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XII Prêmio Denatran de Educação no Trânsito Categoria educador(a) Projeto pedagógico - Educação no Trânsito N. identificador: 201209003161 Objetivos 1- Compreender o trânsito como um espaço de convivência diária, onde todos têm direitos e deveres, favorecendo o desenvolvimento dos princípios da cidadania e da ética, ao entender que os conflitos no trânsito e nos diferentes espaços só podem ser minimizados quando valores, posturas e atitudes estiverem voltados ao bem comum; 2- Desenvolver a Linguagem Oral e Escrita através da leitura, produção escrita e pesquisa em livros, folhetos, poemas, jornais, músicas, revista em quadrinhos, gráficos, leitura de fotos que abordem situações relacionadas ao trânsito e suas implicações sobre os diversos aspectos da vida, da sociedade, do meio ambiente, da preservação da saúde, das condições das ruas, dos acidentes; 3- Estimular a participação ativa dos educandos no processo ensino/aprendizagem através da participação em grupos de socialização de conhecimentos relacionados ao Trânsito, onde as crianças tenham oportunidade de conviver, pensar, respeitar, trocar ideias e experiências, discutir e utilizar o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões; 4- Promover pesquisas de campo, dinâmicas e situações que favoreçam a exploração do local onde moram e a observação da atitude das pessoas no trânsito, a compreensão e a análise crítica de situações do seu dia-a-dia, percebendo seu cotidiano mais vivamente e desenvolvendo capacidades que estimulem no aluno o desenvolvimento de comportamentos seguros no trânsito para que saiba intervir positivamente em sua realidade para transformá-la; 5- Sensibilizar os alunos e a comunidade para a adoção de posturas, valores e atitudes responsáveis no trânsito através da elaboração/exposição de painéis temáticos que abordem a necessidade e o direito que todas as pessoas têm de locomover-se com segurança no espaço público, promovendo o respeito à dignidade humana, o respeito ao outro e priorizando a educação para a paz e a valorização da vida; 6- Suscitar análises, reflexões e debates sobre a importância de seguir as regras e as normas sociais e legais que disciplinam as relações entre as pessoas, para uma convivência harmoniosa tanto na escola, como em casa ou nas vias públicas, amenizando as dificuldades de relacionamento entre os educandos e evitando que acidentes ocorram e/ou que se machuquem no transitar pelos diferentes espaços. Justificativa: No trânsito, assim como em outros diferentes espaços, percebemos a urgência e a necessidade de buscar educar para a valorização da vida, para o respeito ao outro, para uma convivência pacífica, resgatando os valores humanos. E conforme Libâneo (2001, p. 111) “O encargo das escolas, hoje é assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, sociais e morais(...) no desenvolvimento dos processos de pensar, na formação da cidadania e na formação ética”. Na sociedade atual este é um aprendizado muito importante e deve ser valorizado principalmente nas escolas, pois conviver é uma necessidade e saber conviver é fundamental. Este exercício de aprender a viver com os outros, compreendê-los, desenvolver a percepção de interdependência, administrar conflitos, participar de forma colaborativa, se esforçar pelo bem comum e saber conviver pacificamente, requer que valores, atitudes e normas sejam postos em prática. Assim, conscientes do papel social da escola e levando em consideração a importância do “aprender a conviver” é que buscamos realizar em nossa escola o projeto “Educação para o trânsito: vivenciando valores x aprendendo a conviver”. Além disso, segundo o Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 74 “A educação para o Trânsito é dever de todos”... E visto que a escola é um lugar privilegiado de socialização e de transformação social, é dever da mesma propiciar uma educação voltada para a formação integral do educando, estimulando a formação de cidadãos conscientes e críticos capazes de participar e interagir de forma pacífica com seus pares, buscando sempre o bem comum. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro “O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos...” (CTB, art. 1° § 2). Poré m, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), 1 milhão de crianças entre 0 e 14 anos morrem em decorrência de acidentes todos os anos ao redor do mundo. No Brasil, os acidentes representam a principal causa de morte de crianças entre 0 e 14 anos. Diante disso, torna-se importante a inclusão da temática trânsito nas escolas, pois o trânsito faz parte de vida cotidiana de todas as pessoas, da sua necessidade de locomoção, de interação social, de comunicação e de segurança nas vias públicas. É importante educar nossas crianças deste cedo pois são elas as maiores vítimas neste meio, trabalhando os valores que são de fundamental importância para a harmonia nas relações humanas, como o respeito ao próximo, a obediência, a solidariedade, a prudência, o equilíbrio, a compreensão e a responsabilidade. Este estudo desde cedo pode colaborar para que os educandos desenvolvam uma compreensão da própria realidade, gerando uma mudança de comportamento prevenindo que acidentes e outros problemas aconteçam. Em nossa escola temos 328 alunos distribuídos em dois turnos. Segundo conversas com as crianças e seus responsáveis, verificamos que 60% dos alunos se deslocam de casa para a escola sozinhos, 10% vem de coletivo, 5% vem de condução própria, onde alguns pais são taxistas e 20% vem acompanhados dos responsáveis e 5% vem de bicicleta, o que tem apresentado maior número de acidentes com eles. Todos os dias estas crianças necessitam se deslocar de casa para a escola, e vice-versa, além de outras rotinas de ida e volta utilizando o espaço público. Assim, torna-se importante conscientizar essas crianças para uma postura correta neste ambiente, trabalhando valores referentes às relações humanas e para aprender a lidar com os conflitos que envolvem essas relações. A escola onde está sendo realizada esta experiência fica localizada em frente a uma avenida onde as crianças têm que atravessar várias ruas em frente à escola para poder chegar à mesma. São ruas onde o trânsito é intenso e não há guarda de trânsito. Percebemos(ao observá-las neste percurso) como as crianças tinham uma idéia equivocada do trânsito. Nas conversas com os alunos verificamos que eles não se viam como parte integrante deste meio, nem compreendiam sua participação nesta dinâmica. Não tinham uma visão crítica da realidade, da existência de motoristas alcoolizados, que não tem consciência, achavam que os carros podiam parar automaticamente. Eram agitados, impacientes, não refletiam sobre suas atitudes, nem compreendiam o trânsito como um espaço de convivência onde cada um deve fazer sua parte para a valorização da vida. Observando também o comportamento das crianças na escola verificamos que muitas das atitudes que os educandos apresentavam nas ruas eram repetidas também nas suas relações dentro da escola: gestos de impaciência, desatenção, falta de respeito e solidariedade, desrespeito às regras da escola e ao espaço do outro, o individualismo e dificuldades de socialização. Não sabiam escutar e esperar a vez na fila, bem como a forma de transitar na escola, se esbarrando e machucando o colega, correndo, querendo sempre chegar primeiro e se dar bem sem se importar em derrubar os outros, era preocupante. Tudo isso evidenciava a necessidade de trabalhar a afetividade, o resgate de valores referentes às relações humanas e ao bom convívio entre todos, promovendo uma reeducação de nossos alunos para conviver bem consigo mesmo e com os outros, de forma envolvente e significativapara todos. De acordo com Libâneo (2001, p.113) “a escola é lugar de aprender conhecimentos, desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, éticas, e também é lugar de formação de competências para a participação na vida social, econômica e cultural”. Com o crescimento de nosso bairro e de nossa cidade, e consequentemente do número de veículos e pedestres transitando nas ruas, a situação caótica do trânsito e do individualismo que domina as pessoas, a falta de respeito à vida, a violência e inquietação que domina hoje a sociedade, a educação para o trânsito torna-se uma necessidade devido a importância de se estimular “o bom relacionamento de todos os cidadãos que fazem parte do trânsito, bem como a devida e indispensável atenção e respeito, para que haja a harmonia tão almejada, os bons hábitos e as atitudes adequadas” (Bogue ET AL., 2008) A escola se tornaria ineficiente se se omitisse a trabalhar esta temática buscando propiciar a vivência e o desenvolvimento de valores e virtudes indispensáveis à formação humana e as boas relações entre as pessoas nos diferentes espaços e através das diversas áreas do conhecimento, possibilitando uma conscientização do seu agir nas diferentes situações vividas nos espaços públicos. Daí a importância e a relevância deste projeto pedagógico para nossos educandos e para a comunidade. Metodologia: A temática Educação para o Trânsito foi trabalhada neste projeto de forma interdisciplinar, perpassando as diversas disciplinas e buscando considerar as experiências dos alunos como ponto de partida para o direcionamento do trabalho e para propiciar novas aprendizagens. É sabido que a prática educativa precisa “obter uma integração de campos de conhecimento e experiência que facilitem uma compreensão mais reflexiva e crítica da realidade” (Santomé, 1998,p. 27). Isto é importante pois possibilita o