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relatorio ensino fundamental

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
PATRICIA MARQUES DE OLIVEIRA SOARES
 
BELO HORIZONTE
2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental sob a orientação do Professora Ângela Maria Paiva Gama
 
 
 
 Curso: Pedagogia
 BELO HORIZONTE
 2017
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04 
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA...,,,,,,,,,,.................................................................................................,07
1.1 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA..................................................................07
1.2 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E ASPECTOS OBSERVADOS......................................................................................,,,,,,,,,,,............13
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS..............................................................................................................15
2.1 – DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS....,15
2.2 – DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS..... 18
CAPITULO III - CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................21
REFERÊNCIAS.............................................................................................................26
ANEXOS........................................................................................................................27
ANEXO 1-FICHA DE APRECIAÇÃO DA ATIVIDADE PRÁTICA........................27
�
INTRODUÇÃO.
Este relatório tem a finalidade de apresentar Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, realizado na Escola Municipal Conego Sequeira, localizada na rua: Flor Chuva De Prata, 40, Bairro: Independência, Belo Horizonte/MG, entre os dias 29/08/2017 á 20/09/2017 cumprindo 66 horas no total.
 Eu Patrícia Marques De Oliveira Soares, cursando pedagogia no polo de Venda nova, Belo Horizonte/MG. Este relatório foi registrado as condições em que se realizou o estágio, os procedimentos e planejamentos assumidos em sala de aula, bem como um conjunto de reflexões que procuram esclarecer o modo como foram conduzidas as aulas, manifestando também meu modo de compreender a experiência de estágio. Contudo, acredito que a formação do professor certamente não se limita às teorias estudadas no tempo de universidade e tampouco encontra suas “diretrizes últimas” a partir das experiências vivenciadas durante a curta experiência do estágio. É um processo contínuo e, como tal, requer um esforço constante de auto revisão, na medida em que devemos nos questionar constantemente a respeito de nossas práticas e nossos modos de compreender a docência.
 E, sob essa perspectiva, costumo pensar o estágio como uma, entre tantas oportunidades que surgirão para nos desenvolver como professores. Este relatório representa, ainda que resumidamente, um momento desse processo de formação.
 Um momento único para o “aspirante” a professor, que mais uma vez estabelece a diferença entre o que foi discutido na universidade e a prática docente propriamente dita.
 As minhas expectativas são as de poder atuar com segurança na escola onde estou fazendo o estágio e a de fazer um bom trabalho baseado nos meus estudos e no conhecimento que adquiri. De encontrar profissionais comprometidos e que me acolham, dando condições e me orientando neste processo tão importante.
 No meu estágio, espero absorver o máximo de informações que eu puder, para assim adquirir mais experiências atuando em sala de aula, e ajudar meus alunos da melhor maneira possível, passando com clareza o conteúdo programado e despertando o interesse das crianças, fazendo com que elas se interessem pelos assuntos.
 Espero conquistar o respeito e o carinho dos alunos, para que nossa relação em sala seja bem agradável, em relação á professora regente, espero ganhar a confiança da mesma e também do corpo docente da escola, podendo assim trocar informações, dicas de como atuar, pois, desta forma somarei para o meu desenvolvimento em sala de aula.
 O presente relatório visa mostrar todo o processo de uma proposta realizada, onde o direcionamento do presente estágio é para primeiramente a identidade do aluno, socialização e integração com a turma onde está inserido. O objetivo foi compreender como a escola planeja juntamente a professora os melhores mecanismos de atingir as expectativas almejadas ao fim do bimestre. Como a professora faz na prática cotidiana para integrar, alunos, família e escola visando um bom desenvolvimento de cada aluno, e alcançar um aprendizado significativo.
 Sabemos que a escola, instituição responsável por introduzir formalmente as crianças no mundo da escrita, acaba não priorizando o letramento enquanto prática social e se preocupando em demasia apenas com a aquisição da língua escrita como forma de sucesso e promoção escolar. Surge então, a necessidade de as escolas repensarem o seu papel social. Não apenas alfabetizar, não apenas fazer com que o indivíduo permaneça na escola por mais tempo, mas dar qualidade a esse tempo de permanência nas escolas, ou seja, letrar os seus alunos. Ler e escrever na escola precisa ir além da decodificação, é preciso formar cidadãos críticos e ativos, é preciso atribuir significado à escrita e dialogar de forma reflexiva com aquilo que se produz.
 O professor deve oportunizar aos alunos diversas atividades que possam facilitar o processo de letramento dos mesmos, principalmente quando trabalha com leituras diversificadas e com a valorização do conhecimento prévio dos alunos, uma vez que a maioria das crianças já vem para a escola inserida no mundo do letramento, através de experiências que já tem como verem um outdoor, as leituras de imagens, ao folhearem livros e gibis, o contato com rótulos das embalagens, etc.
 Tendo em vista o processo pelo qual a criança está vivenciada em suas especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, além de uma proposta voltada para a contribuição de cidadãos reflexivos e críticos, pautados no mundo das descobertas do conhecimento de mundo, das tecnologias, vem à necessidade da observação contínua elaborada através do registro frente ao progresso e os avanços individuais e coletivos desses educandos. Avanços estes, mediante a cada aluno em suas atividades realizadas em sala de aula, como as seguintes observações relatadas aqui. A educação corresponde, pois, a toda modalidade de influências e inter-relações que convergem para a formação de traços de personalidade social e do caráter, implicando uma concepção de mundo, ideias, valores, modos de agir, que se traduzem em convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação frente a situações reais e desafios da vida prática.
