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Equipamentos de Laboratório de Química

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Primeira aula de laboratório 
Vidraria e equipamentos de manuseio químico 
 
Quem entrar em um laboratório de pesquisas ou de ensino em Química se deparará com 
uma grande quantidade de peças que denominamos de aparelhagem de laboratório. Cada uma destas 
peças tem um uso específico e é confeccionada de um determinado material. Uma grande quantidade 
delas é confeccionada em vidro, normalmente vidro pirex ou vidro de borosilicato, metal ou plástico. 
Estas aparelhagens de laboratório não fazem parte do nosso dia a dia, mas vários têm formato muito 
semelhantes instrumentos que não fazem parte do dia a dia. Muitos apresentam formato ou funções 
semelhante aos equipamentos que possuímos nas cozinhas de nossas residências, enquanto que outros 
tem formatos e aplicações totalmente e as vezes até não imagináveis para alguém que ainda não 
estudou um pouco de química. 
Alem destes equipamentos confeccionados em vidro ou plástico, em laboratório há também 
muitos outros equipamentos como microscópios, aquecedores elétricos, aparelhos de refrigeração entre 
outros, que necessitam de energia elétrica para o seu funcionamento. 
Todas estas aparelhagens ou equipamentos são fruto de séculos de desenvolvimento da 
ciência, em particular da química, da biologia e da física, sendo portanto, resultado de uma evolução 
lenta e gradativa. 
Os primeiros laboratórios que realizavam transformações químicas (ainda que de forma 
primitiva) remontam à época dos alquimistas. Num misto de magia, superstição e ciência primitiva, seus 
adeptos realizavam diversas sínteses, como do ácido acético e sulfúrico (conhecido como óleo de 
vitríolo). Entre os mais famosos podemos citar Hermes Trimegisto, Geber e Paracelso, famoso por utilizar 
alguns conceitos alquímicos na cura de doenças. 
A química, no entanto, somente ganharia características de ciência formal com os primeiros 
trabalhos do físico Robert Boyle (1627-1691). De formação bastante ampla, Boyle foi físico, químico e 
filósofo, sendo o primeiro a apresentar a noção de “elemento químico”. Os trabalhos de Boyle serviram 
de base para o surgimento da Química Experimental que, embora de forma primitiva, alcançaria sua 
maturidade alguns anos depois. 
Coube a Antoine Laurent de Lavoisier o papel de estabelecer em definitivo a Química entre 
as ciências já fundamentadas. De origem nobre, Lavoisier se ocupou com grande paixão da pesquisa 
química, a tal ponto que seu laboratório caseiro era um dos mais bem montados de sua época. Na 
impossibilidade de dispor de fornecedores de equipamentos, ele mesmo desenhava e encomendava aos 
vidreiros e artesãos a aparelhagem de que necessitaria. Suas intensas pesquisas o levaram, entre outras 
coisas, à descoberta da conservação das massas durante uma reação química. 
Apesar de todo o desenvolvimento técnico e científico, qualquer laboratório químico, por 
mais sofisticado que seja, ainda utiliza um conjunto muito simples de equipamentos que têm suas 
origens ligadas ao desenvolvimento da química, como os béqueres, tubos de ensaio, erlenmeyers, 
buretas, etc 
As atividades de laboratório exigem parte do aluno não só um conhecimento das peças e 
aparelhos utilizados, como também o emprego correto de cada um deles. Portanto, antes de mais nada, 
é necessário que observem bem cada uma das peças, memorizem a sua forma e conheçam a utilidade de 
cada uma. 
 
 Estante para tubos de ensaio e tubos de ensaio: Os 
tubos de ensaio são empregados para fazer reações em 
pequena escala, principalmente na realização de testes 
de reação. Eles podem ser aquecidos com cuidado sobre 
a chama do bico de gás ou bico de Bunsen, desde que 
segurados por pinça de madeira. A estante para tubos 
de ensaio são feitas de madeira ou metal e servem 
como suporte para manter os tubos de ensaio em 
posição vertical. Os tubos de ensaio podem ter de 5 a 
20 cm de altura e de podem ter diferentes diâmetros. 
 
Béquer: Serve para reações entre soluções, dissolver 
substâncias, efetuar reações de precipitação e aquecer 
líquidos. Apresentam escala para medir volumes 
aproximados, portanto, constituem vidraria graduada. 
Eles possuem um bico para facilitar a transferência de 
líquidos Pode ser aquecido sobre a tela de amianto. Os 
béqueres são vidrarias graduadas e que apresentam 
capacidade variando de 5 mL até 2000 mL. 
 