trabalho com os conteúdos atitudinais, potencializando valores, estimulando comportamentos e desenvolvendo posturas e atitudes positivas frente a realidade social (conforme portaria nº 147/09 anexo II). Assim, foi possível trabalhar também os temas transversais Ética (respeito mútuo, justiça, diálogo, solidariedade); Saúde (autocuidado, vida coletiva); Pluralidade Cultural (o ser Humano como agente social e produtor de cultura, Pluralidade Cultural e Cidadania). Acreditamos que a aprendizagem se realiza na interação com o outro, por isso buscamos utilizar uma metodologia ativa, reflexiva e vivencial. Segundo Vygotsky, “é por meio do convívio com o outro que o homem se constitui”. É vivenciando que se aprende, assim, com este projeto “Educação para o trânsito: vivenciando valores x aprendendo a conviver” estamos propiciando, na escola, situações de aprendizagem por meio da experiência e vivência de valores e conceitos associados ao trânsito e ao exercício da cidadania. BECKER (1983, p. 4) afirma “O homem só compreende bem aquilo que faz e só faz bem o que compreende”. Neste sentido, levamos os educandos a repensar e reformular suas atitudes no trânsito, estimulando-os para a mudança e/ou construção de hábitos culturais positivos, como o respeito e a solidariedade, e as atitudes e posturas adequadas em relação à questão da segurança no trânsito e do respeito e valorização da vida. "Numa educação ética, é preciso resgatar e incorporar os valores solidariedade, de fraternidade, de respeito às diferenças de crenças, culturas e conhecimentos, de respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos." (Siegel. 2005.p 41). Procuramos realizar este trabalho reconhecendo a todos, igualmente, capazes de colaboração e participação, percebendo a criança como um ser responsável e capaz de participar e contribuir com o grupo do qual faz parte, elevando sua auto estima e a confiança no seu potencial. Freire afirma que (1979, p. 14) “o homem deve ser sujeito de sua própria educação”. Para isso buscamos envolver os alunos em atividades práticas e significativas levando-os a se sentirem responsáveis e agentes ativos neste processo, através da formação de grupos de socialização de conhecimentos e estudos realizados durante a execução do projeto. Estes grupos são responsáveis por repassar o que estão vivenciando e aprendendo para os outros colegas de outras turmas da escola e para a comunidade através da idéia do “Passe adiante”. Para Martins (2004, p.33), "a educação se processa por meio de razões e motivos. Um motivo é o efeito da descoberta de um valor”. Com isso eles se envolveram plenamente. "A educação para a cidadania constitui um conjunto complexo que abraça, ao mesmo tempo, a adesão a valores, a aquisição de conhecimentos e a aprendizagem de práticas na vida pública." Delors A ação educativa foi conduzida sempre para uma análise reflexiva, participativa e permanente (decorrer do ano) das diversas situações que envolvem o trânsito, o transitar pela escola e as relações que se estabelecem nessas interações, leituras e pesquisas, exposição de idéias, diálogos, cooperação e entrosamento com alunos de outras turmas. E as conclusões disso tudo era exposto através de painéis temáticos afixados pela escola. para a sensibilização e maior conscientização de todos para os assuntos abordados. Para PIOVESAN (2001, P. 12) “A cidadania não é dada, é construída, é uma invenção humana em constante dinâmica de construção e reconstrução”. Visto que educar para o trânsito é educar para a vida, para uma melhor qualidade de vida, essa forma de trabalhar o tema trânsito está propiciando uma formação integral do educando, estimulando o desenvolvimento de atitudes, valores e competências necessárias para sua participação social, além de envolver a comunidade de forma proveitosa. É preciso que além de conscientes sejam pessoas críticas e que atuem na sociedade como cidadãos que tenham clareza de seus direitos, como também, de seus deveres. Público alvo: Este projeto de Educação para o Trânsito esta sendo realizado em uma escola pública estadual de Ensino Fundamental, pela professora do 2° e 3° ano, e está direcionado a: Alunos Professores e outros funcionários da escola Pais Comunidade Proposta: I – Reunião com pais e alunos - conscientização sobre a importância do projeto sobre trânsito e convivência – filme: A corrente do bem O primeiro passo, depois de observar atentamente os alunos, foi reunir com os pais e propor para eles trabalhar as dificuldades apresentadas pelos alunos na escola, juntamente com a questão da problemática do trânsito no bairro e na cidade, através de um projeto. Os pais entenderam a proposta, acharam este trabalho bastante oportuno e se propuseram a ajudar. O passo seguinte foi levar os educandos a assistir alguns trechos do filme “ A