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QUESTÕES PENAL III

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QUESTÕES PENAL III – 15-05-2017
CRIME – CONCEITO E REQUISITOS – ESTRUTURA DO CRIME
É todo fato típico, antijurídico e culpável. É toda ação ou omissão ilícita, para a qual a lei comina sanção de natureza penal. A estrutura do crime é dividida em três partes: fato típico + antijuridicidade (ou ilicitude) + culpabilidade. 
DO FATO TIPICO: CONDUTA, RESULTADO, NEXO CAUSAL E TIPICIDADE.
A conduta é a ação ou omissão humana, consciente e voluntária dirigida a uma finalidade. O resultado é a modificação no mundo exterior provocada pela conduta. O nexo causal é o elo de ligação concreto, físico, material e natural que se estabelece entre a conduta do agente e o resultado naturalístico, por meio do qual é possível dizer se aquela deu ou não causa a este. A tipicidade é um dos postulados básicos do princípio da reserva legal.
CONDUTA (CRIME POR AÇÃO/OMISSÃO) RESULTADO (ITER CRIMINIS) E NEXO CAUSAL (CAUSAS E CONCAUSAS)
Nos crimes por ação temos três teorias: teoria causal-naturalística: ação é o movimento corporal voluntário que causa uma modificação no mundo exterior; teoria social: ação é a manifestação externa da vontade com relevância social, ou, por outras palavras, “o comportamento humano socialmente relevante” (significação social da conduta humana do ponto de vista da sociedade); e teoria finalista: a ação humana consiste no exer cício de uma atividade finalista. 
Iter criminis é uma expressão em latim, que significa "caminho do crime", utilizada no direito penal para se referir ao processo de evolução do delito, ou seja, descrevendo as etapas que se sucederam desde o momento em que surgiu a ideia do delito até a sua consumação. Tendo a cogitação, preparação e execução. 
Causa:
é toda condição que atua paralelamente à conduta, interferindo no processo causal.
Concausas:
tendo nosso CP adotado a teoria da equivalência dos antecedentes, não tem o menor sentido tentar estabelecer qualquer diferença entre causa, concausa, ocasião ou condição. Qualquer conduta que, de algum modo, ainda que minimamente, tiver contribuído para a eclosão do resultado deve ser considerada sua causa. 
TIPICIDADE: TIPO PENAL – ELEMENTARES E CIRCUNSTANCIAS (GENERICAS, ESPECIFICAS)
Elementares são os dados fundamentais de uma conduta criminosa. São os fatores que integram a definição básica de uma infração penal. No homicídio simples (CP, art. 121, caput), por exemplo, as elementares são “matar” e “alguém”. Circunstâncias, por sua vez, são os fatores que se agregam ao tipo fundamental, para o fim de aumentar ou diminuir a pena. Exemplificativamente, no homicídio, que tem como elementares “matar” e “alguém”, são circunstâncias o “relevante valor moral” (§ 1ª), o “motivo torpe” (§ 2º, I) e o “motivo fútil (§ 2ª II), dentre outras.
ELEMENTARES: ELEMENTO OBJETIVO, SUBJETIVO E NORMATIVO DO TIPO.
Os elementos que compõem o tipo penal podem ser objetivos, normativos e subjetivos. Os elementos objetivos são facilmente constatados pelo sistema sensorial de cada indivíduo. Já os elementos normativos, para serem constatados, exigem a aplicação de uma atividade valorativa, ou seja, um juízo de valor. 
OBJETIVIDADE JURIDICA: OBJETO JURIDICO E OBJETO MATERIAL
Objeto jurídico do crime: é o bem jurídico, isto é, o interesse protegido pela norma penal. Objeto material do crime: é a pessoa ou coisa sobre as quais recai a conduta. É o objeto da ação.
DA ANTIJURIDICIDADE – CONCEITO E CAUSAS DESCRIMINANTES
É a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico; a conduta descrita em norma penal incriminadora será ilícita ou antijurídica quando não for expressamente declarada lícita. 
DA CULPABILIDADE – CONCEITO, REQUISITOS E CAUSAS DIRIMENTES
Juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto para imposição de pena, porque, sendo um juízo de valor sobre o autor de uma infração penal, não se concebe possa, ao mesmo tempo, estar dentro do crime, como seu elemento, e fora, como juízo externo de valor do agente. O Código Penal adotou a teoria limitada da culpabilidade, segundo a qual são seus requisitos: a) imputabilidade; b) potencial consciência da ilicitude; c) exigibilidade de conduta diversa.
CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (GENÉRICAS E ESPECÍFICAS)
O artigo 107 do Código Penal Brasileiro enumera de forma exemplificativa as possíveis causas de extinção da punibilidade. Esta poderá  se dar pela morte do agente criminoso, por Abolitio Criminis, pela Decadência, pela Perempção, pela Prescrição, pela Renúncia, pelo Perdão do ofendido, pelo Perdão judicial, pela Retratação do agente, pelo Casamento da vítima com o agente, por Anistia, Graça ou Indulto.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS CRIMES
CRIME SIMPLES, QUALIFICADO, PRIVILEGIADO
 O crime simples apresenta um tipo penal único (homicídio, lesões corporais etc.). Crime qualificado é aquele em que ao tipo básico a lei acrescenta circunstância que agrava a sua natureza, elevando os limites da pena. Não surge a formação de um novo tipo penal, mas apenas uma forma mais grave de ilícito. E o crime privilegiado é quando ao tipo básico a lei acrescentada circunstância que o torna menos grave, diminuindo, em consequência, suas sanções.
CRIME COMUM, PRÓPRIO, CRIME UNISSUBJETIVO, PLURISSUBJETIVO.
O crime comum é aquele praticado por qualquer pessoa. Por exemplo, no homicídio o sujeito ativo é qualquer pessoa e o sujeito passivo é, também, qualquer pessoa com vida extrauterina. O crime próprio é aquele praticado por pessoa qualificada. Por exemplo, o crime de infanticídio se caracteriza pelo fato do sujeito ativo qualificado (mãe) matar seu filho (sujeito passivo), durante o parto ou logo após, sob influência do estado puerperal. O crime unissubjetivo é aquele que pode ser praticado por uma pessoa. Por exemplo: aborto, homicídio, roubo, etc. Já o crime plurissubjetivo se caracteriza por ser praticado, obrigatoriamente, por mais de uma pessoa. Por exemplo: crime que envolve associação criminosa, bigamia, rixa, etc.
CRIME COMISSIVO, OMISSIVO PROPRIO, OMISSIVO IMPROPRIO.
Crime Comissivo: Praticado por ação. O omissivo próprio é aquele que não admite tentativa, pois ou o Agente faz o que deve fazer ou não faz. E o impróprio é aquele em que se pratica pela inobservância do dever jurídico de agir.
CRIME DOLOSO (ESPECIES DE DOLO), CULPOSO (IMPRUDÊNCIA, NEGLIGENCIA E IMPERÍCIA), PRETERDOLOSO. 
O crime doloso é quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. O culposo é quando o agente não quis o resultado, mas deu causa a este por imprudência, negligência ou imperícia. E o preterdoloso, uma espécie de crime agravado pelo resultado. Dolo no antecedente (Conduta) e Culpa no consequente (Resultado).
CRIME CONSUMADO, CRIME TENTADO / CRIME FORMAL, MATERIAL.
O consumado é o que reúne todos os elementos do tipo penal. O tentado é o que não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente. O formal é aquele em que existe 1 resultado previsto na lei, mas não é exigido para sua consumação. E o material é aquele em que existe 1 resultado previsto na lei e é exigido para sua consumação.
CRIME INSTANTÂNEO E PERMANENTE / CRIME DE DANO E DE PERIGO
Crime Instantâneo é aquele em que a consumação não se prolonga no tempo, ou seja, de consumação imediata. O permanente é aquele em que sua consumação se prolonga no tempo. Ex. Tráfico de drogas, na modalidade manter em depósito. O de dano é aquele que exige efetivamente 1 dano. E o de perigo é aquele em que não se exige o dano, apenas o perigo em abstrato já consuma o crime.
CRIME UNISSUBSISTENTE E PLURISSUBSISTENTE / CRIME UNIOFENSIVO E PLURIOFENSIVO. 
O unissubsistente é o crime praticado por apenas 1 ato. E o plurissubsistente é praticado por mais de 1 ato. Já o uniofensivo protege-se apenas um bem jurídico. E o crime pluriofensivo, ou protegem-se dois ou mais bens jurídicos. 
CRIME VINCULADO, SUBSIDIÁRIO, DE AÇÃO MULTIPLA, EXAURIDO, ACESSÓRIO, CONEXO, PUTATIVO, VINCULADO.