 Neste sentido, educação é instituição social que se ordena no sistema educacional de um país, num determinado momento histórico; é um produto, significando os resultados obtidos da ação educativa conforme propósitos sociais e políticos pretendidos; é processo por consistir de transformação sucessiva tanto no sentido histórico quanto no de desenvolvimento da personalidade.
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA TURMA OBSERVADA
 O Estágio Supervisionado em Docência nos Anos Iniciais foi realizado na Escola Municipal Conego Sequeira,em acompanhamento a turma do 3° ano do ensino fundamental.
 A Escola Municipal Conego Sequeira, inaugurada em 08 de fevereiro de 1981, foi à primeira escola municipal a ser implantado no bairro Independência. Era grande a demanda por mais escolas na região, pois existiam poucas escolas públicas que não conseguia atender a demanda da comunidade. O nome ‘’Conego Sequeira’’ é uma homenagem a Francisco Maria Bueno de Sequeira, escritor, jornalista, capelão militar e vigário no interior. Foi membro da academia mineira de letras.
A escola situa-se na rua: Flor Chuva de Prata, 40, no bairro Independência, e atende crianças de sua região aos bairros Independência, Mineirão, Petrópolis e Barreirinho, oferecendo ensino às crianças e adultos do fundamental l e fundamenta ll ,e o ensino EJA. 
1.1 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
HISTÓRICO
A Escola Municipal Conego Sequeira, inaugurada em 08 de fevereiro de 1981, foi à primeira escola municipal a ser implantado no bairro Mineirão. Era grande a demanda por mais escolas na região, pois existiam poucas escolas públicas e não conseguia atender a demanda da comunidade. O nome ‘’Conego Sequeira’’ é uma homenagem a Francisco Maria Bueno de Sequeira-escritor, jornalista, capelão militar e vigário no interior. Foi membro da academia mineira de letras.
A Escola Municipal Conego Siqueira, está situada a rua: Flor Chuva de Prata 40, Bairro: Independência, Belo Horizonte/MG- CEP: 30672-260. A escola recebe abastecimento de água encanada, fiação elétrica em perfeito estado de segurança e uso, há coleta de lixo regularmente e tratamento de esgoto adequado. São promovidos eventos que envolvem a comunidade, tais como: Reuniões com os responsáveis com promoções de oficinas e outros, presença constante dos responsáveis na escola em culminâncias propostas a cada bimestre. Há passeio extraclasse. E quando se fala sobre os animais acontece o passeio no zoológico, etc.. Quanto ao contexto socioeconômico é uma clientela que vai de carente a classe média, Percebo que o pedagógico da escola surpreende positivamente a comunidade, e os docentes da escola são comprometidos com uma educação de qualidade.
 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
 A escola atende 1.216 alunos, em três turnos. Com 537 alunos do fundamental l, 431 do fundamental ll e 248 alunos da Educação de jovens e adultos (EJA).
 
ESTRUTURA
Acessibilidade
Parque infantil
Biblioteca
Quadra de esportes descoberta
Internet
Quadra de esportes coberta
Internet Banda Larga
Laboratório de informática
Etapas de Ensino
Ensino Fundamental - Anos Iniciais
Ensino Fundamental - Anos Finais
Educação de Jovens e Adultos - Supletivo
INFRAESTRUTURA
Alimentação escolar para os alunos
Água filtrada
Água da rede pública
Energia da rede pública
Esgoto da rede pública
Lixo destinado à coleta periódica
Acesso à Internet
Banda larga
EQUIPAMENTOS
Computadores administrativos
Computadores para alunos
TV
DVD
Antena parabólica
Copiadora
Retroprojetor
Impressora
Aparelho de som
Projetor multimídia (datashow)
Fax
Câmera fotográfica/filmadora
DEPENDENCIAS
18 de 24 salas de aulas utilizadas
102 funcionários
Sala de diretoria
Sala de professores
Laboratório de informática
Quadra de esportes coberta
Quadra de esportes descoberta
Cozinha
Biblioteca
Parque infantil
Banheiro dentro do prédio
Dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida
Sala de secretaria
Refeitório
Despensa
Almoxarifado
A dependência da escola possui 18 de 24 salas de aulas sendo utilizadas, são 15 turmas do fundamental l,12 turmas do fundamental ll e 7 turmas do EJA. A escola possui três turnos: fundamental l que é o da manha seu horário é das 07h00min as 11h30min o do fundamental ll na parte da tarde de 13h00min as 17h30min e o educação de jovens e adulto (EJA) horário noturno das 18h00min as 22h30min.
Com um quadro de equipe de profissionais disponível: Direção, coordenação pedagógica, professores, agente educador, estagiários da prefeitura, limpeza sendo atendida por (dois) funcionários e a merenda preparada e servida por (duas) merendeiras terceirizadas.
 Quanto à distribuição do espaço físico, a escola está dividida em dois blocos: O primeiro se situa mais a entrada do prédio e compreende o setor administrativo (secretaria, coordenadoria e direção), a sala dos professores, a sala de vídeo, a cozinha e os banheiros feminino e masculino; o segundo bloco compreende, em dois andares, as salas de aula, a sala de informática e a biblioteca.
 Há uma área coberta entre os dois blocos onde são encontradas mesas que são usadas durante o lanche dos alunos e em realização de atividades. Ao lado da área coberta há pequeno espaço não coberto onde os alunos costumam desenvolver seu lazer no horário de intervalo. A área esportiva, destinada às aulas de educação física, fica nos fundos da escola. Possui infraestrutura em condições que favorece o bom funcionamento da escola
 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Planejamento da escola é baseado na efetiva necessidade de resgatar valores essenciais para uma vida com qualidade tanto no aspecto pedagógico, como na formação de uma cidadania consciente participativa, visando resgatar credibilidade da escola e proporcionar a todos da unidade um ambiente prazeroso em que a participação de cada um seja ativa, positiva, marcante e transformadora. A escola como grupo social apresenta-se consciente de que o aluno é o centro na importância da educação no processo da construção do ser humano como agente na história, onde estimulo e valorização entre toda a direção, professores, funcionários trabalham na busca de um ambiente democrático e sempre pensando no bem estar de todas as crianças.
