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* * * Proteína vem do grego proteois = primeira classe São macromoléculas resultantes da condensação de moléculas aminoácidos através da ligação peptídica. As proteínas são polipeptídios que resultam na condensação de milhares de moléculas de aminoácidos. As sua macromoléculas possuem pesos moleculares variados desde alguns milhares até vários milhões. Definição * * Aminoácidos * * Composição Exemplo: Mioglobulina: 17.000 Gliadina: 28.000 Pepsina: 35.500 Insulina: 36.000 Ovoalbunina: 45.000 Hemoglobina: 68.000 Soroglobulina: 180.000 Caseína: 375.000 Fribrinogênio: 450.000 Tiroglobulina: 630.000 Hemocianina: 2.800.000 Vírus: 250.000.000 Composição: Contém sempre: elementos organógenos: C, H, O, N. menor prorporção: Fe, Cu, S, P, Zn. Composição percentual: C: 50 à 55% H: 6 à 7% O: 19 à 24% N: 15 à 19% S: 0 à 2,5% * * Proteínas Tem como base de sua estrutura os polipeptídios formados de ligações peptídicas entre os grupos amino (-NH2) de um aminoácido e carboxílico (-COOH) de outro, ambos ligados ao carbono alfa de cada um dos aminoácidos * * Proteínas Apesar de apresentarem estruturas e funções tão diversificadas, são sintetizadas a partir de apenas 20 moléculas de diferentes aminoácidos * * ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL Uma proteína pode apresentar diferentes graus de estruturação Primária; Secundária; Terciária; Quaternária. que são mantidas por vários tipos de ligação e/ou interações entre os vários grupos funcionais dos aminoácidos que as compõem. * * Grau de estruturação das proteínas Ligações peptídicas Pontes de Hidrogênio Interações de Van der Waals Interações Eletrostáticas Interações Hidrofóbicas Pontes de Hidrogênio Interações de Van der Waals Interações Eletrostáticas Interações Hidrofóbicas Uniões Covalentes de Dissulfeto * * Ocorrência A quase totalidade da proteína consumida pelo homem é de origem animal e vegetal e somente pequena quantidade é proveniente das chamadas fontes não convencionais. São muitas as fontes, e o número de proteínas existentes na Natureza é praticamente infinito, embora o número de aminoácidos que as constituem seja bastante reduzido, em torno de 20. Isto ocorre porque o número de associações dos aminoácidos (aa) se dá conforme descrito ao lado 3 aa diferentes: A, B e C Conduzem a 6 tripeptídeos: ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA. (3! = 3 x 2 x 1 = 6) 4 aa diferentes: A, B, C e D Conduzem a 24 tetrapeptídeos (4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24) 10 aa diferentes conduzem a mais de três milhões (3.628.800) de decapeptídeos, sem a inclusão dos possíveis isômeros ópticos. (10! = 10 x 9 x 8 x 7 x 6 x ...) * * Ocorrência Insulina – Pâncreas Hemoglobina – Sangue dos vertebrados Caseína – Leite Queratina – Chifres, unhas e cascos de animais Hemocianina – Sangue dos invertebrados Pepsina – Suco gástrico Albumina – Ovo, leite e sangue Clorofila – Vegetais verdes Actina – Carne * * PROTEÍNAS X ALIMENTOS Proteínas são componentes essenciais de vários gêneros alimentícios. Muitas vezes as proteínas ocorrem nos alimentos em combinação física ou química com carboidratos ou lipídios, ou seja, compostos não protéicos denominados, coletivamente, de grupos prostéticos. As glicoproteínas, glicolipídios e lipoproteínas afetam as propriedades reológicas de soluções alimentícias. * * Importância Juntamente com os glicídeos e os lipídeos, as proteínas constituem a alimentação básica dos animais. No entanto, podemos dizer que as proteínas são ainda mais importantes, pois são fundamentais na estrutura, funcionamento e reprodução de todas as células vivas. A qualidade de um alimento é definida pela sua composição e suas propriedades nutricionais e funcionais (ovo, leite). As propriedades funcionais têm sido definida como qualquer propriedade de um alimento ou componente de um alimento, excetuando-se as nutricionais, que influenciam a sua aceitação e utilização (R maillard). * * Classificação 1. De acordo com a sua natureza química Simples, conjugadas e derivadas. 2. De acordo com seu papel biológico Estrutural, reguladora e de defesa. De acordo com seu valor nutritivo Completa e incompleta * * Propriedades Físicas De acordo com a polaridade do grupo R, os aa são divididos em duas grandes categorias: aa apolares (grupo R hidrofóbico, constituídos por cadeias orgânicas com caráter de hidrocarboneto que não interagem com a água). 