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1 
LEDS PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA 
 
Jackson Merise Novicki & Rodrigo Martinez 
Curso de Engenharia Elétrica – Universidade Federal do Paraná 
Curitiba – Paraná - Brasil 
e-mail: jackson_novicki@yahoo.com.br & rodrigodi_di@yahoo.com.br 
 
Resumo – O artigo tem como objetivo concentrar 
estudos e soluções baseadas em novas tecnologias e novos 
conceitos a serem implementadas em iluminação pública, 
visando à redução no consumo de energia elétrica. 
A economia de energia elétrica é um assunto de grande 
importância, pelo fato do País se aproximar de uma 
possível crise energética. 
As tecnologias que foram estudadas são baseadas em 
LEDs de alto brilho aplicadas à iluminação pública, que 
tem por objetivo avaliar uma possível substituição da 
luminária com lâmpada vapor de sódio 70W por um 
modelo de luminária a LED. 
Foram realizadas pesquisas baseadas em catálogos de 
diversos fabricantes e ensaios luminotécnicos para 
obtenção de informações técnicas, visando atingir níveis 
satisfatórios de economia e qualidade na iluminação 
pública. 
As luminárias de tecnologia a LEDs já é uma realidade 
em alguns países e com grandes chances de serem 
aplicadas em outros países. Mas para que haja êxito na 
em sua implantação, devem ser analisados diversos 
fatores os quais serão abordados no decorrer deste 
trabalho. 
Concluiu-se que a partir dos dados obtidos na 
literatura e informações dos fabricantes, seria possível a 
substituição das luminárias a vapor de sódio 70W, desde 
que sejam ensaiados todos os modelos de luminária para 
verificar se os dados estão de acordo com as normas 
brasileiras. 
 
Palavras-Chave – Iluminação pública, testes 
luminotécnicos, estudos comparativos entre luminárias, 
eficiência energética, novas tecnologias. 
 
WORK ABOUT PUBLIC ILLUMINATION 
WITH LEDS 
 
Abstract – The article has as target to concentrate the 
studies and solutions based in new technologies and new 
concepts of public illumination to be implemented, 
always having electric energy saving as a goal. 
 Considering that our country is near of an 
energetic shortage, reducing the waste of electric power is 
such an important issue. 
 The technologies that have been studied are 
based in high brightness LEDs, having as objective to 
compare and to decide whether or not a LED luminary is 
a feasible substitution for the sodium steam bulb1 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica na 
Universidade Federal do Paraná, desenvolvido no período de fevereiro a 
junho de 2008, sob orientação do Professor Ewaldo Luiz de Mattos Mehl Dr. 
 
 (70Watts). 
 To obtain the needed technical information, a lot 
of research was done on several manufacturers catalogs 
and lighting tests, hoping to reach satisfactory levels of 
economy and quality in public illumination. 
 The LED technology luminaries have been used 
in a few countries and they have very good prospects of 
being implemented in other countries as well. In order for 
this implementation to be real, a lot of factors must be 
analyzed. They will be addressed in this study. 
 The possible substitution of the 70Watts sodium 
steam bulb for a LED luminary would be feasible only if 
it is guaranteed, through tests, that the LED luminaries 
are more efficient, have a higher bright flow when 
compared with the usual steam bulb and if they fit the 
brazilian technical standards. 
 
Keywords – Public Illumination, luminotecnics tests, 
comparative studies between lighs, energy efficiency, new 
tecnology . 
NOMENCLATURA 
Lm Grandeza do Fluxo luminoso, (lúmen). 
Cd Grandeza de Intensidade Luminosa, (candela). 
Lm/W Eficiência Luminosa. 
LED Light Emission Diode. 
HB-LED High Brightness LED. 
VS70W Vapor de Sódio 70Watts. 
I. INTRODUÇÃO 
O LED (do inglês Light Emission Diode, diodo emissor de 
luz) é um dispositivo eletrônico semicondutor, que quando 
polarizado diretamente, dentro do semicondutor ocorre a 
recombinação de lacunas e elétrons. Essa recombinação 
exige que a energia armazenada por esses elétrons sejam 
liberadas na forma de calor ou luz devido à passagem da 
corrente elétrica na junção anodo para o catodo. [1] 
Diferente de uma lâmpada o LED não possui filamento, o 
grande responsável por converter a maior parte da energia 
elétrica em energia térmica (calor) que significa desperdício, 
pois o objetivo é iluminar e não aquecer. Este é capaz de 
produzir muito mais luz visível do que calor ao ser 
comparado com uma lâmpada incandescente, o que o torna 
mais eficiente chegando a economizar 50% da energia 
comparada às fontes tradicionais. [2] 
A estrutura básica de um LED é uma pastilha 
semicondutora sob uma superfície refletora em forma de 
concha, envolvida por uma resina que direciona o feixe 
luminoso. Conforme a fig. 1. 
 
