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Aula 08 Direito Tributário p/ ISS Goiânia (com videoaulas) Professor: Aluisio Neto Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 116 AULA 08 SUMÁRIO PÁGINA Apresentação Inicial 01 Crédito tributário: Conceito e Classificação 03 Fases da Relação Tributária 06 Obrigação tributária x Crédito tributário 09 Responsabilidade Funcional dos Agentes Fiscais 11 Lançamento Tributário e Modalidades de Lançamento 13 Lei Aplicada ao Fato Gerador para efeitos de Lançamento (Lei formal e lei material) 19 Modificação dos Critérios Jurídicos adotados no lançamento 27 Lançamento Tributário e Valor Tributário em Moeda Estrangeira 31 Revisão do Lançamento 32 Modalidades de Lançamento 35 Lançamento por Declaração 35 Lançamento de Ofício 38 Lançamento por Homologação 44 Arbitramento da Base de cálculo 54 Questões Propostas 57 Gabaritos 116 Olá, amigo concurseiro e futuro servidor! Chegamos à oitava aula do nosso curso de direito tributário para o concurso de Auditor de Tributos Municipal (ATM) da Prefeitura de Goiânia. Nessa aula iremos tratar dos seguintes temas: x Crédito tributário: conceito e constituição; x Lançamento do crédito tributário (modalidades, hipóteses de alteração do lançamento). Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 116 Qualquer dúvida que surgir, peço que a envie o mais breve possível ao nosso fórum de dúvidas para que ela seja sanada e não ocorram atrasos em seus estudos. Seguem ainda os meus dois e-mails: aluisioalneto@gmail.com www.facebook.com/aluisioalneto www.facebook.com/prosatributaria Boa sorte! E bons estudos! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 116 Crédito tributário: Conceito e Constituição No primeiro item da aula de hoje estudaremos a materialização da obrigação tributária, que se dá por meio do lançamento do crédito tributário, podendo VHU� GHILQLGR� FRPR� DTXHOH� TXH� Gi� ³YLGD´� H� ³VXEVWkQFLD´� j relação jurídico- tributária oriunda da ocorrência do fato gerador. Com a formalização do crédito tributário podemos dizer que a obrigação WULEXWiULD� VH� WRUQD� ³SDOSiYHO´�� PHGLGD�� SRGHQGR� VHU� TXDQWLILFDGD�� 3RGHPRV� dizer que a formalização do crédito tributário é o quinto passo para que o Estado possa cobrar tributos (ou penalidades pecuniárias) do sujeito passivo. Sem o lançamento do crédito tributário, a obrigação tributária possuí natureza apenas abstrata, sem que possa ser quantificada. E quais são os passos anteriores à formalização do crédito tributário? O 1º é a hipótese de incidência, ou o fato gerador in abstrato. O 2º, a subsunção do fato material à norma legal, quando teremos o fato gerador in concreto. Com o fato gerador, nasce o 3º passo, que é o surgimento da obrigação tributária. Por sua vez, o 5º é o crédito tributário. ³Epa, Virgulino! Pulou o 4º!!´ Foi de propósito. O 4º passo é o lançamento do crédito tributário, passo que veremos com muito mais detalhes logo após estudar o crédito tributário. O lançamento tributário, em síntese, é o procedimento administrativo que visa formalizar o crédito tributário, o qual materializa a obrigação tributária surgida com a ocorrência do fato gerador. É através do lançamento que se define com precisão o montante do tributo e/ou da penalidade pecuniária que constitui a obrigação tributária principal. Com o lançamento, são definidas a base de cálculo, a alíquota, o sujeito passivo, o prazo para pagamento, entre outros elementos importantes. Veremos mais detalhes sobre o lançamento logo adiante. Voltemos ao crédito tributário. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 116 A natureza do crédito tributário está prevista no artigo 139 do CTN, que assim nos diz: ³$UW�������2�FUpGLWR�WULEXWiULR�GHFRUUH�GD�REULJDomR�SULQFLSDO� e tem a mesma natureza GHVWD�´ Assim, o crédito tributário tem a mesma natureza da obrigação tributária principal, sendo decorrente da imposição de um tributo ou de uma penalidade pecuniária aplicada ao sujeito passivo, originando-se sempre de umas dessas duas fontes, ou de ambas, conforme o caso. O crédito tributário, assim, é a formalização de uma obrigação pecuniária do contribuinte frente ao Estado, tendo natureza de direito público. Se a obrigação tributária principal, como vimos, tem natureza pecuniária, de dar algo, o crédito tributário também possui essa natureza. Ok? O crédito tributário, repito, possui natureza pecuniária, estando relacionado a uma obrigação de ordem pública, coercitiva. Por sua vez, como comentei anteriormente, o crédito tributário é constituído por meio do lançamento tributário, momento em que é formalizada a obrigação de pagar um tributo ou uma multa, conforme a redação do artigo 142 do CTN, o qual veremos ao estudar o lançamento do crédito tributário, atividade privativa das autoridades administrativas. Por enquanto, guarde bem isso: Por fim, temos que o crédito tributário é o meio pelo qual poderá ser exigida a obrigação tributária surgida com o fato gerador. Com o lançamento, a obrigação tributária, antes ilíquida, torna-se líquida e certa, quantificada por meio do crédito tributário. Assim, o lançamento do crédito tributário tem como finalidade QUALIFICAR E QUANTIFICAR a obrigação tributária, Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 116 determinando o quantum de tributo a ser pago aos cofres públicos por meio da constituição do crédito tributário. Lembra-se dos passos que falei logo no começo da aula? Veja uma figura ilustrativa: Vamos agora às fases da relação tributária. Em frente, espartanos! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 116 Fases da Relação Tributária Antes de ser constituído por meio do lançamento, não há crédito tributário a ser exigido do sujeito passivo, uma vez que a simples presença do nascimento da obrigação tributária não significa, isoladamente considerada, o concomitante nascimento do tributo, mas apenas da obrigação de pagá-lo. Apenas o lançamento torna a obrigação, antes ilíquida, em algo líquido (quantificável) e certo, passando a existir por meio do crédito tributário. Somente após o lançamento é que se poderá exigir algo do sujeito passivo, hipótese em que falamos da EXIGIBILIDADE do crédito tributário. Essa é entendida como a qualidade conferida ao montante tributário constituído por meio do lançamento que possibilita ao Fisco cobrar os valores do sujeito passivo. Ou seja, torna-se passível a cobrança dos valores surgidos como lançamento. A exigibilidade do crédito tributário é a segunda fase da relação jurídica tributária, que poderá ter mais uma depois dessa, caso os valores lançados não venham a ser pagos pelo sujeito passivo no prazo previsto na legislação tributária: a exequibilidade, entendida como a possibilidade dos bens do sujeito passivo serem executados pela Fazenda Pública para saldar os débitos tributários, e após a devida inscrição do crédito tributário em dívida ativa do ente político competente para a cobrança. Nesse caso, dizemos que o crédito tributário é exequível, ou executável. Veja as fases da relação tributária: 1) Nascimento da obrigação tributária Æ hipótese de incidência + ocorrência do fato gerador in concreto; 2) Exigibilidade do crédito tributário Æ hipótese de incidência + ocorrência do fato gerador + lançamento = formalização do crédito tributário; Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 116 3) Exequibilidade do crédito tributário Æ hipótese de incidência + ocorrência do fato gerador + lançamento + inscrição em dívida ativa + execução dos bens do sujeito passivo para pagamento dos valores devidos e inscritos. A terceira fase nem sempre existe, uma vez que, caso o sujeito passivo salde os valores devidos, haverá a extinção do crédito tributário, não havendo valores mais a serem executados. Assim, peço que guarde bem essas fases da relação tributária, pois elas costumam ser exigidas em prova, ainda que implicitamente. 