Buscar

esquemas do quadro direito penal PROVA 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ART. 328 – USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Usurpação de função pública
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
1 – USURPAR: apoderar-se, tomar. 
2 –S.A? Inclusive Func. Púb. 
3 – CONSUMAÇÃO: realização de uma ato oficial.
4 - PARÁGRAFO ÚNICO: qualificada pela vantagem;
ART. 329 – RESISTÊNCIA
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
1 – SEMPRE ATIVA; 
2 - PARTICULAR: pode ser sujeito passivo deste crime; 
3 –FORMAL; 
4 - §1º: qualificada pelo resultado;
5 - §2º: Concurso material;
ART. 330 – DESOBEDIÊNCIA.
Desobediência
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
1 – DESOBEDECER: Descumprir; não acatar;
2 – AÇÃO (ordem para não sair) OU OMISSÃO (ordem para sair);
3 – NÃO PODE VIOLÊNCIA OU AMEAÇA;
ART. 331 – DESACATO
Desacato
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
1 – OBJETIVIDADE JURÍDICA: proteger o prestígio, a dignidade e o respeito à função pública;
2 –FORMAL – basta ofender a honra profissional;
ART. 332 – TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. 
1 – CONDUTAS: Solicitar; exigir; cobrar; ou obter;
2 –PARA SI OU PARAR OUTREM;
3 – VANTAGEM OU PROMESSA;
4 – A PRETEXTO: “com desculpa” – de influir em ato praticado por func. Pub.;
5 – CONSUMAÇÃO: S.A solicita ou ... e não fala com o Func. Púb. – que não existe; não tem influência; ou tem mas não fala – é uma fraude (“venda de fumaça”) 
6 – SE FALAR: pode ser 317 e 333;
7 – PODE SER 357;
§ÚNICO: Qualificada.
ART. 333 – CORRUPÇÃO ATIVA
Corrupção ativa
 Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
1 – FORMAL;
2 –TENATIVA: somente feita por escrito;
3 – PAR. ÚNICO: qualificada pela resultado;
ART. 334 – DESCAMINHO:
Descaminho
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
1 – S.A? E O ART. 318;
§1º - EQUIPARADO,
II – ZONA FRANCA MANAUS;
§2º - ATIVIDADE COMERCIAL;
§3º - TRANSPORTE AÉREO, MARÍTIMO OU FLUVIAL.
ART. 334 – A- CONTRABANDO:
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
1– S.A? ART. 318;
2 – DROGAS? ARMAS? REMÉDIOS (LEI 9.677/98); 
§1º - EQUIP.;
§2º - ATIVIDADE COMERCIAL;
§3º - TRANSPORTE AÉREO…
ART. 335 – REVOGADO PELA LEI 8.666/93
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência
 Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.
ART. 336 – INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL
Inutilização de edital ou de sinal
 Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
1 – EDITAL - CONDUTAS: Rasgar (partir, cortar); Inutilizar (tornar imprestável); ou Conspurcar (sujar, manchar);
2 – O.M? Afixado por ordem de func. Púb. - Tem que estar dentro do prazo de validade.
3 – SELOOU SINAL - CONDUTAS: Violar (romper) ou Inutilizar;
4 – O.M? Por determinação legal ou por ordem de func. Púb. Para indentificar (nº veíc. Leilão) ou cerrar (lacrar) objeto – Tem que estar dentro do prazo de validade.
ART. 337 – SUBTRAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO
Subtração ou inutilização de livro ou documento
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.
1 – CONDUTAS: Subtrair ou Inutilizar;
2 –O.M?; 3 – S.A?
 4 – PODE SER: 305, 314 OU 356.;
5 – CRIME SUBSIDIÁRIO.
ART. 337 – “A” – CRIME PREVIDENCIÁRIO
Sonegação de contribuição previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
 Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
 § 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
 § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social.
1 – CONDUTAS: Suprimir ou Reduzir – contribuição social previdenciária;
2 –§1º: Extinção da punibilidade (antes ação fiscal); Pode art. 16 CP (se posterior);
3 – §2º: Perdão judicial;
4 – §3º: Forma privilegiada;
5 – §4º: Reajuste valor.
TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL: “É aquela que envolve operação comercial, de produção ou circulação de bens ou serviços, com intuito de lucro, vinculada a mais de um sistema jurídico.” (Andreucci) 
ART. 337 – “B” (=) 333; ART. 337 – “C” (=) 332; ART. 337 – “D” (=) 327.
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
	
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL
CURSO DE DIREITO 
ASPECTOS DESTACADOS: ARTS. 338 ao 350[0: Extraído dos ensinamentos do PROF. DAMÁSIO em seu Curso a distância.]
1.DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA –ART. 339 
1 – Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive delegado, promotor, juiz etc.
2 – Pode ser direta ou indireta.	Direta: quando o próprio agente dá causa (de forma verbal ou escrita) e Indireta: quando o agente faz com que a notícia chegue à autoridade por qualquer meio (telefonema anônimo, carta anônima, encenação. Por exemplo, colocar um objeto na bolsa de alguém). 
3 – Pode ocorrer de duas formas: O crime realmente aconteceu, mas o denunciado não participou; O agente inventa um crime e o atribui à determinada pessoa. 
4 - Na calúnia a intenção do agente é ofender a honra. Na denunciação caluniosa a intenção do agente é instaurar o procedimento. A denunciação caluniosa absorve a calúnia quando fundadas em um mesmo fato.