2 
 
Fig. 1. Estrutura do LED.[3] 
A luz branca pode ser obtida através da combinação das 
três cores básicas GRB (Green, Read and Blue, do inglês: 
verde, vermelho e azul), conforme a Fig. 2. Os elementos que 
geram as cores são adicionados ao semicondutor ou pastilha 
do LED que compõe a cor. Para obter a vermelha é o 
(AlGaInP), a cor verde é o (InGaN) e o azul é o (InGaN) e 
as outras cores através de combinações diferentes destes 
elementos.[4] 
 
 
Fig. 2- Cores que compõe a luz branca 
Outra forma de obter a cor branca é através do uso do 
LED azul com adição do fósforo amarelo. 
 
Alguns países desenvolvidos já utilizam a tecnologia dos 
LEDs em suas cidades para a iluminação pública e os 
fabricantes ao identificarem essa tendência, estão apostando 
na tecnologia, desenvolvendo produtos mais rentáveis e de 
alto desempenho. 
A Iluminação Pública é responsável pelo consumo de 20% 
de toda a energia gerada pelas centrais elétricas, a 
substituição do modelo atual por uma nova tecnologia, LED, 
significa menos combustível fóssil sendo queimado, madeira 
sendo consumida e CO2 lançado no ar. 
Uma das primeiras aplicações do LED era para indicar 
quando o equipamento eletro-eletrônico estivesse no estado 
ligado ou desligado, devido a sua baixa intensidade 
luminosa. 
Nos anos 80, com o avanço da tecnologia, os fabricantes 
desenvolveram LEDs de coloração vermelha e âmbar, 
atingindo elevados níveis de intensidade luminosa, passando 
a ser utilizada na indústria automotiva para sinalização e 
também para iluminação. [4] 
Na década de 90 estudiosos desenvolveram a tecnologia 
InGaN, possibilitando obter as cores azul, verde e ciano para 
o LED. Através dessas descobertas abriu-se a possibilidade 
de combinar as cores primárias para cobrir todo o espectro de 
cores e inclusive a cor branca. [4] 
As tecnologias usadas anteriormente, limitavam os LEDs a 
níveis de intensidade luminosa de 4.000 a 8.000 
milicandelas, com ângulos de abertura para feixes luminosos 
de 8 a 30 graus. 
Ao final da década de 90 surgiram os primeiros LEDs de 
brilho mais elevado obtendo-se de 30 a 40 lumens e podendo 
atingir ângulos com abertura de 110 graus para feixes 
luminosos. [4] Atualmente com o avanço da tecnologia é 
possível obter fluxo luminoso de 200 lm, e potências que 
variam de 1 a 5 W. Com o desenvolvimento da tecnologia, o 
LED ganhou espaço em diversas aplicações na indústria 
automotiva para sinalização e iluminação em veículos, 
letreiros luminosos, iluminação decorativa, iluminação 
publica, entre outras. 
II. UMA NOVA TECNOLOGIA 
A. Conceitos Básicos. 
1) Fluxo Luminoso (lm): Quantidade de Energia 
produzida por uma fonte luminosa, Fig. 3. [5] 
2) Intensidade Luminosa (cd): Valor de energia 
radiante emitida por uma fonte de luz, correspondendo 
a 1/60 da intensidade luminosa emitida por um 
centímetro quadrado da superfície de um corpo capaz 
de absorver toda energiaradiante nele incidida, Fig. 3. 
[5] 
3) Iluminância (lx=lm/m2): É o fluxo luminoso que 
incide sobre uma superfície situada a uma certa 
distancia da fonte, Fig. 3. [5] 
4) Luminância (cd/m2) :É à intensidade luminosa 
produzida ou refletida por uma superfície aparente, 
Fig. 3. [5] 
 
 
 
 
 
Fluxo Luminoso (lm) Intensidade Luminosa (cd) 
 
 
 