2EVHUYH� TXH� R� ³VXUJLPHQWR´� GH� XPD� QRYD� IDVH� ID]� FRP� TXH� D� UHODomR� tributária também seja alterada. Como a simples hipótese de incidência prevista na norma tributária, teremos apenas a simples hipótese de incidência. Caso seja observada no mundo real a ocorrência do fato gerador, teremos o nascimento da obrigação tributária, a segunda etapa da historinha tributária. Até ai, existe apenas a obrigação de pagar o tributo, mas o sujeito passivo ainda não sabe em que montante aquele será devido, em teoria, uma vez que ainda não houve a formalização de nada, a qual se dá com o lançamento do crédito tributário. Ocorrendo o lançamento, tema que veremos logo em seguida, os valores devidos passam a ser exigíveis, e o montante do tributo já é conhecido, momento em que o Fisco já pode cobrar os valores devidos. Aqui, falamos em EXIGIBILIDADE. No CTN, a exigibilidade está diretamente relacionada à constituição do crédito tributário por meio do lançamento. Caso o sujeito passivo não pague os valores devidos dentro do prazo previsto na legislação tributária, e estando o crédito tributário definitivamente constituído, o débito será enviado para cobrança em dívida ativa do ente político competente para exigir o tributo respectivo. Nessa fase, o crédito tributário passa a ser exequível, com o Estado podendo executar o sujeito Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 116 passivo por meio dos seus bens, caso os valores não sejam novamente saldados. Aqui, falamos em EXEQUIBILIDADE do crédito tributário. Vamos em frente! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 116 Obrigação tributária x crédito tributário Embora o crédito tributário seja decorrente da obrigação tributária que lhe deu origem, e tendo os dois institutos a mesma natureza, o CTN deu à obrigação tributária natureza AUTÔNOMA em relação ao crédito tributário dele originário. Como assim? Veja o que nos diz o artigo 140 do CTN: ³$UW�� ����� $V� FLUFXQVWkQFLDV� TXH� PRGLILFDP� R� FUpGLWR� tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu RULJHP�´ Como vimos, primeiramente há o nascimento da obrigação tributária para só então vir a surgir o crédito tributário. O primeiro é oriundo do fato gerador, enquanto o segundo nasce com o lançamento. Ou seja, a obrigação tributária é anterior ao crédito tributário, existindo aquela sem que ainda exista este. Podemos ter obrigação tributária sem crédito tributário, mas não o contrário, uma vez que este decorre daquele. Após o lançamento, poderão existir circunstâncias ou situações que, por exemplo, venham a suspender a exigibilidade ou a extinguir o crédito tributário, ou ainda conferir a ele maiores garantias ou privilégios. Entretanto, em nenhuma das situações a obrigação tributaria será modificada, permanecendo inalterada. Caso determinado sujeito passivo, por exemplo, vá até o judiciário e prove que o lançamento de determinado crédito tributário foi realizado de maneira irregular e em valores maiores que o devido, por exemplo, haverá a anulação do lançamento e do consequente crédito tributário ora imposto. A obrigação tributária, contudo, permanece existente (supondo, claro, que o fato gerador realmente ocorreu). Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 116 A obrigação de pagar o tributo, contudo, não será alterada em razão da anulação do lançamento e do crédito tributário por aquele constituído, permanecendo o contribuinte com a obrigação de saldar sua dívida perante o fisco. Qualquer outra situação que venha a alterar ou modificar o lançamento não irá afetar a obrigação tributária nascida com o fato gerador, uma vez que aquela é anterior a este e ao lançamento. Repito: supondo que a anulação não implique reconhecer, também, que o fato gerador está errado ou equivocado, situação que macula também a existência da obrigação tributária. Assim, não afetam a obrigação tributária: 0 As circunstâncias que modificam o crédito tributário (alterações e cancelamentos do lançamento; modificação do valor do crédito tributário, entre outras); 0 As circunstâncias que modificam a extensão do crédito tributário (redução da incidência sobre um ou outro contribuinte/responsável, redução de alíquotas, entre outras); 0 As circunstâncias que modificam os efeitos do crédito tributário (causas de suspensão da exigibilidade, contidas no artigo 151 do CTN); 0 As garantias ou privilégios atribuídos ao crédito tributário (presentes, genericamente, nos artigos 183 a 193 do CTN); 0 As causas que excluem a exigibilidade do crédito tributário (isenções e anistias, presentes no artigo 175 do CTN). Guarde bem essas situações! Muitas questões de prova cobram a literalidade do que consta nos itens que acabei de apresentar a você. Vejamos agora a responsabilidade funcional dos agentes fiscais. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 116 Responsabilidade Funcional dos Agentes Fiscais Com a constituição do crédito tributário nasce para o sujeito passivo o dever de pagar tributo, nascendo para o Estado o direito de receber os valores contidos nomontante a ser pago por aquele, passando a constituir receita pública de natureza derivada. Diante disso, não é conferido aos agentes fiscais o poder de modificar ou extinguir o crédito tributário devido sem que sejam observadas as regras expressamente previstas em lei. O mesmo se observa nos casos de suspensão ou exclusão da exigibilidade, que também deve obediência estrita ao que prevê a lei. Veja o que nos diz o artigo 141 do CTN sobre o tema: ³$UW�� ����� 2� FUpGLWR� WULEXWiULR� UHJXODUPHQWH� FRQVWLWXtGR� somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na IRUPD�GD� OHL�� D� VXD�HIHWLYDomR�RX�DV� UHVSHFWLYDV�JDUDQWLDV�´� (Grifos nosso) Para modificar o crédito tributário regularmente lançado, a autoridade fiscal deverá observar estritamente o que diz o CTN, especialmente os artigos 145 e 146, a serem estudados posteriormente. Para poder extinguir o crédito tributário, a autoridade fiscal deve se ater apenas ao que determina o artigo 156 do CTN, que trata das causas de extinção do crédito tributário. Para que venha a suspender a exigibilidade, deve ser ater fielmente ao que determina, precipuamente, o artigo 151 do mesmo Código. Por fim, para a exclusão da exigibilidade, o artigo 175 do CTN. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 116 Ao descumprir o que determina a lei quanto ao crédito tributário e à sua modificação, suspensão, extinção e exclusão, a autoridade que der causa à ilegalidade será responsabilizada funcionalmente, conforme previsto em lei. A atuação da autoridade administrativa, nesses casos, é estritamente vinculada ao que determina a lei tributária. Quanto à responsabilização funcional, as penalidades podem ser aplicadas tanto na esfera administrativa quanto na penal, ou em ambas, cumulativamente. Vamos agora ao lançamento tributário. O 5º passo do processo. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 116 Lançamento Tributário e Modalidades de Lançamento Estudaremos agora o lançamento do crédito tributário, que é o ato administrativo que formaliza a obrigação tributária surgida com a ocorrência do fato gerador. E ele, o lançamento, TXH�GL]��³Beleza, Fisco, agora pode cobrar os valores do sujeito passivo. Tá tudo formalizado. Boa sorte´� É por meio do lançamento que se determina o quantum a ser pago pelo sujeito passivo, QUANTIFICANDO E QUALIFICANDO a obrigação tributária, conferindo a esta exigibilidade. Desse modo, o crédito tributário não nasce nem com o fato gerador e nem com a obrigação tributária, mas sim com o lançamento. Somente com o lançamento é que se tem o crédito tributário, sendo este constituído por aquele. O ato de lançamento para a constituição do crédito tributário é atividade privativa das autoridades administrativas, conforme disposição expressa constante no CTN. Entenderemos melhor como se dá, materialmente, o lançamento, quando estudarmos, mais adiante, as modalidades desse. Quanto à constituição do crédito tributário, devemos ter em mente que este pode se constituído também por duas maneiras atualmente reconhecidas por jurisprudência pacífica, sem que seja necessária qualquer intervenção de uma autoridade administrativa, ou seja, sem a necessidade do regular lançamento por essa. São elas: ¾ Entrega de declarações exigidas na legislação tributária, como a famosa Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), em que o contribuinte declara seus débitos e créditos apurados no período e os envia à administração tributária federal, confessando os valores constantes na declaração e constituindo o crédito tributário sem que seja necessária a intervenção da autoridade administrativa. Nesses casos, há a constituição formal do crédito tributário, não sendo necessário qualquer outro ato da autoridade administrativa. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 116 Outro exemplo de constituição do crédito tributário sem a necessidade da intervenção da autoridade administrativa é em razão do envio da GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS) no caso do ICMS, e da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social), no caso de contribuições sociais para a seguridade social e do FGTS. Esse tipo de lançamento está diretamente relacionado aos chamados tributos sujeitos a lançamento por homologação, que estudaremos em seguida. ³(...) nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, a apresentação de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF, de Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA, ou de outra declaração dessa natureza, prevista em lei, é suficiente para a cobrança dos valores nela declarados, dispensando-se qualquer outra providência por parte do )LVFR���67-��$J5J�QR�5(VS���������3(��GH������������´ ³6~PXOD� 67-� Q� ����� A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco�´ Nesses casos, o envio das declarações pelo sujeito passivo importa em confissão de dívida por este e na constituição formal do crédito tributário, sendo dispensável a homologação formal do lançamento por parte da autoridade competente. Não há nem mesmo a necessidade de prévia notificação ao sujeito passivo nem a instauração de regular processo administrativo. Sendo declarado e não pago, poderá o débito ser inscrito automaticamente em dívida ativa. Esse é o atual entendimento do STJ. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 116 ¾ Por meio de ato judicial, conforme prevê o artigo 114, VIII, da CF/88, em razão de sentenças proferidas pela Justiça do Trabalho relativas ao pagamento de valores em dinheiro, nas quais devem ser recolhidas as contribuições previdenciárias devidas. ³$UW�������&RPSHWH�j�-XVWLoD�GR�7UDEDOKR�SURFHVVDU�H�MXOJDU�� (...) VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, GHFRUUHQWHV�GDV�VHQWHQoDV�TXH�SURIHULU�������´ O segundo caso é a único exemplo de exceção à obrigatoriedade de autoridade administrativa para o lançamento do crédito tributário, hipótese em que esse será realizado por uma autoridade judiciária. Nos demais casos, sempre teremos uma autoridade administrativa. Por sua vez, conforme o CTN, somente a essa cabe o ato de lançamento tributário. Muito embora tenhamos apresentado os dois itens anteriores, em regra, o ato de lançamento do crédito tributário é ato privativo da autoridade administrativa. Devemos ter muito cuidado com questões que cobram esse tema, uma vez que as bancas podem considerar que o ato é realmente privativo, sem considerar as exceções que citei, bem como considerar que existe essa exceção, não obstante o que diz expressamenteo CTN. Atenção! Todo cuidado é pouco! Atenção quanto às questões que cobrem esse tema (privatividade do lançamento do crédito tributário por autoridade administrativa) O conceito legal do que vem a ser o lançamento tributário está previsto no texto do artigo 142 do CTN, o qual deve ser lido e relido, uma vez que é de grande importância para a sua prova. Preste bastante atenção: Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 116 ³$UW�� ����� &RPSHWH� privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.´��*ULIRV�QRVVR�� Como podemos notar, o lançamento é um procedimento administrativo, ou seja, constitui-se numa sequencia de atos previamente definidos, organizados e intimamente relacionados, tendo como objetivo uma finalidade específica, qual seja, constituir o crédito tributário. Ele não é realizado de qualquer maneira, mas sim respeitando regras e formas previamente definidas na legislação tributária. Como finalidades, a atividade lançamento tem as seguintes: - Verificar a ocorrência do fato gerador in abstrato (hipótese de incidência) e a sua adequação ao que ocorreu no mundo dos fatos; - Determinar a matéria tributável, ou o que deve ser tributado; - Calcular o montante do tributo devido pelo sujeito passivo, determinando a base de cálculo e a alíquota aplicável a cada situação; - Identificar o sujeito passivo da obrigação tributária, seja ele contribuinte ou responsável; - Propor, nos casos em que isto se mostrar cabível, a aplicação de penalidade em razão do descumprimento da obrigação tributária principal ou acessória. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 116 Por sua vez, na atividade de lançamento, deve ser seguido o princípio GRFXPHQWDO�� TXH�� FRQIRUPH� R� 67)�� ³consiste no acréscimo de um plus à configuração do fato gerador, com a exigência de que, além da essencial consistência do fato, ato ou negócio que nele se contém (gestum) id quod interest ± tal fato tenha por forma de exteriorização uma versão documental, XP�VFULSWXP��XP�LQVWUXPHQWR�HVSHFtILFR��5(��������0*��GH�������������´ O lançamento é um procedimento administrativo que segue o PRINCIÍPIO DOCUMENTAL, uma vez que deverá conter a totalidade dos elementos necessários à identificação da obrigação tributária que deu origem ao surgimento do crédito tributário por ele constituído. Um ponto muito importante sobre o lançamento: a natureza desse é DECLARATÓRIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA e CONSTITUTIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, uma vez que a obrigação tributária já existe ao tempo do lançamento, tendo este apenas o condão de verificar a sua existência, enquanto que o crédito tributário é oriundo do lançamento, com este fazendo nascer aquele. Em relação aos efeitos do lançamento tributário, este possui efeitos EX TUNC, já que retroage para alcançar os efeitos surgidos com o nascimento da obrigação tributária, desde o momento em que este foi verificada. Veremos melhor esse tema no próximo item da nossa aula. Por enquanto, tenha em mente apenas que o lançamento possui efeitos ex tunc. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 116 O parágrafo único do artigo 142 traz ainda outra característica importante do lançamento, qual seja, seu caráter vinculado, não cabendo à autoridade administrativa ponderar entre lançar ou não lançar determinado tributo ou penalidade pecuniária. A atividade administrativa de lançamento é ato vinculado e obrigatório, podendo o servidor ser responsabilizado funcionalmente em decorrência da inobservância dessa previsão. Para que seja realizada, deve ser sempre seguido o que consta na lei, tendo em vista o princípio da legalidade. (Questão 01) Ao procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível, o Código Tributário Nacional dá o nome de: a) processo administrativo fiscal. b) Auto de Infração. c) lançamento. d) Representação Fiscal. e) Notificação de Lançamento. Conforme vimos anteriormente, o artigo 142 do CTN nos diz em seu texto TXH�R�³procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível´ diz respeito ao lançamento do crédito tributário. Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 116 Lei aplicada ao fato gerador para efeitos de lançamento (lei formal e lei material) O artigo 144 do Código Tributário nos diz o seguinte: ³$UW�������O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido�´ O lançamento do crédito tributário relativo a tributos se faz tomando em consideração todos os normativos vigentes à época da ocorrência do fato gerador, ainda que aquele (o lançamento) somente venha a ser feito após a revogação ou alteração da lei. Ele RETROAGE à data da ocorrência do fato gerador da obrigação Imagine que em 2011 determinada lei nº 11.111 previa que a alíquota de determinado tributo era de 7%. Na vigência dessa lei, Virgulino deu origem ao fato gerador do tributo hipotético, mas deixou de efetuar os recolhimentos devidos. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 116 Dois anos depois, em 2013, para o mesmo tributo, estava em vigor alei nº 11.400, que previa a revogação da lei nº 11.111 e ainda estipulava uma nova alíquota de 15% para as mesmas situações presentes na lei revogada. Em 2014, a autoridade administrativa, tomando conhecimento da obrigação tributária surgida com o fato gerador em 2011, lavrou auto de infração contra Virgulino. Que alíquota ele utilizou? Você (ainda bonzinho porque ainda não é ILVFDO�� PDV� VHUi� ORJR�� ORJR�� UHVSRQGH� QD� SRQWD� GD� OtQJXD�� ³7%, claro, professor´� Mas está correto. Muito bem! E se em vez de 7%, a nova lei tivesse estipulado a alíqXRWD�GH���"�³Seria 4%, já que a lei só vem para beneficiar o réu, professor´�� (� TXHP� GLsse que sujeito passivo é réu? Na esfera administrativa, ou é contribuinte ou é responsável, considerando o mesmo tributo e operação. Concorda? Se o fato gerador ocorreu na vigência da lei nº 11.111, esta será a lei a ser considerada para fins de apuração da base de cálculo, da alíquota, das deduções, compensações, traduções, jargões... TUDO! A lei nº 11.111 será considerada ainda que no outro dia, quiçá, no mesmo dia, ela seja revogada. Independente de quando foi feita a fiscalização, a intimação, a lavratura de auto de infração, entre outros. Não importa, ela, a lei nº 11.111, de 2011, será utilizada. Observe que ainda que a lei venha a ser alterada ou revogada, as regras que continuarão a reger o lançamento são aquelas presentes na data do fato gerador, e não as da atual lei em vigor. É como se a lei obrigasse a autoridade administrativa a voltar no tempo e aplicar a legislação vigente à época da ocorrência do fato gerador. Cabe a ele aplicar a lei vigente no tempo pretérito. Assim é o caso, por exemplo, de determinada empresa industrial ter deixado de recolher IPI em relação aos produtos que produz, sendo que, à época da produção, em 2000, a alíquota vigente para o produto fabricado era de 12%, Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 116 ano em que ele produziu diversos guardanapos de papel. Dois anos mais tarde a lei foi alterada, passando a prevê alíquota de 18%. Para o lançamento do IPI devido e não pago em 2000, deverá ser aplicada a alíquota de 12%, uma vez que esta e que vigorava à época do fato gerador. Para os produtos produzidos posteriormente à alteração da alíquota para 18%, este será o percentual a ser aplicado. Nesses casos, estaremos diante da aplicação de uma lei de conteúdo apenas material ou substantiva, uma vez que a mesma poderá estar revogada ou modificada ao tempo do lançamento, bastando apenas que estivesse vigente ao tempo da ocorrência do fato gerador. Em relação ao fato gerador, não resta dúvida: a legislação aplicada será aquela vigente ao tempo de sua ocorrência, e o lançamento deve se reportar a essa data. Contudo, essa regra não será utilizada em relação às situações previstas no §§1º do artigo 144, aplicando-se a legislação vigente ao tempo do lançamento do crédito tributário. As situações são as seguintes: ; Lei que tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas; Como exemplo desse tipo de lei, temos as que conferem às autoridades administrativas maiores privilégios e prerrogativas quanto à investigação de contas, bens, transações e compras do sujeito passivo, por exemplo, bem como ampliando os poderes relativos à possibilidade da quebra de sigilo fiscal, podendo ser aplicada de forma retroativa aos fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei. Nessas situações, os novos critérios de apuração ou processos de fiscalização poderão ser utilizados para determinada imposição tributária relativa a tributo anterior à publicação da lei, tendo em vista os novos dados de que dispõe a Fazenda Pública para efetuar o correto lançamento tributário. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 116 ; Lei que tenha outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. Esses são os casos que uma determina lei, por exemplo, amplia o rol de garantias a serem concedidas para que o sujeito passivo salde os débitos em aberto, ou que amplia o prazo de decadência do lançamento tributário, dando ao Fisco um tempo maior para agir. A possibilidade acima somente não será possível caso venha a aumentar as garantias ou os privilégios atribuindo responsabilidade tributária a terceiros, devendo, nesses casos, ser aplicado o princípio da irretroatividade, uma vez que a imposição tributária é sempre posterior à lei. As novas garantias e privilégios poderão ser outorgadas retroativamente, exceto se essa outorga resultar em atribuição de responsabilidade a terceiros, vedado pelo CODEX. Quanto aos dois casos acima, temos o que a doutrina e a jurisprudência chamam de leis de caráter formal ou de caráter processual, uma vez que se relacionam apenas a critérios formais do lançamento, e não ao próprio tributo em si. Essas leis, assim, possuem efeitos retroativos. Conforme o STJ, essas normas são chamadas de normas procedimentais, já que, como falei, referem-se a aspectos formais do crédito tributário, tendo, inclusive, aplicação IMEDIATA, não se submetendo a nenhum princípio constitucional tributário. Veja o que nos diz o STJ sobre o tema: ³2�6TJ possui entendimento consolidado no sentido de que a legislação que institui novos procedimentos fiscalizatórios pode ser aplicada na constituição de créditos tributários cujo fato gerador tenha ocorrido antes da sua entrada em vigor. (REsp 1212780/SP, dH�������������´ Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 116 ³$�MXULVSUXGrQFLD�SDFtILFD�GHVWD�&RUWH�p�QR�VHQWLGR�GH�TXH�D� Lei n. 10.174/01 e a Lei Complementar n. 105/01, que autorizam a utilização de dados da CPMF pelo Fisco para apuração de eventuais créditos tributários referentes a outros tributos, não ofendem o princípio da irretroatividade da lei tributária, na medida em que são normas procedimentais e, por essa razão, não se submetem ao princípio da irretroatividade das leis, ou seja, incidem de imediato, ainda que relativas a fato gerador ocorrido antes de sua entrada em vigor. (AgRg no REsp 1044373/SP, de ������������´ ³������ 2� DUWLJR� ����� � ��� GR� &71� SUHYr� TXH� DV� QRUPDV� tributárias procedimentais ou formais têm aplicação imediata, ao contrário daquelas de natureza material, que somente alcançariam fatos geradores ocorridos durante a sua vigência. 