CASUÍSMOS:
P.: Instauração de investigação policial precisa de inquérito?
R.: Não. É possível que a polícia inicie uma investigação antes mesmo de instaurar um inquérito policial.
P.: Se o fato imputado for crime já prescrito?
R.: Não há crime de denunciação caluniosa. Se o fato tiver uma excludente, não há denunciação caluniosa. 
P.: Se a denunciação caluniosa for praticada no interrogatório policial ou judicial, há crime?
R.: Prevalece o entendimento de que não há crime porque essa conduta estaria dentro da autodefesa.
P.: Há arrependimento eficaz na denunciação caluniosa?
R.: Sim. Ex.: indivíduo noticiou o delito, o Boletim de Ocorrência foi lavrado, mas, depois, arrependeu-se e contou a verdade antes que a investigação fosse iniciada – é arrependimento eficaz. 
2. COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU CONTRAVENÇÃO –ART. 340 
1 - A diferença entre denunciação caluniosa e comunicação falsa de crime está em que na denunciação caluniosa há imputação de crime a alguém, e na comunicação falsa não há imputação a alguém, pois apenas se comunica um fato. 
	Exemplo de comunicação falsa: “fui furtado”. 
	Exemplo de denunciação caluniosa: “João me furtou”. 
2 - Provocar: dar causa, originar, ocasionar. Ação da autoridade: investigação (não basta a lavratura do Boletim de Ocorrência, devendo ser iniciada uma investigação). Autoridade: delegado, juiz, promotor, policial etc. O conceito é bem amplo. 
3 – E o “trote” aplicado à PM (190), é este crime?
CASUÍSMOS:
P.: Se uma pessoa narra falsamente um crime para esconder um crime que praticou por qual crime responde?
R.: Pelos dois. Ex.: apropriação indébita e falsa comunicação. 
P.: Se a pessoa comunica falsamente um crime para conseguir realizar outro crime, por exemplo, falsa comunicação e estelionato, pelo que responde?
R.: Há várias posições: 1 - o estelionato prevalece, pois o crime-fim absorve o crime-meio; 2 - concurso formal de delitos; 3 - concurso material. 
3. AUTO-ACUSAÇÃO FALSA – ARTIGO 341 
1 - O crime consuma-se no momento em que a auto-acusação chegar ao conhecimento da autoridade. 
2 - O tipo refere-se à autoridade no sentido amplo, ou seja, juiz, promotor, delegado, policial etc.
CASUÍSMOS:
P.: Pode haver co-autoria?
R.: Sim, pois é diferente do falso testemunho, em que cada um pratica um crime. Exemplo: duas pessoas se acusam de crime praticado por outros dois indivíduos ou por crime inexistente. 
P.: Se o agente praticar o crime com outra pessoa, mas assumir o crime sozinho, praticou auto-acusação falsa?
R.: Não. O crime existiu e ele foi autor.
P.: Se o agente se auto-acusa falsamente e inclui terceiro, responde pelo quê?
R.: Concurso formal: o agente responderá por crime de auto-acusação falsa e por denunciação caluniosa.
4. FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – ARTIGO 342 
1 – Crime próprio. Se a vítima mentir, não pratica o crime, assim como as partes (autor e réu) também não praticam o falso testemunho. 
2 - O falso testemunho pode se dar em processo judicial (penal, civil, trabalhista etc.), inquérito policial, processo administrativo ou em juízo arbitral. 
3- Fazer afirmação falsa: falsidade positiva; Negar a verdade: falsidade negativa; Calar a verdade: reticência.
4 – Prisão em flagrante: pode ocorrer após o depoimento, porém considerando a possibilidade da retratação, é prudente aguardar a sentença no processo em que ocorreu o ilícito (falso testemunho). 
CASUÍSMOS:
P.: Aqueles que não prestam o compromissode dizer a verdade de que trata o artigo 203 do Código de Processo Penal cometem o crime de falso testemunho?
R.: Há divergência. A doutrina majoritária entende que sim, pois o compromisso não é elementar do crime. O tipo menciona “testemunha”, que pode ser compromissada ou não. A jurisprudência está dividida. O STF decidiu há crime de falso testemunho, mesmo que a pessoa não preste compromisso. 
P.: As pessoas proibidas ou dispensadas de depor (art. 206 e 207 do CPP) podem praticar falso testemunho?
R.: Os proibidos de depor, excepcionalmente, podem prestar depoimento se, desobrigados do sigilo pelo interessado, quiserem dar o seu testemunho. Eles prestam compromisso; logo, praticam o crime de falso testemunho. 
P.: É possível concurso de agentes em crime de falso testemunho?
R.: A co-autoria não é possível, pois se trata de crime de mão própria. O STJ, majoritariamente, entende que é possível participação. O STF não admite participação. 
P.: A testemunha que mente sobre a sua qualificação pratica falso testemunho?
R.: Não. Pode configurar, se for o caso, o crime de falsa identidade (artigo 307 do Código Penal). 
5. COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO – ARTIGO 344 
1- Apesar do nome “coação no curso do processo”, o crime também estará configurado se a violência ou grave ameaça for utilizada no curso do inquérito policial, de procedimento administrativo ou de procedimento em juízo arbitral.
2- Crime formal.
6. EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES – ARTIGO 345 
1 - Elemento normativo do tipo: “salvo quando a lei o permite”. No caso do art. 1.210 do Código Civil (desforço imediato no esbulho possessório). Também na retenção por benfeitorias.