 
Iluminância (lx=lm/m2) Luminância (cd/m2) 
Fig.3. Conceitos Básicos de Iluminação. [6] 
B. HB-LED. 
O HB-LED (do inglês High Brightness, LED de alto 
brilho) é capaz de gerar grande quantidade de luz, sendo 
apropriado no campo da iluminação pública. Podendo gerar 
potências que variam de 1W a 5W e vida útil média de 
50.000 horas. 
3 
Atualmente a eficiência luminosa de um HB-LED Fig. 4 
varia entre 40 a 140lm/W, através do uso de diferentes 
elementos em seu semicondutor. [4] 
 
 
Fig. 4. Estrutura de um HB-LED. [7] 
C. Luminárias a LEDs 
Basicamente o conjunto que compõe uma luminária a LED 
conforme a Fig. 5, é formado pelos seguintes equipamentos: 
LED, Fonte de alimentação, Lentes e Dissipadores de Calor. 
[1] 
 
Fig.5. Estrutura da Luminária LED. [1] 
1) LEDs - Dependendo do tipo da situação, o 
projetista deverá estipular qual será o modelo de LED 
mais adequado para a aplicação que deseja. O 
diferencial de cada modelo está relacionado à 
eficiência, tamanho, temperatura de cor e operação. A 
Tabela I destaca essas diferenças de um determinado 
fabricante. 
Tabela I 
Modelos de HB-LED, usando configuração estrela. [1] 
 
Configuração estrela 
 
Modelos LED I LED II LED III LED IV 
Temperatura de Cor
(K) 5.500 5.500 5.500 6.500 
Fluxo Luminoso 
(lm) 45 65 120 200 
Corrente (mA) 350 700 700 1.000 
2) Fonte de Alimentação - Ao estipular a escolha da 
fonte de alimentação a serem implementados na 
luminária, alguns fatores como tensão de entrada, 
proteções contra sobretensão, reguladores de 
luminosidade e fatores de correção deverão ser levados 
em conta no projeto. 
3) Lente - Para obtenção de um melhor rendimento 
em níveis de iluminação utiliza-se lentes com o 
objetivo de direcionar, concentrar (maior quantidade 
de luz produzidas em uma determinada direção) e 
também para uma melhor distribuição do feixe 
luminoso, conforme a Tabela II de um determinado 
fabricante. 
Tabela II 
Lentes conforme o necessidade dos HB-LEDs. [1] 
 
 
 
Características Lente I Lente II Lente III Lente IV 
Ângulo (°) 10 6 / 12 / 24 10 / 30 / 45 12 / 30 / 50
4) Dissipadores de Calor - Para melhor dissipação 
de calor é necessário usar dissipadores adequados à 
instalação que serão submetidos, de tal forma que se 
tenha um bom aproveitamento dos LEDs para manter 
por maior tempo suas características luminosas. A 
Fig.6 mostra a condutividade de alguns materiais 
empregados nos dissipadores de calor. 
 
0
100
200
300
400
W/
mK
Condutividade Térmica dos Materiais
Cobre: 400 W/mK Alumínio: 170 W/mK
Silício: 148 W/mK Aço Carbônico: 60 W/mK
Aço Inoxidável: 16 W/mK Acrílico: 0,18 W/mK 
Fig.6. Comparativo de condutividade térmica empregada nos 
dissipadores. [1] 
Além da estrutura que compõem a luminária é necessário 
levar em conta outros fatores como o Diagrama Cromático 
Fig.7, que foi desenvolvido em 1931 pela Comissão 
internacional de Iluminação (CIE). O diagrama é um método 
utilizado para representação de cor, com comprimento de 
onda na ordem de nanômetros (nm). 
Internamente ao gráfico cromático, existe uma curva 
característica que expressa a temperatura de cor medida em 
Kelvin. Essa curva pode identificar se a luz branca tem 
temperatura de cor fria (Tom mais Azulado) ou quente (Tom 
mais Avermelhado). 
O índice de Reprodução de Cor (IRC) representa a 
qualidade em que as cores serão reproduzidas por uma fonte 
de luz, sendo independente da temperatura de cor da fonte. 
 