2. aa polares (grupo R hidrofílico, com carga elétrica neutra ou cargas residuais (+ ou -) que os capacitam a interagir com a água). * * Propriedades Físicas As propriedades das cadeias laterais dos aa são importantes para a conformação das proteínas e portanto para sua função. Os aa classificados como polares são os que têm, nas cadeias laterais, grupos com carga elétrica neutra ou grupos com cargas residuais (+ ou -), que os capacitam a interagir com a água. Estes aa são subdivididos em três grupos, segundo a carga apresentada pelo grupo R em soluções neutras: aa básicos, se a carga for positiva; aa ácidos, se a carga for negativa; e aa polares sem carga, se a cadeia lateral não apresentar carga. As proteínas são substâncias insolúveis em solventes orgânicos, e algumas solúveis em água, enquanto outras solúveis em soluções de sais, ácidos ou bases. * * Proteínas * * O estudo das propriedades funcionais das proteínas em alimentos é de fundamental importância, tendo em vista que a escolha e o emprego correto das proteínas para produção de alimentos estão diretamente relacionados com o conhecimento prévio que se têm das propriedades funcionais das proteínas. Propriedades funcionais têm características que governam o comportamento de proteínas nos alimentos durante o processamento, preparação e armazenamento, assim como a influência na qualidade, utilização e aceitação do alimento frente ao consumidor. Propriedades funcionais * Propriedades funcionais das proteínas * * Propriedades funcionais das proteínas * * Propriedades físico-químicas das proteínas * * * * * As reações químicas do tipo proteína-água, proteína-proteína e proteína-lipídio, são as de maior interesse para as propriedades funcionais. Assim, as propriedades funcionais das proteínas podem ser classificadas em três grupos: CLASSIFICAÇÃO POR GRUPOS: Propriedades de hidratação; Propriedades relacionadas com a interação Proteína - proteína; Propriedades de superfície. Propriedades funcionais * * * Propriedades de hidratação Dependem da interação entre as moléculas de proteína e a água: Solubilidade; Capacidade de retenção de água (CRA). 1. Solubilidade Capacidade da proteína em interagir com a água por meio de ligações tipo ponte de hidrogênio. Depende do pH e da temperatura. * * Solubidade x Temperatura 2. Capacidade de retenção de água (CRA) * * * * * Geleificação Um gel é uma fase intermediária entre um sólido e um líquido. A maioria dos géis protéicos alimentares são preparados aquecendo uma solução de proteína. A geleificação protéica é uma propriedade funcional com grandes aplicações em Tecnologia de Alimentos, já que se aplica não apenas à formação de géis viscoelásticos, mas também para melhorar: A absorção de água; A viscosidade; A adesão entre partículas e Para estabilizar emulsões e espumas. Proteínas alimentares que apresentam melhores propriedades geleificantes As proteínas miofibrilares (actina e miosina) que influi na textura das carnes reestruturadas, ajuda a estabilizar a emulsão das salsichas. As micelas de caseína que são utilizadas para preparação de coalhadas, elaboração de queijos, leites fermentados. As proteínas da clara do ovo que são utilizadas como agente ligante na fabricação de derivados cárneos. Propriedades relacionadas à interação proteína-proteína * Propriedades relacionadas à interação proteína-proteína Formação de gel Formação da rede de colágeno. * * 2. Formação do glúten * * * * * * * * 1. Formação de espuma Espumas São dispersões de bolhas de gás (ar) em uma fase líquida ou semi-sólida contínua. Formada durante o batimento de uma solução protéica na presença de ar (incorporado na forma de bolhas). Proteínas formam um filme protéico estável, semi-rígido e elástico, que envolve as pequenas bolhas formadas. Batendo leite. * * * Propriedades funcionais Espumante As espumas são dispersões de gotas de gás (ar) em fase contínua líquida ou semi-sólida, formada pelas chamadas lamínulas. A capacidade de formar e estabilizar espumas não é a mesma para todas as proteínas. Existem vários fatores que influenciam a estabilidade e a formação de espumas Fatores que influenciam na formação e estabilidade da espuma pH - as espumas estabilizadas por proteínas apresentam maior estabilidade no ponto isoelétrico. As proteínas são pouco solúveis no ponto isoelétrico, apenas a fração solúvel influi na formação da espuma. Como sua concentração é muito baixa, a quantidade de espuma que se forma é pequena, mas a estabilidade é alta. A qualquer outro pH, que não o do PI, a capacidade de formação de espuma das proteínas é normalmente muito boa, mas a sua estabilidade é fraca. * * Fatores que influenciam na formação e estabilidade da espuma Lipídios - os lipídios, quando presentes em concentrações superiores a 0,5%, inibem as propriedades espumantes das proteínas. Os filmes de lipídios não têm propriedades de coesão e viscosidade para estabilizar a pressão interna das bolhas da espuma, o que provoca a sua rápida expansão e colapso. Concentração protéica - a concentração protéica influencia as propriedades das espumas, quanto maior for à concentração, mais densa é a espuma. Sais - a presença de sais na solução protéica influi na solubilidade, na viscosidade, no desdobramento e na agregação de proteínas. Esse efeito depende do tipo de sais e da solubilidade das proteínas. Por exemplo o NaCl reduz a estabilidade das espumas por provocar diminuição