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ARTIGO. VERSAO FINAL CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA ENTRE TENSÕES E DIREITOS 1

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A CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA: ENTRE TENSÕES E DIREITOS
Adalberto Oliveira Santos Neto 
Andressa Moraes 
Bernadino Dantas dos Reis Nascimento
Ítalo Silva Brito
Tomas Almeida
Resumo
Para atribuir força normativa aos direitos da criança, a Organização das Nações Unidas – ONU, em 1979, constituiu um Grupo de Trabalho que deu início à elaboração do texto da Convenção sobre os Direitos da Criança, debatido durante 10 anos, sendo proclamada apenas em 20 de novembro de 1989, entrando em vigor internacional em 02 de setembro de 1990, e sendo ratificada pelo Governo Brasileiro em 24 de setembro de 1990, tendo a mesma entrada em vigor no território nacional em 23 de outubro de 1990, e promulgada em 21 de novembro de 1990, pelo então presidente Fernando Collor. É considerada como um dos mais importantes instrumentos de direitos humanos adotados pela comunidade internacional, é o culminar de todo um processo histórico de reconhecimento da infância e de seus direitos, não obstante, sem que isto implique desconsiderar a sua importância, a Convenção deve ser problematizada, sendo este o objetivo do presente artigo. 
Palavras-chave: Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. Direitos da Criança e do Adolescente. Políticas Púbicas Assistência à infância. Crianças. 
Introdução 
O presente artigo versa a respeito da Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças, delimitando-se à análise ao processo de concessão de direitos em espécie às crianças, definida como ser humano menor de 18 (dezoito) anos, as tensões decorrentes deste processo que culminou na proclamação da convenção, sobre seus fundamentos, direitos em espécie assegurados às crianças, em especial de primeira e segunda dimensão, bem como, não se poderíamos deixar de realizar uma analise comparada com da convenção ora em analise com a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, uma vez que essa estabelece diretrizes, modo e instrumentos de criação de uma convenção, desde a assinatura, ratificação, adesão, vigência, emendas, reservas, linguagem e aplicação , e por fim, também analisando-a a luz da legislação nacional. 
Embora a mesma tenha sido ratificada por 192, como detalharemos a seguir, 64 destes fizeram reservas e declarações interpretativas aos seus artigos para compatibilizá-la com a cultura, religião e a legislação do país. Muitos foram assuntos que geraram discordâncias e intensas tensões, por exemplo, o estabelecimento de uma idade mínima e máxima para a própria definição de criança, ou se a criança deve ou não ter a liberdade de escolha religiosa, ou ainda, se o princípio da não-discriminação, que esclareceremos a seguir, implica na obrigação dos países de garantirem os mesmos direitos às crianças nacionais e estrangeiras. 
Ademais, outro ponto que suscitam críticas à Convenção diz respeito à participação majoritária de países europeus, além dos EUA e Canadá, na elaboração do já citado Grupo de Trabalho (GT) de sua elaboração. 
Há ainda a crítica por parte de muitos autores de escol que consideram que os direitos da criança deveriam permanecer sendo apenas os de proteção e não os de liberdade como assegurou a convenção, já aqueles discordantes, denunciam que a dita proteção não passa de forma de opressão dos adultos sobre as crianças, e no nosso ver, feriria o espirito da Lei. 
