz sem estar acompanhado de seu representante legal, o ato é anulável. “Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu” (CC, art. 310).
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AQUELE A QUEM SE DEVE PAGAR
Do Pagamento efetuado ao credor cujo crédito foi penhorado
“Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, - diz o art. 312 do CC - o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor”.
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