 
Fig.7.a Diagrama Cromático. [1] 
4 
A temperatura de cor Fig.7.b, expressa a aparência de cor 
emitida por uma fonte de luz medida em Kelvin (K). Quanto 
mais alta for sua temperatura de cor, mais clara será a 
tonalidade da luz. O termo temperatura de cor, não está se 
referindo ao calor específico da lâmpada, mas sim a 
tonalidade apresentada ao ambiente. 
Estudos revelam que quanto for mais suave à tonalidade da 
cor, mais relaxante será o ambiente, e quanto mais claro será 
mais estimulante para o ser humano. 
 
 
 
Fig.7.b Temperatura de Cor retirada do Diagrama Cromático. [8] 
D. Vantagens do uso de LEDs em iluminação pública: 
1) Segurança – Por operarem em baixa tensão, diminui os 
riscos de acidentes e fatalidades, proporcionando segurança 
em sua instalação e utilização. 
2) Vida útil – Maior vida útil, cerca de 50 mil horas, 
reduzindo conseqüentemente o custo de manutenção. 
3) Consumo – Baixo consumo de energia proporcionando 
um elevado grau de eficiência, podendo atingir um fluxo 
luminoso considerável. 
4) Emissões de UV – Não emitem radiação ultravioleta, 
evitando a atração de insetos à luminária e degradação das 
características originais da luminária. 
5) Resistência – São resistentes a impactos e vibrações. 
6) Poluição luminosa – É causada pelo desperdício 
de luz artificial no período da noite. Sendo projetada 
de maneira incorreta ao céu que fica coberto por uma 
enorme bolha luminosa, tirando a nitidez das estrelas, 
conforme a Fig. 8a. A razão deste efeito negativo está 
no modo como é projetada a luz. Na iluminação a LED 
este efeito é minimizado, pois sua iluminação é 
direcionada sendo considerada ideal como demonstra a 
ilustração na Fig. 8b. 
 
 
Fig. 8a. Poluição Luminosa. [9] 
 
Fig. 8b. Fator que causa Poluição Luminosa que são os dois modos 
à esquerda, péssimo e ruim. [10] 
E. Desvantagens do uso de LEDs em iluminação pública 
1) Temperatura – Com o passar dos anos, a luminosidade 
de um LED não se mantém constante, podendo se degradar 
de forma bem acentuada, em função da temperatura que 
estão submetidos. [v] 
Uma forma de dissipar o calor em luminárias é através do 
uso de aletas metálicas, pois estas provocam um resfriamento 
natural por convecção como demonstra na Fig.9. 
 
 
Fig.9. Luminária pública com aletas metálicas para resfriamento 
por convecção. [11] 
2) Custo – Por se tratar de uma nova tecnologia os custos 
de implantação ainda são elevados. 
 
3) Sobretensão – A rede elétrica está sujeita a distúrbios 
no sistema elétrico, com picos de tensão.Como forma de 
proteção é necessário investir em dispositivos de segurança 
para evitar danos ou podendo queimar a luminária a LEDs. 
III. CARACTERÍSTICAS DE LUMINÁRIAS PARA 
ILUMINAÇÃO PÚBLICA 
A seguir será apresentado o comparativo da Luminária 
com lâmpada do tipo VS70W com alguns modelos de 
luminárias a LED. As luminárias estão organizadas em: 
modelos ensaiados, cujos dados foram obtidos em laboratório 
o qual gera certificado para comercialização das lampadas, e 
modelos obtidos de catálogo, os quais foram baseados em 
informações fornecidas pelo fabricante. 
5 
A. ENSAIO DAS LUMINÁRIAS PARA A COLETA DE SEUS 
DADOS 
O ensaio foi realizado no laboratório de luminotécnica do 
LACTEC (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento), 
nas dependências do Centro Politécnico da UFPR 
(Universidade Federal do Paraná). Este foi necessário pois a 
Luminária HB-LED não possui dados luminotécnicos, 
juntamente foi ensaiada uma Luminária com lâmpada 
VS70W. 
As luminárias foram fixadas na esfera integradora, Fig. 
10a., a seguir a luminária foi energizada, Fig. 10.b aguardou-
se um período de 15 minutos , tempo necessário para que a 
lâmpada atinja o máximo de seu fluxo luminoso. Após esse 
período foram avaliados os resultados obtidos nos 
instrumentos de medição, Fig. 10c.O fotômetro mediu o valor do fluxo luminoso, Fig. 10d., o 
valor a iluminância e temperatura de cor foi determinado 
pelo dispositivo da Fig. 10e, e por fim o a potência das 
luminárias no analisador de potencia, conforme a Fig. 10f. 
 