 Percebi que todos os funcionários estão sempre buscando este resgate de valores tanto com a comunidade que envolve a escola, quanto com os alunos dela.
A escola tem como base os seguintes princípios: a igualdade de condições para acesso e permanência na escola, liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura e o pensamento a arte e o saber. Capacidade do ambiente natural e social, do sistema político da tecnologia, da arte e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
O planejamento da escola é sempre no Projeto Político Pedagógico da instituição. É realizado um planejamento anual, dividido em meses, e é feito semanalmente pelo professor que faz sua adequação diária, conforme vai aplicando os conteúdos onde são trabalhadas todas as datas comemorativas Na segunda-feira é trabalhado português e matemática, na terça-feira matemática, ensino religioso e português, na quarta-feira, ciências, português e artes, na quinta e sexta-feira, geo./história, matemática e português. Segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira são dias de educação física na escola, as turmas se revezam entre si durante a semana para que todas ao final da mesma tenham 4 ( quatro ) tempos de 50 ( cinquenta ) minutos de aula.
 O projeto da escola menciona como objetivo geral oferecer condições ao aluno de uma aprendizagem voltada às necessidades sócio histórico e cultural, levando-o a ter uma visão crítica para exercer sua cidadania dentro e fora da instituição escolar; Favorecer a aprendizagem dos alunos, excluindo os fatores que incidem na repetência; Integrar a escola à comunidade através de reuniões sistemáticas onde serão discutidos os problemas, os avanços ou recuos do processo educativo; Conhecer e respeitar as atribuições de todos os segmentos da escola proporcionando uma responsabilidade coletiva. A escola tem como proposta pedagógica orientar suas ações em busca da efetivação de seus objetivos, através de um currículo que valorize a interação constante entre seus membros, entre a escola e a família.
 A família participa de forma efetiva dos diversos momentos da construção do conhecimento contribuindo assim de forma realpara a formação da pessoa humana e para mudança da sociedade. 
AVALIAÇÃO
Antunes (2010) defende que a avaliação está na interdependência do ensino, de modo que os resultados da avaliação contribuam para a definição das atuações de ensino subsequentes. A avaliação deve ajudar o professor a repensar suas práticas e estratégias de ensino, assim como deve servir aos alunos, mostrando-lhes como e em que podem melhorar sua aprendizagem. Tendo em vista essa perspectiva, realizaremos nossa avaliação em duas frentes, uma relacionada às produções textuais dos alunos e outra levando em conta a participação dos mesmos durante o andamento das atividades. Quanto à avaliação das produções textuais, esperamos colocar em prática a proposta de Geraldi (1991), promovendo ida e vinda do texto entre aluno e professor, uma ponte dialógica entre sujeito enunciador (o aluno que produz o texto) e seu interlocutor (o professor e demais colegas que lerão as produções). A avaliação se baseará na evolução que as produções textuais apresentarem à medida que o dialógico autor-leitor for se desenvolvendo. A avaliação dos alunos quanto à sua participação nas aulas levará em conta o interesse dos mesmos pelas atividades desenvolvidas e a sua disposição para com o desenvolvimento destas. A colaboração dos alunos com os colegas e professores nos trabalhos em grupo, sua atitude em relação às reflexões sobre os conteúdos e práticas desenvolvidos e sua integração com a turma também serão levadas em conta na avaliação.
1.2 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DO TRABALHO DO PROFESSOR
 O cumprimento da carga horária de Estágio Supervisionado em Docência Dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental refere-se á observação e acompanhamento da turma do 3° ano - 302, da professora Patrícia Maria Santos, docente experiente com mais de 25 anos de magistério, formada em pedagogia pela UFMG. A turma possui 35 alunos, com três alunos especiais, sendo um cadeirante. 
Tendo como objetivos neste estágio, é possível afirmar que demonstra boa integração às propostas de atividades desenvolvidas em sala de aula e que segue totalmente às minhas expectativas para o seu desenvolvimento. Sobre o desenvolvimento cognitivo está se dando gradualmente no processo de aquisição da leitura e da escrita, muitas já sabem ler e escrever, em quanto outras apresentam muita dificuldade, reconhecendo algumas letras e sílabas, números, algumas já demonstram iniciativas em resolver seus problemas e aceita mudanças de rotina apresentando boa aceitação das regras da professora, outras ainda demostram bastante imaturidade ao convívio em grupo, ainda não aceitam tão bem as propostas da professora. A turma tem alguns alunos repetentes e crianças defasadas que pela idade deveriam estar pelo menos no 5º ano. São inquietos e costumam ficar muito tempo em pé, andando pela sala, conversando. A turma é bem agitada, poucos minutos podem-se ver todos concentrados nas tarefas propostas pela professora.
 Percebo que um grupo é bem focado em quanto o restante se concentra em outras coisas, mesmo com a incansável determinação da professora, percebo que poucos se dedicam às propostas feitas.
 Segundo o Projeto Político Pedagógico, é uma escola identificada com o processo de construção de uma sociedade mais justa, através do resgate de valores. Com um espaço em que a prática pedagógica é entendida como uma prática de vida, de todos e com todos, na perspectiva de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam para sua comunidade. Uma escola democrática, competente e comprometida com a aprendizagem significativa do aluno, buscando transformar informações em saberes necessários à vida dos alunos. A classe 302, na qual foi realizado o estagio, são crianças muito agitadas, em sua grande maioria. 
