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Contratos 1ª parte

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Ideia Geral do Código Civil
- 1.1. Constitucionalização do Direito Civil
- É a aplicação da CF no Direito Civil;
- Tendo 3 Princípios: Dignidade da pessoa humana (art. 5º, §1º, CF), Solidariedade e Igualdade;
- 1.2. Princípios Basilares do C.C.
- São princípios extraídos da C.F.:
Princípio da Solidariedade: art. 421, C.C. (altera-se “Liberdade de Contratar” por Liberdade Contratual) = Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Princípio da Eticidade: Ideia de ética; Boa fé objetiva; art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Princípio da Operabilidade: Cláusulas abertas\ Indeterminadas; art. 478, C.C. = Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
- Horizontalização dos Direitos e Garantias Fundamentais;
- “O contrato deve ser justo”;
- Dilemas:	-> Processo Rápido x Seguro\Justo\Devido Processo Legal
		-> Contrato: Justiça x Segurança Jurídica (Previsibilidade)
* art. 435, C.C. - Contratos atípicos \ Contratos justos = Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
- Equivalência Material = o contrato deve ser justo na distribuição de recursos;
Contrato Como um Negócio Jurídico
- O Contrato é uma subespécie de Negócio Jurídico;
- Contrato = Manifestação de vontade;
- art. 104, C.C. : requisitos aplicados para ser válido = Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
	Fato Jurídico
	{Ato Jurídico
	- { Ato Jurídico Stricto Sensu
	xxxxxxxxxxxxxxxxxx
	xxxxxxxxxxxxxxxxxx
	xxxxxxxxxxxxxxxxxx
	- { Negócio Jurídico
	{ - Contratos
CONCEITO: É um acordo de vontades com objetivo de criar, extinguir ou modificar obrigações;
- Criar: autoexplicativo;
- Extinguir: Distrato = fazer um contrato para desfazer um contrato; Também chamado de Resilição Bilateral; art. 472, C.C. = Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.
- Modificação: ADITIVO = adicionar\não fazer outro contrato, APENAS ADICIONA;
Crise dos Contratos
- O Contrato de Adesão seria a MORTE DOS CONTRATOS;
- EX: tu pega um contrato pronto já, tu não senta com a pessoa para “construir”o contrato; Uma parte estabelece e a outra aceita;
- Contrato Paritário = contrato onde as pessoas envolvidas sentam e vão montando-o;
- Contrato de Adesão = art. 423 e 424, C.C. = 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
- Ambos têm o mesmo peso, mas são interpretados de formas diferentes;
- Dirigismo Contratual = o Estado pode “alterar” as cláusulas do contrato;
Os Contratos nos Planos do Mundo Jurídico
- Para os Contratos serem válidos = Art. 166 e Art. 171 C.C. = Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Planos do Mundo Jurídico e os Contratos
Existência
- Para o contrato existir, deve ter o acordo de vontades.
Validade
- Para o contrato ser válido, deve cumprir requisitos dos art. 166 e 171 do C.C. = 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
- Subjetivos
- Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz; [ - Devendo ter um consentimento válido; E em caso de aptidão específica, onde além de ter um agente capaz e ter o consentimento válido, necessita do consentimento de outra pessoa fora da relação contratual, EX: art. 1.647, C.C. = Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; e III - prestar fiança ou aval; - sendo que é um ato anulável; EX: art. 496, C.C. = Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória. ]
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
- Objetivos
- Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
- Sendo por “determinado ou determinável” é o bem que é descrito ou o bem que vai existir (que tenha potencialidade de existir = EX: art.458 ao 461 do C.C. = Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.)
- Formais
- Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: III - forma prescrita ou não defesa em lei.
- Formalidade do contrato = há situações que são expressas que existe a necessidade da formalidade;
	1º averigua a existência do contrato, depois vê se há o preenchimento dos requisitos de validade e depois a eficácia.