de viscosidade. Já os íons de cálcio Ca2+ melhora a estabilidade ao interagir com os grupos carboxila das proteínas. Açúcares - a adição de açúcares à espuma protéica melhora sua estabilidade, visto que aumenta a viscosidade e, portanto reduz a perda de líquido das lamínulas. Exemplo de proteínas que apresentam boas propriedades espumantes são: clara de ovo. a hemoglobina. gelatina. as proteínas do soro do leite. as proteínas do trigo. * 2. Capacidade emulsificante As proteínas podem atuar como emulsificantes em emulsões óleo em água. Isso se deve ao fato de proteínas terem regiões polares e apolares (hidrofílicas e hidrofóbicas). Leite (emulsão natural O/A) Glóbulos de gordura estão dispersos em soluções aquosas de proteínas. * * * Propriedades funcionais Emulsificante As emulsões são sistemas dispersos de dois líquidos pouco solúveis ou insolúveis entre si. Em geral as proteínas são consideradas bons agentes emulsificantes porque possuem numa mesma molécula regiões hidrofílicas e hidrofóbicas. Outros fatores que prejudicam a capacidade emulsificante das proteínas são: A presença de sais e Exposição ao aquecimento. Exemplos de emulsões alimentícias em que as proteínas atuam como emulsificantes: O leite (emulsão óleo em água). ; Maionese (emulsão óleo em água); manteiga (emulsão água em óleo); margarina (emulsão água em óleo). * * * * Propriedades funcionais Fixação de aromas As proteínas são inodoras, mas podem fixar os compostos do flavor e afetar dessa forma as propriedades sensoriais dos alimentos. Várias proteínas, especialmente os concentrados de proteínas de sementes oleaginosas e do soro lácteo levam consigo flavors indesejáveis, que limitam sua utilidade para fins alimentícios. Estes flavors estranhos se devem fundamentalmente a aldeídos, cetonas, e alcoóis gerados pela oxidação dos ácidos graxos insaturados. Uma vez formados, estes compostos se fixam as proteínas e dão flavor estranhos característicos. A fixação de aroma pelas proteínas pode ser benéfica nos casos em que se queira modificar o sabor. Exemplo: nos produtos similares de carne elaborados à base de proteínas vegetais texturizadas (é fundamental simular o sabor de carne). * * Conclusão O estudo das propriedades funcionais das proteínas em alimentos é de fundamental importância para o entendimento de como podem se comportar os alimentos, naturais ou preparados, frente aos diversos processos de transformações aos quais os alimentos são submetidos. Propriedades funcionais * * Desnaturação protéica A desnaturação de uma proteína é a desorganização das estruturas quaternárias, terciárias e secundárias. Agentes desnaturantes são os que provocam a desorganização. São eles: - agentes físicos (calor, frio, radiações UV, alta pressão ) - agentes químicos (ácidos fortes, bases fortes, metais pesados, uréia, solventes e solutos orgânicos, e detergentes) A proteína desnaturada apresenta as seguintes alterações: Físicas: aumento da viscosidade; não podem ser cristalizadas ou auto-organizadas. Químicas: maior reatividade devido a exposição de grupos químicos que estavam encobertos por estruturas; diminuição da solubilidade e, consequente precipitação. Biológicas: perda de suas propriedades enzimáticas, antigênicas e hormonais; facilmente digeridas por enzimas hidrolíticas. * * * Proteínas da carne Obtenção da gelatina Baseada nas propriedades de formação de gel: Desnaturação, hidrólise e absorção de água à T 64ºC (bovino), 30 a 40ºC (pescado). Tecido muscular alto teor de proteína * * Aplicação de Calor * * O grupo amino pode receber um próton e o grupo carboxílico pode perder um próton (característica ácido-básica) Solúveis em água e pouco solúveis em solventes orgânicos Os aminoácidos diferem entre si pelo radical R, os quais definem suas propriedades químicas e físicas e, consequentemente, das proteínas a que pertencem * monelina é un edulcorante de tipo proteínico extraído do froito do Doscoreophylium camensi (baia de Nixeria), que é una planta trepadora que se atopa en zonas forestais de África e Madagascar. O seu poder edulcorante é de 2.000, aproximadamente. * * A albumina do ovo forma espuma com dificuldade Albuminas de soro formam espuma com mais viscosidade (nº de grupos hidrofóbicos disponíveis é essencial) -> As proteínas formam filmes em torno das bolhas de gás * Neste momento, actina e miosina, unem-se formando Hidrólise é uma reação química de quebra de uma molécula por água. Reação de alteração envolvendo fluido aquoso com íons de hidrogênio (H+) ou de hidroxila (OH–) substituindo íons que são liberados para a solução. É uma proteína derivada da hidrólise parcial do colágeno, em que as ligações moleculares naturais entre fibras separadas de colagénio são quebradas, permitindo o seu rearranjo. A gelatina funde com o calor e solidifica quando o calor cessa. Misturada com água a gelatina forma um gel coloidal. *
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