 
Fig. 10a. Esfera Integradora. 
LACTEC 
Fig. 10b. Esfera Integradora 
Fechada, momento do ensaio. 
LACTEC 
 
Fig. 10c. Instrumentos de coleta dos resultados. LACTEC 
 
 
Fig.10d. Fotômetro 
Fig 10e. Instrumento que 
mede a iluminância, cor 
e temperatura de cor. 
 Fig. 10f. 
Analisador 
de potência 
1) LUMINÁRIA COM LÂMPADA VS70W - A lâmpada 
VS70W é bastante usada para iluminação de vias públicas de 
baixíssimo tráfego, devido sua alta eficiência luminosa. 
Recentemente várias cidades optaram pela substituição das 
luminárias com lâmpada a vapor de mercúrio 125W pelas 
luminárias com lâmpada a VS70W, conforme a Fig. 11, com 
o objetivo de reduzir o consumo na iluminação pública. [13] 
Uma das desvantagens da lâmpada vapor de sódio está no 
baixo ICR (índice de reprodução de cor), que corresponde a 
25 de uma escala limitada entre 0 a 100. Uma lâmpada que 
tem seu ICR baixo, proporciona uma pior reprodução das 
cores no ambiente que ela ilumina. 
Este ensaio foi necessário pois não foram encontrados os 
dados em catálogo do conjunto luminária com lâmpada 
VS70W. Os dados do ensaio estão descritos na Tabela III, a 
luminária apresentou um fluxo luminoso de 3.500 lm, 
divergindo do valor apresentado no catálogo da lâmpada 
VS70W que é 6.000 lm. 
A diferença no valor do fluxo luminoso medido com o 
valor apresentado em catálogo, está relacionado ao refletor 
da luminária o qual não é muito eficiente e também pode 
estar relacionado a sua vida útil (tempo em horas que reduz 
25% do fluxo luminoso da lâmpada). 
 
 
Fig. 11. Luminária Vapor de Sódio 70 W. [12] 
Tabela III 
Dados obtidos em ensaios no LACTEC referente à luminária 
com lâmpada vapor de sódio 70W. 
Modelo Vapor Sódio 70 + Reator 14 
Potência (W) 84 
Fluxo Luminoso (lm) 3.500 
Eficiência Luminosa (lm/w) 42 
Vida Mediana (h) 24.000 
Temperatura de Cor (K) 1.900 
 
2) LUMINÁRIA HB-LED PROTÓTIPO - A luminária Fig. 
12 foi adquirida através de um fornecedor localizado na 
região metropolitana de Curitiba, junto a UFPR para a 
realização de testes luminotécnicos. Para a determinação de 
seus dados o fabricante da luminária disponibilizou o tipo de 
LED usado, sua potência e a sua aplicação, a qual era 
compatível com o objetivo que era de substituir a luminária 
VS70W. 
 
 
Fig.12. Luminária 
6 
Uma das dificuldades para a realização do ensaio foi no 
modo de fixar a luminária para que esta ficasse no centro da 
esfera integradora conforme Fig. 10a, pois seu modelo não 
possui conector compatível aos disponíveis no laboratório. 
Os dados obtidos seguem na tabela IV. 
Tabela IV 
Dados obtidos em ensaios no LACTEC referente à luminária 
HB-LED Protótipo. 
Modelo HB-LED Protótipo 
Potência (W) 39,8 
Fluxo Luminoso (lm) 612 
Eficiência Luminosa (lm/w) 15,4 
Vida Mediana (h) 50.000 
Temperatura de Cor (K) 5.126 
Durante o teste, a luminária apresentou um consumo de 
energia consideravelmente inferior à lâmpada de vapor de 
sódio, mas seu fluxo luminoso deixou muito a desejar, 
correspondendo ao fluxo de uma lâmpada fluorescente 
compacta de 11W. A eficiência luminosa da luminária é de 
aproximadamente 15,4 lm/W, o que corresponde a uma baixa 
eficiência luminosa, tornando impraticável sua instalação em 
iluminação pública, pois o fluxo luminoso recomendável para 
esse tipo de ambiente deve obter um valor de 4.000 lm. 
B. MODELOS CUJOS DADOS FORAM OBTIDOS EM 
CATÁLOGO. 
1) Luminária a LEDs LU2 - A fabricante Chinesa 
Bang-Bell Eletronics (BBE) entre outros modelos, 
desenvolveu a LU2 Fig. 13 para substituir a luminária 
com lâmpada a VS70W ou luminária com lâmpada a 
Vapor de Mercúrio. [14] 
 
 
Fig.13. Luminária HB-LED LU2, Fabricante BBE. [14] 
Um dos diferenciais dessa luminária é capaz de iluminar a 
uma distancia de até 12 m de altura, conforme a Fig .14 e 
seus dados técnicos estão na TabelaV. 
 
