Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2ª AVD. Tipos de dentina 1. Primária – formada até o término da formação da raiz (manto e circumpulpar) 2. Secundária – Formada após a formação da raiz 3. Terciária – Formada em resposta a um estimulo externo 4. Esclerose dentinária – crescimento da dentina peritubular e/ou precipitação de minerais dentro dos túbulos dentinários. Estimulada por envelhecimento, processo carioso, atrito, etc. Profundidade de uma cavidade 1. Superficial – JED (Junção Esmalte-Dentina) 2. Rasa – 0.5 a 1 mm da junção amelodentinária 3. Média – 1 a 2mm da JED 4. Profunda – até 0.5mm de dentina remanescente 5. Bastante profunda – 0.5mm ou menos de dentina remanescente. Agentes de Forramento: Hidróxido de Cálcio (DYCAL) e MIT Agentes para bases: CIV (Cimento de Ionômero de Vidro) Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol (OZY) Agentes de selamento: verniz cavitário e sistema adesivo Agentes restauradores: Amálgama e resina composta 1) Hidróxido de Cálcio • Utilizado em cavidades muito profundas • Apresentação comercial: pasta base (dá corpo a mistura e promove a reação) + pasta catalizadora (acelera a reação) • Importante: Todos os materiais que promovem a proteção da polpa devem apresentar densidade óptica com radiopacidade maior que as outras estruturas, permitindo a visualização do material durante o -exame radiográfico. • pH alcalino: 12 • É uma pequena porção de material utilizada, caso a camada fique muito grossa isso atrapalhará significativamente a resistência de toda restauração. Vantagens Desvantagens 1) Favorece cicatrização Baixos valores de propriedades mecânicas 2) Ação antimicrobiana Deve ser protegido com um cimento de base (devido a característica citada a cima) 3) Baixa condutibilidade térmica Falta de adesão com a dentina e com materiais resinosos 4) Efeito mineralizador Alta solubilidade • A ação antimicrobiana ocorre devido ao pH básico elevado que impossibilita o desenvolvimento de certas bactérias cujo metabolismo não se adequa a meios alcalinos. 1.1) Efeito mineralizador O pH básico do hidróxido de cálcio é levemente irritante para o tecido pulpar gerando uma necrose superficial das células pulpares em contato com o cimento ou próximas a ele. Essa necrose superficial faz com que as células mesenquimais indiferenciadas se diferenciem em odontoblastos, os quais serão capazes de produzir dentina reparadora. 1.2) Indicações • Capeamento pulpar direto e indireto • Pulpotomia • Forramento cavitário de cavidades muito profundas • Cimentação provisória Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol Vantagens Desvantagens Previne infiltrações Baixa resistência mecânica Propriedades terapêuticas (graças ao Eugenol que tem ação anti-inflamatória e analgésica) Inibe a polimerização da resina composta (impede que os monômeros se tornem polímeros perante fotoativação) Fácil aplicação Eugenol em grandes quantidades é tóxico Bom escoamento Reação química: • Quelação (Tipo de presa) que envolve basicamente o óxido de zinco e o Eugenol. Na presença de água, esses compostos formam uma matriz de eugenolato de zinco. A água hidroliza o óxido de zinco o tornando hidróxido de zinco. Após, duas moléculas de Eugenol reagem com o hidróxido de zinco para formar sal eugenolato de zinco e água. Classificação: 1) Tipo l – cimento provisório (indicado para restaurações temporárias) 2) Tipo ll – cimento definitivo (cimentação permanente) 3) Tipo lll – materiais restauradores e bases 4) Tipo lV – forramentos cavitários • Utilizações: cimento temporário, base ou forramento, restaurador provisório e obturação de canais radiculares. Sendo que possui uma consistência e proporção do material para cada fim. Como base: • Proteção do material de forramento • Reconstrói parte da dentina perdida • Diminui a quantidade necessária de material restaurador • Adequa o preparo cavitário CIV – Cimento Ionômero de Vidro Vantagens Desvantagens Biocompatibilidade Baixa resistência mecânica Liberação de Flúor Sensibilidade as variações de umidade CETL semelhante aos tecidos Baixa estética (muito poroso e sem translucidez) Adesão química ao esmalte e dentina Como ocorre a Adesão do CIV? • Troca iônica entre os íons cálcio da estrutura e do material. • O condicionamento ácido da dentina e do esmalte com ácido poliacrílico tende a melhorar a resistência de união entre o substrato e o CIVs. • Ácido poliacrílico (12 a 25%): remoção parcial da smear layer para aumentar a força de união entre a dentina e o material. [Ou seja, promove maior adesão]. • A