 A entrada é às treze horas, com intervalo para o almoço as quatorze horas e trinta minutos, e prossegue com as atividades diferenciadas para cada dia da semana. As atividades são bem diversificadas, mas nem sempre são bem aceitas pelas crianças, que percebo muita imaturidade, privilegiando atividades que envolvam o lúdico, apesar da idade defasada. A saída é ás dezessete e quinze. Os alunos são de faixa etária de oito a dez anos. A escola é totalmente inclusiva, têm um diretor titular que já atuou nas várias séries do ensino básico, com seus 20 anos de docência. Um dos aspectos que mais chamam a atenção sobre a professora, é que ele está sempre atenta e preocupada com a aprendizagem dos alunos. Um bom professor precisa saber respeitar os alunos, ser atencioso e ser compromissado com a sua profissão. Poucos alunos são faltosos. Possuem também dois alunos com pouca atenção, problemas comportamentais, que fazem as atividades quando estão afins, só se atentam de maneira mais integrada quando a atividade é associada de forma lúdica, levando tudo na base da brincadeira. São agitadíssimos e interrompem todo tempo as atividades. Por vezes a professora precisa interromper a atividade para chamar atenção deles.
 A professora da turma apresenta uma postura incansável, tendo como objetivo manter os alunos em sala de aula e proporcionar a todos o mesmo aprendizado de forma clara, para que todos realizem as atividades propostas, mostrando-se sempre preocupadas com o rendimento individual dos alunos. Num momento de conversa entre eu e a professora discutimos que, devemos respeitar os tempos e espaços, criando ambientes que possibilitem às crianças ampliar suas experiências, autonomia e que se desenvolvam em todas as dimensões humanas: afetiva, motora, cognitiva, social, imaginativa, lúdica, estética e criativa. A turma é ás vezes, bastante agitada, precisando estar ocupada o tempo todo com atividades. A professora é muito insistente e exigente, durante a aula. Fala o tempo todo que é necessário dar um “duro", nos mais atrasadinhos estabelecendo uma rotina para todos os dias deixando escrito no quadro, procura dar responsabilidades que elas possam cumprir para que se sintam necessárias e valorizadas, tem diminuído o ritmo dando muitas atividades. A professora tenta despertar nos alunos o gosto pela leitura, tendo feito em sua sala com seu próprio dinheiro, uma mini biblioteca, com livrinhos, gibis, tentando assim aguçar a curiosidade deles, por conhecer novos livros, revistas e gibis. 
CAPÍTULO II - 2. DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
2.1 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS
 Diante dos alunos mais difíceis, a professora está sempre propondo atividades desafiadoras e a rotina não repetitiva, sempre voltando ao, conteúdo dado, onde esta, aliás, é uma reflexão importante para motivar não apenas os estudantes com transtornos, mas toda a turma. Durante a minha interação, em quanto auxiliava em uma atividade de leitura, onde cada um escolheu seu próprio livro na mini biblioteca da professora, percebi que a turma apresenta um desempenho razoável na leitura. No entanto, há quatro alunos que apresentam dificuldades em ler, até palavras simples. Diante disso, surgiu a necessidade de passar aos alunos com dificuldades, atividades diferenciadas como, por exemplo, atividade feita nos cadernos dos alunos. Nesse sentido ressalta Zabala: “Sobre a concepção de aprendizagem, o autor afirma que não é possível ensinarmos sem nos determos nas referências de como os alunos aprendem, chamando a atenção para as particularidades dos processos de aprendizagem de cada aluno (diversidade).” (ZABALA, 1998, p.2) Pode-se dizer que o professor tem que levar em consideração a particularidade de cada aluno, no que diz respeito à questão dos processos de aprendizagem, diagnosticando a dificuldade do aluno e posteriormente ministrar o ensino de acordo com sua capacidade de aprendizagem.
 Na integração com a sala onde participei no acompanhamento de participação das atividades, auxiliando os alunos em um exercício de expressões numéricas, observei que os alunos não acompanham as aulas por igual, que cada um tem o seu momento, cada um tem sua dificuldade, unsacompanham mais rápido, outros tem mais dificuldade. Segundo Hoffmann (2005,p.53), se valorizarmos os “erros” dos alunos, considerando- os essenciais para o “vir a ser” do processo educativo, temos que assumir também as possibilidades das incertezas, das dúvidas, dos questionamentos que possam ocorrer conosco a partir da análise das respostas deles, favorecendo, então, a discussão sobre essas ideias novas ou diferentes. Isso foi percebido com clareza que quando o aluno erra, não é rotulado e sim mostrado o seu erro e explicado no quadro para que a turma toda perceba e o ajude a pensar onde errou.
 Demo ressalta que “o bom professor não é aquele que soluciona os problemas, mas justamente o que ensina os alunos a problematizarem”.
