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Ética (2° Bimestre) - Prof. Leandro

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Ética 
2º Bimestre 
Letícia Vidal Jaime 
Justice for Hedgehogs, Cap. 1 – R. Dworkin 
Ética 
 Queremos viver bem porque reconhecemos que devemos; 
 Fundamental ter uma ambição para tornar as nossas vidas boas  
Autênticas e válidas; 
 É preciso afagar a nossa dignidade. (O conceito de dignidade tem 
sido adulterado pelo abuso inconsistente na retórica política; 
 Amamos a vida e tememos a morte: O homem é o único animal 
consciente disso;  A nossa situação possui um único valor: Valor 
adverbial; 
 Buscar o valor de viver (sentido da vida) no viver bem, assim como 
nós encontramos valor em amar, pintar, escrever, cantar ou 
mergulhar bem; 
 Dignidade e respeito próprio  Indispensáveis para viver bem; 
Prova: a maioria das pessoas quer viver de cabeça erguida enquanto 
lutam por todas as coisas que desejam; vergonha e insulto. 
 É preciso levar a vida a sério e aceitar que é importantíssimo a forma 
como vive; 
 Deve-se levar a sério a própria responsabilidade ética. 
 Deve-se investir e exercer o direito de tomar decisões éticas para si 
mesmo. 
Moral 
 Por qual razão se deve ser moral?  Como podemos responder ao 
apelo da moralidade que já sentimos?  Questões que aperfeiçoam 
a auto compreensão e auxiliam em apurar o conteúdo da moralidade; 
 Moral e ética ligadas dessa forma  Resposta efetiva à questão, 
assim compreendida, dos filósofos; 
 Kant  Só podemos respeitar adequadamente a nossa própria 
humanidade se respeitarmos a humanidade nos outros; 
Política 
 Através da perspectiva da dignidade  Valor tem verdade e é 
indivisível; 
Uma História da Carochinha – “A Just So Story” 
 Antigos filósofos morais  filósofos da autoafirmação; 
 Platão e Aristóteles  Temos vida para viver e devemos viver bem 
essas vidas; A ética nos ordena a buscar a “Felicidade”, a realização 
de uma vida de sucesso como um todo, e não esporádico; 
 Moralidade possui injunções  Inseridas em um conjunto de 
virtudes, que inclui a virtude da Justiça; 
 Ética segundo filósofos “intoxicados” por Deus  Viver bem = viver 
na graça de Deus, ou seja, obedecer à lei moral que Deus 
estabeleceu como lei da natureza; 
 Explosão filosófica no fim do Iluminismo  Fim do conceito cristão 
de moralidade; 
 Nossas crenças são verdadeiras, desde que a melhor explicação do 
porquê mantemos essas crenças garantir a verdade, e só é possível 
fazer isso se demonstrar que essas crenças são o produto da razão 
irresistível, como a matemática ou as ciências naturais; 
 Problema com as convicções sobre o valor  Desafio para a 
Filosofia; 
 Nossas convicções morais só podem ser vistas como verdadeiras se 
nós considerarmos que elas são exigidas pela razão pura ou por algo 
que está “por aí” no mundo; 
 Se queremos levar o valor a sério, algo que não o valor, deve 
subscrevê-lo. 
 Melhor explicação da razão por que pensamos que roubo ou 
homicídios são errados  deve ser encontrada em alguma 
disposição dos seres humanos para ter empatia pelo sofrimento 
alheio, ou na conveniência para nós das providências convencionais 
da propriedade e da segurança que criamos;  a melhor explicação 
dessas crenças não contribui em nada para a sua justificação; 
 A dissociação entre a causa das nossas crenças éticas ou morais e 
uma justificação qualquer para essas crenças  Constitui uma base 
para a suspeita de que essas crenças não são verdadeiras; 
 Princípio de Hume: Não se pode saber apenas por meio do 
conhecimento que temos disponível se alguma das nossas 
convicções éticas ou morais é verdadeira; 
1) Hume desconstrói o ceticismo filosófico  A proposição de que o 
genocídio é errado é uma proposição moral; logo, pelo princípio de 
Hume, essa preposição não pode ser estabelecida por qualquer 
descoberta lógica ou de fatos sobre a estrutura básica do universo; 
2) Defende a independência da moralidade  separada do 
conhecimento, com seus próprios padrões de investigação e 
justificação; 
 Concepção antiga e medieval considera o interesse próprio como um 
ideal ético; 
 Desencantamento e a psicologia  Imagem cada vez mais desolada 
do interesse próprio: é um ser cujos interesses se esgotam nas 
curvas de preferência; 
 Interesse próprio  Significa a satisfação de uma massa de desejos 
incertos que as pessoas têm por acaso; 
 Nova imagem de Viver Bem  Mais realista; 2 tradições filosóficas: 
1) Moralidade e interesse próprio eram rivais; 
2) Enfatizava a Liberdade Fundamental dos seres humanos para 
lutar contra o costume e a biologia, em busca de uma imagem mais 
digna daquilo que pode ser a vida humana. 