adesão química está relacionada à quantidade de íons cálcio presentes na estrutura dental. Reação de presa (tipo de presa – geleificação) • Reação ácido-base entre o ácido poliacrílico e o vidro de aluminossilicato. O cimento pronto consiste em uma matriz de polissal embebida com partículas de vidro cercadas por um gel de sílica. A reação de presa dos CIVs convencionais ocorre em três etapas: 1) Fase de deslocamento de íons: A inserção do material deve ser feita na etapa inicial dessa fase enquanto o cimento apresenta brilho indicando a presença de grupos carboxílicos livres para que ocorra a união química entre o ionômero e o dente 2) Formação da matriz de poliácidos: quando esse processo atinge um certo estágio o cimento endurece (5-10 minutos após o início da manipulação). A aparência então opaca por causa da grande diferença no índice da refração entre o vidro e a matriz (essa opacidade deve desaparecer ao atingir-se a presa final) 3) Formação do Gel de Sílica e Incorporação do vidro a matriz: Nas primeiras 24 horas, acompanhada de uma pequena expansão quando o material atinge seu endurecimento final. Classificação quanto a composição química: 1) Convencional/Anidro 2) Reforçado por metais 3) Modificado por resina Classificação de acordo com a indicação 1) Tipo l – indicado para cimentação de coroas, próteses e dispositivos ortodônticos. 2) Tipo ll – para restaurações definitivas em áreas de baixas tensões 3) Tipo lll – para forramento ou bases e selamento de cicatrículas e fissuras 4) Tipo lV – selamento de fissuras e obturações de canais em endodontia. CIVs modificados por resina (vantagens e desvantagens quando comparados aos convencionais) Vantagens Desvantagens Características de endurecimento melhoradas Menor translucidez Maior controle sob a presa do material Mudança de cor nos dois primeiros anos após a restauração Alta resistência total Maior contração de polimerização Melhor estética inicial Propriedades importantes para lembrar: 1) Liberação de Flúor: maior intensidade somente durante as primeiras 24-48 horas • Os CIVs são verdadeiros reservatórios de flúor, o qual adquirem de distintas fontes, mantendo a longo prazo suas características anticariogênicas. 2) Adesividade: Dada por ligações químicas dos radicais carbóxilos (COOH) aos íons cálcio presentes no esmalte, dentina. 3) PONTO NEGATIVO – SOLUBILIDADE: O alto grau de solubilidade e desintegração ao meio bucal exige que os CIVs sejam protegidos superficialmente com agentes adesivos. AMALGAMA Vantagens Desvantagens Alta resistência a compressão Baixa resistência a tração Efeito bactericida e bacteriostático Pouquíssima estética Dificulta a formação de cárie secundária devido a vedação de interfaces, dificultando a infiltração marginal Toxidade do mercúrio (Hg) Tipos de liga: 1) Convencionais 2) Ligas com alto teor de cobre ou enriquecidas por cobre3) Ligas com adição de outros metais ou com alto teor de cobre e prata Funções de cada componente: • Prata (Ag): aumenta resistência mecânica e retardada a oxidação, aumentando a expansão de presa e diminuindo o escoamento. [Possibilita uma cristalização (tipo de presa) em tempo adequado] • Estanho (Sn): facilita a amalgamação da liga com o mercúrio, na temperatura ambiente e auxilia a redução da expansão da prata dentro dos limites possíveis. • Cobre (Cu): Substitui parcialmente a prata tornando a liga menos friável, durante a obtenção da limalha aumenta a expansão, a dureza e a resistência mecânica diminuindo o escoamento. • Zinco (Zn): É desoxidante, atua como um agente de limpeza durante a fusão • Mercúrio (Hg): Induz uma amalgamação mais rápida. Sobre o Mercúrio: Possibilita uma maior dissolução das partículas, e assim uma maior formação de matriz e menor resistência, por conseguinte. Pode influenciar na alteração dimensional, creep e resistência a compressão. Fases: 1) Gama1: AgHg – produto de reação entre a prata (Ag) e o mercúrio (hg) 2) Gama2: SnHg – representa o produto da combinação entre o Estanho (Sn) e o mercúrio. É a fase menos estável, com baixas propriedades mecânicas e que está exposta a maior corrosão. 