 Aprender é construir conhecimentos através da problematização, da dúvida, e o erro gera a dúvida. Se a correção incide apenas sobre o produto final, o professor poderá ter uma lição sem erros, o que não significa que o aluno tenha aprendido. Mas quando é sobre o processo de aprendizagem, ela é fundamental, porque corresponde exatamente à intervenção que se espera do professor – alertar o aluno para alguma inadequação da atividade que está sendo realizado, reorientar a ação do aprendiz, alertá-lo para algo que ele não considerou ou percebeu, levantar questões que o ajudem a pensar sobre isso, “o professor deveria ter, na verdade, uma função de motivação, de estímulo, de avaliação e de orientação” (DEMO, Nova Escola, 2001). Porque o objetivo do ensino é que o aluno tenha uma aprendizagem significativa, construa seu conhecimento, tenha acesso a novas informações, torne-se autônomo e crítico, não que faça lições sem erros ou que tenha um caderno "perfeito". Segundo o que foi ministrado no curso de pedagogia na aula de fundamentos Teóricos e Metodológicos de História e Geografia, sempre que estiver ensinando aos alunos podemos dar aulas expositivas e dialogadas, questionar o porquê disso ou daquilo, deixar os alunos se manifestarem sobre algo que aconteceu no seu cotidiano. 
 Nesse período de estar na sala de aula é muito importante para compreender como agir em um primeiro momento, observando as vivências dos alunos e a vida cotidiana da sala de aula, com todos os problemas que surgem.
 Estava colaborando em uma atividade de produção de texto, e pude perceber que os alunos usam suas experiências do cotidiano nos trechos que li, e suas experiências pessoais, vivência e convívio com a família. Conforme Comenius, citado por Kulesza, Wojciech A. (1992) ao abordar os problemas educacionais do ponto de vista de uma filosofia de vida total, Comenius mexeu com problemas que estão longe de estar solucionados, e o modo como ele fez isso é relevante não somente para o mundo do século dezessete, mas para o mundo de hoje. Podemos observar que cada dia pode ser imprevisível, ocorrem problemas, desafios, dificuldades, mas também é repleto de alegrias e realizações, com crianças ansiosas pela vida e pela descoberta do saber. Os alunos cantam na sala de aula e nas apresentações festivas da escola. Segundo Hoffmann (2005), a postura do professor frente às alternativas de solução construídas pelo aluno deveria estar necessariamente comprometida com tal concepção de erro construtivo. Podemos considerar que o conhecimento produzido pelo educando, em certo momento de sua experiência de vida é um conhecimento em processo de superação. O ensino fundamental passou por mudanças esses últimos anos, com a implantação do 9º ano e da entrada na 1ª série com seis anos, cada vez mais cedo as crianças adquirem mais responsabilidade. A escola também enfrenta grandes desafios com os avanços tecnológicos, descobertas científicas, mudança de valores, atitudes, costumes. 
Hoje temos também a responsabilidade social de ensinar na escola a consciência sobre o meio ambiente, sensibilizar sobre a problemática do lixo, com o objetivo de que as crianças desenvolvam as competências necessárias para o exercício de uma cidadania responsável. A professora fazia um trabalho de leitura com eles funcionava assim: cada um escolhia o livro que queria ler ,quando algum estava folheando, o outro já estava esperando a sua vez com um livro na mão. Podia observar a evolução dos alunos no dia a dia. Durante o curso de pedagogia compreendendo que a cultura do livro é uma herança de contexto familiar, porém com a modernidade, onde as mães trabalham e não tem tempo para incentivar a leitura aos filhos. As crianças não gostam de ficar presa a um livro, quando tem um computador a sua frente. A professora tomava a leitura e escrevia em que estágio de desenvolvimento estava para fazer o registro dessas informações. 
 O exercício da docência é um constante repensar ações frente a pessoas em formação. Tal compromisso demanda um despojar de ideias pré-concebidas acerca de diferentes histórias de vida em seus amplos contextos sociais, foi partindo desse pressuposto que nos enveredamos ao estágio na Escola Municipal Conego Sequeira, cientes do compromisso social que as instituições de ensino têm para com seus alunos e certos de encontrar um ambiente propício não só à aquisição do saber regulamentar, mas também, da formação de cidadãos comprometidos com o desenvolvimento da sociedade. 
2.2 – DESENVOLVIMENTO E ANALISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS
 Nos desenvolvimentos das atividades, percebi que dentre todas as dificuldades a que é mais nítida, é a leitura e a interpretação de texto. A turma sente dificuldade nas palavras diferentes, no coletivo, palavras com dígrafos, hífen e encontros vocálicos. 90% da turma leem, porém somente 30% leem sem dificuldades e entendendo o que se lê. 50% possuem uma leitura pausada, com muita dificuldade e 10% ainda silaba muito e não reconhece ou não conseguem ler palavras com dígrafos e encontros consonantais. 
 Tendo em vista esta dificuldade, as atividades que pratiquei bastante com as crianças são as de vocabulário, produção e interpretação de texto. A professora Patrícia é bastante organizada, cada aluno tem seu caderno de vocabulário, sua caixa com várias leituras curtas e perguntas acerca das leituras, à professora costuma fazer rodízios de quatro em quatro na mesa. Começamos pelo vocabulário, ajudo a corrigir o que foi para a casa no dia anterior, infelizmente muitos não fazem.
 Depois pegamos a leitura do dia. Cada aluno possui sua caixa e cada caixa tem 15 leituras curtas diferentes, atrás de cada cartão, tem perguntas a respeito da leitura. Cada um escolhe sua história e lê trechos, em voz alta, logo após responde as perguntas no caderno. Com as leituras encerradas, cada um é desafiado a fazer um pequeno texto, pode se basear na história escolhida ou a do colega. Eu reviso, corrijo as palavras com eles, dou as explicações necessárias e etc. No final da aula, alguns são escolhidos para ler seu texto na frente.
 Falando sobre os alunos especiais e as atividades desenvolvidas, o cadeirante Miguel de 10 anos a professora confessa a dificuldade em avaliá-lo, tendo em vista que ele falta muito, vai apenas uma vez à semana devido às dificuldades que sua mãe tem de loco movê-lo, e ele também não fala, apenas balbucia. A professora reconhece que o aluno tem boas aptidões cognitivas.