2 – O que se pune é a conduta tendente à satisfação de pretensão, no sentido técnico, ou seja, direito que o agente supõe ter e que pode ser levado a Juízo.
3 - A pretensão pode ser legítima ou não, é irrelevante.
4 - Fazer justiça com as próprias mãos é conduta de forma livre. 
CASUÍSMOS:
P.: Se a pretensão for ilegítima, podemos ter esse crime?
R.: Sim. Mas o agente precisa supor que é legítima.
P.: A pessoa pode defender direito de terceiro para caracterizar o crime, ou a pretensão tem que ser própria?
R.: Pode existir o crime por direito de terceiro, desde que o agente atue como representante, mandatário desse terceiro. 
7. FAVORECIMENTO PESSOAL E REAL – ARTIGOS 348 e 349 
1 - Favorecimento pessoal: é o auxílio ao autor do crime para que se subtraia da ação da autoridade. A conduta é voltada para o autor de crime. 
2 - Favorecimento real: é a conduta destinada a tornar seguro o proveito do crime. 
3 - Para que se configure o favorecimento real ou o favorecimento pessoal, há dependência de que haja crime anterior. Se o agente do crime anterior for absolvido, não se pode mais falar em favorecimento pessoal. Mas continuará havendo favorecimento real, porque para isso basta que haja um crime anterior. 
4- O co-autor ou partícipe não pratica o favorecimento, pois o liame é anterior ou concomitante ao fato. Já o favorecimento, por ser posterior, é independente do crime.
5 - Favorecimento real e receptação: Na receptação o agente atua com intento de lucro, para si ou para outrem (que não o autor do crime antecedente). O favorecimento real é a conduta de quem quer tornar seguro o proveito do crime para o outro. Se houver trato anterior, o agente responde por receptação.
CASUÍSMOS:
Ex.: “A” mata “B” e pede para “C” esconder a arma. “C”, neste caso, praticou o crime de favorecimento pessoal, pois a arma é instrumento e não proveito do crime. 
ART. 338 – REINGRESSO DE ESTRANGEIRO EXPULSO 
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da pena.
1 – Reingressar:
Voltar após ter saído; 
2 – Motivo?
Por expulsão (apenas) do país; 
3 –Sujeito Ativo?
Crime próprio – Alienígena = aquele que não é brasileiro;
A pessoa deve ter saido do país;
4 – Lei n. 6.815/80 – Estatuto Estrangeiro; 
5 – Instantâneo
ART. 339 – DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA 
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Dolo = dar causa, contra alguém, imputando crime que sabe ser inocente;
1 – Sujeito Ativo:
Qualquer pessoa;
2 – Dar Causa:
Originar; motivar – oral ou por escrito; 
Deve gerar um processo;
Pode ser um processo em qualquer esfera;
3 – Contra Alguém:
Pessoa determinada; 
4 – Crime que sabe ser inocente; 
5 - §1º: Qualificada:
Anonimato ou falso nome; 
6 – §2º PRIVILEGIADA
Contravenção Penal; 
7 – SOLICITAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO POLICIAL?
Não configura só solicitar para que investiguem - EX: acho que fulano tá traficando;
A pessoa deve dizer - EX: o fulano tá traficando;
ART. 340 – COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU CONTRAVENÇÃO 
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
1 – Provocar:
Ocasionar; 
2 – Ação de Autoridade:
Policial, judiciária, MP, Administrativa; 
3 – Não Basta só o registro de Boletim de Ocorrência:
Tem que gerar sindicância; Inquérito Policial ...
4 – Não há pessoa certa
O fato é falso; 
Se ter pessoa certa, é Denunciação Caluniosa;
5 - “Trote” Ao 190?
Ainda não é crime;
Art 42 LCP ou 265 CP; 
	 Lei de Contravenções Penais = Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios:
I – com gritaria ou algazarra;
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública
 	Código Penal = Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de 1/3 (um terço) até a metade, se o dano ocorrer em virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos serviços.
6 – Se For Para Seguro –
Art. 171, §2º, V = Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro: 
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
É comunicação falsa, mas entra como estelionato;
ART. 341 – AUTO-ACUSAÇÃO FALSA 
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
1 – Acusar-se:
Imputar-se = assumir;
2 –Perante:
Frente a frente das autoridades assume um crime que não participou;
3 – Crime e não contravenção;
4 – Sujeito Ativo?
Crime Comum = menos o coautor ou partícipe do crime que se está assumindo;
Caso duas pessoas façam o crime, se só uma delas assume, não caracteriza o crime;
5 – Autoridade = 340 = Policial, Ministério Público, judiciário;
6 – Formal: 
Bastando assumir;
ART. 342 – FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1o As penas aumentam-sede um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
 1 – Sujeito Ativo?
Crime próprio e de mão-própria
Apenas a pessoa pode cometer o crime;
2 – Autor, Vítima, Advogado, ART. 206\207 CPP;
Não cometem o crime; 
	 	Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
 	Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
3 – Condutas:
Não é só falso testemunho;
É fazer afirmação falsa;
Negar - a pessoa dia que não estava
Calar a verdade - a pessoa deixa de falar alguma coisa;
4 – SE HOUVER VANTAGEM?
 Para quem recebe = § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
Art. 343 - para quem paga
	Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
5 – FORMAL;
6 – PRISÃO EM FLAGRANTE?
Pode ocorrer, contudo não é comum, pois pode haver retratação;
7 – Majorada: mediante suborno ou ...;
8 - §2º - Retratação:
Escusa absolutória;
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade;
ART. 343 – CORRUPÇÃO PROCESSUAL 
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
1 – Condutas?
