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Portfólio 2 de AIS II ALUNO GABRIEL JARDIM PARQUE AMAZÔNIA 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE MEDICINA
EIXO DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO INDIVÍDUO, FAMÍLIA E COMUNIDADE
MÓDULO DISCIPLINAR DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE II
Portfólio 2 do Estudante
Nome: Gabriel Jardim da Motta Corrêa Pinto
Matrícula: 201709740096
Unidade de Estratégia da Família / Comunidade: Parque Amazônia I
Docente: Leidiane
Data: 07/11/2017
Belém
2017
Reflexões sobre a Prática na Unidade/Comunidade. 
Data: 07/10/2017 
Docente/Preceptor: 	
1 – Relato da Prática:
A segunda prática do módulo disciplinar de AIS II foi realizada no dia sete de novembro de 2017, como reposição da aula prática perdida do dia 10/10/2017. Já divididos nas mesmas duplas da prática anterior, fomos direcionados a acompanhar a rotina do Enfermeiro na Estratégia Saúde da Família. Com início às 8:45, passamos a acompanhar as consultas de rotinas realizadas pelo enfermeiro Igor responsável pela ESF Parque Amazônia 1.
O enfermeiro Igor realizou três atendimentos e todas as consultas foram ou de gestantes ou de crianças recém-nascidas. O local das consultas realizadas fica no primeiro andar da ESF Parque Amazônia I, na última sala do corredor ao lado do consultório médico. Ao entrarmos no consultório, o enfermeiro Igor Sabá indicou que poderíamos pegar cadeiras e sentar para acompanharmos a consulta que ele realizaria.
A primeira consulta se iniciou às 8:57, com a chegada da primeira paciente. A paciente em questão era mulher, gestante de 6 meses e 4 dias, idade 35 anos e estava retornando para a consulta pré-natal. Ela trouxe exames que havia realizado anteriormente para o enfermeiro Igor analisar e, após sua análise, ele mostrou para o grupo analisar se havia alguma alteração nos resultados apresentados no exame. Seus valores apresentavam-se dentro do estabelecido, com exceção do exame de IgG para Toxoplasmose e Rubéola e do hematócrito, apresentando um nível de hemácias ligeiramente abaixo dos valores prescritos. 
A partir de nossa analise, relatamos nossos achados ao enfermeiro Igor e ele comentou o que diziam cada uma dessas alterações. O exame de IgG positivo indicava que a paciente já havia entrado em contato com a doença anteriormente e o nível de hemácias mostrava-se preocupante, pois se a paciente fosse realizar algum procedimento cirúrgico, como uma cesárea, ela poderia ter um choque hipovolêmico. Durante a explicação do enfermeiro Igor ao grupo, ela comentou que possuía anemia, rinite alérgica constante, ardência ao urinar e tomava sulfato ferroso, embora constantemente esquecesse de toma-lo. Em virtude dos achados e da história clínica da paciente, o enfermeiro Igor pediu para que fossem refeitos os exames; de sangue (Hemograma); de urina; de hepatite C e HIV; e indicou que para não esquecer da reposição do ferro, ele aconselhou fazer sulco de açaí para tomar diariamente; e disse que ela não podia esquecer de tomar o sulfato ferroso diariamente.
A segunda consulta se inicou às 9:45, com a chegada do paciente. O paciente em questão era um bebê, homem, idade de 47 dias, enquanto a sua mãe possuía 36 anos, realizou cesárea. Por ser uma consulta de rotina e ser o seu retorno, já havia alguns dados do paciente. A mãe do paciente comentou que já estava dando papinha para a criança e, diante disso, o enfermeiro Igor informou a mãe para não dar nenhum tipo de alimento ou líquido, pois, durante essa fase da vida até aos 6 meses, apenas o leite materno é capaz de satisfazer as necessidades da criança. Outro fator a ser pontuado é de que isso evitaria complicações, como irritações intestinais e estomacais. 
Entre os 5 exames necessários a serem realizados em recém-nascidos, era preciso fazer no paciente os testes do olhinho e da língua. Para a mãe, o enfermeiro Igor perguntou se ela tinha interesse em tomar algum anticoncepcional e ela disse que desejava utilizar o anticoncepcional injetável, com 1 dose a cada 90 dias. Além disso, o enfermeiro Igor recomendou que devido à idade da mãe e por ter mais de um filho, ela poderia realizar o DIU e um anticoncepcional implantado no braço, que durariam 3 anos. Por fim, ele comentou sobre a possiblidade de procedimento cirúrgico para não engravidar, como a laqueadura, e comentou os pontos positivos e negativos de cada método anticoncepcional.