3) ETA: CuSn – Representa o produto da combinação entre o cobre (Cu) e o estanho (Sn). É a fase mais resistente do material, com creep reduzido o que lhe confere maior longevidade. Importante: Ligas com alto teor de cobre tem creep reduzido. O que é o CREEP? • Deformação plástica sob uma tensão constante (é o escoamento) que acontece quando a temperatura ambiente se aproxima da temperatura de fusão do material (único material sujeito a isso é a amalgama cujo ponto de fusão é um pouco maior que a temperatura bucal) • Quando isso ocorre podem ocorrer protusão das margens de restauração, ocasionando possíveis fraturas marginais. Preparo cavitário • O amalgama possui baixa resistência a tração, sendo necessário um preparo cavitário para evitar fratura do material e do remanescente cavitário. • O preparo pode ser feito com verniz cavitário ou com o sistema adesivo que também é compatível. • Verniz cavitário: tem função de vedar os túbulos dentinários para evitar a infiltração de íons metálicos. Expansão Tardia do material • Ocorre quando há zinco na composição de um amalgama, que é manipulado na presença de água. A reação gerada entre o zinco e a água produz gás hidrogênio que não reage com o amalgama gerando uma pressão que causa expansão tardia do material podendo haver fratura do material. Importância da condensação do material • Diminuir a quantidade de mercúrio, adaptar e compactar o material contra as paredes cavitárias reduzindo a possibilidade de formação de porosidade interna. Resina Composta Definição de compósito “Composto de dois ou mais materiais diferentes com propriedades superiores às dos seus constituintes quando separados” • Matriz Orgânica: Bis-GMA, UEDMA. (Monômeros cuja função é dar corpo ao material) • Matriz Inorgânica: cargas cuja função é dar resistência mecânica ao material. • O agente de união das matrizes é chamado SILANO. • Os iniciadores da polimerização são as aminas. • A dispersão da luz visível é influenciada pelo tipo e tamanho das partículas de carga, bem como tipo e quantidade de modificadores ópticos. Classificação das resinas compostas 1) Quanto ao escoamento • Alto escoamento (Flow) – são resinas que apresentam baixa viscosidade, apresentando uma melhor adaptação as paredes da cavidade. • Médio escoamento - são resinas híbridas e micro híbridas que necessitam de uma espátula para inserção e adaptação da resina as paredes cavitárias. • Baixo escoamento (são condensáveis) – são as resinas mais recentes no mercado, apresentam como característica principal a resistência ao escoamento, facilitando a obtenção de um ponto de contato interproximal. 2) De acordo com o tamanho das partículas 2.1) Macroparticulas (convencionais) 2.2) Microparticulas 2.3) Hibridas • Micro-hibridas • Resinas com nanoparticulas • Nanohibridas • Resina a base de silorano Considerações clinicas: Macroparticulas: alta rugosidade de superfície: desgaste por abrasão da matriz de resina, deixando as partículas de cargas projetadas na superfície. Alteração de cor: superfície rugosa retém substâncias, baixa resistência ao desgaste oclusal. (Exige cuidado com a técnica de inserção do material, deve-se compensar a contração do material. Resinas de micropartículas: área de superfície muito grande, distribuição das partículas em forma de aglomerados. Propiciam superfície lisa, visto que as partículas de carga são menores que as partículas dos abrasivos, então a carga de sílica é removida juntamente com a resina a qual está ligada. Apresentam propriedades físicas e mecânicas inferiores a das resinas tradicionais pois 50% da carga é composta por matriz polimerizada o que a carreta numa união mais fraca das partículas pré polimerizadas à matriz da resina. • São contraindicadas em áreas onde há concentração de tensões • São utilizadas em restaurações estéticas anteriores devido a lisura superficial. Resinas hibridas: distribuição de partículas homogênea, agente de carga: quartzo, resina pré polimerizada e vidros que contém metais pesados. • Propriedades: conseguir lisura das resinas com micropartículas com a manutenção ou melhoria das propriedades físicas e mecânicas das resinas compostas convencionais. Com o aumento da carga, houve uma melhoria virtual de todas as propriedades e talvez as melhores propriedades físicas e mecânicas pertençam a esta categoria. • Indicadas em áreas submetidas a grandes tensões e onde pode haver abrasão. Apresentam lisura superficial razoável, mas ainda inferior a micro hibrida. Resina Micro hibrida: são obtidas através da mistura de partículas hibridas e micropartículas. • Apresenta superfícies melhores e mais lisas que as hibridas mas mantém as propriedades mecânicas. • Utilizadas em restaurações anteriores, devido a lisura superficial e a boa resistência • Empregadas em restaurações que estarão sujeitas a tensões concentradas. Resinas com nanoparticulas • Resultado da união de resinas micropartículas e resinas micro-hibridas • Pouco tempo no mercado • Poucos estudos “in vivo” para