Dar
Oferecer
Prometer
PARA QUE = 
Faça afirmação falsa
Negue 
Cale a verdade
 2 –Sujeito Ativo?
Testemunha
Perito
Contador
Tradutor
Intérprete
3 – PESSOAS SUBORNADAS: Rol taxativo – Perito Oficial: é 333 e 317;
	Corrupção ativa = Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
Corrupção passiva = Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
4 – EXECUÇÃO:
Escrito, gestos, verbalmente ...
5 – Formal;
6 – PAR. ÚNICO: MAJORADA.
ART. 344 – COAÇÃO NO CURSO DE PROCESSO
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
1 – Conduta
Usar violência ou 
Grave ameaça
Violência física;
2 – Sujeito Ativo
Qualquer pessoa;
Se for o réu, prisão preventiva (art. 311 a 314 CPP); 
3 – Pessoas Atingidas?
Autoridade = art. 340, CP 
Autor 
Réu
Qualquer outra pessoa chamada a intervir no processo;
4 – Natureza do Processo
Pode ser IP, APF, Processo Penal, Processo Civil;
5 – ESTE CRIME ABSORVE A AMEAÇA;
6 – DOLO ESPECÍFICO;
Interesse próprio ou alheio;
7 - CONCURSO MATERIAL COM A VIOLÊNCIA;
Dois crimes = duas penas; 
ART. 345 – EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
1 – CONDUTA
Fazer 
Próprias Mãos - justiça com as próprias mãos; EX: tua casa ta alugada e tu tira
Autotutela; não via judicial;
2 – Sujeito Ativo?;
3 – PRETENSÃO LEGÍTIMA OU ILEGÍTIMA
Mas que supõe ser legítima;
4 – LEI O PERMITE:
Esbulho possessório = art. 1.210 CC;
5 – DOLO ESPECÍFICO;
6 - Concurso Material COM A VIOLÊNCIA;
Além da pena, entra a pena por violência;
7 – Parágrafo. Único:
Ação Penal Privada = caso não tenha emprego de violência;
ART. 346 – OUTRAS ARBITRARIEDADES
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
 1 – Condutas?
Tirar
Suprimir
Destruir
Suprimir
EX: Cortar água, luz, e tal não entra;
2 – Sujeito Ativo?;
3 – Objeto Material?;
4 – ORDEM JUDICIAL OU CONVENÇÃO; 
ART. 347 – FRAUDE PROCESSUAL
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
1 – CONDUTA?
Modificar; alterar;
ARTIFICIOSAMENTE: Fraude material (usar algo material) que visa alterar estado do lugar, coisa ou pessoa;
2 – Na pendência de processo? Quais?
Processo Civil ou Administrativo - o processo já está instaurado;
3 – E o Penal?
Ainda que não iniciado o processo (Par. Único) - fase de IP, APF...
4 – Sujeito Ativo?
Qualquer pessoa;
Se perito é art. 342;
5 – Dolo Específico;
Fim de induzir a erro juiz ou perito;
6 – Crime de TRÂNSITO:
Art. 312 do CTB. = Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação,o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
ART. 348 – FAVORECIMENTO PESSOAL
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
E o advogado = se ele pegar o cara e tirar do local, configura o crime; Se apenas orientar, não considera; 
1 – Conduta:
Auxiliar (ajudar);
2 – Subtrair-se:
Escapar; ocultar;
3 – Sujeito Ativo?
Comum, menos: co-autor ou partícipe do crime anterior; Advogado que só orienta;
4 – Favorecido:
Autor de crime (reclusão caput; não reclusão §1º);
5 – Autoridade Pública:
 Judicial, Policial ou Administrativa;
6 – Sempre Ação;
Não é omissão = EX: o Policial perguntar se tu viu algo, e tu falar que não = não entra;
7 - §2º:
Escusa absolutória = excludente de punibilidade = para ascendente, descendente, cônjuge ou irmão = ficam isentos de pena; 
ART. 349 – FAVORECIMENTO REAL
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
1 – Conduta:
Prestar (conceder; dedicar);
2 – Auxílio:
Ajuda o criminoso a “escapar” da justiça
3 – Sujeito Ativo?
Comum, menos: co-autor ou partícipe do crime anterior;
4 – Favorecido:
Autor de crime anterior;
5 – Dolo Específico;
Tornar seguro o proveito do crime;
6 – Receptação e Favorecimento Real;
Ajuda a “esconder” o objeto do crime;
ART. 349 – “A” - ENTRADA DE APARELHO DE COMUNICAÇÃO EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
1 – Condutas?
Ingressar
Promover
Intermediar
Auxiliar
Facilitar
2 – Objeto Material?
3 – Sujeito Ativo?
Se é Func. Púb – 319 “A”;
Aqui é para a pessoa que tenta; 
4 – Elemento normativo?
Sem autorização legal.
ART. 350 - REVOGADO PELA LEI 4.898/65
 DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
ART. 351 – FUGA DE PESSOA PRESA
 Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança
 Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de reclusão, de dois a seis anos.
§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.
§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o preso ou o internado.
 § 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três meses a um ano, ou multa.