Nossa existência antecede a nossa essência  Somos responsáveis 
pela essência; responsáveis por fazer a nossa natureza e viver 
autenticamente à altura do que fazemos; 
 2 Tradições modernas: 
1) Moralidade de Auto abnegação  Perdeu o interesse no interesse 
próprio, que consistia na satisfação dos desejos que as pessoas 
tinham por acaso. 
2) Ética da auto asserção  perdia o interesse na moralidade, que 
era tratada como uma convenção sem valor objetivo ou importância; 
 Nietzsche  a moralidade, reconhecida pelas convenções do 
mundo ocidental, exigia a subordinação do eu. Mas a moralidade se 
expunha como uma falsidade sem influência sobre nós; 
1) O único imperativo da vida é viver Criação e afirmação da vida 
humana como um ato criativo singular e maravilhoso; 
2) Moralidade  Ideia subversiva inventada por aqueles que não 
possuem imaginação ou vontade de viver de forma criativa; 
 Thomas Hobbes  A moralidade convencional promove o interesse 
próprio de toda a gente, compreendido na nova forma de satisfação 
dos desejos; Une a Moralidade à Ética, mas para descrédito de 
ambas; Fundamental a perspectiva do desejo da ética e vê a função 
da moralidade como serva do desejo; 
 O Ideal grego: Viver bem é mais do que satisfazer os desejos e que 
ser moral; significa preocupar-se genuinamente com a vida dos 
outros, e não apenas instrumentalmente. 
 Filosofia moral moderna  Abandono deste ideal de integridade 
ética e moral; 
 Filosofia moral de Kant  Paradigma da auto abnegação; a pessoa 
verdadeiramente moral é motivada apenas pela lei moral, só por leis 
ou máximas que possa querer racionalmente aplicar igualmente a 
toda a gente. Nenhum ato é moralmente bom, se motivado por 
interesses ou inclinações próprias; nem inclinações altruísticas de 
simpatia ou desejo de ajudar os outros; não há espaço para a ideia 
de que o impulso moral de um indivíduo pode vir da sua ambição de 
fazer algo distinto da sua vida, de viver bem a vida. 
 Kant  A liberdade é uma condição essencial da dignidade (essa 
liberdade é dignidade)  Formulando lei moral e agindo em 
obediência a esta, um indivíduo pode encontrar a liberdade genuína; 
O que parece uma moralidade da auto abnegação torna-se uma 
moralidade de autoafirmação; 
 Unificação da ética e da moralidade  Obscura em Kant porque tem 
lugar no mundo numênico (≠ do fenomênico), que é inacessível a 
nós, mas é o único lugar em que pode ser realizada a liberdade 
Ontológica; 
 Modelo para unificação da ética e da moralidade: uma pessoa só 
pode alcançar a dignidade e o respeito próprio (indispensáveis para 
uma vida bem-sucedida) se mostrar respeito pela própria 
humanidade em todas as suas formas. 
 
Bertrand Russell - Os Problemas da Filosofia - Cap. 12 
Verdade e Falsidade 
 Oposto de conhecimento de verdades  Erro; 
 Podemos acreditar tanto no que é falso quanto no que é verdadeiro; 
 Crenças errôneas as vezes são mantidas fortemente como se fossem 
verdadeiras, tornando mais difícil a distinção de verdadeira e falsa; São propriedades de crenças e são propriedades extrínsecas, pois a 
condição de verdade de uma crença é algo que, em geral, não envolve 
crenças e nem qualquer mente, mas apenas os objetos da crença. 
 O que quer dizer a questão de saber se uma crença é verdadeira ou 
falsa? 
O que é verdade? 
