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CADERNO DE DIREITO PENAL - PARTE GERAL I.pdf

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1 
 
 
DIREITO PENAL I - Parte Geral I – ROGÉRIO SANCHES 
CONCEITO E FINALIDADES ..................................................................................................................... 15 
1. CONCEITO ................................................................................................................................................ 15 
1.1. ASPECTO FORMAL ........................................................................................................................... 15 
1.2. ASPECTO SOCIOLÓGICO .................................................................................................................. 15 
2. FUNÇÃO DO DIREITO PENAL ................................................................................................................... 15 
2.1. FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO ..................................................................................................... 15 
2.2. FUNCIONALISMO SISTÊMICO .......................................................................................................... 15 
3. DIREITO PENAL OBJETIVO E SUBJETIVO .................................................................................................. 15 
3.1. DIREITO PENAL OBJETIVO ................................................................................................................ 15 
3.2. DIREITO PENAL SUBJETIVO .............................................................................................................. 16 
4. DIREITO PENAL SUBTERRÂNEO, DIREITO PENAL PARALELO E CIFRA DO DIREITO PENAL ...................... 17 
5. LIQUEFAÇÃO/ESPIRITUALIZAÇÃO/MATERIALIZAÇÃO DO DIREITO PENAL .............................................. 17 
FONTES DO DIREITO PENAL .................................................................................................................. 19 
1. FONTE MATERIAL .................................................................................................................................... 19 
1.1. UNIÃO (ART. 22, INCISO I DA CF) ..................................................................................................... 19 
1.2. ESTADOS (ART. 22, PARÁGRAFO ÚNICO DA CF) .............................................................................. 19 
2. FONTES FORMAIS .................................................................................................................................... 19 
2.1. VISÃO GERAL DAS FONTES FORMAIS .............................................................................................. 19 
2.2. COSTUMES ....................................................................................................................................... 20 
2.3. TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS ................................................................... 21 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL ........................................................................................................... 22 
1. CONCEITO ................................................................................................................................................ 22 
2. QUANTO AO SUJEITO (ORIGEM) ............................................................................................................. 22 
2.1. AUTÊNTICA (LEGISLATIVA) ............................................................................................................... 22 
2.2. DOUTRINÁRIA (CIENTÍFICA) ............................................................................................................. 22 
2.3. JURISPRUDENCIAL ........................................................................................................................... 23 
3. QUANTO AO MODO ................................................................................................................................ 23 
3.1. LITERAL (GRAMATICAL) ................................................................................................................... 23 
3.2. TELEOLÓGICA ................................................................................................................................... 23 
3.3. HISTÓRICA........................................................................................................................................ 23 
3.4. SISTEMÁTICA ................................................................................................................................... 23 
3.5. PROGRESSIVA .................................................................................................................................. 24 
4. QUANTO AO RESULTADO ........................................................................................................................ 24 
 
2 
 
4.1. DECLARATIVA ................................................................................................................................... 24 
4.2. RESTRITIVA ...................................................................................................................................... 24 
4.3. EXTENSIVA: ...................................................................................................................................... 24 
4.4. ANALÓGICA ...................................................................................................................................... 25 
4.5. ANALOGIA ........................................................................................................................................ 26 
4.6. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA x INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA x ANALOGIA ................................... 26 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL ........................................................................................................... 27 
1. RELAÇÃO DE PRINCÍPIOS A SEREM ESTUDADOS ..................................................................................... 27 
1.1. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A MISSÃO FUNDAMENTAL DO DIREITO PENAL ........................ 27 
1.2. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O FATO DO AGENTE .................................................................. 27 
1.3. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O AGENTE DO FATO .................................................................. 27 
1.4. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A PENA ...................................................................................... 27 
2. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A MISSÃO FUNDAMENTAL DO DIREITO PENAL ................................ 28 
2.1. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS ............................................................. 28 
2.2. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA ............................................................................................ 28 
2.2.1. Noção geral .............................................................................................................................. 28 
2.2.2. Características ......................................................................................................................... 28 
2.2.3. “Minimalismo”: Um pouco sobre as teorias macrossociológicas da criminalidade ................ 29 
2.2.4. Movimento Minimalismo ........................................................................................................ 29 
2.3. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ...................................................................................................... 30 
2.3.1. O princípio da insignificância decorre de qual característica da INTERVENÇÃO MÍNIMA? .... 30 
2.3.2. Origem ..................................................................................................................................... 30 
2.3.3. Previsão legal ........................................................................................................................... 31 
2.3.4. Natureza jurídica .....................................................................................................................31 
2.3.5. Princípio da insignificância e tipicidade material .................................................................... 31 
2.3.6. Requisitos OBJETIVOS para aplicação do princípio (também chamados de VETORES) .......... 32 
2.3.7. É possível a aplicação do princípio da insignificância para réus reincidentes ou que 
respondam a outros inquéritos ou ações penais? .................................................................................. 32 
2.3.8. Teses: Defensoria x MP ........................................................................................................... 32 
2.3.9. Requisito SUBJETIVO para a aplicação do princípio ................................................................ 33 
2.3.10. Princípio da insignificância e prisão em flagrante ................................................................... 34 
2.3.11. Princípio da insignificância e infração bagatelar imprópria .................................................... 34 
2.3.12. Infrações nas quais a jurisprudência RECONHECE a aplicação do princípio da insignificância 35 
2.3.13. Infrações nas quais a jurisprudência NÃO reconhece a aplicação do princípio da 
insignificância .......................................................................................................................................... 40 
 