1 – PROMOVER: realizar; ou FACILITAR: Oferecer meios;
2 – S.A? Inclusive outro preso; 
3 –LEGALMENTE PRESA OU MEDIDA DE SEGURANÇA;
4 – LOCAL DA FUGA? Vtr? Delegacia? Posto saúde? Fórum?;
5 –§1º -QUALIFICADA;
6 - §2º - CONCURSO MATERIAL;
7-§3º- CRIME PRÓPRIO E DOLOSO;
8 -§4º- CRIME PRÓPRIO E CULPOSO. 
ART. 352 – EVASÃO MEDIANTE VIOLÊNCIA A PESSOA
Evasão mediante violência contra a pessoa
 Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência.
1 – S.A? Crime próprio;
2 – CRIME DE ATENTADO?;
3 – VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA;
4 – FUGA SEM VIOLÊNCIA COMO DIREITO DO PRESO OU FATO ATÍPICO?;
5 – FUGA SEM VIOLÊNCIA: Art. 50, II da LEP;
6 – FORMAL.
ART. 353 – ARREBATAMENTO DE PRESO
Arrebatamento de preso
 Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena correspondente à violência.
1 – ARREBATAR: Tirar com violência ou força, arrancar;
2 – SOMENTE PRESO;
3 – DOLO ESPECÍFICO;
4 – FORMAL;
5 – CONCURSO MATERIAL;
6 – SE FOR A VÍTIMA DO CRIME DURANTE ESTE? Responde por lesão corporal, tentativa homicídio etc; 
7 – LOCAL.
ART. 354 – MOTIM DE PRESOS
Motim de presos
 Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
1 – AMOTINAR-SE: rebelar-se, revoltar-se ou levantar-se;
2 –S.A?;
3 – PRÓPRIO E COLETIVO: Nº DE PESSOA? No mínimo três;
4 – ADMINISTRATIVO: Art 50, I, da LEP;
5 – CONSUMAÇÃO: Com quebra-quebra; violência à pessoa etc;
6 – CONCURSO MATERIAL.
ART. 355 – PATROCÍCIO INFIEL 
Patrocínio infiel
 Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
 Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
1 – S.A?; 
2 –TRAIR: Enganar; ser infiel; abandonar;
3 – PREJUÍZO MORAL OU MATERIAL 
PARÁGRAFO ÚNICO - PATROCÍNIO SIMULTÂNEO OU TERGIVERSAÇÃO
Patrocínio simultâneo ou tergiversação
 Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
1 – SIMULTÂNEO: Na mesma causa, ao mesmo tempo, partes contrárias.
2 –TERGIVERSAÇÃO (LATIM - VIRAR AS COSTAS): Na mesma causa, sucessivamente, partes contrárias
3 – SOCIEDADE DE ADVOGADOS: Não configura crime, mas punição pela OAB. 
ART. 356 – SONEGAÇÃO DE PAPEL
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
 Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
 1 – CONDUTAS?;
2 –S.A?;
3 – O.M?;
4 – QUALIDADE DE PROFISSIONAL;
5 – PODE SER: 305, 314 OU 337.
ART. 357 – EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO
Exploração de prestígio
 Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.
1 – (=) 332;
2 – É UMA FRAUDE;
3 – ESPECÍFICA PARA INFLUIR EM DECISÃO DE JUIZ, JURADO ETC;
4 – MAJORADA.
ART. 358 – VIOLÊNCIA OU FRAUDE EM ARREMATAÇÃO JUDICIAL
Violência ou fraude em arrematação judicial
 Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da pena correspondente à violência.
1 – CONDUTAS? Fraude: cheque sem fundo;
2 – S.A?;
3 – CRIME DE ATENTADO;
4 – CONCEITOS:
ARREMATAÇÃO JUDICIAL: é a venda judicial dos bens penhorados – Particular (se for público: art. 93 e 95 da 8.66/93);
CONCORRENTE: Aquele que participa de licitação na modalidade de concorrência;
LICITANTE: Aquele que participa de licitação.
ART. 359– DESOBEDIÊNCIA A DECISÃO JUDICIAL
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito
 Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
 1 –CONDUTA?;
2 – O.M? Múnus – tutela, curatela;
3 – S.A? Próprio de quem foi suspenso ou privado;
4 – DECISÃO JUDICIAL (ART. 92, I e II, CP). 
CONTRAVENÇÕES PENAIS
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL
CURSO DE DIREITO – CAMPUS TUBARÃO E IÇARA
 DISCIPLINA: DIREITO PENAL IV 
PROFESSOR: SILVIO ROBERTO LISBÔA
LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS (LCP) – Decreto Lei 3.688/41
CONTRAVENÇÕES PENAIS - CONCEITO: “Infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.” Art. 1° da Lei de Introdução ao Código Penal e à Lei das Contravenções Penais. São os chamados deliti nani (delitos anões).
DIVISÃO DA LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS 
Parte Geral – Arts. 1º A 17
Parte Especial – Arts. 18 a 70
Disposições Finais – Arts. 71 e 72
PARTE GERAL
Art. 1º Aplicação das regras do Código Penal (CP).
Ver art. 12, do Código Penal.
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. 
Ex: menoridade (art. 27 CP), 
Menores de dezoito anos
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
decadência (art. 103 CP), 
Decadência do direito de queixa ou de representação
 Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
concurso de pessoas (art. 29 CP), 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave
são aplicáveis à Lei de Contravenções Penais.
É possível que a Lei de Contravenções Penais determine de forma diversa, como no Art. 4º. Princípio da especialidade da lei.
Art. 2º Territorialidade
Ver art. 5º, do CP. 
Territorialidade
 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Não há extraterritorialidade (art. 7° CP). 
