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Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia Experimento 6 – CALOR DE REAÇÃO E CALOR DE SOLUÇÃO. Alunos: Gabriela Barbosa de Jesus – RA: 69.567 Gabriela Monti Vilas Boas – RA: 69.571 São José dos Campos – SP 2011 Introdução: A calorimetria mede o calor transferido ou absorvido em um processo químico ou físico. O calorímetro é o instrumento utilizado neste tipo de experiência, do qual existem dois tipos básicos: calorímetro de pressão constante que permite a medida do calor liberado ou absorvido sob condições de pressão constante, ou um calorímetro de volume constante que é aquele em que o volume não pode variar. Nos dois tipos de calorimetria é possível destacar a diferença entre a entalpia e a energia interna. Representa-se a quantidade de calor pelo símbolo q, definido como quantidade de calor absorvida por um sistema. Esta definição mostra que, q, é positivo quando se absorve calor e negativo quando libera calor (perde). O processo de absorção de calor é chamado de endotérmico e o de perda é exotérmico. Para calcular a quantidade de calor liberada ou absorvida durante a reação é necessário conhecer a capacidade calorifica do interior do calorímetro. A capacidade calorifica é a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um sistema em 1ºC. Essa capacidade calorifica relaciona a quantidade de calor, q, absorvida por uma substância ao aumento de temperatura de um sistema. Representando ∆T como a variação de temperatura (∆T = Tfinal – Tinicial ), c, a capacidade calorifica e n, o número de mols da substância, então: c = q/∆T q = nc∆T Para calcular a variação de calor para o conteúdo do calorímetro precisa-se de medidas como: massa, capacidade calorifica especifica, variação de temperatura. Porém, a determinação de calor de reação em um calorímetro as vezes é impossível para muitas reações químicas. Felizmente, o calor liberado em uma reação impossível de se determinar por um calorímetro pode ser medido pela Lei de Hess, que diz caso uma reação seja a soma de outras duas ou mais reações, o ∆H para o processo global é a soma dos valores de ∆H daquelas reações. [1] Por meio da calorimetria e da aplicação da Lei de Hess se tornou disponível um grande número de valores de ∆H para as reações químicas, esses valores são agrupados em tabelas que indicam as entalpias padrão de formação molar, ∆Hº. A variação de entalpia é o calor absorvido sob condições de pressão constante. Para se calcular a variação de entalpia para uma reação son condições padrão se utiliza a seguinte equação: ∆Hºreação = ∑ [∆Hºf (produtos)] - ∑ [∆Hºf (reagentes)] Nesta equação o símbolo ∑ significa a soma. Para encontrar o ∆Hºreação é preciso somar as entalpias dos produtos e subtrair da soma das entalpias dos reagentes. Objetivos: O objetivo do presente relatório é apresentar o calor de combustão da parafina e o valor da fusão (solidificação), a partir de da dados como a massa dos componentes do experimento e o calor fornecido ao calorímetro. Materiais e Métodos: Materiais: Balança; Vela; Lata de refrigerante 350 mL; Lata de leite em pó 400 g; Termômetro; Parafina; Béquer 50 mL; Béquer 250 mL; Suporte universal; Tubo de ensaio; Placa de aquecimento; Mufa; Garra metálica; Pinça de madeira. Métodos: Calor de combustão da vela: A vela foi colocada dentro da lata maior e o conjunto foi pesado. A lata menor foi pesada vazia e após ser preenchida com 2/3 de água. Foi montado um suporte, onde a lata menor (com água) estava sendo suspensa com o auxílio da garra metálica e da mufa, ficando próxima, porém sem entrar em contato com o fogo da vela no interior da lata maior. Desta forma, tinha-se um calorímetro. A vela foi acesa e aqueceu-se a água durante 5 minutos. Apagou-se a vela e mediu-se a temperatura da água, após o término de sua variação. Calor de solidificação da vela: Pesou-se um tubo de ensaio vazio. Uma quantidade de parafina foi colocada em seu interior e pesou-se novamente. Colocou-se 150 mL de água no béquer de 250 mL. Com uma pinça de madeira, colocou-se o tubo de ensaio até que a parafina ficasse submersa, neste béquer com água, e colocou-se na placa de aquecimento, até completa fusão da parafina. Um béquer de 50 mL foi pesado vazio e com 30 mL de água. Sua temperatura foi medida. Após a fusão da parafina, o tubo de ensaio foi retirado do banho maria com o auxílio da pinça de madeira e colocado no béquer de 50 mL com água, agitando-se a água com o próprio tubo, e medindo a temperatura até que esta parasse de subir. A temperatura máxima foi anotada. Resultados e Discussões: Resultados: Os resultados obtidos com a pesagem e a medida de temperatura para o calculo do calor de combustão e do calor de solidificação serão apresentados nas tabelas 1 e 2: Tabela 1 – Dados obtidos para o calculo do calor de combustão. Massa da vela com suporte antes de queimar 79,83 g Massa da vela com suporte depois de queimar 78,17 g Massa da lata vazia 14,1 g Massa da lata com água 235,1 g Temperatura da água antes do aquecimento 25 ºC Temperatura da água depois do aquecimento 39 ºC Tabela 2 – Dados obtidos para o calculo do calor de solidificação. Massa do tubo de ensaio 6,93 g Massa do tudo de ensaio com parafina 7,59 g Massa do béquer vazio 33,3 g Massa do béquer com água 66,1 g Temperatura da água antes do aquecimento 26 ºC Temperatura da água depois do aquecimento 28 ºC Discussões: A quantidade de calor, q, absorvido pela água, pode ser medida da seguinte forma: q água = m x c x ∆T c = calor específico da água = 4,18 J/ g ºC ou 1,00 cal/ g ºC m = 235,1g - 14,1g = 221g ∆T = Tfinal – Tinicial = 39ºC - 25ºC = 14ºC q água = 221 x 4,18 x 14 = 12932,92J. O fluxo de calor da mistura reativa, ∆H, deve ser igual em módulo, porém de sinal contrário, ao da água, q água. Portanto ∆H= -12932,92 J. Neste caso, a reação é exotérmica, pois ∆H é negativo e q água é positivo. Isto faz sentido, pois para uma reação exotérmica, a temperatura da água se eleva. De acordo com a massa inicial e final da parafina, temos que a quantidade consumida de parafina, durante a combustão foi de 1,66g. Combustão é a queima das substâncias químicas, produzindo novas substâncias e liberando calor. Durante a combustão, ocorrem reações intramoleculares, o que libera muito mais energia doque no caso de reações intermoleculares, quando há a mudança de estado físico da matéria. Com esses dados, e dividindo a energia gerada pela massa consumida de parafina, pode-se dizer que cada grama de parafina, libera 7790,9 J, durante sua combustão. A termodinâmica diferencia dois tipos de energia: o calor (q) e o trabalho (w), que é qualquer outro tipo de energia diferente do calor. A primeira lei da termodinâmica nos diz que: " Em qualquer processo, a variação de energia do sistema, ∆E, é igual a soma do calor absorvido q, e do trabalho w, realizado sobre o sistema. Isto justifica o fato de: q combustão + q calorímetro + q água = 0 Conclusão:
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