3 
 
2.3.14. Infrações nas quais existe DIVERGÊNCIA na jurisprudência sobre aplicação da insignificância
 42 
2.4. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL ................................................................................................ 43 
2.5. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO EXCESSO .......................................................................................... 44 
2.6. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE PROTEÇÃO DEFICIENTE .................................................................... 44 
2.7. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO À CONTA CORRENTE – “CARTA DE CRÉDITO CARCERÁRIO” ................... 45 
2.8. PRINCÍPIO DA CONFIANÇA .............................................................................................................. 45 
3. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O FATO DO AGENTE .......................................................................... 45 
3.1. PRINCÍPIO DA EXTERIORIZAÇÃO OU MATERIALIZAÇÃO DO FATO .................................................. 45 
3.2. PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE .......................................................................................................... 46 
3.2.1. Ideia principal .......................................................................................................................... 46 
3.2.2. Crimes de perigo abstrato ....................................................................................................... 46 
3.2.3. Princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos x Princípio da Ofensividade ...................... 47 
4. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O AGENTE DO FATO .......................................................................... 47 
4.1. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PESSOAL (CF – ART. 5, XLV) ..................................................... 47 
4.2. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA ............................................................................... 49 
4.3. PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE ........................................................................................................ 49 
4.4. PRINCÍPIO DA IGUALDADE (OU DA ISONOMIA) .............................................................................. 49 
4.5. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (CF – ART. 5, LVII) ........................................................ 50 
5. PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A PENA .............................................................................................. 53 
5.1. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA PENA INDIGNA ................................................................................. 53 
5.2. PRINCÍPIO DA HUMANIDADE .......................................................................................................... 54 
5.3. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE (RELACIONADO COM A PENA) ............................................ 54 
5.4. PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE (PERSONALIDADE OU INTRANSMISSIBILIDADE DA PENA) .............. 55 
5.5. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO “BIS IN IDEM” .................................................................................... 55 
CÓDIGO PENAL. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. ................................................................................. 57 
1. CONCEITO E OBSERVAÇÕES .................................................................................................................... 57 
2. FUNDAMENTOS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ..................................................................................... 58 
3. DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE .............................................................................. 59 
3.1. NÃO HÁ CRIME SEM LEI (SENTIDO ESTRITO), “NULLUM CRIMEN NULLA POENA SINE LEGE”. ...... 59 
3.2. LEI DEVE SER ANTERIOR AOS FATOS QUE BUSCA INCRIMINAR, “NULLUM CRIMEN NULLA POENA 
SINE LEGE PRAEVIA” .................................................................................................................................... 60 
3.3. LEI ESCRITA, “NULLUM CRIMEN NULLA POENA SINE LEGE SCRIPTA” ............................................. 60 
3.4. LEI ESTRITA, “NULLUM CRIMEN NULLA POENA SINE LEGE STRICTA” ............................................. 60 
3.5. LEI CERTA, “NULLUM CRIMEN NULLA POENA SINE LEGE CERTA”, PRINCÍPIO TAXATIVIDADE ....... 60 
3.6. LEI NECESSÁRIA, “NULLA LEX POENALIS SINE NECESSITARE” ......................................................... 61 
 
4 
 
4. TEORIA DO GARANTISMO PENAL ............................................................................................................ 62 
4.1. GARANTIAS RELATIVAS À PENA ....................................................................................................... 63 
4.2. GARANTIAS RELATIVAS AO DELITO ................................................................................................. 64 
4.3. GARANTIAS RELATIVAS AO PROCESSO ............................................................................................ 64 
4.4. GARANTISMO PENAL E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................................................... 65 
5. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE X NORMA PENAL EM BRANCO .................................................................... 66 
5.1. NORMA PENAL COMPLETA ............................................................................................................. 66 
5.2. NORMA PENAL INCOMPLETA .......................................................................................................... 66 
5.2.1. Norma Penal em Branco .......................................................................................................... 66 
6. LEGALIDADE FORMAL X LEGALIDADE MATERIAL .................................................................................... 69 
TEORIA DA NORMA PENAL. LEI PENAL NO TEMPO......................................................................... 70 
1. QUANDO NO TEMPO O CRIME SE CONSIDERA PRATICADO? ................................................................. 70 
2. APLICAÇÃO PRÁTICA DA TEORIA DA ATIVIDADE ..................................................................................... 70 
3. SUCESSÃO DE LEIS PENAIS NO TEMPO .................................................................................................... 71 
3.1. RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE ......................................................................................... 71 
3.2. “ABOLITIO CRIMINIS” ...................................................................................................................... 72 
3.2.1. Natureza jurídica? ....................................................................................................................72 
3.2.2. Art. 2º CP x Art. 5º XXXVI CF. Abolitio Criminis x Respeito à coisa julgada ............................. 72 
3.2.3. Abolitio criminis temporária x Vacatio legis indireta .............................................................. 74 
3.3. RETROATIVIDADE E VACATIO LEGIS ................................................................................................ 75 
3.3.1. Lei abolicionista pode retroagir na “vacatio legis”? ................................................................ 75 
3.4. CRIME PRATICADO EM CONTINUIDADE DELITIVA .......................................................................... 75 
3.5. COMBINAÇÃO DE LEIS ..................................................................................................................... 76 
3.6. APLICAÇÃO DA LEI BENÉFICA APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO ..................................................... 79 
3.7. SUCESSÃO DO COMPLEMENTO DE NORMA PENAL EM BRANCO ................................................... 79 
4. LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA (ART. 3º CP) .................................................................................... 81 
4.1. PREVISÃO LEGAL E CONCEITO ......................................................................................................... 81 
4.2. LEIS ULTRA-ATIVAS .......................................................................................................................... 81 
5. ABOLITIO CRIMINIS X PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA ........................................... 82 
LEI PENAL NO ESPAÇO ............................................................................................................................ 83 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 83 
2. PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ........................................................................................................................... 83 
2.1. PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE ................................................................................................... 83 
2.2. PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE ATIVA ............................................................................................ 83 
2.3. PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE PASSIVA ........................................................................................ 83 
 
5 
 
2.4. PRINCÍPIO DA DEFESA (REAL) .......................................................................................................... 83 
2.5. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA PENAL UNIVERSAL ...................................................................................... 83 
2.6. PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO (SUBSIDIARIEDADE OU DA BANDEIRA) ........................................ 84 
2.7. QUAL PRINCÍPIO ADOTADO PELO BRASIL?...................................................................................... 84 
3. APLICAÇÃO PRÁTICA DOS PRINCÍPIOS QUE REGEM A APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO .............. 85 
3.1. CASOS (BASILEU GARCIA) ................................................................................................................ 85 
3.2. CONCLUSÕES ................................................................................................................................... 86 
4. EFICÁCIA DA LEI PENAL NO ESPAÇO ........................................................................................................ 86 
4.1. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................................................. 86 
4.2. CRIMES À DISTÂNCIA (ESPAÇO MÁXIMO) ....................................................................................... 86 
4.3. CRIMES PLURILOCAIS ....................................................................................................................... 87 
5. EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL ................................................................................................. 87 
5.1. PREVISÃO LEGAL: ART. 7º DO CP ..................................................................................................... 87 
5.2. ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DO INCISO II, §2º DO ART. 7º CP ........................................................... 89 
5.3. ANÁLISE DO INCISO II, § 3º DO ART. 7º CP ...................................................................................... 90 
5.4. CASUÍSTICA ...................................................................................................................................... 90 
5.5. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO “BIS IN IDEM” X EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA ........ 90 
VALIDADE DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS .................................................................... 91 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 91 
2. IMUNIDADE DIPLOMÁTICA...................................................................................................................... 92 
2.1. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................................................. 92 
2.1.1. Agente Consular (Cônsul) ........................................................................................................ 92 
2.1.2. Qual natureza jurídica da imunidade diplomática? ................................................................. 92 
2.1.3. Qual a razão prática da imunidade diplomática? .................................................................... 92 
2.1.4. O diplomata pode renunciar a sua imunidade? ...................................................................... 93 
3. IMUNIDADE PARLAMENTAR .................................................................................................................... 93 
3.1. IMUNIDADE PARLAMENTAR ABSOLUTA OU MATERIAL ................................................................. 93 
3.1.1. Sinônimos ................................................................................................................................ 93 
3.1.2. Natureza Jurídica ..................................................................................................................... 93 
3.1.3. Limites da imunidade absoluta ................................................................................................ 94 
3.2. IMUNIDADE PARLAMENTAR FORMAL OU RELATIVA ...................................................................... 94 
3.2.1. Imunidade à PRISÃO ................................................................................................................ 94 
3.2.2. Imunidade ao PROCESSO ......................................................................................................... 95 
3.2.3. Quanto ao TESTEMUNHO ........................................................................................................ 95 
3.3. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ......................................................................................... 96 
 