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Art. 3º Voluntariedade - dolo e culpa
Voluntariedade: este conceito está derrogado pela teoria finalista (dolo ou culpa).
A existência da modalidade culposa nas contravenções penais decorre da própria descrição legal do fato. Ex: não guardar com cautela animal (Art. 31, da LCP); art. 37, parágrafo único (LCP).
Art. 4º Tentativa – inadmissível – Pode ocorrer tentativa, porém não será punida. Ex: tentativa de vias de fato. = EXCLUSAO DE PUNIBILIDADE 
Art. 5º Penas
Prisão Simples - de no máximo 2 anos - (art. 59 e 68 CP) e multa (art. 49 e 60 CP). Incide a Lei 9.099/95. 
Art. 6º Prisão Simples. Regimes aplicáveis: semi-aberto e aberto.
Art. 7º Reincidência – Prazo: 5 anos da data do cumprimento ou extinção da pena (art. 64, I CP).
	OCORRE REINCIDÊNCIA
	NÃO OCORRE REINCIDÊNCIA
	Contravenção mais contravenção.
	Contravenção mais crime.
	Crime mais contravenção.
	Crimes militares próprios mais crimes. (art. 64, II, CP)
	
	Crimes políticos mais crimes. (art. 64, II, CP)
OBS sentença estrangeira - não precisa ser homologada pelo STJ para servir de pressuposto da reincidência. A homologação somente é necessária nos casos de reparação de dano, restituição e na sujeição de medida de segurança.
Art. 8º - Erro de Direito
É uma espécie de erro de proibição (ou um tipo de perdão judicial - Art. 120, do Código Penal)
Escusável ou invencível - qualquer homem comum nas mesmas circunstâncias cometeria.
Inescusável ou vencível - poderia ser evitado pela prudência de homem normal.
Art. 9º REVOGADO PELA LEI Nº 9.268/96.
Art. 10 - Limites das Penas - Não pode ser superior a 05 (cinco) anos, ainda que haja concurso de contravenções. Ver. art. 75, do CP. Multa - ver art. 49, do CP.
Art. 11 - SURSIS - Ver art. 77 a 82, do CP
Requisitos: 1º) prisão simples na sentença condenatória não superior a 02 anos;
2º) quando incabível substituição por restritiva de direito;
3º) não reincidente em crime doloso;
4º) circunstâncias pessoais favoráveis.ART. 12 REVOGADO PELA LEP.
Art. 13 Medida de Segurança: Arts. 96 a 99, do CP; Arts. 171 a 179, da LEP; e Exílio Local - extinto pela LEP.
Arts. 14, 15 e 16 - REVOGADOS PELA LEP.
Art. 17 - Ação Penal Pública Incondicionada (APPI): Todas as contravenções são de APPI e processadas nas Justiças Estaduais - Art. 109, IV, da CF/88. Súmula 38, do STJ.[1: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.]
PARTE ESPECIAL
CAPÍTULO I
REFERENTES À PESSOA
Art. 18 - Fabrico, comércio ou detenção de armas e munição: Derrogado pela Lei n. 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento).
Art. 19 - Porte de arma: Derrogado pelo art. 14 da Lei n. 10.826/03. Contudo, o porte de arma branca continua sendo contravenção deste artigo. NUCCI entende que não. = ARMA BRANCA
Art. 20 - Anúncio de Meio Abortivo: Anúncio de processo, substância ou objeto destinado a provocá-los. Notícia, revelar publicamente, imprensa escrita, falada, televisão, distribuição de cartazes, boletins, filmes, desenhos, etc. 
Art. 21 - Vias de Fato: SEM LESÃO CORPORAL
É a violência contra pessoa sem produção de lesões corporais. Ex: tapas no rosto, nas costas, socos, pontapés, empurrões, derrubar vítima no chão, lançar objetos contra a vítima, arremessar líquidos, agarrar vítima com violência pelo cabelo. Se houver lesão corporal, esta absorve as vias de fato.
O parágrafo único: Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos, conforme redação dada pelo Estatuto do Idoso – Lei 10741/03.[2: Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.]
Art.22 - Internação irregular em estabelecimento psiquiátrico: sem formalidades legais.
Art. 23 - Indevida custódia de Doente Mental: Pune-se o simples fato de receber e ter sob custódia doente metal, sem o consenso de quem de direito.
CAPÍTULO II
REFERENTES AO PATRIMÔNIO
Art. 24 - Instrumento de Emprego Usual na prática de Furto: Esta contravenção pune quem fabrica, cede ou vende gazua. A posse é no art. 25.
Gazua - instrumento apto a fazer funcionar fechadura, cadeado, etc. 
Outros instrumentos - alicates, pinças, serra, lima, pé-de-cabra, chave de fenda etc.
 
Art. 25 - Posse não Justificada de Instrumento de Emprego Usual na Prática de Furto: Só pode ser cometida por pessoa que já foi condenada irrecorrivelmente por furto ou roubo ou conhecida como indivíduo vadio. (mendigo não existe mais como contravenção). Não estendido a outros crimes como estelionato, receptação etc.
	Posse direta: ter no bolso, na mão etc; Posse indireta: escondida embaixo do tapete do carro, no tijolo do muro etc. 
Art. 26 - Violação de Lugar ou Objeto: Só pode ser cometido por profissional, como ferreiro, mecânico, serralheiro, armeiro, etc - serralheiro ou ofício análogo. A norma procura evitar que criminosos, na prática de crimes contra patrimônio sejam auxiliados por especialistas na abertura de fechaduras ou aparelhos destinados à proteção material.