 
Fig. 14. Iluminância da luminária HB-LED LU2. [14] 
Tabela V 
Dados obtidos do fabricante referente à luminária LU2. 
Modelo HB-LED LU2 
Potência (W) 66 
Fluxo Luminoso (lm) 4.200 
Eficiência Luminosa (lm/w) 63,6 
Vida Mediana (h) 50.000 
ICR >75 
Temperatura de Cor (K) 3.000 ~ 7.000 
2) Luminária a LEDs SL-75W - Produzida pela 
Leotek Eletronics Co., a luminária SL-75W conforme 
Fig. 15. O valor 75W em seu modelo representa a 
potência que esta é capaz de substituir. A luminária 
possui luxo luminoso equivalente de uma luminária 
VS70W, e seus dados técnicos estão apresentados na 
Tabela VI. 
 
 
Fig.15. Luminária HB-LED Leotek SL-75W. [15] 
Tabela VI 
Dados obtidos do fabricante referente à luminária SL-75W. 
Modelo HB-LED SL-75W 
Potência (W) 48 
Fluxo Luminoso (lm) 3.200 
Eficiência Luminosa (lm/w) 66,7 
Vida Mediana (h) 50.000 
Temperatura de Cor (K) 5.500 
 6 m 
 8 m 
10 m 
12 m 
26 lux
 15 lux 
6 lux 
9 lux 
Distância Iluminância (E) 
7 
3) Luminária a LEDs SSTL-05- Produzida pela 
fabricante Shnezhen, a luminária representada na Fig. 
16 surge no mercado com design moderno, é compacta 
e semelhante às luminárias convencionais. O gráfico 
representando a iluminância da luminária é 
apresentado na Fig. 17 e seus dados técnicos na Tabela 
VII. [16] 
 
 
Fig.16. Luminária HB-LED SSTL-05. [16] 
Fig. 17. Iluminância da luminária HB-LED SSTL-05. [16] 
Tabela VII 
Dados obtidos do fabricante referente à luminária SSTL-05 
Modelo HB-LED SSTL-05 
Potência (W) 50 
Fluxo Luminoso (lm) 3.000 
Eficiência Luminosa (lm/w) 60,0 
Vida Mediana (h) 50.000 
Temperatura de Cor (K) 5.000 
C. COMPARATIVO ENTRE AS LUMINÁRIAS. 
Com os dados de cada luminária, como já foi apresentado 
anteriormente, foi possível comparar qual modelo é mais 
eficiente. O critério para substituir a luminária com lâmpada 
VS70W, é que uma das luminárias a LED atinja fluxo 
luminoso semelhante ao atual mas que tenha um consumo de 
energia inferior. A Fig. 18 apresenta o gráfico que faz essa 
comparação entre luminárias, onde a luminária que estiver 
mais próximo da origem do gráfico é a luminária com pior 
desempenho e a luminária que obter menor consumo com 
alto fluxo luminoso poderá ser o modelo com maior chance 
de substituir o modelo atual. 
 
