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A cultura de massa e a industria cultural Marilena Chauí (Bianca Mafersan)

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CHAUÍ, Marilena. A cultura de massa e a indústria cultural. Convite à Filosofia. 14. ed. São Paulo: Editora Ática S.A., 2015. p.359-379.
RESENHA ACADEMICA
Marilena Chauí é professora de filosofia na Universidade de São Paulo. Em 2003 recebeu o título de doutora honoris causa da Universidade de Paris. É autora de “A nervura do real”; “Introdução à Historia da Filosofia”; “Cultura e democracia”; entre outros.
A autora começa o capítulo 4 explicando o cenário do surgimento dos diferentes tipos de culturas e suas determinações. Difere os tipos de culturas presentes: A erudita, que é a cultura de elite própria dos intelectuais e artistas da classe dominante da sociedade; a popular, que é a própria cultura dos trabalhadores urbanos e rurais; e o folclore, que são as tradições e culturas coletivas vindas do passado nacional, constituída por lendas, mitos, danças e outros;
Explica que com o processo de globalização e extensão dos centros urbanos, a cultura erudita passou a ser comercializada com um formato mais simplificado para que fosse comprada pela classe média e assim, recebera o nome de cultura e arte de massa. Com isso, os tipos de cultura presentes em nossa sociedade hoje é: o folclore, a cultura popular, cultura erudita e cultura de massa.
Marilena Chauí trás à tona o termo indústria cultural e comenta sobre a perda de qualidade das obras artísticas pela massificação e produção industrializada da arte. Em seguida reflete sobre a arte que é realmente massificada e acessível a todos e a arte pouco acessível em razão do preço e raridade causando uma divisão de classes sociais e contrariando a ideia de uma massificação total da arte. 
Citando inicialmente Marshall McLuhan, inicia um novo sub-assunto, a Comunicação de Massa. Explica as diferenças dos meios de estudos antigos que eram através da oralidade e posteriormente com os livros e compara com a volta de utilização dos métodos de oralidade com tecnologias eletrônicas, comuns nas instituições de ensino do presente. Agora escrevendo sobre propaganda, descreve a evolução das técnicas de propagandas no rádio e televisão com o passar das décadas e em sequencia comenta sobre a influência do rádio e televisão sobre as pessoas e exemplifica alguns casos que evidenciam esse poder. Critica a maneira que a imprensa costuma informar e elucida alguns casos dessas pseudo-informações apresentadas pela mídia. 
Mencionando o romance “O Grande Irmão” escrito em 1948, descreve como funciona a manipulação da mídia em relação às notícias que relacionam seus patrocinadores e como as informações são lançadas impedindo o entendimento de quem não tem um conhecimento prévio do assunto em contexto. Seguindo, comenta sobre os males da maneira que é apresentado os programas de televisão gerando dispersão da atenção e infantilização dos telespectadores e do estilo autoritarista disfarçado de democrático quando é tratado de aconselhamento às pessoas que, por intimidação social, passam a serem comandadas. Á frente, citando Walter Benjamin novamente, conclui que o cinema seria a forma de arte democrática do nosso tempo e não a televisão, já que o primeiro é capaz de apresentar críticas contundentes ao segundo.
Referindo-se sobre a evolução da informática, elucida o quanto que o ser humano é rodeado por tecnologia eletrônica e como somos dependentes dela hoje. Pontua os perigos do acúmulo de dados em rede no contexto de, por exemplo, roubos, chantagens e fraudes. E nesse mesmo assunto finaliza o capítulo explicando como o computador é utilizado hoje e o que representa para a sociedade contemporânea: o poder, que é separado entre as classes sociais pelas circunstâncias políticas. 
O capítulo, por ser muito didático e usar palavras conhecidas pela maioria dos estudantes jovens, é recomendado a todas as pessoas, que desejam entender um pouco dos controles de multidões por meio da mídia e classes políticas; e questionar o sistema de informação que nos é apresentado que é, propositalmente ou não, tendencioso e, ou, incompleto deixando a sensação de informação sem de fato informar.
¹ Acadêmicos de Biomedicina, segundo semestre – Centro Universitário Católica de Santa Catarina. 2016.

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