Art. 27 - REVOGADO PELA LEI N. 9.521/97
CAPÍTULO III
REFERENTES À INCOLUMIDADE PÚBLICA
Art.28 - Disparar Arma de Fogo: Revogado pela Lei n. 10.826/03. 
Parágrafo único: A deflagração perigosa, queima de fogos de artifício e soltura de balão aceso continuam em vigor.
Art.29 - Desabamento de Construção: Se houver desabamento puro e simples, sem perigo concreto de dano é esta contravenção. Se houver desabamento com perigo concreto de dano pessoal ou patrimonial - Art. 256, do Código Penal.[3: Art. 256 - Causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único - Se o crime é culposo: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano.]
	Sujeito Ativo: É o próprio engenheiro ou técnico que projeta ou de quem executa.
Desabar: É ruir. Não precisa ser total, pode ser simples abalo na estrutura da construção.
Art. 30 - Perigo de Desabamento: É o comportamento negligente do responsável pela conservação da construção. O estado ruinoso da construção deve ser determinado de acordo com normas administrativas que disponham sobre segurança dos prédios, como código de obras.
Sujeito Ativo: É o proprietário da construção ou terceiro a quem é confiada a responsabilidade de sua conservação, administrador de condomínio, síndico, locatário.
Art. 31 - Omissão de Cautela na Guarda ou Condução de Animais: Contravenção culposa. Consiste em deixar animal em liberdade, abandonando-o, ou soltando-o sem a devida cautela permitindo a ocorrência de risco pessoal a terceiro. Não é necessário que o animal venha causar dano a terceiro. Em havendo lesão corporal culposa, há duas correntes:
1º) concurso formal entre crime de lesão e contravenção;
2º) lesão corporal absorve a contravenção.
OBS: Animal de tiro - carroça.
Art. 32 - Falta de habilitação para dirigir veículo: O artigo encontra-se derrogado no que diz respeito a trânsito em via pública, nos termos do art. 309 do CTB, permanecendo em vigor “dirigir embarcação em águas públicas sem habilitação legal.” Em águas particulares é atípico.[4: Art 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.]
Nesse sentido, a Súmula 720 do STF estabelece: “O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.”
Art. 33 - Direção não Licenciada de Aeronave: É conduzir avião, helicóptero, planador, balão, dirigível etc, sem estar devidamente licenciado. 
Art. 34 - Direção Perigosa de Veículo na Via Pública: Derrogado pelo CTB quanto às vias terrestres. Assim, o que se refere à condução de embarcações em águas públicas, permanece em vigor. O perigo é abstrato. Não importa se é ou não habilitado.
Art. 35 - Abuso de Prática de Aviação: “Fora da zona em que a lei o permite [...]” – é norma penal em branco.
Art. 36 - Sinais de Perigo: Deixar de colocar na via pública sinal ou obstáculo determinado em lei ou pela autoridade e destinado a impedir perigo a transeuntes.
Sujeito Ativo: somente pode ser autor a pessoa em situação de cumprimento de dever de colocar o sinal ou obstáculo. Sujeito Passivo: transeuntes, pedestres, motoristas.
Art. 37 - Arremesso ou Colocação Perigosa: Forma dolosa (no caput) e culposa (Parágrafo único). Não confundir com o art. 264, do CP.[5: Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, por água ou pelo ar: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses. Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos; se resulta morte, a pena é a do art. 121, § 3º, aumentada de um terço.]
Arremessar: Atirar, lançar, jogar; Derramar: Escorrer um líquido.
Art. 38 - Emissão de Fumaça, Vapor ou Gás.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. São responsáveis pelas indústrias que lançam cargas de fumaça, vapor e pó na atmosfera, prejudicando a coletividade.
CAPÍTULO IV
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA
Art. 39 - Associação Secreta: Consiste em participar de associação de mais de 05 pessoas, que se reúnam periodicamente sob o compromisso de ocultar à autoridade a sua existência, finalidade ou administração. Ver o art. 5º, incisos XVI, XVII, XVIII e XIX, da CF/88.
Art. 40 - Provocação de Tumulto. Conduta Inconveniente: Dar causa a agitação ou incitar a discórdia. Intervir acintosamente em solenidades, apartear oradores, vaiar, lançar objetos etc. Desde que não configure outro crime (injúria, difamação etc).
Art. 41 - Falso Alarma: Promover, dar aviso de algum perigo ou desastreinexistente. 
Art. 42 Perturbação do trabalho ou sossego alheio: Causar perturbação à tranquilidade das pessoas (número indeterminado), pois se for somente de uma pessoa é o art. 65 desta lei. 
Formas: Mediante gritaria ou algazarra, exercício de profissão ruinosa, abuso de instrumentos sonoros etc. Pode ser a qualquer hora do dia.
CAPÍTULO V
CONTRA A FÉ PÚBLICA
Art. 43 - Recusa de moeda de curso legal: Consiste na recusa em receber, pelo seu valor declarado, dinheiro de curso legal no país. Por exemplo, aceitação da moeda somente por valor inferior ao nele declarado. Cheque não é dinheiro para esta contravenção.
Art. 44 - Imitação de Moeda para Propaganda: Colocar em circulação impresso ou objeto que represente moeda.
Art. 45 - Simulação da Qualidade de Funcionário: Consiste em simular a qualidade de funcionário público. Ex: atribuição falsa da condição de Promotor de Justiça. Por palavras, gestos etc. Se praticar ato de ofício é art. 328 do CP. Há entendimento de que a simples afirmação de ser funcionário público não configura a contravenção.
