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Insulina Pâncreas: uma glândula anfícrina Exócrina:enzimas digestivas Endócrina: hormônios peptídicos – Porção endócrina: ilhotas de Langerhans (1 milhão “espalhadas”) • Células A ou alfa 2: glucagon (20%) • Células B ou beta: insulina (75%) • Células D ou delta: somatostatina (inibidor de secreção) (3 -5%) • Células F ou PP: polipeptídeo pancreático: facilita os processos digestivos (<2%)) Células D Células B Eritrócitos Células A Ácinos Tipos celulares das Ilhotas de Langerhans 1 milhão de Ilhotas Células F Insulina x Glucagon *Hiperinsulinemia: hipoglicemia *Falta relativa ou absoluta de insulina: diabetes Insulina • Pequena proteína; • 2 cadeias polipetídicas: A e B *Qual é a mais imunogênica? Estímulo para secreção da insulina (secreção basal e aumento de secreção por vários estímulos) Basal: 5-15µU/ml e durante refeições 60-90 µU/ml. Expressão de GLUT-4 Sem insulina Com insulina Exercício: expressão de Glut-4 Richter, J. Appl Physiol 93,2002 Ações da insulina • Músculo – Aumenta síntese protéica; – Aumenta síntese de glicogênio; • Fígado – Inibe a gliconeogênese; – Estimula síntese de glicogênio, triglicerídeos e VLDL – Inibe a degradação do glicogênio – degradação protéica • Tecido adiposo – o armazenamento de triglicerídeos Insulinoterapia: fontes de insulina • Bovina: mais antigênica; • Suína: diferença de 1 aa; • Insulina Humana: DNA recombinante – Escherichia coli: Humulin – Levedura: Novolin Vias de administração de insulinas • Subcutânea • Emergências: IV • Injetores portáteis: “canetas” • Bombas de insulina: Velosulin e lispro • Via inalatória Preparações de insulina: aspectos principais (em 2000 existiam cerca de 14 preparações diferentes) • Tempo de início (Latência) e duração de ação biológica: – Tamanho e composição dos cristais de insulina – Quanto menos solúvel, maior duração de ação – Outros fatores: dose, ponto da injeção, suprimento sanguíneo, temperatura e atividade física • A insulina humana é absorvida mais rapidamente que a animal: duração mais curta.......ajuste de doses Insulinas disponíveis • Ação ultracurta: início muito rápido e curta duração de ação; • Ação curta: rápido início de ação; *Soluções transparentes em pH neutro com Zn (estabilidade e conservação) *Modificações de aa • Ação intermediária (NPH) • Ação prolongada: com lento início de ação *Suspensões turvas em pH neutro com protamina em tampão fosfato (NPH) *Suspensões com concentrações variáveis de Zn em tampão acetato (ultralentas e lentas) Insulina de ação ultracurta (Lispro, Aspart) • Efeito Máximo: menos de 1h (5 a 10 min); • Duração: 3-4 horas; • Insulina modificada para absorção mais rápida • Ideal Para uso pré-prandial (5 a 30 min antes das refeições) em diabéticos tipo I Insulina de ação curta (regular) • Em 30 minutos já possui efeito; • Efeito Máximo: 1-3 horas; • Duração: 7-8 horas; • Zn cristalina solúvel; • Pode ser usada IV (quadros de cetoacidose) • Usualmente associada com insulinas de ação mais lenta, “suplementação” Insulinas de ação intermediária (isófana, NPH) • Em 1h e 30 min início de ação; • Efeito Máximo: 4-12 horas; • Duração: 10-16 horas; • Suspensão insulina Zn cristalina com protamina (pH neutro): insulina pouco solúvel; • Proibido uso IV!!! • Administrados de duas a quatro vezes por dia em pacientes diabetes tipo I • A partir de 4 horas início de ação; • Efeito Máximo: 8-24 horas; • Duração: 24 horas; – Ultralenta: Suspensão de cristais insulina-Zn em tampão acetato; – Lantus: Adição de resíduos de Arg na cadeia Beta; • Grandes partículas: lenta dissolução; • Uso principalmente em diabéticos tipo I Insulina de ação prolongada Insulina pré-mistura (30% regular e 70% NPH) • Possui efeito dentro de 30 minutos; • Efeito Máximo: 2-8 horas • Duração: 24 horas • Outra associação:(50% regular e 50% NPH) Como usar a insulina? Complicações da insulinoterapia: HIPOGLICEMIA Motivos: • Atraso de refeição • Esforço físico • Superdosagem • Pacientes diabéticos: produção inadequada