Buscar

TGE HAB

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

V – IMIGRAÇÃO, CIDADANIA E IDENTIDADE NACIONAL 
“Tanto mais fascinante, nesse sentido, o fato de alguém como Charles Taylor empreender a tentativa de aprender a sua própria época sob a forma de pensamentos, além de desenvolver discernimentos filosóficos e procurar torna-los férteis para a questões políticas mais prementes na ordem do dia.” 255
“Embora determinadas características formais distingam o direito moderno da moral racional pós-tradicional, o sistema de direitos e os princípios do Estado de direito, em razão de seu teor universalista, estão em consonância com essa moral.” 256
“É essa autocompreensão ético-política da nação que se vê afetada pela imigração; pois a afluência de imigrantes altera a composição da população também sob um ponto de vista ético-cultural.” 257
“De acordo com isso, só é preciso esperar dos imigrantes que eles se disponham a arraigar-se na cultura política de sua nova pátria, sem que por isso tenham de renunciar à forma de vida cultural de sua origem.” 258
“Uma obrigação moral de proporcionar auxílio resulta especialmente das crescentes interdependências em uma sociedade mundial que cresceu tanto, com o mercado capitalista mundial e a comunicação eletrônica de massa, que as Nações Unidas acabaram assumindo algo próximo a uma responsabilidade política total pelo asseguramento da vida neste planeta...” 260
VI – A POLÍTICA PARA A CONCESSÃOI DE ASILO NA ALEMANHA UNIFICADA
“Quem trata separadamente as questões do asilo político e das imigrações decorrentes da pobreza trata na verdade de declarar implicitamente sua intenção de se desvencilhar da obrigação moral da Europa ante os fugitivos das regiões do mundo acometidas pela miséria.” 262
“A política alemã para concessão de asilo baseia-se sobre a permissa sempre reiterada de que a República Federal da Alemanha não é um país de imigração.” 263
“Se à revelia de todas essas evidências é possível sustentar politicamente junto à opinião pública a afirmação de que “não somos um país de imigração”, isso trai uma mentalidade arraigada bem mais fundo – e também a necessidade de uma dolorosa mudança da autocompreeção nacional dos alemães.” 264
“Após 1945, depois do cheque causado pelo extermínio em massa do nacional-socialismo e a ruptura com a civilização que isso representara, a República Federal da Alemanha havia se distanciado dessa “consciência peculiar. A isso se somaram a perda da soberania e a posição periférica em um mundo bipolarizado. A dissolução da União Soviética e a reunificação alteraram profundamente essa constelação. Por isso, as reações ao radicalismo de direita, novamente reacesso, e nesse contexto também o debate hipócrita sobre a questão do asilo...” 265
“Ainda está por acontecer, até hoje, o aclaramento urgente e necessário da autocompreenção ético-política dos cidadãos de dois Estados com distintos históricos tão divergente.” 266
“Hoje se trata de adaptar o papel político da República Federal da Alemanha a novas realidades, sem interromper sob o peso dos problemas econômicos e sociais da reunificação o processo de civilização política que vinha avançando até 1989 e sem sacrificar as conquistas normativas de uma autocompreenção nacional fundamentada na noção da cidadania no âmbito de um Estado, e não mais em velhas noções éticas.” 267

Outros materiais