Art. 46 - Uso Ilegítimo de Uniforme ou Distintivo: Usar em público, com abuso ou sem direito, uniforme distintivo ou denominação. Se for das Forças Armadas, constitui crime do art. 172 do Código Penal Militar.
Art. 47 - Exercício Ilegal de Profissão ou Atividade: Consiste em exercer, realizar, desempenhar ato próprio de profissão, ou atividade econômica ou anunciar, dar notícias, publicar, revelar tal mister.
	Sobre a necessidade da habitualidade, existem duas correntes: 1º não precisa de habitualidade; e a 2º precisa de habitualidade.
	O art. 282 do CP prevê o exercício ilegal da medicina, odontologia e fármaco.
Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica
 Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
 Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
OBS: alcança o profissional suspenso da OAB (RT 487:309) ou inscrição cancelada (RT 469:366); sujeito não inscrito na OAB que subscreve petição inicial. 
Art. 48 - Exercício Ilegal do Comércio de Coisas Antigas e Obras de Arte.
Deixar o comerciante de observar disposição legal referente a comércio de antiguidades, obras de arte, manuscritos, livros raros ou antidos. Dec. Lei 25/37, Lei 4.845/65, Lei 5.471/68, Decreto 65.347/69. Habitualidade é exigida para contravenção.
Art. 49 Matrícula ou Escrituração de Indústria e Profissão: Consiste infringir, violar, desrespeitar, transgredir, determinação legal à matrícula, ou escrituração de indústria, de comércio ou de outra atividade (membros das bolsas de valores, corretores de mercadorias, despachantes aduaneiros, leiloeiros).
CAPÍTULO VII
A POLÍCIA DE COSTUMES
Art. 50 Jogos de Azar
Ex: trinta e um, roleta, pôquer, pif-paf . Bingo é proibido pela Lei n. 9.981/00.
Art. 51 a 58 – revogados pela Dec. Lei 6.259/44.
	O jogo do bicho está previsto n. art. 58 do dec. Lei 6.259/44 e prevê uma pena de seis meses a ano de prisão simples, e multa.
Art. 59 Vadiagem: Vadio é o que não trabalha, o preguiçoso. É o apto para trabalhar e não trabalha. Consuma-se pela sua reiteração, estilo de vida, habitualidade, desde que não tenha renda que lhe assegure meios de subsistência. Logo, fico pode ser vadio!! 
Art. 60 – Mendicância: REVOGADO LEI 11.983/2009
Art. 61 - Importunação Ofensiva ao Pudor: Deve ocorrer em local público ou acessível ao público.
Sujeito Ativo: qualquer pessoa; Sujeito Passivo: qualquer pessoa
Ex: beijo na boca sem consenso da vítima; perseguição automobilística, atos palavras, gestos, encostar-se de forma lasciva, toques, beliscar nádegas, chamar a vítima de “biscatinha”, “gostosinha”, “franguinha” etc. 
 
Art. 62 - Embriaguez: Apresentar-se publicamente em estado de ebriez, causando escândalo ou expondo-se a si ou a outrem a perigo de dano.
Exigência de exame de dosagem alcoólica: 1ª corrente – sem laudo pericial pode configurar (art. 158 CPP); e a 2ª só com laudo pericial atestando a ebriez para configurar a contravenção.
Art. 63 - Bebidas Alcoólicas: Servir bebida alcoólica às pessoas indicadas na definição legal. Servir fornecer, entregar bebida.
Inciso I – menor de 18 anos: Ver Art. 243, do ECA.
 
Art. 64 - REVOGADO PELO ART. 32 DA LEI 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS).
Art. 65 - Perturbação da Tranquilidade: Consiste molestar o sujeito passivo ou lhe perturbar a tranquilidade por acinte (provocação premeditada, planejada etc) ou por motivo reprovável (sem justificativa). Ex: bilhetes com termos eróticos; fogos artifícios; arremesso contra a vítima; atirar pedras no telhado; explosão de bombas etc.
CAPÍTULO VIII
REFERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 66 - Omissão de Comunicação de Crime
Sujeito Ativo: funcionário público no exercício da função; ou, profissional no exercício da medicina.
 Sujeito Passivo: o Estado.
Obs: enquanto a Lei impõe a todo funcionário público o dever de comunicar a autoridade competente o crime de ação penal pública incondicionada que tomou conhecimento no exercício da função, ao particular cabe apenas a faculdade de efetivar tal comunicação (Art. 5º, § 3º, do CPP). Ver arts. 231 e 245 do ECA.
Art. 67 - Inumação ou Exumação de Cadáver: Consiste em inumar (enterrar) e exumar (desenterrar) cadáver (feto, esqueleto, múmias e crânios não configuram). Violação de sepultura (art. 210, CP); Destruição, Subtração Cadáver (art. 211, CP); Vilipêndio (art. 212, CP).
Art. - 68 Recusa de Dados sobre a Própria Identidade ou Qualificação: Consiste em recusar-se a fornecer à autoridade, quando regularmente solicitado ou exigidos. Própria identidade, estado, profissão etc. Não é o fato de não portar documento de identidade, mas sim o de não repassar dados sobre a sua identidade. 
Arts. 69 e 70 – REVOGADOS LEI N.6.815/80
Arts. 71 e 72 - DISPOSIÇÕES FINAIS

Outros materiais