A Convenção e seu Contexto 
Em “A Era dos Direitos”, originalmente escrito em 1987, Bobbio, põe em evidência como ocorreu a ampliação do âmbito dos direitos do homem na passagem do homem abstrato ao homem concreto através de um processo de gradativa diferenciação ou especificação (1992, p.3), de quem seja esse homem, esse cidadão. Fúlvia Rosemberg discorrendo sobre a conquista de direitos a partir do século XX, relembra-nos que essa especificação, da qual trata Bobbio, ocorreu inicialmente em relação ao gênero, e após, em relação às várias fases da vida, mencionando como exemplo a Declaração dos Direitos da Criança. Esta Declaração, de 1959, sob os auspícios da ONU, e a precedente, de 1924, sob os auspícios da extinta Liga das Nações, tinham como foco defender a ideia de proteção à criança através da concessão de direitos em espécie, os mesmos direitos outorgados aos adultos, sendo tal corrente denominada de liberacionista, não obstante, tal tema encontrou controvérsias, sendo através das filosofas Hannah Arendt e Onora O’Neill, as principais críticas a essa corrente, por razões obviamente filosóficas e também políticas, defendendo em síntese que, a retórica do direito não captura a verdade sobre a vida das crianças e de suas famílias e encoraja uma permissividade destrutiva que tem consequências nefastas para os adultos, para as crianças e a sociedade, assim, os direitos fundamentais das crianças – outrora tidos apenas por educação e proteção – não teriam o melhor apoio na retórica dos direitos, mas sim, na visão das mesmas, no principio das obrigações, uma vez que a dependência da criança à aqueles que têm o poder sobre a vida delas não é produzida artificialmente, tampouco, pode cessar-se por mudanças políticas, assim sugerindo a reversão do foco da analise, do receptor (a criança como sujeito de direitos) para o do agente das obrigações (no caso os adultos que detém o poder sobre a vida das crianças, em seus múltiplos aspectos, a exemplo, familiar ou educacional), sendo assim neste contexto histórico e político que iniciou-se as discussões a respeito da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, ora em analise, que buscou conciliar as duas correntes, para muitos antagônicas. 
O projeto original da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança foi formalmente apresentado no começo de 1978, pelo governo Polonês, à Comissão de Direitos Humanos da ONU, no entanto, guardava bastante semelhança com a Declaração conflituosa de 1959. A proposta inicial, encaminhada pelo Secretário Geral das Nações Unidades à apreciação dos países e Organizações Intergovernamentais – OIGs -, recebeu muitas críticas, especialmente dos países ocidentais e industrializados (Pilotti, 2000, p.43), o que levou ao governo polonês, ante a ausência de respaldo à proposta inicial a apresentar um novo projeto de Convenção à Comissão de Direitos Humanos da ONU, que decidiu criar um Grupo de Trabalho – GT -, de composição ilimitada para apreciar o segundo projeto. O GT, segundo os dados históricos, reuniu-se uma vez por ano entre 1980 e 1987. 
Relatos sobre o desenrolar dos trabalhos do GT, elucida Pilotti (2000), que permitem compreender, pelo menos em parte, as tensões que o texto carrega: um viés ocidental em documento internacional; a adoção simultânea de direitos de proteção, sob a ótica de obrigação, e de liberdades. 
Como já dito, as participações nas sessões do GT deram-se em composição ilimitada, mas recebeu destaque o trabalho das Oings, que conforme Pilotti (2000), se concentrou, sobretudo, na inclusão de um conjunto de direitos de proteção especial, bem como na participação da sociedade civil na implementação da Convenção e seu monitoramento, vários artigos e parágrafos substantivos foram incluídos vido à articulação das Oings. 
Observa-se ainda a participação do Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF, da Organização Internacional do Trabalho - OIT, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, da Organização Mundial da Saúde – OMS, da Organização dos Estados Americanos – OEA e até mesmo da Liga dos Estados Árabes – LEA, os Estados Nacionais também participaram, com predomínio dos países ocidentais industrializados. 
Conforme Fúlvia Rosemberg (2010), em se tratando da elaboração de um tratado de caráter mundial sobre os direitos da criança, já era esperada uma arena de negociações bastante tensa e conflituosa em decorrência dos embates políticos entre os Estados com diferentes interesses, desigual acesso a recursos e poder e, em especial, ante a diversidade de concepções da infância e de direitosda criança, além da multiplicidade de atores, da diversidade de suas agendas e do contexto da Guerra Fria que ampliou a complexidade e duração das negociações. 
Naturalmente, pelo exposto acima, a arena de negociações da Convenção foi atravessada por embates geopolíticos, em especial, na disputa entre os tipos de direitos que teriam maior peso na Convenção, alguns Estados do Leste defendiam a primazia dos direitos econômicos e sociais, enquanto alguns países ocidentais, em especial os EUA, somente reconheciam como direitos humanos legítimos os de caráter civil e político (Pilotti, 2000,p.43), assim, os EUA em contraposição a proposta polonesa propuseram a inclusão de maiores artigos relacionamentos a direitos civis e políticas às crianças, quais seja, liberdade de expressão, liberdade de pensamento, direito de acesso à informação, dentro outros (Susan Kilbourne, 2000). 