No Crime de Forma Vinculadao tipo já descreve a maneira pela qual o crime é cometido. O subsidiário é aquele cujo tipo penal tem aplicação subsidiária, isto é, só se aplica se não for o caso de crime mais grave. No de ação múltipla o tipo contém várias modalidades de conduta, em vários verbos, qualquer deles caracterizando a prática de crime. O exaurido é aquele em que o agente, mesmo após atingir o resultado consumativo, continua a agredir o bem jurídico. O acessório sempre pressupõe a existência de uma infração penal anterior, a ele ligada pelo dispositivo penal que, no tipo, faz referência àquela. O conexo é o crime que é pressuposto, elemento constitutivo, ou agravante de outro (art. 108). O putativo dá-se quando o agente imagina que a conduta por ele praticada constitui crime mas em verdade constitui uma conduta atípica, ou seja não há punição para o ato praticado.
COMO PODE SER O CONCURSO DE CRIMES?
O concurso de crimes está previsto nos artigos 69, 70 e 71 do Código Penal. Ele é subdividido em concurso material, concurso formal e crime continuado. Ocorre quando o agente mediante mais de uma conduta (ação ou omissão) pratica dois ou mais crimes idênticos ou não.
ERRO DE TIPO ESSENCIAL / ERRO DO TIPO ACIDENTAL / ERRO DE PROIBIÇÃO.
Erro de tipo Essencial - é aquele que impede o agente de compreender o caráter criminoso do fato. Ele se apresenta de duas maneiras: invencível, vencível. Erro do tipo acidental - é o erro que incide sobre dados irrelevantes da figura típica.
DÊ EXEMPLO DE CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL E CRIMES DE LENOCINIO.
Estupro (art. 213); violação sexual mediante fraude (art. 215); assédio sexual (art. 216-A). Prostituição.
QUANDO O CRIME DE ESTUPRO SERÁ QUALIFICADO? VULNERAVEL? PRETERDOLOSO?
São três as qualificadoras (circunstâncias específicas), a saber: 
(a) Estupro qualificado pela lesão corporal de natureza grave (§ 1º, primeira parte) – Enquanto o estupro simples (tipo básico) tem pena de reclusão de 6 a 10 anos, o estupro qualificado pela lesão corporal de natureza grave tem pena de reclusão de 8 a 12 anos. (b) Estupro qualificado pela idade da vítima (§ 1º, última parte) – Com a mesma pena prevista para a qualificadora anterior, o estupro é qualificado se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos. Se a vítima for menor de 14 anos, o crime é de estupro de vulnerável, independentemente do emprego da violência ou grave ameaça. (c) Estupro qualificado pela morte (§ 2º) – Enquanto o estupro simples (tipo básico) tem pena de reclusão de 6 a 10 anos, o estupro qualificado pela morte tem pena de reclusão de 12 a 30 anos. 
Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 
VERIFICAR O OBJETO MATERIAL NOS CRIMES CUJO BEM JURIDICO É A FAMILIA.
O objeto material nos crimes contra à família, é a própria família envolvida. Exemplo: bigamia. 
DÊ EXEMPLO DE CRIMES CONTRA A SAÚDE PUBLICA, PAZ PUBLICA E A FÉ PUBLICA.
Saúde publica: Epidemia (267), Infração de medida sanitária preventiva (268), Omissão de notificação de doença (269), Envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal (270), Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produto alimentício (272), Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (273), Emprego de processo proibido ou de substância não permitida (274), Substância destinada à falsificação, Outras substâncias nocivas à saúde pública (277 e 278), Medicamento em desacordo com receita médica, Exercício ilegal de medicina, arte dentária ou farmacêutica (280). 
Paz publica: (art. 286), apologia de crime ou criminoso (art. 287) e associação criminosa (art. 288).
Fé publica: Moeda falsa (art. 289), Falsificação de documento publico (art. 297).
DOS CRIMES ESTUDADOS, QUAIS SÃO HEDIONDOS?
- homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente (art. 121 do CP);
- homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V, VI e VII do CP);
- lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte, quando praticadas contra autoridade ou agente descito nos arts. 142 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
- latrocínio (art. 157, § 3º, do CP);
- extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º, do CP);
- extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º, do CP);
- estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º, do CP);
- estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º, do CP);
- epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º, do CP);
- falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, §1º-A, § 1º-B, do CP);
- favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável; Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
QUAIS SÃO OS CRIMES PROPRIOS E QUAIS SÃO OS CRIMES COMUNS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
Peculato, peculato-furto, peculato-culposo, peculato mediante culpa de outrem, peculato-eletrônico, extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, emprego irregular de verbas ou rendas publicas.
QUAIS SÃO OS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA?
Denunciação caluniosa, comunicação falsa de crime ou de contravenção, auto-acusação falsa, falso testemunha, fraude processual. 