6 
 
3.4. OBSERVAÇÕES ................................................................................................................................. 96 
3.4.1. No estado de sítio as imunidades permanecem? ................................................................... 96 
3.4.2. Súmula 04 do STF: CANCELADA ............................................................................................... 97 
3.4.3. Deputados Estaduais ............................................................................................................... 97 
3.4.4. Vereadores .............................................................................................................................. 97 
3.5. ESQUEMA TERRITORIALIDADE x IMUNIDADES ...............................................................................98 
INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DO DELITO ..................................................................................... 99 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS (INFRAÇÃO PENAL: DIVISÃO DICOTÔMICA) .................................................. 99 
1.1. SISTEMA DUALISTA .......................................................................................................................... 99 
1.2. CRIME x CONTRAVENÇÃO ............................................................................................................. 100 
1.2.1. Diferenças e semelhanças entre CRIME e CONTRAVENÇÃO ................................................. 100 
1.2.2. 1Caso específico ..................................................................................................................... 100 
1.2.3. ²Nem a conexão leva a contravenção para a Justiça Federal ................................................ 101 
2. CONCEITO DE CRIME ............................................................................................................................. 101 
3. SUJEITOS DO CRIME .............................................................................................................................. 102 
3.1. SUJEITO ATIVO: O AUTOR DA INFRAÇÃO ...................................................................................... 102 
3.1.1. Quem pode ser sujeito ativo? ............................................................................................... 102 
3.1.2. Espécie de crime quanto ao sujeito ativo .............................................................................. 104 
3.2. SUJEITO PASSIVO ........................................................................................................................... 104 
3.2.1. Quem pode ser sujeito passivo? ............................................................................................ 105 
3.2.2. Questões pertinentes ............................................................................................................ 105 
4. OBJETO MATERIAL ................................................................................................................................. 106 
5. OBJETO JURÍDICO .................................................................................................................................. 106 
TEORIA GERAL DO DELITO ................................................................................................................... 107 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 107 
2. FATO TÍPICO (OU “TIPICIDADE EM SENTIDO AMPLO”, “TIPICIDADE LATO SENSU”, “TICIPIDADE EM 
SENTIDO LATO”) ............................................................................................................................................ 107 
FATO TÍPICO .............................................................................................................................................. 108 
1. CONDUTA .............................................................................................................................................. 108 
1.1. TEORIA CAUSALISTA (VON LISZT E BELING) ................................................................................... 108 
1.1.1. Principais pontos da teoria causalista ................................................................................... 108 
1.1.2. Críticas à teoria causalista ..................................................................................................... 108 
1.2. TEORIA NEOKANTISTA (BASE CAUSALISTA – WEZGER) ................................................................. 109 
1.2.1. Principais pontos da teoria neokantista ................................................................................ 109 
1.2.2. Críticas à teoria neokantista .................................................................................................. 109 
1.3. TEORIA FINALISTA (WELZEL) .......................................................................................................... 110 
 
7 
 
1.3.1. Principais pontos da teoria finalista ...................................................................................... 110 
1.3.2. Críticas a teoria finalista ........................................................................................................ 110 
1.4. TEORIA FINALISTA (DISSIDENTE) ................................................................................................... 111 
1.5. TEORIA SOCIAL DA AÇÃO (SCHMIDT) ............................................................................................ 111 
1.5.1. Principais pontos da teoria social da ação ............................................................................. 111 
1.5.2. Críticas à teoria social a ação ................................................................................................. 112 
1.6. FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO OU MODERADO (ROXIN) .......................................................... 112 
1.6.1. Principais pontos do funcionalismo teleológico ou moderado ............................................. 112 
1.6.2. Crítica ao funcionalismo teleológico ..................................................................................... 113 
1.7. FUNCIONALISMO RADICAL OU SISTÊMICO (JAKOBS) .................................................................... 113 
1.7.1. Principais pontos do funcionalismo radical ou sistêmico ...................................................... 113 
1.7.2. Críticas ................................................................................................................................... 113 
1.8. CONSIDERAÇÕES QUANTO AO FUNCIONALISMO ......................................................................... 113 
1.8.1. Origem e distinções ............................................................................................................... 113 
1.8.2. ¹Movimento Law and Order .................................................................................................. 114 
1.8.3. ¹Características do Direito Penal do Inimigo ......................................................................... 114 
1.8.4. “Velocidades do Direito Penal” ............................................................................................. 115 
1.9. RESUMO DAS TEORIAS DA CONDUTA ........................................................................................... 117 
1.10. CAUSAS EXCLUDENTES DA CONDUTA ....................................................................................... 117 
1.11. ESPÉCIES DE CONDUTA .............................................................................................................. 118 
1.12. CONDUTA DOLOSA .................................................................................................................... 118 
1.12.1. Previsão legal ......................................................................................................................... 118 
1.12.2. Conceito ................................................................................................................................. 118 
1.12.3. Elementos .............................................................................................................................. 118 
1.12.4. Teorias do Dolo ...................................................................................................................... 119 
1.12.5. Espécies de Dolo .................................................................................................................... 119 
11) Dolo antecedente/concomitante/subsequente ........................................................................ 123 
1.12.6. Doente mental tem dolo? .....................................................................................................124 
1.13. CONDUTA CULPOSA .................................................................................................................. 124 
1.13.1. Previsão Legal ........................................................................................................................ 124 
1.13.2. Conceito ................................................................................................................................. 124 
1.13.3. Elementos do crime culposo ................................................................................................. 125 
1.13.4. Violação do dever de cuidado (modalidades da culpa) ......................................................... 125 
1.13.5. Imprudência x negligência x imperícia .................................................................................. 125 
1.13.6. Resultado naturalístico .......................................................................................................... 126 
 