A terceira consulta se iniciou as 11:20, com a chegada do paciente. O paciente em questão era um bebê, homem, idade de 2 meses, acompanhado de sua mãe e de seu pai. Uma das primeiras coisas relatadas pelos pais da criança foi a presença de uma febre após tomar uma vacina. Contudo, uma das vacinas que não foi dada à criança e já estava passando do prazo dela tomar era a da paralisa infantil, comentado pelo enfermeiro Igor. Além disso, ela comentou que já havia dado água para o bebê, pois achava que ele tinha “sede”. Nesse sentido, o enfermeiro Igor comentou sobre as três fases da amamentação, a líquida, a proteica e a lipídica, para a mãe, explicando que a criança ao ser amamentada já ficava saciado. Além dessa aplicação da educação em saúde, ele explicou para a mãe qual era a forma correta de amamentação, dizendo sobre a posição e o uso dos dois peitos para isso. Por fim, foi constatado que ainda era necessário fazer o teste do olhinho, da língua e do pezinho na criança. Sendo assim, acabamos sendo liberados após essa consulta.
 
2.	REFLEXÃO CRÍTICA DA(S) ATIVIDADE(S) PRÁTICA(S), A PARTIR DO REFERENCIAL TEÓRICO CONSULTADO.
2.1 Como essa prática dialoga com a literatura?
	A palavra “enfermagem” vem do latim e é usada em oposição ao vocábulo “enfermo”, que significa aquele que se encontra doente, fraco, débil ou padece de alguma doença. É conceituado pelo Conselho Regional de Enfermagem (COREN) como uma ciência e uma arte que fundamenta suas ações na prevenção das doenças, no alívio do sofrimento e na proteção, na promoção e na recuperação da saúde de indivíduo, de famílias, de comunidades e de populações. Enquanto a American Nurses’ Association (ANA) define como um atendimento direto adaptável às necessidades do indivíduo, da família e da comunidade, durante a saúde e a doença. (PINTO et al., 2011).
	Lima (2017) afirma que a Enfermagem é uma ciência humana, de pessoas e de experiências, voltada ao cuidado dos seres humanos, cujo campo de conhecimento, fundamentações e práticas abrange desde o estado de saúde até os estados de doença, e é mediada por transações pessoais, profissionais, cientifica, estéticas, éticas e políticas.
Já Horta (1968), o conceito de Enfermagem, em sua proposta, é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, ao levar em consideração a colaboração de outros grupos profissionais. Nesse sentindo, evidencia-se a existência de vários conceitos para o exercício da enfermagem que giram em torno do cuidado e da assistência aos enfermos.
A partir de tais conceitos, é fundamental compreender o papel do Enfermeiro, bem como da enfermagem no contexto da atenção básica e no Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP). O MCCP originou-se a partir da demanda das pessoas que passa a necessitar um atendimento capaz de contemplar, em sua integridade, todas as suas necessidades, preocupações e vivências relacionadas à saúde ou às doenças. Diferentemente de sua designação inicial de Medicina Centrada na Pessoa, o termo MCCP indica que o método tem amplo potencial em profissionais da área da saúde, independentemente de sua formação. Os resultados da aplicação do MCCP indicado pelos seus autores são diversos, dentre os quais destacam-se: maior satisfação da pessoas e médicos; melhora na aderência aos tratamentos; redução de preocupações e ansiedade; redução de sintomas; diminuição da utilização dos serviços de saúde; diminuição das queixas por má-prática; melhora na saúde mental; e melhora na situação fisiológica e na recuperação de problemas recorrentes. No MCCP, há proposto 5 principaiscomponentes que norteiam a abordagem centrada na pessoa pelo profissional, que são explorar a doença e a experiência da pessoa com a doença, entender a pessoa como um todo, elaborar um projeto comum de manejo, incorporar a prevenção e promoção de saúde, fortalecer a relação médico-pessoa e ser realista. (FUZIKAUWA, 201?). Nesse contexto, o Enfermeiro pode atuar de maneira a potencializar a abordagem clínica centrada na pessoa, sobretudo, no âmbito da atenção básica. 
Um ponto a ser ressaltado é que a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é um dos meios que liga o MCCP à atenção primária. Segundo a PNAB, ao enfermeiro é atribuído as seguintes funções específicas:
Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;
Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços;
Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe;
Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membros da equipe; e
Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.