corrente do bem”, dirigido por Mimi Leder, de acordo com a série (nível) de cada turma. O filme aborda a história de um professor que pede a seus alunos que pensem numa idéia para mudar o mundo. Um dos alunos inventa um projeto em que uma pessoa deve fazer três coisas difíceis (boas) para três pessoas e essas pessoas devem passar isso adiante, se ajudando mutuamente. Sua idéia foi fluindo para outras pessoas que passaram adiante os favores, até que um repórter beneficiado com “A corrente do bem” busca saber onde tudo começou. O menino deu entrevista e se tornou famoso provando que é possível vivenciar atitudes positivas em prol do bem comum assim tornar as pessoas mais felizes e o mundo muito melhor para se viver. Deste filme surgiu a idéia, entre os alunos, de formar grupos para socialização dos estudos realizados/vivenciados na realização do projeto e para troca de idéias e sugestões. As crianças escolheram nomes para os grupos: “Corrente pela vida”, “a corrente pelapaz”, “Passe adiante” etc... Segundo FREIRE (1987), "ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo". E para caracterizar os grupos as crianças buscavam imprimir, em camisetas brancas, mensagens e figuras envolvendo a temática trânsito. Através de pesquisas na internet, desenhos, pintura, recorte e colagem foram elaborando mensagens para suas camisas. II – Palestras sobre a temática trânsito, valorização da vida e da paz Para adquirirmos mais esclarecimentos sobre a temática Trânsito, buscamos a colaboração de pessoas que conhecem bem essa realidade para ministrar palestras e orientações importantes. Os alunos, juntamente com a professora, elaboraram um ofício para o DETRAN solicitando palestras e material sobre comportamento seguro no trânsito. E os palestrantes trouxeram vídeo, folders, livrinhos com atividades, que após as palestras foram trabalhados em sala de aula. A gestora conseguiu ainda outras palestras com o grupo AME A VIDA, que abordou a importância do respeito e valorização da vida. Palestra com condutor de auto-escola e também com a assistente social do posto médico do bairro para abordar noções de saúde e cuidados para evitar acidentes. Nas palestras foram abordados vários temas relacionados ao trânsito, como: comportamento seguro nas vias públicas, conceito de trânsito, sinalização vertical (placas) sinalização horizontal (faixa de segurança), sinalização semafórica (semáforos para pedestres e para veículos), guarda de trânsito, importância do cinto de segurança, comportamento do ciclista e motociclista na via, locais apropriados para as crianças brincarem, uso inadequado do celular, comportamento das crianças no coletivo e dentro do veículo, etc. Os educandos perceberam que os pedestres, ciclistas e motociclistas são os usuários mais vulneráveis das vias, eles correm maiores riscos do que os motoristas e passageiros de outros veículos automotores. E que os ciclistas e os pedestres, por exemplo, também têm responsabilidade no trânsito, e têm que fazer a sua parte, procurando obedecer à sinalização e não atrapalhar o trânsito. Todos os palestrantes passaram conhecimentos valiosos quanto a necessidade e a importância da adoção de valores, posturas e atitudes seguras no trânsito, locais seguros para atravessar vias; regras para transitar em calçadas; cuidados com locais de risco (saídas de garagens, estacionamentos); respeito às regras e às normas para transitar no interior de veículos (automóvel, transporte escolar, transporte coletivo) e como passageiros em motocicletas, conforme a idade das crianças; a importância do uso do cinto e demais equipamentos de segurança; segurança de ciclistas, cuidados com a bicicleta (pneus, freios); os perigos de pegar carona na traseira de ônibus ou caminhões,etc... Os educandos perceberam como o trânsito é um tema rico, com inúmeras possibilidades a serem exploradas e como é valiosos um estudo mais atencioso e profundo do mesmo, visto que isso pode contribuir para uma melhor compreensão do nosso cotidiano, nossos hábitos e atitudes, assim como estimular discussões que envolvem a nossa vida e a vida de outras pessoas e as condições para tornar este mundo mais feliz para todos. III – Pesquisas de campo, observação e exploração do trânsito no bairro Para estimular o aluno a desenvolver hábitos e comportamentos seguros nos diferentes espaços, buscamos levá-los para observar o trânsito no bairro. Toda sexta-feira fazíamos a nossa excursão, transformando o conhecimento em ação, por meio de vivências de situações encontradas no cotidiano das crianças. Os educandos observavam as condições do trânsito nos arredores da escola e nas principais ruas movimentadas do bairro, reconhecendo as ruas em comum que elas tinham que atravessar todos os dias. O passo seguinte foi observar as infrações cometidas pelos pedestres nas