 A teoria da verdade deve admitir o seu oposto, a falsidade; 
 Se não existissem crenças, não existiria nem verdades e nem 
falsidades;  Mundo de matérias, sem crenças ou afirmações, não 
teria espaço para falsidades e nem para verdades, ainda que fatos 
fossem existentes. 
 A verdade ou a falsidade são propriedades de uma crença, que é 
depende da relação das crenças com outras coisas, e não de 
qualquer qualidade da crença; 
 Correspondência de crença e fato; 
 A verdade consiste numa correspondência do pensamento, com algo 
exterior ao pensamento, logo, o pensamento nunca pode saber 
quando a verdade foi alcançada; 
 Teoria: Verdade consiste em coerência;  a essência de uma 
verdade é fazer parte de um sistema perfeitamente acabado que é A 
verdade; 
 2 Grandes dificuldades: 
1) não existe razão para supor que só é possível um corpo coerente 
de crenças  Coerência não é definição de verdade; 
2) O significado de “coerência” é conhecido quando “coerência” 
pressupõe a verdade das leis da lógica; 
 2 Proposições são coerentes quando ambas podem ser verdadeiras 
e incoerentes quando uma delas for falsa;  Saber se duas 
proposições são coerentes quando ambas podem ser verdadeiras e 
são incoerentes quando pelo menos uma tem que ser falsa; 
 Lei da contradição  “a árvore é uma folha”/”uma folha não é a 
árvore”; 
 Conclusão: não pode aceitar que a coerência venha a dar o 
significado da verdade. Somos conduzidos à correspondência com 
fatos, constituindo a natureza da verdade; 
 
O que se quer dizer com “fato” e qual sua natureza da correspondência 
entre crença e fato, de modo que a crença possa ser verdadeira? 
 3 Requisitos: 
1) Permitir que a verdade tenha um oposto: a falsidade 
2) Fazer da verdade uma propriedade de crenças 
3) Seja uma propriedade que dependa completamente da relação das 
crenças com as coisas exteriores. 
 A crença não necessariamente envolve apenas a mente e um 
objeto/termo; ela pode envolver dois, três, quatro ou mais; 
 É mais fácil perceber a falsidade se tomarmos o juízo como uma 
relação entre a mente e os vários objetos em causa ocorrem 
individualmente; 
 Crença ou juízo = acreditar ou ajuizar; 
 A crença relaciona a mente com várias coisas além de si própria; 
 Ato de crença/juízo: a ocorrência entre certos termos num momento 
particular do tempo, da relação de acreditar/ajuizar; 
O que distingue um juízo verdadeiro de um falso? 
 Todo ato de juízo possui uma mente que ajuíza, e possui termos sobre 
aos quais ela ajuíza. 
 Sujeito + objetos = Constituintes do juízo; 
 A relação de ajuizar possui um “sentido” ou “direção”;  põe seus 
objetos numa determinada ordem, que é indicada por meio da ordem 
das palavras na frase; 
Relação de ajuízar/acreditar 
 É como qualquer outra relação; 
 Ajuizar ou acreditar é uma unidade complexa da qual a mente é uma 
constituinte; se os demais constituintes, tomados na ordem que têm a 
crença formarem uma unidade complexa, então a crença é verdadeira; 
senão, é falsa. 
 Sempre que em uma relação verifica-se entre dois ou mais termos, os 
termos são unidos em um todo complexo; 
 Os próprios termos unidos por uma relação podem ser complexos ou 
simples, mas o todo da união destes, é complexo; 
 Se há uma relação que relaciona certos termos, então há um objeto 
complexo formado pela união desses termos; 
 Se há um objeto complexo, há uma relação que relaciona os seus 
constituintes; 
 Quando ocorre o ato de acreditar, há um complexo em que “acreditar” é 
a relação que unifica, e o sujeito e os objetos são dispostos em uma 
determinada ordem pelo “sentido” da relação de acreditar; 
 Uma mente que acredita, acredita em verdade quando há um complexo 
correspondente, que não envolve a mente, mas seus objetos apenas; 
isso assegura a verdade e a sua ausência implica a falsidade. 
Crença 
 Quando a crença é verdadeira, existe outra unidade complexa, na qual a 
relação que era um dos objetos da crença, relaciona os outros objetos; 
 Quando a crença é falsa, não existe a tal unidade complexa composta 
apenas pelos objetos da crença. 
 Uma crença é verdadeira quando corresponde a um dado complexo 
associado; e fala quando não corresponde. 
