Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Capacidade Térmica e Calor Específico Caroline Rodrigues Prock¹ ¹ Turma 19A do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária 16 de julho de 2017 Resumo Este relatório visa proporcionar o conhecimento de Capacidade Térmica e de Calor específico, os quais permitem prever diversos aspectos de seu uso em aplicações do cotidiano. A capacidade térmica é proporcional à massa dos corpos. Essa proporcionalidade é definida por uma grandeza denominada calor específico (c), que é determinado pela razão constante entre a capacidade térmica e a massa de uma substância. O experimento em questão teve por objetivo obter a capacidade térmica de um calorímetro e o calor específico de sólidos. 1 Introdução A capacidade térmica determina a quantidade calor que um corpo precisa receber para alterar sua temperatura em uma unidade. Cada corpo comporta-se de forma diferente ao receber uma determinada quantidade de calor, como exemplo, na praia a areia e a água do mar estão submetidas à mesma fonte de calor, o sol, mas a areia fica muito mais quente do que a água. Isso acontece porque a areia e a água possuem capacidades térmicas diferentes. A capacidade térmica caracteriza o corpo, não a substância que o constitui. Essa grandeza é proporcional a massa dos corpos, ou seja, corpos iguais com massas diferentes possuem capacidades térmicas diferentes. Essa proporcionalidade é definida por uma grandeza denominada calor específico, que é determinado como sendo a capacidade térmica dividida pela massa do corpo. Neste trabalho, a capacidade térmica de um calorímetro e o calor específico de sólidos foram determinados a partir de medições das temperaturas de equilíbrio da água e de um corpo de alumínio e de um de ferro presentes dentro em um calorímetro após o aquecimento. 2 Teoria Calor pode ser definido como o trânsito de energia térmica de um corpo para outro. Quando dois corpos são colocados juntos e chegam a mesma temperatura, após um intervalo de tempo, dizemos que eles estão em equilíbrio térmico e a temperatura final é chamada temperatura de equilíbrio. [01] A capacidade térmica de um corpo qualquer pode ser definida através da seguinte relação: , onde (01) C é a capacidade térmica de um corpo qualquer; Q é a quantidade de calor do corpo, e Δt é a variação de temperatura do corpo. A quantidade de calor trocado (cedida ou recebida) por um corpo é proporcional a sua massa, do material de que é constituído o corpo e da variação de temperatura que o corpo sofre. [01] Esta quantidade de calor é representada pela seguinte equação: , onde (02) Q representa a quantidade de calor; m representa a massa do corpo; c é o calor específico do corpo, e Δt é a variação de temperatura sofrida pelo corpo. Vale ressaltar que se o valor de Q for menor que zero, o corpo cede calor; se Q for maior que zero, o corpo ganha calor. O equilíbrio térmico entre dois corpos ocorre quando suas temperaturas são iguais e quando os valores de Q recebido e Q cedido são iguais, em módulo. Com isso podemos escrever a seguinte relação: [01] (03) Através dessa relação é possível obter o valor do calor específico de um corpo sabendo o calor específico de outro corpo, utilizando relações matemáticas básicas. No experimento realizado, essa relação foi utilizada para obter o calor específico de um calorímetro, objeto com isolação térmica utilizado para estudar as trocas de calor entre corpos de diferentes temperaturas, para posteriormente obter a capacidade térmica do mesmo. Em seguida, utilizou-se o mesmo calorímetro para determinar o calor específico de do alumínio, utilizando-se um pequeno cilindro de alumínio como corpo de prova. mAF*cH2O*(TF-TIA) + C *( TF –TIA) = -mAQ* cH2O *( TF -TIQ) onde: (04) mAF= massa de agua fria cH20= calor especifico da água TF= temperatura final (de equilíbrio) TIA= temperatura inicial água ambiente C=capacidade térmica do calorímetro MIQ=massa inicial de água quente TIQ=temperatura da água quente mAF*cH2O*(TF-TIA) + C *( TF –TIA) = -mB* cB *( TF -TB) onde: (05) MB=massa do bloco TB=temperatura do bloco CB= calor especifico do bloco 3 Métodos Experimentais Materiais utilizados: Calorímetro; Termômetro; Béquer; Ebulidor elétrico; Bloco de alumínio; Bloco de ferro; Água; Carretel de linha. Procedimentos: Parte 1 – Foi medido aproximadamente 50mL de água em temperatura ambiente, foi colocada no calorímetro, e aferiu-se a temperatura