Erlenmeyer: Utilizado para titulações, aquecimento de 
líquidos, dissolução de substâncias e reações entre 
soluções. Para seu aquecimento, usa-se o tripé com tela 
de amianto. Os erlenmeyers também são utilizados em 
titulação para conter a solução a ser titulada e sobre a 
qual será adicionada a solução tittulante. São graduados 
e, assim como os béqueres, os valores de volume são 
aproximados devido ao seu grande diâmetro. 
Normalmente são utilizados erlenmeyers com 
capacidade de 125 ml, 250 mL ou 500 mL. 
 Funil: Usado na filtração, para retenção de partículas 
sólidas em misturas sólido-líquido. No funil é adaptado o 
papel de filtro que retém o sólido e permite a passagem 
do material líquido. Podem ter a haste inferior curta ou 
longa. 
 
Balão de fundo chato: Empregado para aquecer 
líquidos ou soluções ou ainda fazer reações com 
desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre tripé 
com tela de amianto. Os balões de fundo chato podem 
ter apenas uma saída como podem ter duas ou três 
saídas laterais. 
 
Condensadores: Utilizados na destilação, têm por 
finalidade condensar os vapores do líquido. Condensar 
significa transformar os vapores em líquidos por 
resfriamento. A entrada e saída lateral dos 
condensadores servem para manter um fluxo constante 
de água ou de outro líquido refrigerante e com isto 
manter uma temperatura baixa no interior do 
condensador para permitir o resfriamento do vapor e 
consequentemente sua condensação. 
 Bastão de vidro ou bagueta: Corresponde a um 
bastão maciço de vidro. Serve para agitar e facilitar as 
dissoluções, manter massas líquidas em constante 
movimento, ou ainda, na transferência de líquidos de 
um recipiente a outro. 
 
Proveta ou cilindro graduado: Serve para medidas 
aproximadas de volumes de líquidos. Não pode ser 
aquecida por ser considerada uma vidraria de maior 
precisão que os béqueres ou erlenmeyers. As provetas 
apresentam capacidade de 10 mL até 2000 mL de 
solução. 
 
Pipetas: Usadas para medir e transferir pequenos 
volumes de líquidos. Não pode ser aquecida por ser 
vidraria de grande precisão de volume. A capacidade 
das pipetas pode variar de 0,5 mL até 200 mL. São 
classificadas em graduadas e volumétricas. As pipetas 
volumétricas são altamente precisas e são utilizadas 
para tomar um único e fixo volume de solução. As 
pipetas graduadas apresentam escala e podem tomar 
diferentes volumes de líquido em função da capacidade 
máxima da pipeta. 
 
Bico de Bunsen ou bico de gás: O bico de gás é a 
fonte de aquecimento mais usada em laboratório. 
Consiste de um sistema de metal que apresenta uma 
entrada de gás na parte inferior e uma parte superior na 
qual é produzida a chama que servirá de aquecimento. 
Os bicos de gás também apresentam um anel na parte 
inferior que permite regular a entrada de oxigênio e, 
com isso, controlar a temperatura da chama. 
 
Suporte Universal: Utilizado em várias operações 
como filtração, suporte de condensador, sustentação de 
peças, etc. São confeccionados em metal e a base 
permite sustentação da haste na qual serão presas as 
peças e vidrarias. 
 
Anel ou argola para funil: Empregado como suporte 
do funil na filtração, ou para sustentação do funil de 
decantação. São confeccionadas em metal e apresentam 
diferentes diâmetros. Apresenta um sistema de rosca 
(mufa) que permite prendê-la ao suporte universal. 
 
Garra com mufa: Presa ao suporte serve para segurarvárias outras peças como buretas, condensadores, 
colunas de refluxo, balão de destilação. Apresentam 
diferentes formatos e tamanhos. Uma das extremidades 
(mufa) é presa ao suporte universal e a outra prende a 
peça que deseja manter fixa ao suporte universal como 
bureta, condensador, erlenmeyer, balão, dentre outras. 
 
Tripé de ferro: Sustentáculo na qual se coloca a tela 
de amianto e sobre a qual se coloca o recipiente que 
contém o líquido a ser aquecido. É usado com tela de 
amianto. É colocado sobre o bico de Bunsen. 
 
Tela de amianto: Suporte para as peças a serem 
aquecidas. A função do amianto é distribuir 
uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen e 
distribuí-lo uniformemente para o recipiente que contém 
o líquido ou solução que está sendo aquecido. 
 
 
Pinça de madeira: Usada para segurar tubos de ensaio 
durante o aquecimento e para transportar tubos de 
ensaio aquecidos. 
 
Pinça de Hoffmann e pinça de Mohr: Usadas para 
reduzir ou impedir a passagem de gases ou líquidos 
através de tubos flexíveis. 
 
 
Cápsula de porcelana: Peça de porcelana usada para 
evaporar líquidos das soluções. 
 