comparação com os demais grupos • Excelente polimento e brilho • Ótimas propriedades mecânicas • Utilizada tanto em dentes posteriores quanto anteriores Resinas nano hibridas • Apresentam as mesmas características das nanoparticuladas • Possuem maior variação no tamanho de partícula de carga utilizada Resina composta a base de silorano • Silorano: novo monômero desenvolvido pela 3M • Não utiliza Bis-GMA • Método de polimerização diferente dos demais • Contração de polimerização menor que 1% • Sistema adesivo próprio Métodos de polimerização • Química – autopolimerização • Física – polimerização por luz ultravioleta, ou por luz visível • Dual – utilizam os dois métodos de polimerização Fatores que influenciam na profundidade de polimerização das resinas compostas fotopolimerizadas 1) Quantidade de fotoiniciadores e inibidores 2) Tamanho e quantidade de cargas 3) Cor da resina 4) Presença da estrutura dental 5) Intensidade de luz de várias lâmpadas 6) Distância do material da fonte de luz 7) Período de exposição do material Contração • Contraem em direção a parede que estão aderidas • Para diminuir a contração utiliza-se a técnica incremental • Ocorre devido à aproximação molecular durantea formação da cadeia polimérica • Quanto maior a conversão dos monômeros em polímeros maior a contração • A contração de polimerizaçãou89i Sistemas Adesivos “Têm por finalidade promover a união entre materiais restauradores e a estrutura dental” Quais são os requisitos para um adesivo dental? 1) Alta resistência de união aos tecidos e materiais restauradores 2) União imediata e durável 3) Prevenir o ingresso de bactérias 4) Proteger a polpa 5) Simples de se utilizar Condicionamento ácido do esmalte – formação de micro porosidades Vantagens do condicionamento no esmalte: protege os cristais remanescentes contra futuras dissoluções, promove união efetiva Vantagens do condicionamento da dentina: selamento efetivo dos túbulos dentinários pela camada hibrida, diminuição da sensibilidade pós-operatória pelo bloqueio intra-tubular, e diminuição de cáries recorrentes. O que é a camada hibrida? “É a interpenetração ou impregnação de um monômero hidrofílico nas fibras colágenas da superfície desmineralizada da dentina, formando uma camada ácido resistente de dentina, reforçada por resina” “Camada híbrida ou zona de interdifusão dentina/resina é a camada que se forma após o condicionamento ácido da dentina e é formada pela dentina e o adesivo dentinário. ” Hibridização dentinária (Estudos realizados por Nakabayashi e cols (1982), revelaram que o condicionamento ácido deixava uma camada de fibras colágenas ancoradas na dentina desmineralizada e que resinas hidrofílicas infiltravam e copolimerizavam-se com estas fibras para formar a camada híbrida, consistindo em uma dentina infiltrada por resina. A estrutura resultante não é resina nem dente, mas um híbrido dos dois. Não é localizada sobre a superfície, mas, sim criada dentro do substrato. A infiltração resinosa intencionalmente muda as propriedades físicas e químicas desta interface, tornando-a ácido-resistente. PRIMER: solução de monômeros resinosos diluídos em solventes orgânicos. Corresponde à função hidrofílica do material. ADESIVO: função hidrofóbica, não contém solventes orgânicos nem água em sua formulação. É composto por monômeros mais viscosos do que aqueles presentes nos primers, porém com baixa viscosidade, garantindo fluidez suficiente para que o adesivo possa penetrar na superfície preparada pelo primer. Autocondicionante - não requerem a aplicação isolada de um ácido para produzir porosidades no substrato. Ácido fosfórico – remove totalmente a smear layer permitindo a desobstrução dos túbulos dentinários e possibilitando a descida do material adesivo para formação da então camada hibrida. (obs.: os túbulos dentinários tem água, logo o primer é o primeiro a atuar para remover essa água devido a sua afinidade. Logo após ocorre a descida do adesivo. Fatores que afetam a qualidade do adesivo: • Tempo de condicionamento • Quanto mais profundo o condicionamento menor a resistência de união. Classificação dos sistemas adesivos: • Quanto a química baseada nos componentes formadores do primer e do adesivo • Quanto a smear layer: sistemas que modificam, removem, dissolvem • Quanto ao número de passos: quantos passos são necessários para se formar a camada hibrida • De acordo com a geração Vantagens dos sistemas adesivos: 1) Melhor estética 2) Maior conservação da estrutura dental 3) Aumento da resistência da coroa 4) Novas técnicas
Compartilhar