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DIREITO CIVIL II – Teoria Geral das Obrigações
Aula 16
 A culpa do devedor pode ensejar a mora ou o inadimplemento. A mora é o atraso no pagamento enquanto o inadimplemento é a falta de pagamento. Curioso é que a mora pode também ser do credor, ou seja, o credor pode se negar a aceitar o pagamento (ex: A deve milho a B, mas B se recusa a aceitar alegando que os grãos estão estragados). Vejamos primeiro a mora e seus efeitos, e na próxima aula inadimplemento.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 A culpa do devedor pode ensejar a mora ou o inadimplemento. A mora é o atraso no pagamento enquanto o inadimplemento é a falta de pagamento. Curioso é que a mora pode também ser do credor, ou seja, o credor pode se negar a aceitar o pagamento (ex: A deve milho a B, mas B se recusa a aceitar alegando que os grãos estão estragados). Vejamos primeiro a mora e seus efeitos, e na próxima aula inadimplemento.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 MORA: é o atraso no pagamento ou no recebimento, tanto por culpa do devedor (mora solvendi) como por culpa do credor (mora accipiendi). Se ambos tiverem culpa não haverá mora, pois as moras recíprocas se anulam. 
Conceito: mora é a impontualidade culposa do devedor no pagamento ou do credor no recebimento (394). Se o devedor atrasa sem culpa (ex: por causa de um acidente, uma greve, uma cheia, um caso fortuito ou de força maior) não haverá mora (396). Mas a mora do credor independe de culpa e o devedor nesse caso deve consignar o pagamento. 
A mora do credor é mais rara.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 MORA: é o atraso no pagamento ou no recebimento, tanto por culpa do devedor (mora solvendi) como por culpa do credor (mora accipiendi). Se ambos tiverem culpa não haverá mora, pois as moras recíprocas se anulam. 
Conceito: mora é a impontualidade culposa do devedor no pagamento ou do credor no recebimento (394). Se o devedor atrasa sem culpa (ex: por causa de um acidente, uma greve, uma cheia, um caso fortuito ou de força maior) não haverá mora (396). Mas a mora do credor independe de culpa e o devedor nesse caso deve consignar o pagamento. 
A mora do credor é mais rara.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 Efeitos da mora do credor: 
1) o credor em mora libera o devedor da responsabilidade pela conservação da coisa;
2) o credor em mora deve ressarcir o devedor com as despesas pela conservação da coisa; 
3) obriga o credor a pagar um preço mais alto pela coisa se a cotação subir; este efeito se aplica a coisas que têm preço na bolsa de valores, como ações, açúcar, café, soja, etc; 
4) o credor em mora não pode cobrar juros do devedor desse período, afinal foi do credor a culpa pela atraso no pagamento.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 Mora do devedor: a mora solvendi pode se equiparar ao inadimplemento e o credor exigir então perdas e danos (389). 
Pressupostos da mora do devedor: 
1) crédito vencido (397); 
2) culpa do devedor; 
3) possibilidade de cumprimento tardio da obrigação com utilidade para o credor, caso contrário teremos inadimplemento e não mora (parágrafo único do 395). 
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 Efeitos da mora do devedor: 
1) o devedor responde pelos prejuízos causados, mais multa, juros, etc (395); 
2) o devedor em mora responde pelo caso fortuito ou de força maior ocorridos durante o atraso (399). 
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 JUROS LEGAIS: um dos efeitos da mora do devedor é o pagamento de juros ao credor (395), principalmente nas obrigações de dar dinheiro ( = pecuniárias). Conceito de juro: é a remuneração que o credor exige por emprestar dinheiro ao devedor. Juro é igual a rendimento, é igual a fruto civil. 
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
Estes são livres, conforme art. 406, sendo fixados pelas partes no contrato ou pelo mercado financeiro. 
Se as partes não fixarem os juros, estes serão de um por cento ao mês, conforme art. 406 do CC combinado com o art. 161, § 1º do Código Tributário Nacional, pois este é o juro devido no pagamento de impostos. 
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
Estes são livres, conforme art. 406, sendo fixados pelas partes no contrato ou pelo mercado financeiro. 
Se as partes não fixarem os juros, estes serão de um por cento ao mês, conforme art. 406 do CC combinado com o art. 161, § 1º do Código Tributário Nacional, pois este é o juro devido no pagamento de impostos. 
Juros Constitucionais: o art. 192, § 3º da CF, que limitava os juros em 12% ao ano, foi revogado em maio de 2003.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
PERDAS E DANOS: Não se trata de um enriquecimento do credor (403), mas sim de uma compensação financeira pelos danos sofridos pelo credor, sejam danos materiais, sejam danos morais.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
Os danos materiais correspondem aos lucros cessantes e ao dano emergente. Dano emergente é aquilo que o credor efetivamente perdeu e lucro cessante é aquilo que o credor razoavelmente deixou de lucrar (402). Ex: A bate seu carro num táxi, terá então que indenizar o taxista pelo dano emergente (farol quebrado, lataria amassada, pintura arranhada, etc – damnum emergens) e pelo lucro cessante (os dias que o taxista ficará sem trabalhar enquanto o carro é consertado – lucrum cessans).
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
DANO MORAL
Mas o dano pode também ser moral (186), que é o dano que atinge a honra da pessoa (art. 20), que provoca sofrimento, abalo psicológico, perda do sono da vítima, etc. O dano moral ofende os direitos da personalidade da pessoa, ou seja, os atributos físicos (o corpo, a vida), psíquicos (sofrimento) e morais (honra, nome, intimidade, imagem) da pessoa.
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES

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