Já a atuação mais relevante da latino-americana – representada principalmente por Argentina, Brasil, Cuba, Peru e Venezuela – se deu em relação à oposição ás disposições sobre adoção internacional propostas pelos países mais industrializados (Rosemberg, apud Pilotti, p.17). 
Proclamada dia 20 de novembro de 1989, a Convenção tem sido considerada “o culminar de todo um processo de reconhecimento da infância e de seus direitos (Monteiro, 2006, p.147). Tem caráter mandatório (art. 4º), contém maior número de artigos do que a relação à Declaração de 1959, contendo 54 artigos, que contemplam, na linguagem dos direitos humanos: direitos civis e políticos; econômicos, sociais e culturais; direitos especiais (entende-se proteção).
A convenção assentou-se sobre quatro pilares fundamentais ou princípios que se relacionam diretamente com todos os outros direitos das crianças, quais sejam: a) não discriminação, que significa, sob a linguagem da UNICEF, que todas as crianças têm o direito de desenvolver todo o seu potencial, por “todas” esclarece o Fundo das Nações Unidas se entende, todas as crianças, em todas as circunstâncias, em qualquer momento, em qualquer lugar do mundo; b) o interesse superior da criança, obriga que os interesses próprios da criança sejam considerados prioritários em todas as ações e decisões que implique a sua situação. Obriga os vários agentes com competências nesta matéria a orientar, em cada situação concreta, assuas decisões e medidas impostas, em função dos interesses da criança, submetendo os demais direitos ou interesses em causa ao respeito por este interesse; c) a sobrevivência e o desenvolvimento, que sublinha a importância vital do reconhecimento do direito à vida, da sobrevivência e desenvolvimento, sendo assim pressuposto base para todas as demais garantias, com intuito de assegurar também à igualdade de oportunidade para o pleno desenvolvimento das crianças; d) o reconhecimento da opinião da criança, tal principio também esta consagrado, desde que a criança apresente capacidade e condições para, com discernimento, manifestar a sua vontade, deve ser ouvida. Sempre que esteja em causa o assumir e decidir sobre a situação da criança, deve ser proporcionada a esta a possibilidade de exprimir a sua opinião e de manifestar a sua vontade. Este princípio basilar enuncia o respeito que se pretende assegurar à opinião da criança. Assim, desde que a sua maturidade, a sua idade, o seu desenvolvimento, o justifiquem, a criança é parte ativa no assumir das decisões relativas à sua situação, participando com o seu depoimento e manifestação de vontade. Tal princípio, não significa, necessariamente, que se devam assumir as decisões da preferência da criança. Mas que se proceda à sua audição e se decida tendo em conta o interesse que a criança manifestou como sendo o seu.
Até o momento, este tratado internacional foi ratificado pela quase totalidade dos Estados do mundo, 192 países, se tornando o instrumento de direitos humanos mais ratificado em escala mundial da historia. Apenas dois países, os EUA e a Somália, não procederam à ratificação da Convenção, ainda segundo os dados da UNICEF. 
Dos Direitos em Espécie 
Como já mencionado, a Convenção Internacional sobre o Direito das Crianças acabou, assim como a Declaração de 1959 trazendo questões antagônicas (liberacionistas e protecionistas) que tornaram as suas negociações tensas e difíceis. O ponto a que se deve atentar, porém, é que a Convenção, envolta pelas questões internacionais humanitárias do pós-guerra, mudou a maneira como a criança deve ser vista perante o Estado e suas instituições, não mais tratando o infante como alguém que somente necessita de medidas tutelares, mas também o enxergando como sujeito de direitos.
É nesse cenário de dificuldade, de harmonização entre direitos de proteção e direitos de liberdade, e de influência dos pactos pós-guerra, que a Convenção acabou, por assim dizer, tornando-se bastante abrangente, trazendo em seu bojo não só questões conceituais e introdutórias, como por exemplo, o conceito de criança (art.1), como também, direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais, além, é claro, de alguns especiais, de proteção. 
A Convenção, portanto, é um instrumento jurídico internacional de extrema importância no que diz respeito ao direito das crianças, na medida em que traz aos seus signatários certas obrigações e compromissos muito maiores e mais específicos do que a anterior Declaração. Para que fique mais clara tal abrangência e especificidade, cabe aqui uma análise mais minuciosa acerca da Convenção e dos direitos previstos por ela.