 
Fig.18. Comparativo entre luminárias. 
A seguir será apresentada a tabela VIII com informação 
referente a cada uma das luminárias, com suas características 
técnicas 
Tabela VIII 
Comparativo de Luminárias. 
Dados 
Técnicos 
VS 
70W 
HB-LED 
Protótipo 
BBE 
LU2 
Leotek 
SL-75W
Shenzhen 
SSTL-05 
Potência 
(W) 84 39,8 66 48 50 
Fluxo 
Luminoso 
(lm) 
3.500 612 4.200 3.200 3.000 
Eficiência 
(lm/W) 42 15,4 63.6 66,7 60 
Vida 
Mediana 
(horas) 
24.000 50.000 50.000 50.000 50.000 
Temp. 
Cor 
(K) 
1900 5.126 3.000 7.000 5.500 5.000 
D. COMPARATIVO ECONÔMICO ENTRE AS 
LUMINÁRIAS A LEDs. 
Após a realização de pesquisas com as luminárias a LEDs 
apresentadas neste artigo, foi elaborado um estudo 
luminotécnico e econômico para comparar o consumo de 
energia elétrica entre as luminária estudadas. 
Para melhor compreensão do cálculo envolvido no gráfico 
Fig.19, usou-se o cálculo da demanda evitada na ponta que é 
dado entre a diferença da potência total instalada pela 
potência total proposta em kW. Para efeito de cálculo, foi 
estipulada uma quantidade de 1.000 luminárias no estudo de 
eficiência energética. Após obter o cálculo da demanda 
evitada, foi possível determinar quanto de energia elétrica 
seria economizada ao ano coma substituição das luminárias 
propostas em MWh. 
Lembrando que o consumo diário para iluminação publica 
é de 11 horas e a vida mediana de uma luminária HB-LED é 
de 50.000 horas, então o tempo de operação desta luminária 
será de 12 anos. 
Vale lembrar que uma luminária com lâmpada VS70W 
operando nas mesmas condições, 11horas/dia, com vida 
mediana de 24.000horas resultará somente em 6 anos de 
BBE LU2 
Shenzhen 
SSTL-05 
 Leotek 
 SL-75W 
84 
48 
50 
39,8 
 612 3.000 3.200 4.200 3.500
HB LED Protótipo
VS70W 
66 
W 
 (lm) 
 4 m 
 6 m 
 8 m 
50 lux
 29 lux 
18 lux 
Distância Iluminância (E) 
8 
operação. O que acarretará em uma troca a mais, quando 
usado o período de uma luminária a LED. 
 
Economia de Energia de modelos Luminárias a LED 
em Relação às Luminárias Vapor de Sódio70 W
71 1
35 14
3
17
5
85
5
1.
61
6
1.
71
1
2.
10
0
4.
20
0
3.
00
0
3.
20
0
61
2
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
BBE-LU2
66W
SHENZHEN
SSTL-05
50W
LEOTEK
SL-75W
48W
HB-LED
PROTÓTIPO
39,8W
Energia Economizada 1 ano ( MWh ) Energia Economizada 12 anos ( MWh )
Fluxo Luminoso ( lm ) Fluxo Aceitável Iluminação Pública ( lm )
Tolerância (lm) 
Fig.19. Comparativo entre o Fluxo luminoso e a Economia de 
Energia das luminárias. 
 