 Os objetos da crença são dois termos e uma relação, os termos postos 
em determinada ordem pelo “sentido” da crença, logo, se os dois termos 
nessa ordem estão unidos pela relação em um complexo, a crença é 
verdadeira; senão, é falsa. 
 Dependem da sua existência nas mentes; 
 Não dependem das mentes para a sua verdade; 
 Uma crença é verdadeira quando há um fato correspondente a ela; e 
falsa quando não há qualquer fato correspondente; 
Conclusão 
 As mentes não criam a verdade ou a falsidade, criam crenças. 
 Uma vez criadas as crenças, a mente não pode torna-las verdadeiras ou 
falsas, com exceção do caso em que diz respeito a coisas futuras que 
estão sob o domínio da pessoa que acredita; 
 O que faz uma crença ser verdadeira é um fato, e esse fato (existem 
exceções) não envolve a mente da pessoa que tem a crença. 
 
Todos os sonhos do mundo e outros ensaios – Desidério Murcho 
4.8. Modos de ser 
 Intuições modais podem ser verdadeiras ou falsas; Ex: Sócrates não 
pode ter sido um chinelo, mas poderia ter nascido no Egito. 
 O mundo tal como é  exprime um modo de ser do mundo ou da 
totalidade das entidades do mundo; isso demonstra a intuição de que o 
mundo é de um jeito, mas poderia ser de muitos outros. 
Ex: Modo de ser do mundo – Sócrates nasceu em Atenas; outro modo 
de ser do mundo – Sócrates nasceu no Egito; 
 Modos de ser do mundo  Totalidade dos modos de ser das entidades; 
 Mundos possíveis  modo de ser da totalidade das entidades; = 
Tradução dos modos da verdade – A contingência, a necessidade e a 
possibilidade; 
 O mundo efetivo não tem de ser como a própria realidade  Quando 
fala-se de mundos possíveis na lógica modal, não se está usando a 
realidade, mas descrições da realidade; 
 Descrição da realidade = mundo efetivo, e não a própria realidade como 
ela é; 
 Acerca da realidade que falamos poderia ser diferente do que é; é de um 
modo, mas poderia ser de outro; 
5.1. Verdade 
 Aristóteles  “Dizer do que é que não é, ou do que não é que é, é falso, 
ao passo que dizer do que é que é, e do que não é que não é, é 
verdadeiro”; 
 Platão  O discurso que diz as coisas como são é verdadeiro, e o que 
as diz como não são é falso; 
 Há um isomorfismo entre as afirmações verdadeiras, mas não entre as 
afirmações falsas; 
 Teoria identitativa  identifica as proposições verdadeiras com a própria 
realidade e considera as proposições como portadoras primárias de 
valor de verdade; 
 Preposições  Objeto das nossas atitudes proposicionais (crenças, 
desejos, etc.) 
 Sócrates é humano  Objeto da crença = proposição de que Sócrates é 
humano. Proposição = Sócrates, com a propriedade de ser humano; 
 Dificuldade  Dar conta de proposições falsas, que minhas vezes são 
objeto de crença; 
 Teoria da verdade  dá ênfase a coerência das nossas crenças, sendo 
estas verdadeiras quando formam um todo coerente. 
 Um todo é coerente se e só se as suas partes podem ser todas 
verdadeiras. 
 Um todo que é constituído por uma afirmação e a negação desta, não é 
coerente 
 A verdade não pode deixar de existirem pelo menos alguns todos 
incoerentes, ou seja, aqueles que incluem uma proposição e a sua 
negação;  Verdade é coerência. 
 Não é impossível que um todo coerente seja inteiramente constituído por 
proposições falsas;  Parece incompatível com a tese de que a verdade 
é apenas a coerência do todo; 
 Teoria Pragmatista  A verdade é apenas o resultado final da 
investigação; Pode ser desenvolvida de 2 modos: 
1) Mais Idealista  Sustentar que seja o que forque considerarmos 
como verdadeiro, é verdadeiro; Implausível: tornaria impossível 
descobrir que as vezes, algumas das melhores teorias são falsas. 
2) Mais Realista  Sustentar o que é considerado como verdadeiro, à 
luz das nossas teorias racionais, controle de erros e experimentação 
sistemática, tem maior probabilidade de ser verdadeiro; Muito plausível, 
mas não é uma teoria da verdade, porque não visa explicar o que faz 
uma afirmação verdadeira ser verdadeira. 