8 
 
1.13.7. Nexo causal ............................................................................................................................ 126 
1.13.8. Previsibilidade ........................................................................................................................ 126 
1.13.9. Tipicidade (18, §único do CP) ................................................................................................ 127 
1.13.10. O crime culposo ofende o princípio da legalidade? .......................................................... 127 
1.13.11. Espécies de crime culposo ................................................................................................. 128 
1.13.12. Casos de exclusão da culpa ............................................................................................... 128 
1.13.13. Situações que não afastam a culpa ................................................................................... 129 
1.13.14. Questões pertinentes ........................................................................................................ 129 
1.14. CONDUTA PRETERDOLOSA ........................................................................................................ 129 
1.14.1. Previsão legal ......................................................................................................................... 129 
1.14.2. Conceito ................................................................................................................................. 129 
1.14.3. Crimes agravados pelo resultado .......................................................................................... 130 
1.14.4. Elementos do preterdolo ....................................................................................................... 130 
1.14.5. Exemplos ................................................................................................................................ 130 
1.15. ERRO DE TIPO ............................................................................................................................ 131 
1.15.1. Previsão legal ......................................................................................................................... 131 
1.15.2. Conceito ................................................................................................................................. 131 
1.15.3. Erro de tipo # erro de proibição ............................................................................................ 131 
1.15.4. Erro de tipo (espécies) ........................................................................................................... 131 
1.15.5. Erro de tipo ‘essencial’ .......................................................................................................... 132 
1.15.6. Erro de tipo ‘acidental’ .......................................................................................................... 133 
1.15.7. Erro de tipo x delito putativo por erro de tipo ...................................................................... 139 
1.15.8. Resumo erros de tipo acidentais ........................................................................................... 139 
1.16. CRIME COMISSIVO ..................................................................................................................... 140 
1.17. CRIME OMISSIVO ....................................................................................................................... 140 
1.17.1. Crime de conduta mista ........................................................................................................ 142 
2. RESULTADO............................................................................................................................................ 142 
2.1. RESULTADO NATURALÍSTICO/NORMATIVO .................................................................................. 143 
2.2. CLASSIFICAÇÃO DO CRIME QUANTO AO RESULTADO................................................................... 143 
2.2.1. Crime material ....................................................................................................................... 143 
2.2.2. Crime Formal (“tipo incongruente” ou de “resultado cortado”) .......................................... 143 
2.2.3. Crime de mera conduta ......................................................................................................... 143 
2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO COMPORTAMENTO DO AGENTE PARA O ATINGIMENTO DO 
RESULTADO DISPENSÁVEL (DELITOS DE TENDÊNCIA INTERNA) ............................................................... 144 
2.3.1. Delito de tendência interna transcendente de resultado cortado ........................................ 144 
2.3.2. Delito de tendência interna transcendente atrofiado de dois atos ...................................... 144 
 
9 
 
2.4. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ADEQUAÇÃO DO TIPO OBJETIVO COM O TIPO SUBJETIVO (FIM 
EFETIVAMENTE PRETENDIDO) ................................................................................................................... 145 
2.4.1. Tipo congruente (congruente simétrico) ............................................................................... 145 
2.4.2. Tipo incongruente (congruente assimétrico) ........................................................................ 145 
2.5. QUESTIONAMENTOS ..................................................................................................................... 145 
2.5.1. Todos os crimes têm e/ou exigem resultado naturalístico? ................................................. 145 
2.5.2. E o resultado normativo? ...................................................................................................... 145 
2.5.3. Afinal, qual espécie de resultado integra o fato típico? ........................................................ 145 
2.5.4. Doutrina moderna diferencia ................................................................................................ 146 
3. NEXO DE CAUSALIDADE ......................................................................................................................... 146 
3.1. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ........................................................................................................... 146 
3.2. TEORIAS DA CAUSALIDADE ............................................................................................................ 147 
3.2.1. Teoria da Causalidade Adequada .......................................................................................... 147 
3.2.2. Teoria da Relevância Jurídica ................................................................................................ 147 
3.2.3. Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais ou Causalidade Simples - “Conditio sine 
qua non” 147 
3.3. TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA (ROXIN) ..................................................................................149 
3.3.1. Comparação Finalismo x Funcionalismo: a inserção do nexo normativo - imputação objetiva 
(dimensão valorativa) ............................................................................................................................ 149 
3.3.2. Conclusões de ROGÉRIO GRECO sobre a teoria da imputação objetiva ............................... 151 
3.4. “TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA” DE JAKOBS – FUNCIONALISMO SISTÊMICO ....................... 151 
3.5. CONCAUSAS ................................................................................................................................... 151 
3.5.1. Concausa ABSOLUTAMENTE independente .......................................................................... 152 
3.5.2. Concausa RELATIVAMENTE independente ............................................................................ 153 
3.6. CAUSALIDADE NOS CRIMES OMISSIVOS ....................................................................................... 155 
3.6.1. Causalidade na Omissão Própria ........................................................................................... 155 
3.6.2. Causalidade na Omissão Imprópria ....................................................................................... 156 
4. TIPICIDADE (ADEQUAÇÃO TÍPICA) ......................................................................................................... 156 
4.1. COMPARAÇÃO ............................................................................................................................... 156 
4.2. TIPICIDADE FORMAL (espécies) ..................................................................................................... 156 
4.3. TIPICIDADE CONGLOBANTE (EUGÊNIO ZAFFARONI: FUNCIONALISMO REDUCIONISTA) ............. 157 
5. EVOLUÇÃO DO FATO TÍPICO: O FUNCIONALISMO E A IMPUTAÇÃO OBJETIVA .................................... 158 
5.1. CAUSALISMO (SÉC. XIX E XX – VON LISZT E BELING) ..................................................................... 158 
5.2. NEOKANTISTMO (SÉC. XX – 1907 a 1930) ..................................................................................... 158 
5.3. FINALISMO (SÉC. XX – 1930 e 1960 - WELZEL) .............................................................................. 159 
5.4. FUNCIONALISMOS (1970) .............................................................................................................. 159 
 