Validade = “Antes de valer ou não valer, o contrato tem que existir;”Eficácia
- Seriam as consequências práticas do negócio;
- É o que resulta dos atos das partes;
- Efeitos produzidos pelos contratos;
- Art. 2.035 C.C. = Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
- É preciso existir o contrato 1º, e o mesmo ser válido, mas no momento, ser ineficaz;
- É preciso existir o contrato 1º, e pode ser eficaz, apesar de não ter validade;
- A validade é independente da eficácia e vice versa;
Princípios Contratuais
 
Autonomia Privada (ou da vontade)
Introdução
- É a liberdade que as partes têm para estipular as cláusulas contratuais, de acordo com sua livre conveniência, ficando obrigado ao cumprimento do que esta acordado;
- Liberdade (de fazer) e Responsabilidade (de cumprir);
Subprincípios
- Tu tem a liberdade de contratar, mas deve cumprir sua função social;
- Art. 421, C.C. = Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
- Liberdade Contratual
- Liberdade de Contratar ou não\de aceitar o controle ou não
1º - Contratar ou não
2º - Contratar com quem
3º - O que contratar
* Art. 84, C.D.C. = Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
* Art. 39, C.D.C. - venda casada = Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
- Obrigatoriedade Contratual
- Deriva da RESPONSABILIDADE;
- “Pacta Sunt Servanda” = os pactos\acordos devem ser conservados \ executados;
- Art. 51, C.D.C. = Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.
- Relatividade Contratual
- “Antes, as pessoas não se divorciavam”
- “Entre o forte e o fraco, a liberdade oprime e a lei liberta;” = forte e fraco = desigualdade;
- A relatividade contratual busca equiparar o “empregado do empregador”
- O contrato não atinge a 3º; Seus efeitos não passam a uma 3ª pessoa;
- “Res alios inter acta” = o contrato não atinge ninguém além dos contratantes;
- Via de regra, não atinge 3º, mas há situações que decorrem da lei; EX: o contratante morre e o contrato é “passado” a seus herdeiros = nos limites da herança deixada, não atinge o património que os herdeiros já tinham;
- EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO = Contratos personalíssimos; EX: tu contrata um advogado para cuidar de uma “causa” tua, dai ele morre;
	Credor
Locador
	----------------
----------------
	Devedor
Locatário
	‘-> Fiador = é parte do acordo; não é qualificado como 3º;
	
	
- Art. 436, C.C. = contrato em favor de 3º = Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
- Art. 467, C.C. = contrato com pessoa a declarar = Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Função Social do Contrato
Introdução
- Antes, existia apenas Função Social de propriedade; agora, temos Função Social Contratual;
- Art. 421, C.C = Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
- Art. 2.035, C.C. = Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
Funções
- CONCEITO = O contrato deve ser visto, não como mero meio de circulação de riquezas, mas também como instrumento de equidade e de desenvolvimento econômico da sociedade;
- Interna
- Entre as partes = Contratante X Contratado;
- Externa
- Entre as partes e a sociedade = Contrato X Sociedade;
Boa-fé Objetiva
- Art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
- Ausência de boa-fé não é sinônimo de má-fé;
Introdução
- CONCEITO = Com o dever de lealdade\probidade e honestidade entre as partescontratantes ou um verdadeiro dever de colaboração entre credor e devedor;
Funções
- Interpretativa
- É “olhar para trás” e ver o que foi de fato feito;
- EX: no contrato ta la que pode cobrar juros caso a pessoa pague atrasado, mas como tu sempre pagou atrasado e o contratante nunca cobre, torna-se suprimida a cláusula que dispõe sobre os juros caso, de uma hora para outra, o contratante queira passar a te cobrar os referidos juros;
- “Venire contra factum proprium” = proibição de se valer de sua própria torpeza\maldade;
- Art. 113, C.C. = Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
- Integrativa
- São os deveres anexos \ laterais \ invisíveis = Art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
- É que às vezes, mesmo que tenha-se previsto ou não, é subentendido; EX: tu faz um contrato para entregar um cavalo em Manaus para uma exposição, dai os entregadores tocam viagem direto (quase sem parar), e chegam mais cedo que o previsto; dai chegando lá, percebe-se que o cavalo perdeu peso e ficou “mal” por não ter sido cuidado durante o transporte \ viagem; PERGUNTA: o contrato foi cumprido? R: Por esse princípio, não; Pois estava subentendido que era necessário cuidados ao animal durante aviagem;
= Esse princípio vale antes, durante e depois do contrato; EX: uma empresa te dá acesso a documentos restritos e pede para analisar os mesmos, tu ainda não tem o contrato assinado quando pega os documentos, dai tu não aceita fazer um “negócio” com eles; Segundo esse princípio, tu deve (sendo que pode gerar uma indenização contra quem saia divulgando segredos) manter sigilo sobre o que viu; Devido a boa-fé objetiva, baseado no princípio integrativo;
- Controle
- Resilição = desistência;
- Função que busca evitar o abuso de uma das partes sobre a outra; 
- Art. 473, C.C. = Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.