Direitos Civis e Políticos
Tidos como direitos fundamentais de primeira dimensão, correspondem, segundo Dirley (2012, p. 617), a direitos de defesa que garantem a autonomia do indivíduo em face do Estado. Servem, pois, para garantir a liberdade do indivíduo perante o Estado. São, ainda segundo Dirley (2012, p. 617), os direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à segurança, etc. 
Na Convenção, devido às particularidades dos seus destinatários, tais direitos são tratados de maneira também particular, previstos em quase toda a parte inicial da Convenção. Considerando a ingerência da família e do Estado na vida das crianças, o art. 3º, no seu ponto 1 (um), prevê, por exemplo, que todas as decisões tomadas em relação às crianças devem levar em consideração, em primeiro plano, o interesse superior destas. O ponto 2 (dois) do mesmo artigo garante também às crianças a proteção e os cuidados necessários ao seu bem-estar.
Além disso, outro artigo que merece destaque e especial atenção nessa seção é o artigo 6º da Convenção. É esse artigo que prevê para as crianças o direito à vida (ponto 1) e o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento (ponto 2). À luz do texto convencionado, o Estado tem, pois, a obrigação de garantir a vida e condições mínimas de sobrevivência para as crianças, de tal modo que estas possam desenvolver-se de maneira satisfatória. 
No mais podemos citar também o art. 7º (direito ao nome e a nacionalidade), bem como o art. 9º (direito de viver com seus pais e de manter contato, caso estejam separados), além dos arts. 12 e 13 (direito de opinião e liberdade de expressão), 14 (liberdade de pensamento, consciência e religião), 15 (liberdade de associação) e 16 (proteção da privacidade). Este último, em particular, interessante na medida em que protege a criança contra intromissões em qualquer que seja o âmbito de sua vida privada, além de protegê-la também contra qualquer ato atentatório a sua honra e reputação.
Direitos Sociais, Econômicos e Culturais
A Convenção prevê também participações de cunho positivo do Estado em relação às crianças, não devendo os Estados signatários se limitarem apenas a respeitar tais direitos, como também a implementar programas assistenciais de prestação de saúde, educação e assistência social para então garanti-los. Seguindo a classificação dimensional dos direitos fundamentais abordada por Dirley (2012), portanto, a Convenção prevê também alguns direitos de segunda dimensão, aqueles tidos como ramificações do direito à igualdade.O art. 19, ilustra bem essa questão. Tal artigo, prevê sobretudo a proteção da criança contra maus tratos e negligência, mas coloca no seu ponto 2 que os Estados Partes devem, além de proteger as crianças contra os maus tratos, estabelecer programas sociais para prevenção e atendimento das crianças vítimas de tal prática. Ou seja, não cabe ao Estado somente proteger, como também agir no sentido de prevenir e dar assistência para as vítimas.
Ainda nesse sentido, o art. 24 prevê para as crianças o direito de obter serviços médicos adequados, não podendo ser nenhuma criança privada de tal prerrogativa. Os Estados signatários devem, portanto, assegurar que nenhuma criança seja privada do direito de acesso a serviços de saúde eficazes.
Além dos já citados podemos também mencionar o art. 26, que garante às crianças o direito à segurança e a prestações sociais; o art. 28, que trata do direito à educação, segundo o qual todo Estado Parte deve prestar um serviço de educação acessível e de qualidade, a fim de igualar as oportunidades e erradicar o analfabetismo do mundo; o art. 30, que garante às crianças pertencentes a minorias, o direito de poder viver conforme as suas crenças e a sua cultura; e também o art. 31, que incumbe ao Estado garantir às crianças o direito à livre participação em atividades culturais e artísticas, além do lazer e atividades recreativas.
Direitos Especiais 
Por fim, a Convenção traz em seu bojo também alguns direitos especiais que têm como objetivo a proteção das crianças contra práticas tidas como abusivas ou criminosas. Aqui podemos colocar o já citado art. 19, que no seu ponto 1 (um), por exemplo, garante às crianças a proteção contra maus tratos ou tratamentos negligentes. Segundo esse dispositivo, é dever dos Estados Partes, então, proteger a criança contra todo e qualquer tipo de abuso ou maus tratos por parte dos pais ou responsáveis.
