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PSICOLOGIA CONJUGAL (1)

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PSICOLOGIA CONJUGAL
	O presente trabalho traz questões acerca do amor e da conjugalidade, do doloroso processo de dissolução matrimonial bem como da complexidade dos relacionamentos contemporâneos. 
	O primeiro artigo busca elucidar o conceito de amor. Assim, vários autores citados trouxeram diversas concepções sobre o referido tema. Contudo, foi colocado em destaque o significado do amor romântico na cultura ocidental. E o que vem a ser esse tal amor romântico? O amor romântico traz a ideia do amor inatingível, transcendental e de que só seremos felizes e completos com o outro. 
	Vale ressaltar ainda que estamos vivendo um momento ímpar em que todos estão presos à tecnologia. Hoje o contato direto com as pessoas está sendo substituído pelo contato virtual por meio das redes sociais. Desse modo, importante mencionar o sociólogo Zygmunt Bauman que trouxe a discussão sobre a fragilidade dos laços afetivos na modernidade. Para ele os relacionamentos atuais estão mais volúveis, rápidos e frágeis – ele se refere à metáfora do “amor líquido”. O que isso quer dizer? Existe uma facilidade de se desconectar com o outro por meio da comunicação virtual e consequentemente nota-se a flexibilidade das relações humanas bem como a incapacidade dos mesmos de se manterem em um relacionamento de longo prazo. O amor vem sendo então, tratado como um produto que se retira da prateleira de um supermercado e se houver defeito descarta-se ou troca-se por outro. Portanto, podemos constatar as superficialidades dos relacionamentos amorosos. 
	Já o segundo texto trata das dificuldades dos relacionamentos afetivos-sexuais bem como das transformações dos papéis de gênero nas últimas décadas na nossa sociedade. Percebe-se que nesse período ocorreram mudanças significativas no tocante aos papéis femininos e masculinos no nosso país. A mulher, por exemplo, cabia apenas o direito de ser esposa-mãe. Ao homem tudo era permitido. Com os movimentos feministas surge a busca pela igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres. A mulher intensifica a sua luta para alcançar respeito, autonomia, realização pessoal e profissional e consequentemente, passa a exigir mais de seus relacionamentos afetivos-sexuais. Portanto, tais mudanças trouxeram uma mulher mais soberana da sua própria vida.
	No entanto, apesar das mudanças ocorridas percebe-se que tanto homens quanto mulheres permanecem insatisfeitos nos seus relacionamentos amorosos. Para Simone de Beauvoir a solução estava no equilíbrio da relação conjugal e também na importância da liberdade e da reciprocidade nos referidos relacionamentos. Sendo assim, nota-se hoje uma compreensão maior entre os casais através da presença do diálogo, da negociação diária, do respeito à individualidade do outro e do crescimento mútuo. Buscamos, portanto, uma maior qualidade nos relacionamentos amorosos, através de uma postura mais madura e responsável.
	Por outro lado, é cada vez maior a busca por ajuda do profissional da psicologia que trata das questões conjugais. Muitas vezes o casal recorre ao psicólogo na tentativa de salvar a relação, porém é importante entender que o mesmo vai tratar da saúde emocional do casal e não evitar a dissolução matrimonial.
	No nosso país, de acordo com os dados do IBGE, para cada quatro casamento acontece um divórcio. A separação ocorre por iniciativa da mulher. Na relação muitas vezes ela procura esgotar todas as possibilidades para então chegar ao extremo de partir para a separação. Geralmente, é a mulher que busca ajuda na tentativa de manter o relacionamento. No entanto, quando toma a decisão de separação, ela não costuma voltar atrás. Logo, uma das alegações femininas para o término da relação é em função da traição masculina. Os homens costumam trair mais que as mulheres. Tal comportamento se deve ao fato do homem tentar buscar a afirmação da sua masculinidade através da infidelidade.
	Porém, quando de fato o casal se separa, todo o processo é extremamente doloroso. Ambos ressaltam que vivenciam uma situação de bastante sofrimento. Para o homem a sensação é de frustração, tendo em vista, que o mesmo tem como objetivo principal no matrimônio constituir família. Logo, para as mulheres a finalidade do casamento está na relação de amor propriamente dita. 
	Desse modo, após a separação inicia-se o processo de reconstrução da identidade individual. Tal processo se dá de forma gradativa e difícil pelos ex-cônjuges. Tanto o homem quanto a mulher relatam que vivenciam nessa fase uma fusão de sentimentos como a solidão e a liberdade ao mesmo tempo. Assim, ao buscarem a intervenção do psicoterapeuta, deve-se atentar que o referido profissional irá ajudar na compreensão acerca da dissolução matrimonial e não sobre o laço conjugal.
	O quarto e último artigo traz a discussão da conjugalidade com o enfoque nas questões relacionadas à supervalorização da imagem e ao individualismo exacerbado. Tais aspectos acarretam na relação conjugal conflitos e sofrimentos.
	Por outro lado, percebe-se uma preocupação com os ideais impostos pela nossa sociedade contemporânea. Na realidade existe um padrão de comportamento que deve ser seguido pelos casais, tais como: a busca pelo sucesso profissional, financeiro, felicidade constante, etc. Tudo isso, acaba afetando a vida do casal, pois àqueles que não se encaixam dentro desse modelo de comportamento sofre com as cobranças de todos, inclusive do companheiro ou companheira.
	Para finalizar, vale mencionar ainda alguns arranjos amorosos bastante peculiares. São eles: o poliamor, a troca de casais e o relacionamento aberto. 
	Mas, o que vem a ser o Poliamor? O Poliamor consiste na união entre três ou mais indivíduos, de forma, simultânea e com o consentimento de todos. Assim, temos como exemplo de união poliafetiva o funkeiro Mr Catra que vive com quatro mulheres e possui 21 filhos.
	O relacionamento aberto ou casamento aberto trata-se de um acordo firmado entre o casal para que ambos possam se relacionar com outras pessoas livremente.
	Por fim, temos também o chamado swing ou troca de casais. O casal que adere tal prática pode manter relação sexual com outros casais, porém não existe vínculo afetivo, apenas atração sexual. Portanto, as pessoas não estão mais presas a ponto de não poderem manifestar as suas escolhas na seara sentimental ou não, pois são livres e seguem suas vidas como na famosa canção interpretada pela cantora Gal Costa: “ qualquer maneira de amor vale a pena”.

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