Outrossim, o enfermeiro dependendo de sua posição possui outras responsabilidades, por exemplo, enfermeiro da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), além das suas atribuições de atenção à saúde e de gestão comuns a qualquer enfermeiro da atenção básica supracitadas, tem o dever de planejar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS, no caso comum aos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF). Deve, também, ter o papel de facilitar das intercalações entre os profissionais da ESF com os ACS.
Dessa maneira, torna-se evidente a importância do Enfermeiro para o funcionamento da atenção básica e a valorização desse profissional é indubitável para a potencialização no cuidado e assistência à saúde da população. Contudo, deve-se ressaltar que o enfermeiro é parte de uma equipe multiprofissional que atua dentro de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF). Essa equipe deve ser composta, segundo a PNAB, além do próprio enfermeiro, por um médico, cirurgião-dentista, auxiliar ou técnico em saúde e higiene bucal, auxiliar ou técnico de enfermagem e ACS. 
Sendo assim, é importante diferenciar as atribuições dada aos médicos e enfermeiros nas ESF’s, uma vez que, em muitos casos, suas funções não possuem um limite bem definido entre si. A PNAB dá ao médico da ESF as seguintes atribuições:
Realizar atenção à saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade;
Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc);
Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico deles;
Indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário;
Contribuir, realizar e participar das atividades de educação permanente de todos os membros da equipe; e
Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USB.
Essa diferenciação nas suas atribuições é importante, pois segundo Oliveira (2010), é recorrente a presença de conflitos entre essas duas categorias profissionais e isso decorre, principalmente, da falta de clareza na delimitação de papéis. Deve-se afirmar que, no estudo de Oliveira (2010), que a grande maioria dos Enfermeiros e Médicos concordam que o paciente é beneficiado quando há boa relação entre os profissionais responsáveis pelo seu cuidado.
2.2 Que aprendizagens adquiri e que são importantes para o meu percurso acadêmico?
	Aprendi sobre a definição de enfermagem, sobre a função do Enfermeiro na ESF, sobre o papel do enfermeiro no MCCP e sobre a diferenciação das atribuições dos enfermeiros em relação aos médicos em uma ESF. Desses aprendizados, compreender a importância da delimitação das funções para o bom funcionamento da equipe multiprofissional de saúde se mostrou um conhecimento indubitavelmente necessário para o meu percurso acadêmico. 
3.	Auto avaliação sobre a prática: 
-	O que a experiência acrescentou na minha vida pessoal e profissional?
		Ao analisar as atribuições do profissional de enfermagem, bem como as suas funções delegadas, pude adquirir, tanto em minha vida pessoal quanto na profissional, um olhar mais equânime no que tange a sua atuação na equipe multiprofissional para a busca da saúde no paciente.
-	Quais os pontos de maior dificuldade ou dúvidas nessa prática?
	Um dos pontos de maior dúvida e dificuldade é como é feita a delimitação de quais tipos de consultas e exames que o enfermeiro em uma ESF pode fazer, uma vez que isso não é bem delimitado na PNAB, e se isso não e a usurpação da competência do médico.
-	O que preciso compreender para dar significado ou melhorar o meu aprendizado no contexto abordado?:
	Preciso compreender mais a respeito das dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro, nas funções próprias de sua profissão, em uma ESF, pois grande parte das dificuldades achadas na prática se davam por razões de gestão ou administrativas, uma vez que o Enfermeiro Igor Sabá é o gestor da ESF Parque Amazônia I.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, A. M. et al. Relação entre enfermeiros e médicos em hospital escola: a perspectiva dos médicos. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife/PE; 2010 Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v10s2/23.pdf Acesso em 04/11/2017
HORTA, W. A. Conceito de enfermagem. rRevista da escola de enfermagem da USP. São Paulo/SP; 1968. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v2n2/0080-6234-reeusp-2-2-001.pdf Acesso em 04/11/2017
PINTO, B.M.S. et al. O enfermeiro, o técnico e o auxiliar de enfermagem sob a óptica dos acadêmicos. Revista eletrônica Saúde em Foco: Amparo: Unisepe; 2011. Disponível em http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2011/artigo_saude_enfermeiro.pdf Acesso em 04/11/2017
LIMA, M. J. O que é enfermagem. 4 ed. São Paulo: Brasiliense; 2017
FUZIKAUWA, A. K. O Método Clínico Centrado na Pessoa. Belo Horizonte: NESCON. Disponível em: http://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3934.pdf. Acesso em 04/11/2017

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