6. Os dispositivos que autorizam a utilização de dados da CPMF pelo Fisco para apuração de eventuais créditos tributários referentes a outros tributos são normas procedimentais e, por essa razão, não se submetem ao princípio da irretroatividade das leis, ou seja, incidem de imediato, ainda que relativas a fato gerador ocorrido antes de sua entrada em vigor. (REsp 1039364/ES, de ������������´ Diferentemente é o caso de leis que reduzem penalidades pecuniárias a serem impostas em razão do descumprimento do que prevê a legislação tributária. Caso uma infração seja apuradapela fiscalização tributária e que importe em imposição de uma penalidade pecuniária, a lei a ser aplicada deve ser a mais favorável ao sujeito passivo, desde que não existente a coisa julgada ou a extinção do crédito tributário em razão do que consta no artigo 156 do CTN. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 116 Se, por exemplo, no exemplo que demos no inicio desse item da aula a redução tivesse sido quanto ao percentual de multa a ser aplicado, esse seria o percentual a ser aplicado, e não o vigente ao tempo da ocorrência do fato gerador. Caso o percentual fosse maior do que o anteriormente previsto, seria aplicado o vigente ao tempo da ocorrência do fato gerador. Por fim, o §2º dispõe que a previsão constante no caput do artigo 144 do CTN não será aplicada em relação aos tributos lançados por período certo de tempo, sendo os mesmos vigentes pelas leis que os regulam na data da ocorrência do seu fato gerador. Como exemplo desses tributos, temos o ITR e o IPTU. Disso tudo podemos ainda definir que o constante no caput do artigo 144 do CTN se refere às leis de conteúdo material, enquanto o constante em seu §1º trata das leis de conteúdo formal, já que se refere a novos critérios de apuração e fiscalização. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 116 (Questão 02) (P������������D�HPSUHVD�³$66(0�726´�UHDOL]RX�D�YHQGD�GH� 300 cadeiras executivas, sendo que não declarou tal operação à Fazenda Estadual e, tampouco promoveu o recolhimento do ICMS sobre a referida operação. Em 23/10/2009 teve início fiscalização tributária estadual na empresa, sendo que em 25/03/2010 foi lavrado o auto de infração, promovendo o lançamento sobre a mencionada operação. Em análise à legislação tributária, constata-se que a alíquota de ICMS incidente sobre tais operações sofreu variações, sendo de 12% para o ano de 2008; 17% para o ano de 2009 e 7% para o ano de 2010. Com base em tais informações, a imposição tributária deve se dar com a aplicação da alíquota de: a) 12%, adotando-se por base a data do fato gerador. b) 17%, considerando a data do início de fiscalização, após a qual não se admite a denúncia espontânea. c) 7%, uma vez que o efetivo lançamento tributário ocorreu em 2010, com o auto de infração. d) 17%, uma vez que a sonegação praticada pelo contribuinte impõe a adoção da alíquota mais elevada. e) 7% em função do princípio da retroatividade benéfica em matéria tributária. Diante do que foi estudado, deve ser aplicada a alíquota vigente ao tempo da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, qual seja, a de 12%, tendo em vista o que dispõe o artigo 144, caput, do CTN. Logo, resta como FRUUHWD�D�DOWHUQDWLYD�³D´� Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 116 (Questão 03) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. � e� YHGDGD� D� DSOLFDomR� DR� ODQoDPento da legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas? � 2� FUpGLWR� WULEXWiULR� WHP� D� PHVPD� QDWXUH]D� GD� REULJDomR� WULEXWiULD� principal? �$�OHL�YLJHQWH�j�GDta da ocorrência do fato gerador da obrigação, que tenha sido posteriormente revogada, é aplicável ao lançamento do crédito tributário? a) Sim, sim, sim. b) Sim, sim, não. c) Sim, não, sim. d) Não, sim, sim. e) Não, sim, não. Vamos aos itens da questão para encontrar a resposta que atende ao enunciado da questão. Item I) Não. 6HJXQGR�R�TXH�GHWHUPLQD�R�DUWLJR���������GR�&71��³Aplica- se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros´� Item II) Sim. Lembra-se do que falamos lá no começo da aula? Segundo o DUWLJR�����GR�&71��³o crédito tributário tem a mesma natureza da obrigação tributária principal, sendo decorrente da imposição de um tributo ou da ocorrência de uma multa aplicada ao sujeito passivo, sendo originário de Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 116 umas dessas duas fontes. O crédito tributário, assim, é a formalização de uma obrigação pecuniária do contribuinte frente ao Estado´. Item III) Sim. Segundo prescreve o artigo 144 GR� &71�� ³o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada´�� Assim, resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 116 Modificação dos Critérios Jurídicos Adotados no Lançamento O artigo 146 do CTN nos diz o seguinte: ³$UW�� ����� $� PRGLILFDomR� LQWURGX]LGD�� GH� RItFLR� RX� HP� consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador RFRUULGR�SRVWHULRUPHQWH�j�VXD�LQWURGXomR�´ Esse artigo nos diz que qualquer alteração nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente será adotada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido POSTERIORMENTE À SUA INTRODUÇÃO, não podendo alcançar fatos anteriores a eles. Por exemplo, durante o período compreendido entre 2008 e 2010 a autoridade administrativa do município de Nazaré da Mata/PE entendeu que, para a correta definição da base de cálculo do ISS a ser pago, deveriam ser excluídos os valores relativos aos custos administrativos apurados pelo prestador do serviço. Diante desse entendimento, os contribuintes passaram a retirar da base de FiOFXOR�GR�,66�HVVHV�YDORUHV��DJLQGR�FRQIRUPH�³PDQGDYD´�R�)LVFR�PXQLFLSDO�� Dessa forma, vários lançamentos foram realizados. Em 2011, revendo os critérios adotados, a Fazenda Municipal passou a entender que esses valores não deveriam ser excluídos da base de cálculo do tributo. Aqueles que pagaram o ISS sob o manto do entendimento anterior deverão recolher as diferenças? Não. Apenas será aplicado o novo entendimento aos fatos geradores ocorrido posteriormente à introdução daquele. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br29 de 116 Logo, a modificação não pode ser aplicada a fatos geradores já ocorridos anteriormente a esta, uma vez que o sujeito passivo agiu conforme o entendimento anteriormente adotado. (Princípio da inalterabilidade dos critérios jurídicos quanto a fatos pretéritos). Deve ser atentado que a modificação pode dizer respeito tanto a atos de ofício quanto a decisões administrativas ou judiciais, e que se destinam a alterar determinado entendimento anteriormente tomado como correto pela autoridade administrativa no exercício do lançamento. Com essa previsão, o CTN veio a confirmar também o princípio da confiança do contribuinte, que o protege contra mudanças de interpretação da legislação, no qual aquele acreditou na correta aplicação dos critérios adotados pela autoridade administrativa no momento em que esta procedeu ao lançamento do crédito tributário. Assim, o lançamento anteriormente efetuado não poderá mais ser revisto em razão da mudança de determinado critério jurídico anteriormente adotado pelo Fisco, fundado no chamado ERRO DE DIREITO, que é justamente a mudança de interpretação, ou até mesmo na utilização incorreta de determinado normativo legal a um caso concreto. Veja o que nos diz o STJ sobre o tema: ³(...) 1. "A mudança de critério jurídico adotado pelo fisco não autoriza a revisão do lançamento" (Súmula 227 do TFR). 2. A revisão de lançamento do imposto, diante de erro de classificação operada pelo Fisco aceitando as declarações do importador, quando do desembaraço aduaneiro, constitui-se em mudança de critério jurídico, vedada pelo CTN. 3. O lançamento suplementar resta, portanto, incabível quando motivado por erro de direito. (REsp 1112702/SP, de �����������´� Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 116 Nessa linha, temos como ERRO DE FATO aquele que acontece no mundo dos fatos, não tendo relação com o conhecimento da norma jurídica. É o caso, por exemplo, do contribuinte que envia declaração de isento quando na verdade deveria enviar declaração de imune, bem como o contribuinte que declara R$ 450,00, quando o correto seria R$ 450.000,00, ou vice-versa. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 116 Lançamento tributário e valor tributável em moeda estrangeira Esse item é simples, apenas nos dizendo que quando o valor tributável estiver expresso em moeda estrangeira, no lançamento, deverá ser feita a conversão desse valor para a moeda nacional utilizando-se o valor do câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação, e não o valor apurado no dia do lançamento. Essa disposição, entretanto, poderá ser alterada por disposição de lei em contrário, conforme vontade do legislador. Atente bem para a data a ser considerada para fins de utilização do valor do câmbio: DIA DA OCORRENCIA DO FATO GERADOR, exceto disposição em contrário. É comum as bancas tentarem confundir o candidato apresentando outra data. Veja o que nos diz o artigo 143 do CTN: ³$UW�� ����� Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador GD�REULJDomR�´ Observe que essa disposição pode ser alterada em razão de dispositivo legal que preveja outra situação para a definição do valor do câmbio a ser utilizado, fixando outro momento que não o da ocorrência do fato gerador. Embora o CTN autorize a lei dispor de forma contrária, cabe apenas à União legislar sobre o câmbio e sobre o sistema monetário, conforme o artigo 22, VI e VII, da CF/88. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 116 Revisão do Lançamento Após a constituição do crédito tributário pelo lançamento, é dada ao sujeito passivo a possibilidade de recusar o que a ele foi imposto, hipóteses em que, caso aceitas as alegações por ele apresentadas, provocará a alteração do lançamento anteriormente efetuado, ou até mesmo a anulação deste. Vamos a um passo-a-passo do caminho a ser seguido. Primeiramente a autoridade administrativa lança o crédito tributário após a apuração dos atributos que definem o tributo a ser constituído, o qual se encontra agora constituído, embora ainda não definitivamente, uma vez que deve ser dado ao sujeito passivo o direito de contestar o que lhe foi imposto, caso não concorde com o lançamento efetuado. Posteriormente, o sujeito passivo é notificado do lançamento contra ele efetuado, por meio de aviso postal, meio eletrônico, pessoalmente ou ainda por meio de edital, conforme dispuser a legislação tributária. É, ao mesmo tempo, dado a ele prazo para saldar o valor cobrado ou para apresentar contrarrazões e defesa contra o que lhe foi imposto, caso discorde da exação. Nessa hipótese estaremos diante de uma impugnação do sujeito passivo, uma das situações que podem ensejar a alteração do lançamento regularmente efetuado e notificado àquele. Caso acatadas as alegações do sujeito passivo, o lançamento anteriormente efetuado será alterado em virtude da revisão provocada por aquele, podendo ser relativo à anulação total ou parcial do crédito tributário contido no lançamento. Por sua vez, muitas leis tributárias dispõem em seu texto que, ao proceder a um lançamento ou a uma revisão de lançamento que importe em diminuição ou exclusão de valores de créditos tributários em valores superiores aos fixados em seus textos, a autoridade que proceder a esse ato deve, DE OFÍCIO, apresentar recurso de ofício à instância administrativa superior ou a um determinado superior hierárquico, que decidirá novamente pela Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 116 manutenção ou não da diminuição ou cancelamento, total ou parcial, do crédito lançado pela autoridade administrativa que realizou a primeira decisão. Esses são os casos em que o crédito tributário será alterado por meio de recurso de ofício. Por fim, temos as situações em que a autoridade administrativa, por iniciativa própria e de ofício, realiza a alteração do lançamento efetuado anteriormente. Porém, SEMPRE NAS SITUAÇÕES PREVISTAS NO ARTIGO 149 do CTN, e não porque a autoridade administrativa resolveu, após brigar com a namorada, revisar tudo que é lançamento apenas para esquecer a amada. - Veremos essas hipóteses mais adiante. Tudo que foi visto por nós consta no artigo 145 do CTN, que assim dispõe: ³$UW�� ����� 2� ODQoDPHQWR� regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149�´ Exceto nos casos previstos nos incisos I a III do artigo 145 do CTN, o lançamento rege-se pelo princípio da imutabilidade, que veda a alteração do lançamento fora das hipóteses previstas em lei depois de regularmente notificadoao sujeito passivo. Essas são as únicas três situações que permitem, no âmbito administrativo, a alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo, não existindo outras situações aptas. Nada impede, contudo, que o lançamento venha a ser alterado, também, em razão de decisão judicial, mesmo que já notificado o sujeito passivo (claro, já que, sem notificação, em regra, o sujeito passivo não sabe da existência do débito cobrado -). Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 116 Por fim, a única situação em que não se verifica caráter litigioso de alteração do lançamento está contida no inciso III do artigo 149, possuindo as demais caráter litigioso. (Questão 04) O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de a) impugnação de terceiro interessado. b) recurso interposto pela procuradoria fiscal. c) iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no CTN. d) interesse do sujeito passivo. e) impugnação do sujeito ativo. Os casos possíveis de serem observados quanto à alteração do lançamento são expressamente os previstos no artigo 145, constando apenas a situação SUHYLVWD�QD�DOWHUQDWLYD�³F´�FRPR�KLSyWHVH�YiOLGD��FRQIRUPH�RV� LQFLVRV�,�D�,,, desse artigo. Entre essas, está incluída a revisão de ofício efetuada pela autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 116 Modalidades de Lançamento O texto do CTN prevê três modalidades de lançamento do crédito tributário, sendo classificadas conforme a maior ou menor participação do sujeito passivo (seja o contribuinte ou o responsável) no ato de lançamento. Assim, as modalidades de lançamento do crédito tributário são as seguintes: ; Lançamento por Declaração ou misto; ; Lançamento de Ofício, direto, unilateral ou ex officio; ; Lançamento por Homologação ou autolançamento. Vamos agora ao que nos diz cada tipo de lançamento previsto acima, possuindo, cada um deles, características próprias e que as diferenciam bastante um do outro. Lançamento por Declaração ou Misto É a modalidade onde a autoridade administrativa prevista na lei utiliza elementos (documentos, comprovantes, declarações, informações) fornecidos pelo sujeito passivo ou por terceiros, necessários à formalização do crédito tributário. Esta modalidade está prevista no artigo 147 do CTN, que assim nos diz em seu texto: ³$UW�������2�ODQoDPHQWR�p�HIHWXDGR�FRP�base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 116 § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela�´��*ULIRV� nosso) 1R�ODQoDPHQWR�SRU�GHFODUDomR�SHUFHEHPRV�D�FODUD�³SDUFHULD´�HQWUH�R�)LVFR�H� o sujeito passivo ou terceiros, uma vez que somente após a prestação das informações por estes dois últimos é que a autoridade administrativa poderá apurar todos os elementos constitutivos do futuro crédito tributário e realizar o lançamento deste, considerando que o valor devido seja cobrado com a utilização dessa modalidade de lançamento. Por sua vez, nessa modalidade, há a iniciativa do sujeito passivo para o lançamento. Entretanto, muito embora exista a participação do sujeito passivo, o lançamento continua a ser ato privativo da autoridade administrativa. Como exemplo de tributo sujeito ao lançamento por declaração, temos o ITBI, imposto de competência municipal, o qual somente é calculado, em regra, após a prestação das informações do imóvel a ser transmitido, possibilitando à autoridade fiscal apreciar elementos relativos ao imóvel, calcular possíveis deduções/acréscimos previstos na legislação e, principalmente, o valor do imposto devido em razão do valor venal do imóvel. Nada impede, porém, que a autoridade administrativa, não sendo munida com as informações que deveriam ser prestadas pelo sujeito passivo, realize sozinho a apuração e posterior lançamento do tributo devido. Nesse último caso, porém, estaremos, em regra, diante do lançamento de ofício. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 116 Por sua vez, em relação à retificação da declaração apresentada pelo contribuinte e por iniciativa própria deste, visando a reduzir ou a excluir tributo (se for par aumentar, o Fisco é mais bondoso -), o §1º do artigo 147 do CTN dispõe que somente será admissível a retificação caso seja COMPROVADO O ERRO EM QUE SE FUNDE A RETIFICAÇÃO E, SEMPRE, ANTES DE NOTIFICADO O LANÇAMENTO ao sujeito passivo. Após a notificação do lançamento, somente será possível a revisão do lançamento por meio do lançamento de ofício, seguindo todos os trâmites administrativos e conforme o que determina o artigo 149 do CTN, a ser estudado logo em seguida. Atente bem à ressalva do parágrafo: QUE VISE A REDUZIR OU A EXCLUIR TRIBUTO. Já o §2º nos fala da revisão de ofício a ser realizada pela autoridade administrativa que examinar e detectar erros na declaração apresentada pelo sujeito passivo. A matéria de fato a que se refere o artigo 147 seria, por exemplo, quanto ao ITBI, o tipo de transmissão (onerosa ou gratuita), a natureza das partes envolvidas (adquirente e alienante), o tipo do imóvel (urbano, rural, comercial, residencial), entre outras. (Questão 05) Em determinado Município, prevê-se que os contribuintes do ,7%,� �,PSRVWR� VREUH�D�7UDQVPLVVmR�RQHURVD�� SRU� DWR� ³LQWHU� YLYRV´�� GH�%HQV� Imóveis) devem apresentar à autoridade tributária competente, em formulário próprio, informação sobre a alienação do imóvel, indicando, inclusive, o valor do negócio jurídico. A partir destes dados, a autoridade irá apurar o valor devido, a título de ITBI, identificando o sujeito passivo e notificando-o a pagar o valor apurado. Esta previsão municipal, no que tange ao lançamento do ITBI, corresponde ao: Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 116 a) lançamento de ofício; b) lançamento por homologação; c) autolançamento; d) lançamento por declaração. Conforme acabamos de comentar, o ITBI, regra geral, é lançado por declaração. Assim,resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão. Lançamento de Ofício É a modalidade em que o próprio Fisco, por meio de seus servidores fiscais competentes, efetua o lançamento do crédito tributário sem que haja qualquer ação ou prestação de informação por parte do sujeito passivo. Nesse tipo de lançamento, a Administração Tributária já dispõe de dados suficientes para realizar o ato administrativo de lançamento do crédito tributário. Por exemplo, imagine que determinada empresa, submetida à fiscalização federal, foi autuada mediante a lavratura do auto de infração por falta de recolhimento do IPI no montante de R$ 600.000,00, com acréscimo de multa de 75% incidente sobre o valor do respectivo imposto. Nessa linha, a modalidade de lançamento empregada é a de ofício, uma vez que houve apenas a iniciativa do Fisco para que o lançamento fosse efetuado. Coube àquele apurar o fato gerador, a base de cálculo, a alíquota, o montante do imposto devido e, em razão da infração, a penalidade pecuniária correspondente, aplicando o percentual previsto na legislação. Assim, o lançamento de ofício diz respeito ao lançamento tanto ao tributo devido quanto a eventuais penalidades pecuniárias apuradas pela fiscalização. Por outro lado, o lançamento de ofício pode dizer respeito Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 116 apenas à imposição de uma penalidade pecuniária, em razão de uma infração quanto ao descumprimento de uma obrigação tributária acessória, por exemplo. O lançamento de ofício, bem como a sua REVISÃO, está regulado no artigo 149 do CTN, que possui o seguinte texto: ³$UW�� �����2� lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 116 VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.´��*ULIRV�QRVVR�� Observe que o lançamento de ofício poder acontecer em diversas situações, inclusive nos casos de falta de apresentação de declaração pelo sujeito passivo, que, caso apresentada, poderia levar a um lançamento por declaração. Entretanto, o caso que mais caracteriza o lançamento de ofício é o contido no inciso I do artigo acima. Assim, a iniciativa no lançamento de ofício é da autoridade administrativa, não sendo verificada nenhuma ação do sujeito passivo. Nada impede, porém, que o lançamento efetuado pela autoridade administrativa leve em consideração dados fornecidos pelo sujeito passivo em momento anterior ao procedimento de fiscalização. Por exemplo, determinado contribuinte entrega declaração afirmando que, em razão da prática de determinado ato, passou a dever ao Fisco R$ 200.000,00. Ao proceder à fiscalização dessa declaração, a autoridade fiscal apura que o valor realmente devido não era o declarado pelo sujeito passivo, mas sim R$ 270.000,00. Assim, haverá o lançamento de oficio do restante do tributo devido, ou seja, dos R$ 70.000,00, sem prejuízo de eventuais penalidades pecuniárias devidas em razão de infração à legislação tributária. Por meio do lançamento de ofício pode ser lançado qualquer tipo de tributo, inclusive os sujeitos às demais modalidades de lançamento, nos casos