 Reconhece número, cores, letras, seu nome, o nome de familiares e colegas,
 Miguel aponta quando é indagado, e acerta sempre as perguntas feitas. Outro dia sua professora perguntou qual era o numero nove, dando-lhe algumas opções de numero, ele apontou o número corretamente, assim fazendo com formas, cores, letras e etc. Com o Miguel consegui fazer apenas uma atividade, a proposta era para que a turma escolhessem palavras no quadro e desenvolvessem um texto ou frases com elas e fizessem um desenho. (descreverei a atividade abaixo). Com o Miguel pedi que escolhesse uma das palavras (devido sua limitação), e desenhasse o que ela significava para ele. Ele escolheu amor e fez um coração, percebi que ele reconhece as letras, pelo balbucio reconheci a letra A eO. Ele não quis trocar seu desenho, pois no final fiz um amigo oculto de desenhos, ao invés insistiu em entregá-lo a sua mãe que o acompanha sempre nas aulas. 
 Pedi permissão à professora Patrícia para executar uma atividade de produção de texto. Primeiramente espalhei no quadro algumas palavras como amor, carinho, afeto, compaixão, escola, família, amigos, vida e etc. Depois pedi que escolhessem três palavras e escrevessem um pequeno texto ou frases que incluíssem as três palavras escolhida. O titulo era "sou criança". Alguns com a grafia mais desenvolvida escreveram, sou criança e preciso de carinho e amor da minha família e amigos. Outros escreveram apenas o básico como sou criança e gosto de amor, carinho e amizade. Depois pedi que fizessem um lindo desenho observando seu texto. Segundo Garcia (2002:301): ‘’aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a encontrar ideias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprisionou. ’’ No final eu os surpreendi fazendo com que eles sorteassem um amigo para entregar o seu desenho, assim cada um ganhou um desenho. Meus objetivos foram trabalhar novas palavras, grafias e produção de texto, inserir a lógica do que se construiu na arte do desenho, e a confraternização na troca dos desenhos. A atividade foi muito bem aceita por todos, e uma experiência incrível para mim. 
 Sobre os alunos Matheus e Gustavo que possuem deficiência intelectual, ambos com 11 e 10 anos respectivamente. Gustavo tem o grau mais avançado, ele não reconhece nem cores, números, letras, apenas a letra A. Já seu nome ele escreve apenas o primeiro, com certa dificuldade. Ele também não tem uma boa dicção, fala com muita dificuldade, balbuciando muitas vezes, não reconhece o nome dos colegas de turma, e seu comportamento não é dos melhores, ele se irrita com muita facilidade, e muitas vezes é agressivo com os colegas de turma. Com Gustavo não consegui realizar atividade, tendo em vista que ele rejeita o novo. Eu tentei fazer um jogo com palavras e números com ele e ele não quis, abaixou a cabeça e com o que entendi de sua fala (já que ele articula com muita dificuldade, muitas vezes balbuciando) ele não queria. Já Matheus é mais sociável e carinhoso com todos, apesar de sua intensa e extrema agitação. Consegue ler e reconhecer números, letras, sons, a maioria dos dígrafos e encontros consonantais, é muito articulado, fala muito bem explicado, e percebe-se que não tem filtro, fala o que tem vontade e quando tem vontade. Tem uma letra cursiva linda, muito elogiada pelos demais colegas de turma. Sua leitura é pausada, ele lê, para e pensa e relê já com o entendimento da palavra. Reconhece o nome de todos os colegas, até o da professora. Consegui desenvolver uma atividade com ele, ele precisava associar às palavras as figuras apresentada, num jogo que tem na sala, reconheceu todas, até as mais difíceis. A professora disse que ele tem tudo para ir para o quarto ano, já que lê tudo, mesmo que pausadamente, escreve muito bem, apesar de sua produção de texto não ser pontuada nem acentuada, conseguimos entender o que escreveu. 
 Na primeira semana de estágio, observei bem a turma, suas maiores dificuldades, seu desempenho e concentração nas atividades propostas. A partir da segunda semana com o aval da professora, e percebendo que a maior dificuldade deles era realmente na leitura e interpretação de textos desenvolvidos junto à professora, algumas atividades de leitura e produção de texto. De acordo com Isabel Solé, ler é um processo de interação entre o leitor e o texto. (Solé, 1987a). A professora requisitou que eu ajudasse quatro alunos que ainda não conseguem ler (com exceção de um, todos repetentes mais de uma vez), sentados em grupo, eles escolheram alguns livros e pedi que eles listassem as palavras que conseguissem reconhecer, envolvessem as vogais delas e lessem as que conseguissem, pude perceber que muitos têm medo do erro, por isso na atividade integrada se isolam e preferem não interagir. Na atividade com poucos, pude reparar que eles têm sim muitas dificuldades, mas conseguiram com autonomia, ler algumas palavras, além de reconhecerem todas as letras e alguns dos dígrafos.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Esse relatório de estágio tem como objetivo mostrar minha forma de enxergar a escola como uma toda, minhas percepções acerca da educação básica e os propósitos num contexto geral que se espera para o ensino fundamental. No ensino das primeiras séries do ensino fundamental, a instituição se demonstra de forma significativa na vida de seu aluno, com a necessidade social que está culturalmente descrita. E é neste caminho que o professor desempenha papel fundamental, já que ele organizará o dia a dia das vivências que os alunos terão acesso na escola, e bem como todas as formas que os levarão a atingir maiores níveis de desenvolvimento. O estágio das primeiras séries do ensino fundamental está relacionado às ações que envolvem a docência com o objetivo de observar e analisar o processo de ensino com crianças desta faixa etária. É importante conhecer as peculiaridades do trabalho pedagógico. Devemos assim, conhecer as crianças que vem para essas instituições, quem nós atenderemos. Conhecer os saberes, valores e práticas nos quais elas estão se desenvolvendo. 