10 
 
5.5. TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA (ROXIN: FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO) ............................ 161 
5.5.1. Situação de diminuição de risco ............................................................................................ 161 
5.5.2. Criação de risco relevante ..................................................................................................... 161 
5.5.3. Comportamento conforme o direito ..................................................................................... 161 
5.5.4. Âmbito de proteção da norma .............................................................................................. 162 
5.5.5. Conhecimentos especiais ...................................................................................................... 162 
5.5.6. Teoria do risco ....................................................................................................................... 163 
5.5.7. Dominabilidade do fato ......................................................................................................... 163 
5.5.8. Teoria da confiança ............................................................................................................... 163 
5.5.9. Proibição de regresso ............................................................................................................ 163 
5.5.10. Autocolocação da vítima em risco ......................................................................................... 164 
5.5.11. Danos consequenciais ou transcurso de longo tempo depois da criação do risco ............... 165 
5.5.12. Confluência ou concorrência de riscos .................................................................................. 165 
5.5.13. Jurisprudência: HC 46525 STJ ................................................................................................ 166 
5.6. TEORIA DA TIPICIDADE CONGLOBANTE (ZAFFARONI) .................................................................. 166 
5.7. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO (2007 – LFG) .............................................................. 167 
5.7.1. Juízo de valoração da conduta .............................................................................................. 167 
5.7.2. Juízo de valoração do resultado jurídico ............................................................................... 168 
ILICITUDE .................................................................................................................................................... 168 
1. CONCEITO .............................................................................................................................................. 168 
2. RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE X ILICITUDE .............................................................................................. 168 
2.1. TEORIAS ......................................................................................................................................... 168 
2.1.1. Teoria da autonomia (ou absoluta independência) .............................................................. 168 
2.1.2. Teoria da indiciariedade (RATIO COGNOSCENDI) ................................................................. 169 
2.1.3. Teoria da absoluta dependência (ratio essendi) ................................................................... 169 
2.1.4. Teoria dos elementos negativos do tipo ............................................................................... 169 
2.2. CONSEQUÊNCIA PRÁTICA DA INDICIARIEDADE (RATIO COGNOSCENDI) ...................................... 170 
3. CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE (descriminantes / justificantes) .................................................. 170 
3.1. PARTE GERAL ................................................................................................................................. 170 
3.2. PARTE ESPECIAL ............................................................................................................................. 170 
3.3. LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE ............................................................................................ 171 
3.4. CAUSA DE EXCLUSÃO SUPRALEGAL ............................................................................................... 172 
3.5. CF/88.............................................................................................................................................. 172 
4. ILICITUDE x ANTIJURIDICIDADE ............................................................................................................. 172 
5. DESCRIMINANTES/JUSTIFICANTES EM ESPÉCIE .................................................................................... 172 
 
11 
 
5.1. ESTADO DE NECESSIDADE ............................................................................................................. 172 
5.1.1. Previsão legal e Conceito ....................................................................................................... 172 
5.1.2. Requisitos Objetivos .............................................................................................................. 173 
5.1.3. Requisito Subjetivo (criação doutrinária) .............................................................................. 177 
5.1.4. Espécies de Estado de Necessidade ...................................................................................... 177 
5.2. LEGÍTIMA DEFESA ..........................................................................................................................179 
5.2.1. Previsão legal: art. 23, II e 25 CP............................................................................................ 179 
5.2.2. Conceito: art. 25 .................................................................................................................... 179 
5.2.3. Requisitos objetivos ............................................................................................................... 180 
5.2.4. Requisito subjetivo ................................................................................................................ 182 
5.2.5. Classificações da doutrina ..................................................................................................... 182 
5.2.6. Não cabe legitima defesa real contra .................................................................................... 183 
5.3. ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL ............................................................................ 183 
5.3.1. Previsão legal: art. 23 III ........................................................................................................ 183 
5.3.2. Conceito ................................................................................................................................. 183 
5.4. EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO ............................................................................................ 184 
5.4.1. Previsão legal: art. 23, Inc. III, segunda parte. ....................................................................... 184 
5.4.2. Conceito ................................................................................................................................. 184 
5.4.3. Requisitos .............................................................................................................................. 185 
5.4.4. Classificação de Zaffaroni do ERD e a Tipicidade Conglobante ............................................. 185 
5.4.5. Ofendículos ............................................................................................................................ 185 
5.5. EXCESSO NAS JUSTIFICANTES / EXCLUDENTES .............................................................................. 186 
5.5.1. Previsão legal: art. 23, § único do CP. ................................................................................... 186 
5.5.2. Classificação doutrinária dos excessos (Greco) ..................................................................... 186 
5.6. CONSENTIMENTO DO OFENDIDO ................................................................................................. 188 
5.6.1. Conceito ................................................................................................................................. 188 
5.6.2. Requisitos .............................................................................................................................. 188 
5.7. DESCRIMINANTES PUTATIVAS ....................................................................................................... 189 
CULPABILIDADE ........................................................................................................................................ 192 
1. CONCEITO .............................................................................................................................................. 192 
2. TEORIAS DA CULPABILIDADE ................................................................................................................. 193 
2.1. TEORIA DA COCULPABILIDADE ...................................................................................................... 194 
2.2. TEORIA DA VULNERABILIDADE ...................................................................................................... 194 
3. ELEMENTOS DA CULPABILIDADE ........................................................................................................... 195 
4. IMPUTABILIDADE ................................................................................................................................... 195 
 
12 
 
4.1. CONCEITO ...................................................................................................................................... 195 
4.2. SISTEMAS DE IMPUTABILIDADE .................................................................................................... 196 
4.2.1. Sistema Biológico ................................................................................................................... 196 
4.2.2. Sistema Psicológico ................................................................................................................ 196 
4.2.3. Biopsicológico ........................................................................................................................ 196 
4.3. HIPÓTESES DE INIMPUTABILIDADE ............................................................................................... 197 
4.3.1. Inimputabilidade em razão de anomalia psíquica (art. 26, caput do CP) .............................. 197 
4.3.2. Inimputabilidade em razão da idade do agente (art. 27 do CP). ........................................... 198 
4.3.3. Inimputabilidade em razão da embriaguez (art. 28, § 1º CP) ............................................... 200 
4.3.4. Inimputabilidade em razão dependência ou influência de drogas (Lei 11.343/06 art. 45 e 46)
 203 
5. POTENCIAL CONSCIENCIA DA ILICITUDE ............................................................................................... 204 
5.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS ............................................................................................................. 204 
5.2. ERRO DE PROIBIÇÃO ...................................................................................................................... 206 
5.2.1. Espécies ................................................................................................................................. 206 
5.2.2. Erro de proibição x delito putativo por erro de proibição .................................................... 207 
6. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA .................................................................................................. 207 
6.1. CONCEITO ...................................................................................................................................... 207 
6.2. COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL: ART. 22, 1ª PARTE DO CP. ........................................................... 207 
6.2.1. Previsão legal ......................................................................................................................... 207 
6.2.2. Requisitos da coação moral irresistível como excludente da exigibilidade de conduta diversa
 207 
6.3. OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA: ART. 22 2ª PARTE. ............................................................................ 208 
6.3.1. Previsão legal ......................................................................................................................... 208 
6.3.2. Requisitos da obediência hierárquica como excludente da exigibilidade de conduta diversa
 208 
6.3.3. Casuísmo ................................................................................................................................ 209 
7. ESQUEMA (HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE) .................................................................. 209 
7.1. IMPUTABILIDADE ........................................................................................................................... 209 
7.2. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE ....................................................................................... 210 
7.3. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA .......................................................................................... 210 
7.4. OBSERVAÇÃO TERMINOLÓGICA ....................................................................................................211 
PUNIBILIDADE ........................................................................................................................................... 211 
1. CONCEITO .............................................................................................................................................. 211 
2. LIMITES AO DIREITO DE PUNIR .............................................................................................................. 211 
3. CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE ................................................................................................. 211 
 