- Art. 187, C.C = Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
- Art. 413, C.C = Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Supremacia da Ordem Pública
- Art. 190, C.P.C. = Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Introdução
- Dirigismo Contratual = É o Estado intervindo nas relações contratuais;
- É um “freio” na autonomia da vontade, onde o Estado direciona as coisas;
- Passou-se de Estado Liberal para Estado Intervencionista;
- EX: a legislação estabelece que o tempo mínimo para locação de imóvel de moradia urbana é 30 meses;
- Evolução da Sociedade com a Evolução do Estado Intervencionista;
Modos de Interpretação
- Normas Cogentes
- Normas que não podem ser afastadas;
- São regras obrigatórias;
- São normas impositivas;
- EX: 496 e 548, C.C. = Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
- EX: lei nº 8.245\91 art. 46 e 47, V = Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
§ 1º Findo o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato.
§ 2º Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupação.
Art. 47. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga - se automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel: V - se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos.
- Já Normas Dispositivas, são contrárias às cogentes = EX: art. 35, lei nº 8.245\91= Art. 35. Salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício do direito de retenção.
- Leis Especiais
- Ou micro sistemas legais;
- Leis que servem para aumentar o Dirigismo Contratual do Estado = EX: lei nº 8.245\91 (lei de locações) e lei nº 8.078\90 (código de defesa do consumidor)
- EX: Garantia contratual (pode ser retirada) X Garantia legal (não pode ser afastada)
- Publicização dos Institutos
- O que antes era privado, é tornado público;
- Constitucionalização do Direito Privado
- EX: questões do C.C. “jogadas” dentro da C.F.
- EX: usucapião (previsto no C.C. e na C.F.)
- As questões podem ser levadas ao STJ;
Formação dos Contratos
- Art. 427, C.C. = Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Introdução
- Como nasce um contrato;
- Processo de nascimento;
Tentativas \ Negociações Preliminares } 
- Não tem contrato jurídico;
- As partes estão se conhecendo;
- Aqui não há regra \ obrigação entre as partes;
- Existem exceções para isso;
- Caso tu cria expectativa na outra parte, de efetuar o negócio, e a outra parte tenha gastos, gera responsabilidade;
- São os contatos iniciais, mantidos entre as partes, a fim de se conhecerem melhor, bem como o objeto de uma possível negociação;
- Via de regra, não gera nenhum tipo de responsabilidade civil;
- Exceção = quando é ferido o princípio da boa-fé objetiva; Gerando responsabilidade contratual (AQUILIANA) - Art. 186 e 972 C.C. [= Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. E Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.] Gerando perdas e danos [ art. 402, C.C. = Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.] e danos emergentes e lucros cessantes;
- Art. 422, C.C. = Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
- Art. 427, C.C. = Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, danatureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
- Art. 986, C.C. = Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
- Art. 402, C.C. = Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Proposta \ Oferta \ Policitação [ art. 427, C.C.]
- Vontade unilateral;
- Características da Propostas = 
- Vinculatividade 
- Irrevogabilidade
- Exceto Art. 428, C.C (coisas que afastam isso) = Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
É uma manifestação unilateral de vontade, séria e receptícia (é feita para alguém; art. 439, C.C. = Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. = oferta a público indeterminado);
- Sendo uma manifestação unilateral de vontade feita pelo POLICITANTE \ PROPONENTE \ OFERTANTE = É a pessoa que fez a oferta primeiro;
- Sendo uma manifestação unilateral de vontade feita para o OBLATO \ POLICITADO;
* Só que, caso tenha alguma alteração na proposta, feita pela pessoa do oblato, isso é chamado de contra proposta e dai o oblato vira o policitante e a pessoa que era o policitante originalmente, se torna o oblato dessa nova relação contratual; Sendo que, caso novamente se tenha alteração da proposta, o oblato dessa relação vira policitante e o policitante vira oblato… E assim por diante, a cada alteração da proposta (loop infinito até que fechem o contrato)
Aceitação
- Bilateralização das vontades;
- Fase de conclusão do negócio;
- Características
- Informalidade
- Via de regra, é uma aceitação informal;
- Podendo ser de qualquer forma (até aquele joinha vale)
- Tempestividade
- Não pode ser fora do prazo;
- Entre presentes = art. 428, I, C.C. = de imediato; no mesmo momento, Caso seja aceito no dia seguinte ou uma hora depois, equivale a uma contraproposta (dai o policitante vira oblato e o oblato vira policitante, e assim por diante a cada alteração da proposta) = Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
- Art. 431, C.C. = Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
- Adesão Integral
- É tu aceitar ou não;
- Caso tu faça qualquer alteração, vira uma contraproposta;
C.C. = Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
- Contrato entre ausentes
- EX: VENDEDOR envia a carta no dia 28\08, COMPRADOR recebe a referida carta no dia 06\09, e no dia 10\09 o COMPRADOR expede a resposta, e no dia 18\09 o VENDEDOR recebe a resposta.