Além de proteção contra maus tratos, encontramos também no âmbito da Convenção, proteção especial para crianças com deficiência (art. 23), proteção contra a exploração econômica ou sujeição a trabalhos perigosos que comprometam o seu desenvolvimento integral (art. 32), proteção contra o consumo e contra a utilização de crianças na produção e no tráfico de substâncias ilícitas (art. 33), proteção contra a exploração sexual e contra o tráfico de crianças (arts. 34 e 35), e proteção contra tortura e privação da liberdade (art. 37).
Alguns outros artigos que merecem também certo destaque nessa seção devido a sua incidência em temas com grande repercussão midiática na atualidade, são os arts. 22 (proteção especial para crianças refugiadas) e 38 (proteção e assistência nas situações de conflitos armados). À luz do art. 22 cabe aos Estados Partes tomarem as medidas que forem necessárias para proteger crianças refugiadas, ou conceder status de refugiado para as crianças que assim requererem. Já segundo o art. 38, cabe aos Estados Partes proteger e prestar assistência às crianças afetadas por conflitos armados, tendo ainda estes que tomar todas as medidas possíveis para que nenhuma criança com idade inferior a 15 (quinze) anos esteja envolvida diretamente com o conflito.
Comparativo com a Convenção de Viena 
De acordo com o exposto nos parágrafos acima, tem-se uma tabela com o comparativo de artigos da convenção sobre o Direito da Criança com a convenção de Viena. Observa-se que a convenção retratada teve como base para a sua criação a convenção de Viena, uma vez que essa estabelece diretrizes, modo e instrumentos de criação de uma convenção. Desde a assinatura, ratificação, adesão, vigência, emendas, reservas, linguagem da mesma e aplicação da convenção em estudo. Não obstante, cada convenção tem sua independência e peculiaridades para que seja assegurada os interesses da população mundial, não de um país ou outro. Portanto ver-se-á a seguir artigos que são semelhantes e a comprovação daquilo que foi dito a cima.
	CONVENÇÃO SOBRE O DIREITO DA CRIANÇA
	CONVENÇÃO DE VIENA
	Artigo 2º (Aplicação de tratados)
1. Os Estados-partes respeitarão os direitos previstos nesta Convenção e os assegurarão a toda criança sujeita à sua jurisdição, sem discriminação de qualquer tipo, independentemente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional, étnica ou social, posição econômica, impedimentos físicos, nascimento ou qualquer outra condição da criança, de seus pais ou de seus representantes legais.
Artigo 3º (Aplicação de tratados)
2. Os Estados-partes se comprometem a assegurar à criança a proteção e os cuidados necessários ao seu bem-estar, tendo em conta os direitos e deveres dos pais, dos tutores ou de outras pessoas legalmente responsáveis por ela e, para este propósito, tomarão todas as medidas legislativas e administrativas apropriadas.
	Artigo 26 (Aplicação de tratados)
Pacta sunt servanda:
 Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé.
Artigo 29 (Aplicação de tratados)
Aplicação Territorial de Tratados: 
A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja estabelecida de outra forma, um tratado obriga cada uma das partes em relação a todo o seu território.
	
Artigo 46 (Assinatura) 
A presente Convenção está aberta à assinatura de todos os Estados.
	
Artigo 6 (Assinatura)
Capacidade dos Estados para Concluir Tratados
Todo Estado tem capacidade para concluir tratados.
Artigo 81 (Assinatura)
Assinatura 
A presente Convenção ficará aberta à assinatura de todos. os Estados Membros das Nações Unidas ou de qualquer das agências especializadas ou da Agência Internacional de Energia Atômica, assim como de todas as partes no Estatuto da Corte Internacional de Justiça e de qualquer outro Estado convidado pela Assembléia Geral das Nações Unidas a tornar-se parte na Convenção, da seguinte maneira: até 30 de novembro de 1969, no Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros da República da Áustria e, posteriormente, até 30 de abril de 1970, na sede das Nações Unidas em Nova York.
	Artigo 47 (Ratificação)
A presente Convenção está sujeita à ratificação. Os instrumentos de ratificação serão depositados junto ao Secretário Geral das Nações Unidas.
	Artigo 82 (Ratificação)
Ratificação 
A presente Convenção é sujeita à ratificação. Os instrumentos de ratificação serão depositados junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
	Artigo 48 (Adesão)
 A presente Convenção permanecerá aberta à adesão de qualquer Estado. Os instrumentos de adesão serão depositados junto ao Secretário Geral das Nações Unidas.