13 
 
4. ANÁLISE DAS CAUSAS DO ART. 107 ....................................................................................................... 212 
5. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA MORTE DO AGENTE ....................................................................... 213 
5.1. PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................................ 213 
5.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 213 
5.3. CERTIDÃO DE ÓBITO FALSA ........................................................................................................... 213 
5.4. QUESTIONAMENTOS ..................................................................................................................... 214 
5.4.1. A morte do agente impede a revisão criminal? .................................................................... 214 
5.4.2. A morte do agente impede a reabilitação? ........................................................................... 214 
5.4.3. Há algum caso em que a morte da VÍTIMA extingue a punibilidade do agente? ................. 214 
6. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA ANISTIA, GRAÇA OU INDULTO ....................................................... 215 
6.1. PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................................ 215 
6.2. CONCEITO ...................................................................................................................................... 215 
6.3. ANISTIA .......................................................................................................................................... 215 
6.3.1. Conceito ................................................................................................................................. 215 
6.3.2. Anistia x Abolitio Criminis. Diferença. ................................................................................... 215 
6.3.3. Classificação doutrinária da anistia (espécies) ...................................................................... 216 
6.4. GRAÇA E INDULTO ......................................................................................................................... 216 
6.4.1. Conceito ................................................................................................................................. 216 
6.4.2. Diferenças Graça x Indulto .................................................................................................... 217 
6.4.3. Classificação Doutrinária da Graça/Indulto ........................................................................... 217 
6.4.4. Anistia/Graça/Indulto e os crimes hediondos e equiparados ............................................... 217 
7. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA RETROATIVIDADE DE LEI QUE NÃO MAIS CONSIDERA O FATO COMO 
CRIMINOSO .................................................................................................................................................... 220 
8. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA OU PEREMPÇÃO ................................ 220 
8.1. PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................................ 220 
8.2. DECADÊNCIA .................................................................................................................................. 220 
8.2.1. Conceito ................................................................................................................................. 220 
8.2.2. Previsão legal: Art. 103 do CP e Art. 38 do CPP. .................................................................... 220 
8.3. PEREMPÇÃO .................................................................................................................................. 221 
8.3.1. Conceito ................................................................................................................................. 221 
8.3.2. Previsão legal: art. 60 do CPP ................................................................................................ 222 
8.3.3. Questões importantes ........................................................................................................... 223 
8.4. PRESCRIÇÃO ................................................................................................................................... 223 
8.4.1. Conceito ................................................................................................................................. 223 
8.4.1. Teorias que justificam a prescrição ....................................................................................... 225 
8.4.2. Espécies de prescrição ........................................................................................................... 225 
 
14 
 
8.4.3. Prescrição da pretensão punitiva (PPP) ................................................................................. 226 
8.4.4. Prescrição da pretensão executória (PPE - art. 110 caput, CP) ............................................. 237 
8.4.5. Concurso de agentes e a PPP ................................................................................................. 239 
8.4.6. Hipóteses de redução dos prazos de prescrição ................................................................... 241 
8.4.7. Hipóteses suspensivas (impeditivas) da prescrição (PPP e PPE) ........................................... 242 
8.4.8. Outras causas suspensivas da prescrição da pretensão punitiva (PPP) ................................ 243 
8.4.9. A nova hipótese de contagem do prazo prescricional nos crimes contra dignidade sexual de 
criança e adolescente – “Lei Joanna Maranhão” – Lei 12.650/12. ....................................................... 244 
8.5. PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA ................................................................................................. 248 
8.5.1. Previsão legal: Art. 114 e art. 118 do CP ............................................................................... 248 
8.5.2. PPP da pena de multa: ........................................................................................................... 248 
8.5.3. PPE da multa: ......................................................................................................................... 248 
8.6. PRESCRIÇÃO DA MEDIDA DE SEGURANÇA .................................................................................... 248 
8.7. DECADÊNCIA X PRESCRIÇÃO X PEREMPÇÃO X PRECLUSÃO .......................................................... 250 
9. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA OU PELO PERDÃO ACEITO, NOS 
CRIMES DE AÇÃO PRIVADA ........................................................................................................................... 251 
9.1. PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................................ 251 
9.2. RENÚNCIA ...................................................................................................................................... 251 
9.3. PERDÃO DO OFENDIDO .................................................................................................................252 
9.4. RENÚNCIA x PERDÃO DO OFENDIDO ............................................................................................ 253 
10. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA RETRATAÇÃO DO AGENTE, NOS CASOS EM QUE A LEI A ADMITE
 254 
10.1. PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................................ 254 
10.2. REGRAS GERAIS ......................................................................................................................... 254 
10.3. TERMO FINAL PARA RETRATAR-SE ............................................................................................ 254 
10.4. NATUREZA E COMUNICABILIDADE DA RETRATAÇÃO................................................................ 255 
11. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELO PERDÃO JUDICIAL, NOS CASOS PREVISTOS EM LEI. .................. 255 
11.1. PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................................ 255 
11.2. REGRAS GERAIS ......................................................................................................................... 255 
11.3. ÔNUS DA PROVA DO PERDÃO JUDICIAL .................................................................................... 256 
11.4. NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA CONCESSIVA DO PERDÃO JUDICIAL................................. 256 
 
OBS. Os quadros em cinza foram retirados do Livro do Rogério Sanches. 
 
 
 
15 
 
CONCEITO E FINALIDADES 
1. CONCEITO 
1.1. ASPECTO FORMAL 
Direito penal é um conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos 
como infrações penais, define os seus agentes e fixa as sanções a serem aplicadas. 
1.2. ASPECTO SOCIOLÓGICO 
O direito penal é mais um instrumento do controle social de comportamentos desviados, 
visando assegurar a necessária disciplina social, bem como a convivência harmônica dos 
membros do grupo. 
 
O que diferencia o Direito Penal dos demais? A drasticidade de sua consequência 
jurídica (sanção). É norteado pelo princípio da intervenção mínima. 
2. FUNÇÃO DO DIREITO PENAL 
Qual a função do direito penal? “Funcionalismo” (posteriormente será aprofundado). 
O funcionalismo trata-se de corrente doutrinária que discute a FUNÇÃO do direito penal. 
2.1. FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO 
Para eles (Roxin), o fim do Direito Penal é assegurar bens jurídicos indispensáveis à 
convivência dos homens valendo-se das medidas de políticas criminais. 
Admite o princípio da insignificância. 
2.2. FUNCIONALISMO SISTÊMICO 
Já para eles (Jakobs), a função do Direito Penal é resguardar o sistema, o império da 
norma, o direito posto, atrelado aos fins da pena. 
Não admite princípio da insignificância. 
3. DIREITO PENAL OBJETIVO E SUBJETIVO 
3.1. DIREITO PENAL OBJETIVO 
 
16 
 
Conjunto de leis penais em vigor no país. O Código Penal é direito penal objetivo, a lei dos 
crimes ambientais também, etc. 
 