- Caso o POLICITANTE queira, pode impor prazo\ período para iniciar o contrato;
2 TEORIAS = 
EXPEDIÇÃO = Caput (é a regra)
RECEPÇÃO = Incisos (exceção)
Art. 434, C.C. = Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Caso não seja previsto prazo, o contrato nasce da expedição da resposta;
Caso seja previsto, o contrato nasce na recepção da resposta;
Atr. 435, C.C. - o foro competente é no logar que foi feita a proposta= Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
EX: a pessoa que propõe mora em Tubarão, e o outro mora em Florianópolis, o foro é Tubarão;
Classificação Contratual
Introdução
Quanto a Tipificação
- Ou, quanto a regulamentação legal;
- Típicos \ Nominados:
- É aquele nominado na lei;
- É aquele que tem previsão legal;
- Atípicos \ Inominados:
- Não são previstos no C.C.;
- Art. 425, C.C. - decorrentes da autonomia das vontades = Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código
- Dai tu vai atrás do tipo de contrato que é mais semelhante ao teu, e usa as previsões legais que são adequadas;
- Mistos:
- Mais de um tipo de contrato;
- Mais de um tipo de contrato típico;
Quanto ao Momento da Perfectibilização
- Consensuais:
- Diz que, para existir juridicamente, basta ter o acordo de vontades;
- Reais:
- Aqueles que, para existir juridicamente, deve ter o acordo de vontades MAIS a tradição (no sentido de entrega); EX: EMPRÉSTIMO:
- EX: tu faz um Comodato = art. 579, C.C. - bem infungível é o bem que tu empresta, mas vai ser devolvido = Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
- EX: tu faz um Mútuo = art. 586, C.C. - podendo ser gratuito (empréstimo entre familiar, sem juros; OU oneroso, sendo um empréstimo com juros) ; Sendo que aqui, tu não vai receber o mesmo bem, e sim algo que corresponda ao valor dele, geralmente; = Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
Quanto a Forma
- Informal \ Não Solene:
- Não exige documentação;
- Pode ser oral; 
- Podendo ser tácito;
- Formal \ Solene:
- Exige alguma documentação; 
EX: Fiança, Doação, Seguro, art. 108, C.C. - escritura pública = Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Quanto aos Efeitos
- Unilaterais:
- São contratos que estipulam apenas deveres á uma parte, e apenas direitos a outra;
EX: Doação Simples = Doador (deveres) => Donatário (direitos)
- Bilaterais:
- São contratos onde ambas as partes têm direitos e deveres;
- Sinalagmáticos = acordo que faz lei entre as partes;
- Exceptio Non Adimpleti Contractus = possibilidade de o devedor escusar-se da prestação da obrigação contratual, por não ter o outro contratante cumprido com aquilo que lhe competia;
- Art. 476, C.C. = Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Quanto às Vantagens
- Onerosos:
- Onde o vendedor recebe algo ($) e perde seu bem, e o comprador perde algo ($) e aumenta seu patrimônio;
EX: Compra e venda = vantagens e desvantagens para ambas as partes; 
- Gratuitos \ Benéficos:
- Onde o doador perde seu bem, e o donatário ganha algum patrimônio;
EX: Doação = vantagem para um, e desvantagem para outra pessoa;
	18\02\2017 - Início do contrato de locação;
18\09\2017 - Final do contrato de locação;
Dai em diante, é considerado prazo indeterminado;
Locação = ONEROSO
Fiança = GRATUITO
Contratos gratuitos \ benéficos, onde a fiança é um acessório do contrato de locação, os acessórios seguem o principal; Dai caso o contrato de locação se estenda, o cara continua sendo o fiador; 
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Quanto a Formação
- Adesão:
- Quando uma das partes pré elabora, e a outra apenas aceitao contrato;
- Pré disponente = quem dá a proposta já pronta - geralmente é o fornecedor (= art. 2º e 3º C.D.C. = Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
* FORNECEDOR É QUEM FAZ O “NEGÓCIO” COM HABITUALIDADE;
 Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.) 