	Artigo 15 (Adesão)
O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela adesão: 
a)quando esse tratado disponha que tal consentimento pode ser manifestado, por esse Estado, pela adesão;. 
Artigo 83 (Adesão)
Adesão 
A presente Convenção permanecerá aberta à adesão de todo Estado pertencente a qualquer das categorias mencionadas no artigo 81. Os instrumentos de adesão serão depositados junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
	Artigo 49 (Vigência)
1. A presente Convenção entrará em vigor no trigésimo dia após a data em que tenha sido depositado o vigésimo instrumento de ratificação ou de adesão junto ao Secretário Geral das Nações Unidas.
	Artigo 24 (Vigência)
Entrada em vigor 
1. Um tratado entra em vigor na forma e na data previstas no tratado ou acordadas pelos Estados negociadores.
Artigo 84 (Vigência)
Entrada em Vigor 
1. A presente Convenção entrará em vigor no trigésimo dia que se seguir à data do depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão. 
2. Para cada Estado que ratificar a Convenção ou a ela aderir após o depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão, a Convenção entrará em vigor no trigésimo dia após o depósito, por esse Estado, de seu instrumento de ratificação ou adesão.
	Artigo 50 (Emendas)
1. Qualquer Estado-parte poderá propor uma emenda e registrá-la com o Secretário Geral das Nações Unidas. O Secretário Geral comunicaráa emenda proposta aos Estados-partes, com a solicitação de que estes o notifiquem caso apoiem a convocação de uma Conferência de Estados-partes com o propósito de analisar as propostas e submetê-las à votação. Se, em um prazo de quatro meses a partir da data dessa notificação, pelo menos um terço dos Estados-partes se declarar favorável a tal Conferência, o Secretário Geral convocará a Conferência, sob os auspícios das Nações Unidas. Qualquer emenda adotada pela maioria de Estados-partes presentes e votantes na Conferência será submetida pelo Secretário Geral à Assembléia Geral para sua aprovação.
	Artigo 40 (Emendas)
Emenda de Tratados Multilaterais 
1. A não ser que o tratado disponha diversamente, a emenda de tratados multilaterais reger-se-á pelos parágrafos seguintes. 
2. Qualquer proposta para emendar um tratado multilateral entre todas as partes deverá ser notificada a todos os Estados contratantes, cada um dos quais terá o direito de participar: 
a)na decisão quanto à ação a ser tomada sobre essa proposta; b)na negociação e conclusão de qualquer acordo para a emenda do tratado.
	Artigo 51 (Reservas)
 O Secretário Geral das Nações Unidas receberá e comunicará a todos os Estados-partes o texto das reservas feitas pelos Estados no momento da ratificação ou da adesão.
	Artigo 20 (Reservas)
Aceitação de Reservas e Objeções às Reservas 
1. Uma reserva expressamente autorizada por um tratado não requer qualquer aceitação posterior pelos outros Estados contratantes, a não ser que o tratado assim disponha.
	Artigo 52 (Denuncia) 
 Um Estado-parte poderá denunciar a presente Convenção mediante notificação feita por escrito ao Secretário Geral das Nações Unidas. A denúncia entrará em vigor um ano após a data em que a notificação tenha sido recebida pelo Secretário Geral.
	Artigo 56 (Reservas)
Denúncia, ou Retirada, de um Tratado que não Contém Disposições
sobre Extinção, Denúncia ou Retirada:
2. Uma parte deverá notificar, com pelo menos doze meses de antecedência, a sua intenção de denunciar ou de se retirar de um tratado, nos termos do parágrafo.
	Artigo 53 (Depositário) 
Designa-se para depositário da presente Convenção o Secretário Geral das Nações Unidas.
	Artigo 76 (Depositário)
Depositários de Tratados 
1. A designação do depositário de um tratado pode ser feita pelos Estados negociadores no próprio tratado ou de alguma outra forma. O depositário pode ser um ou mais Estados, uma organização internacional ou o principal funcionário administrativo dessa organização.
	Artigo 54 (Linguagem)
O original da presente Convenção, cujos textos seguem em árabe, chinês, espanhol, francês e russo são igualmente autênticos, será depositado em poder do Secretário Geral das Nações Unidas.