 Para ser professor é preciso ter amor pela educação, compromisso, respeito às fases do aluno, paciência e criatividade. Durante a minha observação percebi que há um planejamento de aula por parte da professora Patrícia, segue uma lógica de conteúdos, aproveita o tempo que possui na sala de aula, mantém contato com o restante do corpo docente, com isso compartilhando experiências, e compartilhando dos ideais educacionais da instituição. Fazer o estágio foi muito gratificante, é uma experiência inesquecível. Essa etapa do Estágio Supervisionado é de grande importância para a minha formação profissional já que serve como um experimento para meu futuro.
 Esse estágio de observação supervisionado me possibilitou conhecer a realidade educacional e comparar o que aprendi na teoria com a prática, pois existe muita diferença entre o ver e o fazer, me permitindo a compreensão da importância da interação entre professor-aluno, num processo de ensino aprendizagem sendo determinante na construção de conhecimento, sendo que aos acadêmicos desempenham um papel ativo observando e refletindo sobre os processos educativos. Na observação de uma turma de 3º ano, verificaram-se muitos aspectos positivos, visto que a professora mostrou empenho, dedicação, compromisso, bem como a ocorrência de troca de saberes instigando-os sempre a pesquisar e trazer discussões para o grupo e a experiência entre professor-aluno ocasionando, portanto uma aprendizagem significativa e nossa troca de experiência se deram de forma bem natural respeitando sempre as suas ideias e comungando as minhas.
 Precisam para tanto, conhecer as crianças concretas que vem para essas instituições, isto é, conhecer os saberes, valores e práticas nos quais elas estão se constituindo, bem como conhecer as especificidades e necessidades dessa faixa etária levando em conta esses conhecimentos na organização de suas propostas pedagógicas. Sabe-se que para educar, necessitamos de um suporte que vá além dos significados e conteúdos de diferentes disciplinas. Isso só será possível realmente se a profissão de educar/ensinar estiver de acordo com atitudes éticas abertas à ação e a reflexão sobre o que realizamos no nosso dia a dia na escola.
 Para responder as novas demandas e exigências da educação, precisamos de estratégias, habilidades e procedimentos que respondam na prática as novas necessidades e expectativas da educação. 
 Atualmente as pessoas necessitam de habilidades, recursos e estratégias para aprender com autonomia, então a educação não deve mais se fundamentarna simples repetição de respostas, mas na formulação e construção de perguntas e conhecimentos. Vivenciada cada dia de forma completa e agradável, repleta de atividades pedagógicas e lúdicas, em um ambiente educativo e seguro. Valorizando a afetividade, a autoestima e as relações pessoais: cada criança é um indivíduo. A escola entende que a educação é um direito de todos, que a escola tem um papel fundamental para a formação de cidadãos conscientes, capazes de contribuírem para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A Direção da escola bem como seus educadores possui uma boa relação com a comunidade escolar (pais, funcionários, comunidade). Essa boa relação é fundamental para a boa convivência entre rede escolar e comunidade além de contribuir para a formação dos educandos, pois são estimulados a exercitar suas capacidades.
 Nosso papel como educadores é o de ajudar o aluno a construir sua identidade, que será sempre única e singular, levando-o transformar-se e a entender criticamente os valores a serem adotados para criação de um mundo melhor para si próprio e para os outros. 
 Tanto a direção quanto educadores deve estar atenta em busca de novas ideias e materiais para aplicação no trabalho em sala de aula. O desenvolvimento das atividades para serem utilizadas no centro de informática tem também como objetivo, além da utilização pelos educandos, adquirir experiência na forma de desenvolver e aplicar as atividades fazendo com que as mesmas sejam criativas, dinâmicas e contribuam com o desenvolvimento intelectual do educando sem esquecer os aspectos afetivos e sociais. 
 Ao terminar o estágio exigido pela disciplina Estágio Supervisionado, confirmei a real importância de conhecer a realidade de uma unidade escolar. A interação com todos os profissionais envolvidos no processo foi extremamente enriquecedora, conforme minha expectativa pôde vivenciar a rotina do cotidiano escolar e realização de diversas atividades. Diante de todo o contexto que rodeia a nossa atuação profissional, esta vivência na escola mostrou-me a importância da formação continuada e do constante aprimoramento dos conhecimentos da área, das necessidades sociais, da investigação da própria prática e a busca de temas atuais. 
 A prática em sala de aula nos leva a refletir como será nosso dia-a-dia sendo professor. Enquanto estamos estudando somente as teorias, não temos ideia do que é estar frente a uma classe com 25 ou 35 alunos. Onde cada uma deles tem sua peculiaridade, personalidade. Ou, cada indivíduo aprende de um jeito, e o professor deve estar preparado e atento, sempre refletindo sobre sua prática educativa.
 Educação corresponde, pois, a toda modalidade de influências e inter-relações que convergem para a formação de traços de personalidade social e do caráter, implicando uma concepção de mundo, ideias, valores, modos de agir, que se traduzem em convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação frente a situações reais e desafios da vida prática. É preciso construir a sala de aula como espaço da palavra, portanto como espaço de escuta. Será preciso redesenhar a configuração imaginária da escola que vive na memória de cada um e de cada uma: em geral a escola do silêncio, da palmatória, dos grãos de milho, do rosto virado para a parede, do um atrás do outro, do absolutismo do professor. Esta escola que, muitas vezes, os retirou da cena escolar, é – contraditoriamente - a escola esperada.