A partir dos resultados obtidos na Fig. 18 e Fig. 19, usou-
se o requisito fluxo luminoso para comparar qual luminária 
obteve o melhor resultado, determinou-se que a luminária 
BBE LU2 atingiu o valor de 4200lm a qual ultrapassou o 
fluxo da luminária VS70W, ensaiada em laboratório, cujo 
valor foi de 3500lm. 
Classificando as luminárias a partir de uma boa iluminação 
e consumo de energia elétrica, em termos de engenharia, a 
luminária Leoteck SL-75W, obteve o melhor resultado, com 
potência igual a 48W. 
IV. CONCLUSÃO 
A tecnologia dos LEDs vem ganhando espaço e deixando 
de ser apenas um sinalizador (Ligado-Desligado) em 
equipamentos, sendo usada para iluminação decorativa, 
veículos automotivos, iluminação pública entre outras áreas. 
Vale ressaltar a sua capacidade de atingir altos níveis de 
fluxo luminoso, com menor consumo de energia elétrica, 
apresentando alta durabilidade e robustez. 
O conjunto de LEDs nas luminárias é capaz de atingir os 
níveis necessários de fluxo luminoso a ser implementado na 
iluminação pública. Apesar do elevado custo de 
implementação a tecnologia pode ser aplicada pois o retorno 
do investimento viabiliza o projeto. 
O uso das luminárias a LEDs já é uma realidade em 
algumas cidades de países com poderio econômico elevado. 
Se esta tecnologia for implementada no Brasil, proporcionará 
economia de energia elétrica em nossas usinas hidrelétricas, 
contribuindo para que não haja o risco de um “Novo 
Apagão”. 
O estudo na área da iluminação pública poderá ser 
estendido a futuras tecnologias voltadas a este tipo de 
aplicação cuja luminária apresente um maior rendimento. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Os autores agradecem à orientação que receberam do 
Professor Dr. Ewaldo Luiz de Mattos Mehl na elaboração 
deste trabalho. Agradecem também ao Engenheiro Fernando 
Augusto Lopes Corrêa ao apoio dado nos estudos de 
viabilidade econômica e Engenheiro Rafael Martins pela 
oportunidade da realização dos ensaios no laboratório de 
luminotécnica do LACTEC. 
REFERÊNCIAS 
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 http://pt.wikipedia.org/wiki/LED Acesso em: 5 abril
2008 
[2] Saber Eletrônica, LEDs: A iluminação do futuro. Ano 43, 
Edição 415, Agosto 2007. Disponível em: 
http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/247 
Acessado em: 5 abril 2008. 
[3] Future Light Solution, All in one Plug and Play guide, 
março 2008. Disponível em: http://www.Futurelighting 
solutions.com. Acessado em 1 maio 2008. 
[4] SuperLed, O que é led?, 09 de março de 2008.Disponível 
em: http://www.superled.com.br/zbxe/?document_srl
=514 Acessado em: 1 maio 2008. 
[5] UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA 
CATARIANA, Iluminação, 2001, Disponível em: http:
//www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2001-2/ 
iluminacao/fotometria.htm Acessado em: 9 junho 2008
[6] Transport Learning, Eficiência Energética na Iluminação 
Pública,Disponível em: http://www.transportlearning.
net/ Acessado em: 1 de maio 2008. 
[7] Philips, Luxeon K2 and Luxeon K2 with TFFC, 2008.
Disponível em: http://www.luxeon.com/products/ 
line.cfm?lineId=18 Acessado em: 1 de maio 2008. 
[8] Philips, Iluminação, 2008. Disponível em: 
http://www.luz.philips.com/portalHome.do Acessado 
em: 1 maio 2008 
[9] Calgary Centre, Light Pollution Abatement Site, Royal 
Astronomical Society of Canada. Disponível em: 
http://calgary.rasc.ca/lp/whatislp.html Acessado em: 10 
maio 2008 
[10] Canadian Space Agency, Whats is Light Polution?, 27 de 
junho de 2006. Disponível em: http://www.space.gc.ca 
/asc/eng/educators/resources/stars/light.asp Acessado 
em: 10 maio 2008 
[11] ALL- Bright International Co., Street Light-90W, 2008,
Disponível em: http://www.all-brite-intl.com/product_ 
page/street_light_set.html. Acessado em: 10 maio 2008
[12] Lumens, Linhas Publicas/Específica/Industrial/Comercial/ 
Decorativa, Luminária PL-24, Diponível em: http:// 
www.lumens.com.br/mainPHILIPS.html Acessado em: 
13 maio 2008 
[13] Normas Técnicas COPEL, Comparação entre lâmpadas de 
sódio 70W e lâmpada de mercúrio 125w, 14 outubro 
1997, Disponível em: http://www.copel.com/dis/
normas/l%C3%A2mpadad.htm Acessado em: 30 maio 
2008. 
[14] Shenzhen Bang-Bell Eletronics Co., Ltd.,BBE LU2 -
High Power Led Streetlight, Disiponivel em: http:// 
bbeled.com/products/high-power-led-streetlight-
LU2.htm Acessado em: 13 maio 2008 
[15] Leotek Electronics Corporation, LED OUTDOR 
LUMINAIRES, Disiponivel em: http://www.leotek
.com/led_illumination.htmlAcessado em: 13 maio 2008
9 
[16] Shenzen Sipros Electronics Co. Ltd, Led High Power
Street Light, Disiponivel em: http://www.fuzing.com/
vli/002378ad8282/LED-High-Power-Street-Light 
Acessado em: 13 maio 2008 
DADOS BIOGRÁFICOS 
Jackson Merise Novicki, nascido em 14/09/1982 em Curitiba 
(Paraná), é Graduando do Curso de Engenharia Elétrica da 
Universidade Federal do Paraná. Trabalhou na empresa 
Enercons Consultoria em Energia (2006). Foi também 
estagiário na Renault do Brasil S/A (2007-2008). 
 
Rodrigo Martinez, nascido em 17/03/1981 em Curitiba 
(Paraná), é Graduando do Curso de Engenharia Elétrica da 
Universidade Federal do Paraná. Trabalhou na empresa 
Enercons Consultoria em Energia (2006). Foi também 
estagiário na AUTI Automação Industrial (2007-2008).

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