O Direito Penal Objetivo é expressão do poder punitivo do estado garantindo a defesa 
da sociedade (os dois direitos estão umbilicalmente ligados – subjetivo e objetivo). 
3.2. DIREITO PENAL SUBJETIVO 
Direito de punir do estado. 
Obs.: Há doutrina que não enxerga utilidade nesta divisão, vendo apenas o direito penal objetivo, 
com subjetivo incluso. Como por exemplo: Aníbal Bruno/Nucci – dizem que inexiste DP Subjetivo. 
Reduzir o DP a um direito subjetivo diminui sua força e eficácia, falsifica a natureza real desta 
função, isto por solucionar o crime apenas em um atrito entre direitos do indivíduo e direitos do 
estado. O que o estado faz valer é seu soberano poder de punir e não meramente um direito. 
 
OBS1: DP Subjetivo = direito de punir. O Direito de punir encontra limites: 
 Monopólio do Estado; 
 Limitado (condicionado): 
-Temporal: prescrição (limite temporal ao direito de punir) 
-Espacial: Princípio da territorialidade (art.5º CP) 
-Modal: princípio da dignidade da pessoa humana, humanidade ou humanização das 
penas (lembrar: um dos motivos para a declaração de inconstitucionalidade do regime 
integralmente fechado). 
OBS2: Função transferida, no caso da legítima defesa? Não. Não é LD não é função, é defesa da 
vítima. 
OBS3: 
 Direito de perseguir a pena – é exclusivo do Estado, exceção: Ação Penal Privada (APP). 
 Direito de punir – Monopólio do estado, exceção: art. 57 do Estatuto do Índio. 
Exemplo de punição particular tolerada: Lei. 6.001/73 (Estatuto do índio), art. 57, sanções penais 
pelos membros do grupo tribal contra os próprios, “suas leis”. 
Lei 6.001/73 – Estatuto do Índio Art. 57. Será tolerada a aplicação, pelos 
grupos tribais, de acordo com as instituições próprias, de sanções penais ou 
disciplinares contra os seus membros, desde que não revistam caráter cruel 
ou infamante, proibida em qualquer caso a pena de morte. 
 
Este dispositivo foi RECEPCIONADO pela Constituição Federal. 
 
OBS4: Tribunal penal internacional - criado pelo Estatuto de Roma consagrou o princípio da 
complementaridade, isto é, não pode intervir indevidamente nos sistemas judiciais nacionais, 
que continuam tendo a responsabilidade de investigar e processar crimes cometidos nos seus 
territórios, salvo nos casos em que os Estados se mostrem incapazes ou não demonstrem efetiva 
 
17 
 
vontade de punir os criminosos (o TPI só será chamado a intervir somente se e quando a justiça 
interna não funciona). 
4. DIREITO PENAL SUBTERRÂNEO, DIREITO PENAL PARALELO E CIFRA DO DIREITO 
PENAL 
Obs.: Ponto extraído do Curso Cei – 2ª Fase DPE/RN. 
De acordo com Zaffaroni, sistema penal é o conjunto das agências que operam a 
criminalização. A criminalização primária é a elaboração das leis penais, ao passo que a 
fiscalização e a execução das punições devem ser cumpridas pelas agências de criminalização 
secundária (Polícia, Ministério Público, Judiciário e agentes penitenciários). 
Como o sistema penal formal do Estado não exerce todo do poder punitivo, outras 
agências acabam se apropriando desse espaço e passam a exercer o poder punitivo 
paralelamente ao estado (sistemas penais paralelos). 
Portanto, o direito penal subterrâneo consiste no exercício desmedido do direito de punir 
pelas próprias agências estatais responsáveis pela execução do controle, à margem da lei e de 
maneira violenta e arbitrária. São exemplos desse Estado paralelo a institucionalização da pena 
de morte, os desaparecimentos, a tortura, os sequestros, entre outros delitos. 
A seu turno, o direito penal paralelo é aquele exercido por órgãos que não fazem parte da 
estrutura estatal oficial, mas que exercem o poder punitivo com a mesma impetuosidade e 
arbitrariedade, formando os chamados “sistemas penais paralelos”. A exemplo do banimento de 
atletas pelas federações esportivas em caso de “dopping”, das sanções administrativas que 
inviabilizam empreendimentos comerciais, entre outras. 
Nesse caso, a principal diferença entre o sistema penal subterrâneo e o paralelo é que um 
integra a estrutura penal formal, enquanto o outro não. Como as agências de criminalização não 
possuem estrutura para realizar o programa de repressão penal em sua totalidade (criminalização 
secundária), acabam realizando apenas uma pequena parcela, por conta dessa patente 
falibilidade, surgem as cifras do direito penal. 
A chamada cifra oculta ou negra da criminalidade representa a diferença dos crimes 
efetivamente ocorridos com a parcela que chega ao conhecimento das instâncias penais ou que 
são efetivamente punidos. 
Nesse sentido, a cifra negra ou oculta consiste em gênero, do qual as demais “cifras 
penais” constituem espécie. Nesse contexto, a cifra rosa relaciona-se aos crimes de homofobia, a 
cifra dourada, à criminalidade econômica (crimes de colarinho branco, crimes contra a ordem 
tributária, crimes contra a economia popular) e a cifra verde, aos crimes cometidos contra o meio 
ambiente. 
5. LIQUEFAÇÃO/ESPIRITUALIZAÇÃO/MATERIALIZAÇÃODO DIREITO PENAL 
Obs.: Ponto extraído do Curso Cei – 2ª Fase DPE/RN. 
 