 É também a escola da cópia, do caderno cheio, da correção da professora em letra vermelha, da voz uníssona da professora e do sentido total da obediência.
 No entanto, a minha função como estagiária é tentar modificar essa visão do aluno que vai para a sala de aula, e pensa, que só aprende se encheu o caderno com palavras, independente, se sabe o significado de cada uma delas. Sei também que nem todos os alunos compartilham da mesma ideia, apenas eles foram introduzidos na escola através de um pensamento padronizado. 
 O estágio foi importante para me familiarizar com a prática em sala de aula, com o convívio com os alunos e professores. Também para me habituar ao ambiente escolar com seus problemas, desafios e dificuldades, em um ambiente cheio de crianças com vontade de aprender. Ao realizar as atividades de estágio no Ensino Fundamental, pude perceber as grandes mudanças nos últimos anos, exemplo disso e a recente implantação do ensino Fundamental de 9 anos, em que as crianças com seis anos devem frequentar o 1º ano, com isso as crianças estão vindo para a escola cada vez mais cedo. A educação e consequentemente a escola, enfrenta também grandes desafios com os espantosos avanços tecnológicos e descobertas científicas que surgem a cada dia e que transformam nossa sociedade de maneira vertiginosa, mudando valores, atitudes, costumes. Teve como objetivo, observar como se desenvolve o ensino em sala de aula, de que maneira a professora conduz a aprendizagem, como se processa a apreensão do conhecimento pela criança. Por outro lado o objetivo foi analisar como é a interação dos alunos com a professora, dos alunos entre si e com o ambiente no cotidiano escolar. 
 Observei que o aluno necessita de um professor bem informado e preparado para trabalhar conteúdos e dar conta das exigências de uma educação moderna e atualizada, em um mundo globalizado, que desperte o interesse e a vontade da criança apropriar-se de novos conhecimentos e experiências positivas, a alegria da convivência e descobertas de saberes, valores e lições de cidadania que a acompanharão pela vida, tornando-a cidadã instruída, consciente de seus direitos e de seus deveres. Que saiba conviver e respeitar a diversidade, a natureza e faça pleno uso dos meios de informação e tecnologias disponíveis. 
 A realização desse estágio mostrou-me que a união entre familiares e educadores, compartilhando verdadeiramente a tarefa de educar a criança é fundamental. Temos que sempre fazer uma ponte articulada entre casa-escola. A escola sozinha não consegue nada, precisamos estar juntos com a família, pois a educação engloba diversos aspectos, colocar todas as expectativas e responsabilidades na escola é um erro muito grande que percebo em algumas famílias. Pude executar algumas atividades, apesar do frio na barriga, tendo em vista que a minha frente estava uma profissional muito competente por sinal, com 20 anos de experiência. Fiquei receosa de atrapalha-la, modificar sua rotina, incomodar de alguma maneira, mas como previsto fui muito bem recepcionada por todos. Minhas atividades foram bem aceitas e bastante comentadas pelos alunos. Esse estágio foi instrumento de aquisição de um mundo novo, num ponto de vista crítico e esclarecedor. Na qual vivenciamos experiências novas e diferentes, que nos trouxeram a realidade da nossa sociedade, da educação, e do sistema escolar. Esse contato contribuiu bastante para minha formação profissional e pessoal.O Estágio Supervisionado é uma parte do currículo muito importante na formação do futuro professor porque é a oportunidade de experimentar e realizar, na prática, o conhecimento teórico adquirido no decorrer da sua formação acadêmica. No entanto, a apreensão e a ansiedade no início são normais, devido a pouca experiência, e a responsabilidade de realizar um bom trabalho. O estágio deu-me a oportunidade de estar, esporadicamente como regente na sala de aula. Tem-se a oportunidade de estar na “pele” do professor, literalmente. Percebemos como será nossa prática, nosso dia-a-dia em uma escola. Quando verificamos a prática pedagógica de qualquer educador, observei que, anterior ao que ele faz, há sempre um conjunto de ideias que as orienta. Esse contato é de suma importância, pois ele assim tem uma ideia real do cotidiano na sala de aula, e, também poderá pensar sobre sua futura prática educativa. 
 Finalizo este estágio tendo em mente todo aprendizado e lembranças gratificantes que obtive no decorrer desta trajetória. Pude verificarque o mundo globalizado em que vivemos e todos os avanços tecnológicos contribuem para o aprendizado dos alunos, e que, muitos se validam dela para aprender. Os símbolos, as figuras, a mídia, etc. Percebi que tudo que envolve a vida do aluno pode ser usado na sala de aula para o aprendizado significativo, que é aquele que envolve e deixa marcas inesquecíveis na memória e no viver do aluno. Basta o professor saber separar o proveitoso e planejar as aulas em volta dos temas diversos que estão em evidência no dia a dia do aluno.
3.1 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Walda de Andrade. Lendo e formando leitores. São Paulo: Editora Global, 2009. 246p
COMENIUS: a persistência da utopia em educação / Wojciech A Kulesza Campinas, SP.:Editora da Unicamp,1992(coleção repertórios).
 
GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. 21 ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2002.
GERALDI, João Wanderley. “Escrita, Uso da Escrita e Avaliação”. In: O Texto na Sala de Aula. Cascavel: ASSOESTE, 1990.
SOLÉ, Isabel. O Desafio da Leitura. in - Estratégias de Leitura. Tradução Claúdia Schiling. 6ª Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. p. 21-37.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Editora Arte Médicas Sul Ltda., 1998.
 
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ANEXO

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