com o auxílio de um termômetro. Em seguida, mediu-se aproximadamente 80mL de água e aqueceu-a com ebulidor elétrico, e foi colocada no calorímetro até descobrir a temperatura de equilíbrio. Foi feita esse procedimento 3x e anotados os valores. Parte 2 - mediu-se aproximadamente 100mL de água que foi colocada no calorímetro a uma temperatura ambiente. Mediu-se a massa de um bloco, colocou-se 150 ml de água no béquer e aqueceu-se com ebulidor, colocou o corpo de alumínio nesse mesmo béquer, utilizando uma linha para auxiliar a retirada do corpo do béquer para ser colocado no calorímetro. Em seguida, foi aguardado o equilíbrio térmico do corpo de alumínio e da água e medida a temperatura final. Esse procedimento foi realizado para ambos os blocos, o de ferro e o de alumínio, e 3 vezes para cada. 4 Resultados e Discussão Foi adotado o calor específico da água (cH20) como 1cal/gºC. Os resultados obtidos na parte 1 foram anotados na tabela 1. TIA (ºC) ± 0,5 mAF (g) ± 0,01 mAQ (g) ± 0,01 TIQ (ºC) ± 0,5 TF (ºC) ± 0,5 20 49,08 75 76,01 52 20 52,96 73 75,64 51 20 48,51 68 75,53 48 Tabela1: resultados obtidos na primeira parte do experimento, sendo mAF=massa de agua fria, TF= temperatura final (de equilíbrio), TIA= temperatura inicial água ambiente, MIQ=massa inicial de água quente, e TAQ=temperatura da água quente. Com esses resultados foi-se calculado a capacidade térmica (C) do calorímetro pela fórmula 04 e anotado na tabela 2. Repetição C (cal/ºC) 01 5,55 02 4,96 03 5,44 Tabela2: resultados para Capacidade Térmica (C) a partir dos resultados da Tabela1. A capacidade térmica específica média do calorímetro foi de 5,32 cal/ºC. Iremos utilizar esse valor para a segunda parte do experimento. Os resultados obtidos nos experimentos da parte 2 foram anotados nas Tabela3 e Tabela4. As massas do bloco de alumínio e do de ferro foram, respectivamente, 30,72g e 87,59g, com incerteza de ± 0,01. mAF (g) ± 0,01 TIA (ºC) ± 0,5 TB (ºC) ± 0,5 TF (ºC) ± 0,5 TF (ºC) ± 0,5 104,00 20 95 25 100,99 20 97 25 99,83 19 97 24 Tabela3: resultados obtidos na segunda parte do experimento, sendo mAF=massa de agua fria, TF= temperatura final (de equilíbrio), TIA= temperatura inicial água ambiente, e TB=temperatura do bloco de alumínio quente. mAF (g) ± 0,01 TIA (ºC) ± 0,5 TB (ºC) ± 0,5 TF (ºC) ± 0,5 TF (ºC) ± 0,5 99,06 19 96 26 96,99 19 96 24 98,27 18 96 25 Tabela4: resultados obtidos na segunda parte do experimento, sendo mAF=massa de agua fria, TF= temperatura final (de equilíbrio), TIA= temperatura inicial água ambiente, e TB=temperatura do bloco de ferro quente. Com os resultados da Tabela3 e utilizando a equação 05 foi obtido o calor específico do bloco de alumínio (cB) e anotado na Tabela5. Repetição cB (cal/ºC) 01 0,25 02 0,24 03 0,23 Média 0,24 Tabela5: resultados para o calor específico do bloco de alumínio. Considerando que na teoria o valor o calor específico do alumínio é de 0,22 [02], tivemos um resultado satisfatório. Com os resultados da Tabela4 e utilizando a equação 05 foi obtido o calor específico do bloco de ferro (cB) e anotado na Tabela6. Repetição cB (cal/ºC) 01 0,12 02 0,08 03 0,12 Média 0,11 Tabela5: resultados para o calor específico do bloco de ferro. Considerando que na teoria o valor o calor específico do alumínio é de 0,11 [02], tivemos um resultadoextremamente satisfatório. 5 Conclusão Ao analisar os resultados obtidos, concluiu-se que é possível calcular a capacidade térmica do calorímetro com o uso da água em temperatura de equilíbrio e depois a água aquecida. Consequentemente obtém-se calor específico do material utilizado (alumínio e ferro) e do calorímetro. Com isso, alcançou-se o objetivo do experimento. As metodologias e os passos utilizados são eficazes para o experimento prático estudado. As poucas variações podem ser devido a possíveis erros de paralaxe ou precisão, erros humanos e erros devido ao ambiente. Levando em consideração todo o experimento e possíveis erros, conclui-se que o experimento foi bem conduzido e chego ao esperado. 6 Referências [01] A. Tipler, Paul, Mosca Gene. Física para Cientistas e Engenheiros , Volume 1: Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica, 6ª edição. [02] Tabela de valor específico– Disponível em < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/calor-especifico.htm> Acesso em 07 de julho de 2017. [03] Júlio C. Ugucioni e Jefferson Tsuchida. Apostila de Laboratório de Fisica II. Lavras-MG
Compartilhar