de glucagon, cortisol, adrenalina e GH OUTROS SINTOMAS: • Comprometimento da função do SNC: confusão mental, comportamento bizarro, coma • Hiperatividade autônoma: SNS: taquicardia, palpitações, sudorese, tremores • náusea e fome • Convulsões e coma se não tratado Tratamento da hipoglicemia Paciente Consciente • Fornecer suco de laranja, glicose, ou qualquer líquido que contenha açúcar Paciente Inconsciente • Administrar 20 a 50 mL de glicose 50% (IV) durante 2 a 3 min ou injeção de 1 mg glucagon (SC ou IM) • Após recuperação: ingestão de açúcar Outras complicações da insulinoterapia • Reações alérgicas – Mais freqüente: bovinas > suína – Intervenção com corticóides, anti-histamínicos e kits de dessensibilização • Lipodistrofia – Atrofia do tecido conjuntivo no local da aplicação – Mais raro em preparações mais puras e pH neutro – Absorção na área lipodistrófica é prejudicada Vantagens: – Esquema simples Desvantagens: – Controle difícil da glicemia de jejum quando os efeitos da NPH não perduram; – Se aumentar a dose:risco de hipoglicemia à tarde Insulinoterapia Esquema I • Vantagens: – Esquema mais simples que tenta mimetizar o pâncreas normal • Desvantagens: – Exige horário fixo de refeições e exercício; – Não pode ajustar a NPH ou a regular independentemente Insulinoterapia Esquema II- insulina pré-mistura Insulinoterapia- Esquema III • Vantagens: – Mimetiza melhor o pâncreas normal – Cada dose pré-refeição de insulina regular é decidida de forma independente – Maior flexibilidade com as refeições e exercício • Desvantagens: – Tratamento intensivo – Exige muitos testes de glicemia diária – Custo elevado Insulinoterapia - Esquema IV • Vantagens: – Imita melhor o pâncreas normal – Diminui picos imprevisíveis de ação intermediária e longa; – Aumenta a flexibilidade das refeições e exercício • Desvantagens: – Tratamento intensivo – Exige muitos testes de glicemia diária – Custo elevado Características dos pacientes Medicamento Posologia Considerações Lavrador (70 Kg), com horários rígidos de refeições. Humulin NPH 100 U/ mL (ação intermediária) Humulin BR 100 U/ mL (ação curta). Via subcutânea 6 h da manhã (desjejum): 1 dose de 0,18 mL (curta) + 0,26 mL (75%) pela manhã (Intermediária) 6 h da noite (20’ antes do jantar): 1 dose de 0,18 mL (curta) + 0,09 mL (25%) (Intermediária) * considerando-se 70 U/dia (1 U/Kg) Esta posologia beneficia os indivíduos com horários rígidos de refeições mantendo a glicemia durante todo o dia, principalmente durante o horário de sono; Orientar o lavrador quanto à aplicação e marcar na seringa as quantidades especificadas à caneta. Características dos pacientes Medicamento Posologia Considerações Acadêmico de enfermagem (70 Kg) em final de período, sem horários rígidos de refeições Humulin NPH 100 U/ mL (ação intermediária) Humulin BR 100 U/ mL (açãocurta) Via subcutânea 1 dose de 0,18mL antes das refeições (curta) e 0,36 mL ao deitar ( intermediária) * considerando-se 70 U/dia (1 U/Kg) Apesar de o horário não ser definido, é aconselhável fazer refeições em intervalos (na medida do possível) regulares e também não fazer refeições imediatamente antes de dormir, a fim de se evitar o uso concomitante das 2 insulinas, evitando a hipoglicemia noturna. Características dos pacientes Medicamento Posologia Considerações Vigia Noturno (110 kg), que trabalha das 21 às 6 hs , com horários rígidos de alimentação. Dorme das 7 às 14 h. Horário de almoço: 15 h Horário de jantar: 20h Lanche: 3 da madrugada Insulatard NPH (ação intermediária) Vasolin (ação curta) Via subcutânea 15h (almoço):0,27 mL de vasolin (curta) 20h (jantar): 0,27 mL de vasolin (curta) 3h (madrugada):0,27 mL de curta e 0,82 mL de insulatard (intermediária) * considerando-se 110U/dia (1,5 U/Kg) A alteração do ritmo circadiano foi um fator determinante para esta conduta terapêutica. A aplicação da insulina de ação intermediária garantirá o controle da glicemia do paciente ao longo de todo o período de sono.
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