- Aderente = quem vai aderir a proposta pronta - geralmente é o consumidor;
- AQUI NÃO HÁ CONTRAPROPOSTA;
- NÃO TEM FASE DE TRATATIVAS - geralmente, na maioria das vezes, é uma relação de consumo, MAS a outra parte nem sempre é um FORNECEDOR;
- Art. 54 C.D.C. = Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
§ 5° (Vetado)
= PARA DESCARACTERIZAR A ADESÃO, DEVE SER UMA MUDANÇA SIGNIFICATIVA;
- Paritários:
- Aqui, tem discussão das cláusulas do contrato;
- As partes constroem juntas o documento;
- Pacta Sunt Servanda = o acordo deve ser cumprido\mantido; 
- Tem maior obrigatoriedade em razão de as próprias partes “montarem” o contrato;
- Art. 47 C.D.C. = Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
- Art. 423 e 424 C.C. = Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
	EX 1:
Mutuante => Banco => direito
Mutuário => Consumidor => dever
Oneroso
Unilateral
Contrato Real = onde o contrato se realiza quando o $ está na mão do consumidor (assim, quando o banco dá o $ para a pessoa, o contrato ainda não era considerado “existênte”) e então o consumidor tem o dever de restituir $ e o banco tem o direito de receber; 
EX 2: 
Comodante => direito de receber o bem
Comodatário = > direito de entregar o bem
Gratuito
Unilateral
Contrato Real (mesma coisa ali de cima)
Quanto a Dependência
- Principais:
- É aquela que não depende de outra para existir;
- Que não necessita de outro negócio para existir;
- Acessórios:
- É aquele que precisa de outro para existir;
EX: fiança;
* O acessório segue o principal;
Quanto ao Tempo de Execução
- Trato Sucessivo \ Continuados:
- Contratos que se prolongam no tempo, renovando-se a cada mês;
EX: locação; prestação de serviços;
- Diferidos:
- Contratos que se prolongam no tempo, MAS apenas 1 das obrigações fica para ser cumprida ao final; 
EX: tu vai na concessionária e compra um carro, dai tu paga ele, SÓ QUE o carro só chega de fato na tua mão, no mês que vem;
	Art. 478, C.C. = Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
= Prescrição = 5 anos!!
Trato Sucessivo = A prescrição se dá de prestação em prestação = se dá a partir da parcela que não foi paga;
Diferida = mesmo prazo prescricional, mas desde a data do contrato; EX: prestação vencida em 04\09\2017 pode ser cobrada até 04\09\2022
- Imediatos:
- Nasce e se extingue em um único ato;
- Art. 478, C.D.C = 
Quanto a Equivalência entre as Prestações
- Comulativos:
- Contratos que se exige uma equivalência entre as prestações, ainda que subjetiva;
- Aleatórios:
- Contratos em que existe “Alea Jacta Esta” = a sorte está lançada =, onde tem incerteza de que uma das prestações vá acontecer;
EX: seguro de carro; “fezinha” em apostas da mega sena e tal;
Contrato acidental = art. 458, CC. = Assume o risco de pagar e nada receber; “Emptio Spei” = venda de esperança; Risco quanto a coisa; = Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Contrato natural = art. 459, C.C. =Recebe algo de toda forma, ou o que era para receber, ou recebe uma indenização; “Emptio Rei Speratae” = venda de coisa esperada; Risco quanto a quantidade da coisa; = Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
- Art. 458 a 461, C.C. = Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
Vícios Redibitórios no Código Civil
Introdução
- É o defeito que existe na coisa que tu comprou;
- É a garantia legal da boa funcionalidade dos itens comprados de outra pessoa;
- Princípio da garantia;
- Garantia de funcionamento contra vícios;
- O vício, ou torna menor o valor da coisa, ou torna inutilizável;
- Art. 441 C.C. = conceito = Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitadapor vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.		Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
- Contratos Comulativos
	Consumidor ---------------------------- Concessionária ---------------------------------- Fábrica
Entre Consumidor e Concessionária = a relação é de consumo - compra para uso - C.D.C. - prática de venda habitual pelo fornecedor;
Entre Concessionária e Fábrica = a delação é de direito comum - C.C. ;
Requisitos (art. 441, 	C.C.)
- Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
- Vício Oculto = 
- Oculto = de difícil percepção; que necessita de certa condição de uso para aparentar o vício; 
- Homem médio - pessoa sem conhecimento especial;
* Vício aparente = também pode ser acobertado\protegido;
- Contrato Comutativo \ Oneroso = 
- Comutativo = o preço vale a “coisa”; é equiparado; EX: compra e venda;
- Contratos aleatórios\gratuitos não são protegidos; - Art. 552, C.C. = Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário.
- Vício anterior a tradição = 
- O vício deve ser anterior a entrega do bem;
- Observa-se se o vício já existia ou se passou a existir depois da venda;
- Vício Grave = 
- Princípio da Conservação dos Contratos;
Efeitos e Ações (art. 442, 443, C.C.)
Efeitos = Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
- Redibindo = 	Rescisão (extinção, desfaz o contrato)
- Abatimento do preço;
- No C.C. não há previsão de substituir o bem;
* Perdas e danos = art. 402, C.C. e art. 443, C.C. = Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.; Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
- Deve provar a má-fé para ter perdas e danos;
- Requisitos para perdas e danos = má-fé e prova do prejuízo;
Ações = Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
- Ação Redibitória;
- Ação de rescisão = devolução da coisa;
- Pedido de Rescisão;
- Ação Estimatória (Quanti Minoris)
↗↘- Ação de abatimento;
- Pedido de abatimento;
Prazos (art. 445, C.C.)
- Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.
- Adquirente = não só em relação de compra e venda; 
- Prazo decadencial = perda de direito material;
	
	Art. 455, caput
	Art. 455, §1º
	-> Móvel
Coisa ↗
Coisa ↘
Imóvel
	= 30 dias;
= 1 ano;
	= 180 dias;
= 1 ano;
	Dies a Quo = quando começa a correr o prazo
	= Tradição;
	= Ciência do vício;
	Natureza Jurídica
	= Decadencial
	= Decadencial
= 1ª Teoria = Análise da Interpretação Literal:
Caput = em situações normais;
§1º = precisa de uma situação especial;
= 2ª Teoria = Análise da Interpretação Complementar:
Por essa teoria, o §1º deve ser lido necessariamente, em conjunto com o caput; Dai que a partir da tradição, iniciam-se os prazos do §1º, para o surgimento do vício, ou seja, 180 dias para as coisas móveis e ano para coisas imóveis; A partir desse surgimento, aplicam-se os prazos do caput, isto é, 30 dias se coisas móveis e 1 ano para coisas imóveis para a propositura da ação;
= 3ª Teoria = Análise do Vício Aparente:
O caput se aplica aos vícios aparentes, e o §1º, aos vícios ocultos;
É a mesmos utilizada;
	EX: art. 455, final = “se já está na posse….”
Tu é locatário do apto pelo período de 1 ano, dai decide comprar, dai abre o prazo de 6 meses para propor ação, sendo que, se der problema no apartamento no período de 8 meses após a compra, o prazo já “caducou”
Garantia Contratual (art. 446, C.C.)
- Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
	EX: 
Tu compra um carro, com Garantia Contratual e Garantia Legal, dai com 60 dias de uso, ele dá defeito, e tens 30 dias para propor a ação, sendo que depois desse prazo, “caduca”; Só que teria acabado a garantia contratual, e ainda teria a garantia legal de mais 30 dias; ou seja, tens até 120 dias para propor a ação;
Tradição = 60 dias dá defeito => 90 dias “caduca” => 120 dias
Outras Questões
- Prazo para propor Perdas e Danos = 
- Não é o mesmo prazo para rescisão e abatimento;
- É o prazo prescricional, art. 206, §3º, V = Prazo de 3 anos;
- Renúncia a garantias e Vícios Redibitórios = 
- Art. 448, C.C. = Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção (perda da posse do bem via determinação judicial).
- Dai, em virtude da autonomia da vontade, pode renunciar;
- Relacionado a Itens comprados em Leilão = 
- Tem garantia contra vícios;
- Diferenças =
- Vício ≠ Erro ≠ Dolo ≠ Inadimplemento;
Erro = Possibilidade de anular o negócio = equiparado ao pedido de rescisão;
Pedidos diferentes;
Possibilidade de 4 anos para anular = art. 178, C.C. = Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Inadimplemento = é o não cumprimento dos contratos= via de regra, tem prazo de 5 anos (art. 206, C.C.) = Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Dai tem a resolução (efeito) = gerando perdas e danos;

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