18 
 
A tipificação de crimes sempre esteve relacionada à proteção de bens jurídicos inerentes 
ao indivíduo, sejam estes bens lesionados (crimes de dano) ou expostos a efetivo perigo (crimes 
de perigo concreto). Havia, portanto, uma materialização dos bens jurídicos. Contudo, as 
transformações sociais, econômicas e tecnológicas vivenciadas pelo mundo nas últimas décadas 
vêm influenciando o sistema penal, especialmente nos tempos atuais de uma sociedade de risco. 
Com efeito, Ulrich Beck destaca que a sociedade atual se caracteriza pela existência 
marcante desses riscos. Tais perigos não são naturais, mas sim artificiais, no sentido de que são 
produzidos pela atividade do homem e vinculados a uma decisão dele. Com o passar dos tempos, 
percebeu-se que a proteção penal, que aguardava o dano para depois punir, era insuficiente. A 
concentração da programação punitiva em novas áreas proporcionou a chamada expansão do 
direito penal, caracterizada pela ampliação do âmbito de incidência de leis com conteúdo punitivo 
ou endurecimento das já existentes. Exemplos: criminalidade informática, criminalidade 
econômica/tributária, criminalidade ambiental e crime organizado. Dessa forma, a proteção penal 
passou a abranger bens jurídicos supraindividuais/coletivos. 
O problema é que essa expansão inadequada e ineficaz da tutela penal passa a abranger 
bens jurídicos de modo vago e impreciso, ensejando a denominada desmaterialização 
(espiritualização, dinamização ou liquefação) do bem jurídico, em virtude de estarem sendo 
criados sem qualquer substrato material, distanciados da lesão perceptível dos interesses dos 
indivíduos. Como consequências desse fenômeno, podemos citar os crimes de perigo abstrato e o 
direito penal preventivo. 
Em relação ao princípio da lesividade, argumenta-se que, como os novos tipos penais 
tutelam objetos que se caracterizam pelas grandes dimensões, resta difícil imaginar que a conduta 
de apenas uma pessoa possa lesá-lo de forma efetiva ou mesmo causar um perigo concreto, de 
sorte que a lesividade só existe por uma ficção. 
Mesmo no caso de se vislumbrar uma possível lesão na soma de ações individuais 
reiteradas e no acúmulo dos resultados de todas (delitos de acumulação), seria inadmissível a 
punição individual, pois o fato isolado não apresenta lesividade. Exemplo (delito cumulativo): uma 
pessoa que pesca sem autorização legal um determinado peixe não lesa expressivamente o bem 
jurídico (meio ambiente), mas a soma de várias pessoas pescando poderá causar lesão. Por isso 
que se pune uma conduta isolada, mesmo que sem lesividade aparente. 
Assim, se não há lesividade, o que se estará punindo é o desrespeito ou desobediência a 
uma norma, ou seja, uma simples infração do dever (o que se denomina de crimes de 
transgressão), de sorte que esses fatos devem ser tratados por outros modos de controle social, 
como o Direito Administrativo. Caso contrário, estaremos diante de uma administrativização do 
Direito Penal. Sob outro enfoque, com a punição da mera desobediência à norma, sem qualquer 
lesão perceptível a bem jurídico, o Direito Penal do risco seria contrário à proteção subsidiária dos 
bens jurídicos (última ratio), convertendo-se em um Direito Penal de primeira ratio, a fim de 
defender as funções estatais. 
 
 
 
 
 
19 
 
FONTES DO DIREITO PENAL 
 Origem e modo de revelar o direito penal (lugar de onde vem - e como se exterioriza - a 
norma jurídica. 
1. FONTE MATERIAL 
Órgão encarregado de CRIAR Direito Penal. São eles: 
1-União; 
2-Estados. 
1.1. UNIÃO (ART. 22, INCISO I DA CF) 
CF Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à UNIÃO legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, PENAL, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
1.2. ESTADOS (ART. 22, PARÁGRAFO ÚNICO DA CF) 
Estados (local ou específico – regionalização de determinadas questões penais. Geralmente 
os exemplos são criados pela doutrina, na prática não é muito utilizado). 
 
CF Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar PODERÁ autorizar os 
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas 
neste artigo. 
 
Pegadinha concursal: “só a União pode criar direito penal” – FALSO. Eis que lei complementar 
pode autorizar o estado a legislar!  
2. FONTES FORMAIS 
As fontes formais são responsáveis por REVELAR o direito. 
Como o direito se exterioriza. 
2.1. VISÃO GERAL DAS FONTES FORMAIS 
 
 
 
 
 
20 
 
ANTES DA EC 45/04 (DOUTRINA 
TRADICIONAL) 
DEPOIS DA EC 45/04 (DOUTRINA 
MODERNA) 
IMEDIATAS 
Lei 
IMEDIATAS 
Lei (única capaz de criar crime e cominar 
pena) 
Constituição (revela DP, mas não incrimina, 
isto porque seu processo de alteração é 
rígido). 
Tratados Internacionais² (no mínimo status 
supralegal, vide gráfico abaixo) 
Princípios Gerais de Direito (é o que vive na 
consciência comum de um povo). 
Complemento das normas penais em branco. 
Jurisprudência (Súmula Vinculante) 
MEDIATAS 
Costumes 
Princípios Gerais do Direito 
Questionamentos: 
E a CF? E os tratados de Direitos Humanos 
(STF: no mínimo status supralegal)? E as 
Súmulas (força do precedente)? E as 
Súmulas Vinculantes (binding effect)? Como 
os PGD podem ser fontes MEDIATAS, se o 
STF inclusive já declarou 
inconstitucionalidade de lei com base em 
princípios? Complemento de norma penal em 
branco? (ex: portaria do Ministério da Saúde 
dizendo o que é droga, revela o direito!) 
MEDIATAS 
Doutrina 
OBS: costumes (não positivados, na verdade 
são fontes informais). 
2.2. COSTUMES 
 Comportamentos uniformes e constantes pela convicção de sua obrigatoriedade e 
necessidade jurídica (MP/PR). 
Costume não cria crime, não comina pena, só a Lei (veda-se o costume incriminador). 
Anterioridade da Lei, CP, art. 1º: 
 
CP: Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal. 
 
Costume revoga crime? 
Exemplo: jogo do bicho, infração sem aplicação por conta dos costumes. Crítica: um jogo 
de azar não é um comportamento uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade e 
necessidade jurídica. 
Correntes: 
1ª corrente: admite-se o costume abolicionista aplicado nos casos em que a infração 
penal não mais contraria o interesse social, o fato deixa de ter interesse pela sociedade. Princípio 
da adequação social (Teoria social da Ação, Schimtd). 
 
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Ver abaixo explicação sobre o princípio da adequação social. 
2ª corrente: NÃO existe costume abolicionista, mas, quando o fato não é mais indesejado 
pelo meio social, a lei deixa de ser aplicada, abole-se sua aplicação, a lei será abolida pelo 
Congresso (LFG). 
Para esta corrente, o jogo do bicho permanece contravenção, mas sem aplicação prática. 
Houve uma revogação material, mantendo-se a forma. 
Magistratura: o querelante se diz vítima de calúnia, porque o querelado diz que aquele faz 
a prática do jogo do bicho. O juiz deve receber? Emendatio mutelli? Rogério concorda. 
Para ser calúnia, o fato deve ser previsto como crime. Se for previsto como mera 
contravenção penal, tratar-se-á de difamação. Mas neste concurso, o examinador era adepto da 
Teoria Social da Ação. Ele entendia que o juiz deveria rejeitar a denúncia por atipicidade. 
3ª corrente: NÃO existe costume abolicionista, enquanto não revogada por outra lei, a 
norma tem plena eficácia – baseada na LINDB, uma lei só é revogada por outra lei. (PREVALECE 
– majoritária, todavia não é unânime). 
# Para que serve então o costume? Importante na INTERPRETAÇÃO – costume 
interpretativo, serve para aclarar o significado de uma palavra ou expressão. 
Exemplo: art. 155, §1º do CP: “durante o repouso noturno”. Dependerá do costume local, 
da comunidade. Não há dúvida que o repouso em uma cidade do interior difere do repouso em 
uma capital. 
 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

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