O QUE SÃO CRIMES DE:
FALSIDADE MATERIAL E FALSIDADE IDEOLÓGICA? 
O crime de falsidade material acontecerá quando alguém falsificar (contrafazer) documento ou alterar (modificar) documento verdadeiro. Ou seja, quando o agente faz uma “imitação” do documento verdadeiro, independentemente se os dados inseridos são verdadeiros ou falsos. 
No crime de falsidade ideológica, o agente vai alterar a verdade sobre os dados presentes no documento, seja por omissão de declaração, inserindo declaração falsa ou declaração diversa da que deveria ser escrita (crime de ação múltipla). 
PECULATO? QUAIS SÃO AS ESPECIES DE PECULATO?
Peculato é um crime de desvio de dinheiro público por funcionário que tem a seu cargo a administração de verbas públicas. É crime específico do servidor público e trata-se de um abuso de confiança pública. Pode ser dividido em: peculato-apropriação; peculato-desvio; peculato-furto; peculato culposo; e peculato mediante fraude (peculato-estelionato).
CONCUSSÃO E EXCESSO DE EXAÇÃO?
Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. 
Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
PREVARICAÇÃO? CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA?
É um crime funcional, isto é, praticado por funcionário público contra a Administração Pública em geral, que se configura quando o sujeito ativo retarda ou deixa de praticar ato de ofício, indevidamente, ou quando o pratica de maneira diversa da prevista no dispositivo legal, a fim de satisfazer interesse pessoal.
É crime contra a Administração Pública, praticado por funcionário público que, por clemência ou tolerância, deixa de tomar as providências a fim de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, ou deixa de levar o fato ao conhecimento da autoridade competente,quando lhe falte autoridade para punir o funcionário infrator.
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA? VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA?
É crime contra a Administração Pública que se configura quando um funcionário público, valendo-se de sua condição, defende interesse alheio, legítimo ou ilegítimo, perante a Administração Pública. 
Praticar violência, no exercício de função, ou a pretexto de exercê-la:
CORRUPÇÃO ATIVA? CORRUPÇÃO PASSIVA?
A forma ativa do crime de corrupção, prevista no artigo 333 do Código Penal, se dá pelo oferecimento de alguma forma de compensação (dinheiro ou bens) para que o agente público faça algo que, dentro de suas funções, não deveria fazer ou deixe de fazer algo que deveria fazer.
O Código Penal, em seu artigo 317, define o crime de corrupção passiva como o de “solicitar ou receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.”
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA? EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO?
Crime para quem solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. 
Crime consistente em obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em funcionário público no exercício da função. Sob o mesmo nomen iuris, crime cuja conduta do agente seja pretexto para influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha.
DESOBEDIÊNCIA, DESACATO E RESISTÊNCIA?
O crime de resistência configura-se quando alguém se opõe à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. 
O crime de desobediência ocorre quando a pessoa desobedece uma ordem legal de funcionário público. Novamente, vale enfatizar a expressão “ordem legal”.
O artigo 331, do Código Penal prevê como crime “desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela”. 
CONTRABANDO E DESCAMINHO?
Descaminho Art. 334.  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
Contrabando Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA / COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU CONTRAVENÇÃO?
Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente. 
Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado. 
COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO?
Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral. 
EXERCICIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES? FRAUDE PROCESSUAL?
Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite. 
Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito.
FAVORECIMENTO REAL E FAVORECIMENTO PESSOAL?
A conduta típica vem expressa pelo verbo prestar, que significa conceder, dedicar, render. O objeto da prestação deve ser auxílio (ajuda, socorro) destinado a tornar seguro o proveito do crime. O crime se consuma com a prestação do auxílio, independente do êxito na empreitada. 
A conduta típica vem caracterizada pela expressão “auxiliar a subtrair-se”, que significa ajudar a furtar-se, a escapar, a ocultar-se. O auxílio deve prestar-se a favorecer o autor do crime (Não inclui contravenção penal), aos qual é cominada pena de reclusão, a subtrair-se a ação da autoridade publica (judicial, policial, ou administrativa) 
O auxílio admite qualquer forma de realização e deve ser prestado após a consumação do delito anterior. 
PATROCINIO INFIEL, PATROCINIO SIMULTANEO E TERGIVERSAÇÃO?
Pratica o crime de patrocínio infiel aquele que trai, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado. O delito em questão é apenado com detenção, de seis meses a três anos, e multa. Note-se que tal crime consuma-se no momento em que o agente praticar o ato de traição, mesmo que inexista prejuízo material efetivo para o Estado ou para terceiros.

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