Vidro de relógio: Peça de vidro de forma côncava. O 
vidro de relógio é usado para cobrir béqueres em 
evaporações, para pesagens e diversos fins como 
tampar frascos para impedir que caia poeira ou qualquer 
outro contaminante. 
 
Bureta: Usada para medidas precisas de líquidos. 
Usada em análises volumétricas para determinar o 
volume de solução titulante que reage com uma 
determinada quantidade de solução a ser titulada. 
Podem ser utilizadas também para a transferência de 
volumes precisos de líquidos. Na parte inferior das 
buretas há uma torneira por onde escoa o liquido a ser 
transferido. É sempre utilizada presa ao suporte 
universal por garras próprias para isto. 
 
Almofariz e pistilo: Confeccionados em ágata ou 
porcelana, são utilizados na trituração e pulverização de 
sólidos. 
 
Balão volumétrico: Usado para preparar e diluir 
soluções. Apresenta fundo chato, um gargalo, junta 
esmirilhada e um tampa que se ajusta perfeitamente na 
junta esmirilhada. No gargalho há uma marca que indica 
a capacidade exata do balão. Existem balões com 
capacidade variando de 5 mL até 5000 mL. 
 
Funil de decantação, funil de separação ou funil de 
bromo: Usado para separação de líquidos imiscíveis. Na 
parte inferior dos funis há uma torneira que permite 
escoar o líquido de maior densidade e na parte superior 
há uma entrada com junta esmirilhada que possui 
tampa que se ajusta perfeitamente à junta esmirilhada. 
São afixados ao suporte universal utilizando argolas. 
 
 
Espátulas: Usadas para transferência de substâncias 
sólidas do frasco que a contém para outro frasco ou 
para o recipiente que está sobre a balança para o 
material sólido ser pesado. Também podem ser 
utilizadas para quaisquer outras transferências de 
materiais sólidos. São confeccionadas em metal ou 
plástico e apresentam diferentes formatos e tamanhos. 
 
 
Funil de Büchner: Funil de porcelana utilizado para 
realizar filtração rápida de sistemas heterogêneos 
sólido-líquidoNa parte interna apresenta uma superfície 
com furos na qual se fixa o papel de filtro. 
 
Kitassato: Usados em conjunto para filtrações a vácuo. 
O kitassato é o recipiente na qual ficará o líquido da 
mistura sólido-líquido. O kitassato tem formato de 
erlenmeyer, entretanto, as paredes são mais grossas 
para evitar que se quebre devido á diminuição da 
pressão e apresenta uma saída lateral por onde é 
retirado o ar. 
 
Trompa de vácuo: Usada em conjunto com o kitassato 
e o funil de Büchner, é responsável para remoção do ar 
dentro do sistema para acelerar a filtração. Para retirar 
o ar a trompa de vácuo é fixada a uma torneira e o fluxo 
de água que passa pela trompa é responsável pela 
remoção do ar diminuindo a pressão interna do sistema. 
 
Pissetas: Usadas para lavagem de materiais ou 
recipientes através de jatos de água, álcool ou outros 
solventes ou para adicionar líquidos em outros 
recipientes e até para adicionar líquidos a sólidos para 
realizar a dissolução dos sólidos. Normalmente são de 
polietileno e apresentam volume de 250 mL ou de 500 
mL. 
 
 
Dessecador: Usado para armazenar substâncias em 
atmosfera contendo baixo índice de umidade. Na parte 
inferior coloca-se uma substância capaz de absorver 
água (higroscópica). Os dessecadores são de vidro e 
apresenta paredes extremamente grossas para suportar 
baixa pressão interna por o armazenamento da 
substância pode ser feito em baixa pressão. 
 
Placa de Petri: Recipiente de vidro utilizada para 
armazenar materiais sólidos que poderão ser 
armazenados no dessecador ou em estufa para 
secagem. Podem ser utilizadas também para cobrir 
reagente impedindo assim sua contaminação. 
 
Balão de destilação: É utilizado em processos de 
destilação. O tubo lateral permite a saída de vapores 
obtidos a partir do aquecimento de líquidos ou soluções 
contidos no balão. Destilação consiste no processo de 
separação sólido-líquido ou líquido-líquido por 
aquecimento da solução seguida da evaporação de um 
dos líquidos. 
 
Triangulo de porcelana 
Usado para sustentar cadinhos de porcelana em 
aquecimentos diretamente no bico de Bunsen 
durante uma calcinação. Fica sobre a argola ou trip 
 
Cadinho 
 
Usado para o aquecimento a seco (calcinação), na 
eliminação de substâncias orgânicas, secagem e 
fusões, no bico de Bunsen ou mufla.

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