5.2. Realismo e Antirrealismo 
 Realista  Ideia de que existe uma realidade independente de nós. 
 Antirrealista  Oposto ao realista; a realidade não passa de uma ficção 
humana; 
 O embate entre Realista e Antirrealista se inicia com a constatação de 
que as vezes nos enganamos e acreditávamos que era verdadeiro o que 
depois acabamos acreditando que é falso; 
 Protágoras  “De todas as coisas a medida é o homem, das coisas que 
são, que o são, e das coisas que não são, que o não são”. 
 Indivíduo nunca se viu em determinadas circunstâncias  Pode-se ter 
indícios do que ele faria em tal circunstância, mas não permite ditar 
como verdadeiro ou falso  Realista defenderia que a proposição seria 
verdadeira ou falsa, ainda que não tenhamos como saber; 
Antirrealista(tem razão)  afirmaria que essa mesma proposição é 
destituída de valor de verdade, porque não temos como saber se é 
verdadeira ou falsa; 
 Protágoras  Somos a medida de todas as coisas, na acepção em que 
o verdadeiro ou falso depende da nossa capacidade para estabelecer 
que é verdadeiro ou falso. 
 Antirrealista  insiste que o valor de verdade das afirmações depende 
crucialmente da nossa verificação, efetiva ou em princípio, da sua 
verdade ou falsidade (Realista rejeita); Rejeita a tese da bivalência 
(Realista aceita) 
 A Tese da Bivalência pode ser rejeitada pelo realista e aceita pelo 
antirrealista em situações excepcionais. 
 Conceito antirrealista é Epistêmico  A verdade é o que cremos que é 
verdadeiro; se nada cremos sobre a coragem do indivíduo, ele não é e 
nem corajoso e nem deixa de ser; 
 Conceito Realista é Parcialmente Metafísico  A verdade depende 
crucialmente da natureza da realidade independente dos seres 
humanos, e as nossas crenças são irrelevantes; Se o indivíduo é 
corajoso ou não, independentemente de crermos uma coisa ou outra ou 
nenhuma delas; 
 Realista tem dificuldades de entender os irracionalistas  Implica na 
omnisciência: Se somos a medida de todas as coisas, não podemos ter 
crenças falsas; 
 Antirrealista tem dificuldades de entender os racionalistas  Se toda 
crença é determinadamente verdadeira ou falsa, nada podemos saber 
que é verdadeiro ou falso; 
 
 
5.3. Por que há algo? 
 Pergunta pela origem da realidade  uma das mais fundamentais e de 
maior perplexidade; 
 Leibniz  “Por que há algo em vez de nada?” 
1) A origem última das coisas é o nada; 
Ou 
2)Cada coisa veio de uma coisa anterior, numa cadeia infinita 
Ou 
3) A origem última das coisas é algo que não veio de coisa alguma; 
 Aristóteles  defendia a afirmativa 3: a origem última das coisas é algo 
eterno, que por isso não teve origem em coisa alguma. 
 Leibniz  Foi contra a afirmativa 2 (a única que ameaça a 3, que ele 
também queria sustentar); 
 Surge, junto com a pergunta (do primeiro tópico do 5.3.), o Princípio da 
razão suficiente.  2 Formulações: 
1) Para qualquer verdade incerta há outra verdade que a explica. 
Ex: Sócrates nasceu em Atenas (incerto/contingente) é explicada pela 
verdade de que a sua mãe estava em Atenas quando ele nasceu. 
Van Inwagen  Essa formulação do princípio é falsa; uma verdade 
contingente não pode ser explicada por uma verdade não-contingente e 
nem por uma verdade não-contingente. Conclusão O princípio da 
Razão Suficiente seria falso se fosse formulado em termos de verdades; 
2) Para qualquer contingente, há uma explicação da sua existência. 
Ex: O que explica a existência se Sócrates é que seus pais o 
conceberam e a sua mãe o pariu; Aplicando essa versão do princípio 
aos constituintes da realidade  Explicamos cotidianamente a 
existência de cada contingente apelando a outro contingente, e isso é o 
que fazemos também em ciência – aqui Leibniz diz que deve-se supor a 
existência de um criador auto existente (como o motor imóvel de 
Aristóteles) para explicar a existência última de todos os contingentes 
existentes;

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