em que seja verificada alguma inexatidão, incorreção, fraude ou dolo praticado pelo sujeito passivo e que importe em uma ação da Autoridade Administrativa. Assim, o lançamento de ofício pode Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 116 ser utilizado em qualquer modalidade em que seja devido outro tipo de lançamento, conforme o tipo de tributo devido. O lançamento de ofício poderá ser utilizado inclusive se outro tipo de lançamento já houver sido utilizado anteriormente, situação em que teremos uma revisão de ofício, conforme dispõem as hipóteses previstas nos incisos I a IX do artigo 149 do CTN. Por exemplo, considere que determinado contribuinte, numa transmissão de imóvel, informa ao Fisco municipal determinados valores e dados, e, em razão desses, o fisco lança, por meio de um lançamento por declaração, o ITBI no montante de R$ 1.540,00. Posteriormente, a fiscalização apura que o valor do imóvel era maior do que o informado pelo sujeito passivo, o que resultaria, à época, em ITBI a pagar no montante de R$ 2.000,00. Com essa certeza, o fisco irá lançar, de ofício, R$ 460,00. Estão sujeitos a lançamento de ofício, precipuamente, por exemplo, o IPTU, o IPVA e as Contribuições de Melhoria, uma vez que o lançamento é realizado apenas por meio de informações já conhecidas pelo Fisco, sem que seja necessária a prestação de informações pelo sujeito passivo. Outra observação muito importante deve ser feita em relação ao parágrafo único do artigo 149, que somente permite a revisão do lançamento caso ainda não extinto o direito da Fazenda Pública. Depois do período previsto em lei, não poderá haver mais nenhuma alteração do lançamento, ainda que para o lançamento de valores complementares ainda não cobrados anteriormente. O artigo 174 do CTN, que trata da extinção do crédito tributário, determina que a administração tributária, após a constituição definitiva daquele, terá o prazo de cinco anos para efetuar a cobrança dos valores lançados. Sendo assim, considere que determinada autoridade fiscal tenha lançado um tributo no valor de R$ 50.000,00 em 2010, estando este definitivamente constituído. Nessa linha, em 2016 restará extinto o direito da Fazenda cobrar qualquer valor do sujeito passivo quanto ao crédito apurado e constituído em 2010. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Netowww.estrategiaconcursos.com.br 42 de 116 Em 2017 a mesma autoridade fiscal apura que, no lugar dos R$ 50.000,00, o correto seria ter lançado R$ 58.000,00. Entretanto, uma vez que já se operou a prescrição (uma das modalidades de extinção do crédito tributário), não poderá mais haver a revisão do lançamento, uma vez que o direito da Fazenda pública já está extinto. (Questão 06) Nos termos do Código Tributário Nacional, o lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos, exceto: a) quando a lei assim o determine. b) quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária. c) quando se suspeite que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. d) quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória. e) quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá- lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade. Questão simples, que exigiu apenas o conhecimento das hipóteses que ensejam o lançamento ou a revisão de ofício para autoridade administrativa, conforme constante nos incisos I a IX do artigo 149 do CTN. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 116 (QWUH�DV�VLWXDo}HV��DSHQDV�R�FRQVWDQWH�QD�DOWHUQDWLYD�³F´ atende o enunciado da questão, uma vez que simples suspeita não é causa para o lançamento de oficio, tendo em vista a redação do seu inciso VII, que exige a comprovação de que o sujeito passivo, ou o terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. (Questão 07) Consideradas as disposições do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que é lícito à autoridade administrativa rever de ofício o lançamento já procedido: a) somente no caso de lançamento anterior por homologação. b) no caso de qualquer lançamento anterior, exceto o de ofício. c) no caso de qualquer lançamento anterior, inclusive o de ofício. d) somente no caso de lançamento anterior com base na declaração do sujeito passivo. e) somente no caso de lançamento anterior relativo à empresa concordatária. O lançamento de ofício é aquele realizado por ato exclusivo da autoridade DGPLQLVWUDWLYD��VHP�TXH�VHMD�QHFHVViULD�QHQKXPD�LQWHUYHQomR�RX�³DMXGD´�GR� sujeito passivo. Essa modalidade de lançamento é utilizada inclusive naquelas em que seja devido, originalmente, o lançamento por homologação e por declaração. Desse modo, conforme o que dispõe o artigo 149 do CTN, é lícito à autoridade administrativa rever de ofício o lançamento já procedido de qualquer lançamento anterior, inclusive o de ofício, e desde que o direito da fazenda público não esteja extinto, conforme o parágrafo único do mesmo artigo do CTN. Caso determinado contribuinte, por não declarar alguma informação que fosse influenciar na apuração de um tributo sujeito a lançamento por Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 116 declaração, importe em valor inicial de tributo a pagar menor do que o devido e posteriormente a autoridade fiscal apura esses valores omitidos, esta poderá efetuar normalmente o lançamento de ofício. Assim, resta como correta a alternativa "c", gabarito da questão. Lançamento por Homologação Por fim, chegamos ao lançamento por homologação, previsto no artigo 150 do CTN, o qual estudaremos agora. Esse artigo nos diz o seguinte: ³$UW�� ����� 2� lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 116 devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a RFRUUrQFLD�GH�GROR��IUDXGH�RX�VLPXODomR�´��*ULIRV�QRVVR�� (Questão 08) O ato mediante o qual o contribuinte antecipa o pagamento de imposto, sem prévio exame da autoridade administrativa, e fica aguardando a ratificação do seu proceder, de modo expresso ou tácito, chama-se: a) pagamento por consignação b) lançamento por homologação c) lançamento por declaração ou misto d) antecipação de pagamento, sob condição suspensiva e) denúncia espontânea de pagamento para evitar a mora fiscal e aplicação de penalidades pela fazenda pública Conforme o artigo 150 do CTN, que acabamos de ler (assim eu espero -), o lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Assim, resta como correta a alternativa "b", gabarito da questão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 08 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 116 Nesse tipo de lançamento, o sujeito passivo participa ativamente do processo, sendo responsável pela prática de quase todos os atos e efetuando o pagamento dos tributos que entende devido sem que nenhuma providência anterior ou concomitante seja tomada pelo Fisco. Compete ao sujeito passivo apurar o fato gerador, determinar a base de cálculo e a alíquota aplicável e apurar o montante devido, realizado o respectivo pagamento. Assim como no lançamento por declaração, no lançamento por homologação a iniciativa é do sujeito passivo. Já no lançamento de ofício, a iniciativa é sempre da autoridade administrativa. ³6H�R� VXMHLWR� ID]� WXGR�H�DLQGD�SDJD��HQWmR�p�HOH�TXH� UHDOL]D�R� ODQoDPHQWR�� FRUUHWR��SURIHVVRU"´ Também pensei isso ao começar a devorar meus estudos de direito tributário, mas isso é incorreto. Observe o que dispõe a parte final do caput do artigo ����� ³(...) opera-se pelo ato
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