	Artigo 85 (Linguagem)
Textos Autênticos
O original da presente Convenção, cujos textos em chinês, espanhol, francês, inglês e russo fazem igualmente fé, será depositado junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas. 
Em fé do que, os plenipotenciários abaixo assinados, devidamente autorizados por seus respectivos Governos, assinaram a presente Convenção.
 
Relação com o Direito Interno Brasileiro 
O Brasil possui uma vasta coleção de legislação interna derivada a partir das diretrizes prolatadas da Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças de 1989, servindo de exemplo para muitos países. As principais normas referentes à proteção do menor são encontradas na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), nº 8742/93.
Na Constituição Federal, um exemplo de proteção ao infante aparece no artigo 7º, XXXIII, quando proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos e de qualquer trabalho a menor de 16 anos, salvo se aprendiz a partir de 14 anos. Ainda pertinente ao trabalho a Consolidação das Leis Trabalhistas, a proteção vem disciplinada nos artigos 402 a 441, que tratam do menor empregado, inclusive esclarece sobre o Contrato de Aprendizagem. 
Destaca-se, o artigo 227 da Carta Magna, que define:
"Art. 227:É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8069, de 1990) dispõe sobre o direito e de proteção desses jovens. Este diploma normativo regula as conquistas consubstanciadas na Constituição Federal em favor da infância e da juventude. O Estatuto introduz inovações importantes no tratamento dessa questão, sintetizando mudanças de conteúdo, de método e de gestão. Uma das mudanças de conteúdo mais relevantes refere-se à defesa jurídico-social de crianças e adolescentes. Em termos de método, para uma ação mais efetiva, o ECA desloca a tendência assistencialista prevalecente em programas destinados ao público infanto-juvenil, e a substitui por propostas de caráter socioeducativo, de cunho emancipatório.
Assim também, o Estatuto estabelece também direitos básicos para crianças e adolescentes, exigindo a formação dos Conselhos de Direitos das Crianças e Adolescentes e Conselhos Tutelares, promovendo o controle social das políticas públicas em todos os níveis de ação.
Com isso, os Conselhos Tutelares têm a função de garantir a efetiva aplicação das propostas estatutárias zelando pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes. Sempre que esses direitos forem violados, por ação ou omissão do Estado ou da sociedade, caberá a estes Conselhos adotar as medidas de proteção necessárias, ajuizando, quando necessário, uma representação junto à Autoridade Judiciária.
Já a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), promulgada em 7 de dezembro de 1993 (Lei nº 8.742), que regulamenta os artigos 203 e 204 da Constituição, estabelece o sistema de proteção social para os grupos mais vulneráveis da população, por meio de benefícios, serviços, programas e projetos, nos termos do art. 2º, dessa respectiva lei, fica estabelecido que a assistência social tem por objetivos dentre outros, os previstos nos incisos I e II, qual sejam, a proteção à família, à infância e à adolescência, bem como, o amparo às crianças e adolescentes carentes. 
Como se pode observar a partir desta sucinta exposição, o Brasil não é carente de Leis que visem à proteção dos menores, assim, se faz necessário mais empenho no efetivo cumprimento das normas, visto tratar-se de direitos fundamentais de pessoas que ainda precisam que outras lutem por elas.
Conclusões
Nestas considerações finais é importante ainda salientar que a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança foi um divisor de aguas para a vida das crianças residentes de países signatários da convenção citada. Dando recorte para o Brasil, vemos que o ECA foi o efeito decorrente deste tratado, e que a partir desse estatuto, a criança brasileira obteve sua esfera de proteção ampliada através da concessão de direitos as mesmas. Direitos como o da amamentação, educação, lazer, esporte, cultura, mostrando deveres que os pais têm para com seus filhos, e assim representa um dos mais altos pilares culturais alcançados em conjunto pela comunidade mundial, explicitando de forma detalhada este reconhecimento da criança enquanto pessoa, alterando assim a perspectiva de como no passado era vista, apenas como objeto de tutela jurídica. 
Observou-se ainda que essa convenção, segui os mandamentos para a construção de um tratado elucidado pela convenção de Viena e a conclusão da reafirmação do que foi ratificado entre os países para a proteção total das crianças.
Diante do exposto e à luz dos Direitos Humanos, enfatizamos apesar da complexidade da temática, que desafio que segue é o exercício concreto dos direitos formaisjá assegurados e amplamente discorridos, às crianças. 
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