ruas, os erros mais comuns dos motoristas, anotando tudo no bloquinho para refletir na escola. Isso foi importante para orientar as crianças e levá-las a compreender que algumas atitudes tidas como corretas, por serem comuns na prática são, na verdade, perigosas e não devem ser repetidas. Foi uma boa oportunidade para conscientizar os alunos sobre direitos e deveres do pedestre e do motorista. Para conscientizar os alunos quanto a importância de utilizar as faixas de segurança buscamos levá-los para atravessar uma dessas faixas, sempre acompanhando-os e buscando cumprir fielmente as regras de trânsito, orientando-os sobre os cuidados que se deve ter ao atravessar as ruas: parar, olhar para todos os lados e só atravessar quando o sinal estiver aberto para os pedestres e sempre pela faixa de pedestre. Através da prática de atitudes positivas no trânsito e de exemplos concretos, as crianças foram, pouco a pouco, assimilando esses comportamentos e buscando praticá- los. Durante os passeios foi possível observar algumas placas de sinalização e orientar as crianças sobre a importância de observar sinais, placas e códigos para que as pessoas possam caminhar com mais segurança no trânsito, levando-as a assimilar a idéia de que é preciso compreender que todos têm direito à mobilidade no espaço público e que isso deve ser respeitado. Assim, observando o comportamento das pessoas nas ruas e mostrando como funcionam as regras de circulação pelas ruas da cidade, foi possível conscientizar sobre a necessidade de respeitar o espaço dos outros. Observou-se que em algumas ruas as faixas de segurança estavam tão apagadas que não dava mais para visualizá-las, o que poderia causar transtornos e acidentes, por isso enviamos um ofício a EMTU solicitando o reavivamento dessas faixas. Eles foram estimulados a ser os fiscais de sua rua sempre anotando tudo o que precisava melhorar e discutir na escola para buscar uma solução. Foi uma festa quando vieram pintar a faixa, eles se sentiram responsáveis por isso. Assim, entenderam também que podiam atuar cobrando e fiscalizando as condições do trânsito na rua onde moram e a falta de sinalização, comunicando isso às autoridades competentes. Quando o cidadão assimila sua importância no meio social e portanto político e passa a cobrar daqueles que detêm o poder em suas mãos, está vivendo sua cidadania. Voltando para a escola fizeram desenhos, relatos orais e escritos e repassaram o que observaram para os colegas de outras turmas. Com essas atividades práticas foi possível orientar as crianças sobre o que fazer nas vias, ensinar a ser e pensar, agir, decidir, isso propiciou uma experiência/aprendizagem de como ser nestes espaços públicos. IV - Painel com fotos da realidade do comportamento das crianças nos diferentes espaços (trânsito- escola) – elaboração de legendas para as fotos Na etapa seguinte buscamos tirar fotos de várias situações na escola: fila, correria no corredor, espaços principais da escola, etc... Também tiramos fotos dos alunos no caminho casa x escola, das ruas e trânsito no bairro, comércio, da cidade, da casa de alguns alunos, locais de lazer, acessibilidade, etc... As crianças participaram indo aos passeios em pequenos grupos, e na escola, selecionando, elaborando legendas para as fotos e, assim montamos um painel. A partir deste painel fomos extraindo situações e temas para trabalhar com os alunos e elaborar vários painéis temáticos promovendo uma reflexão sobre a temática abordada partindo da realidade do comportamento das crianças nos diferentes espaços. Quando o primeiro painel (fotos) ficou pronto todos os alunos da escola o observaram longamente, se admirando de poder observar sua realidade sob outro enfoque, construindo um novo olhar sobre ela e passando a se identificar com o assunto em estudo. Assim, todos tivessem oportunidade de observar, discutir e refletir sobre o trabalhoque estávamos realizando. É para lá (painel) que eles vão sempre que desejam falar sobre este assunto, mostrando exemplos concretos desta realidade e elaborar relatos escritos ou desenhos É importante propiciar na escola um espaço aberto a formação de um cidadão crítico, participativo e solidário, criando situações e oportunizando experiências e compromisso para intervir na realidade. “É importante que o aluno experencie e pense sobre aquilo que está aprendendo e sobre tudo o que faz e esteja em situação de interpretação ou resolução de problemas”. REVISTA NOVA ESCOLA. Janeiro/fevereiro de 2001.n.139 Através de passeios e fotografias do trânsito eles foram, gradativamente, desenvolvendo uma compreensão mais crítica e reflexiva dos acontecimentos que envolvem essa temática. “Portanto, o desafio é o de educar/forjar olhos de ver para podermos utilizar esse suporte em nossas atividades pedagógicas de forma a compor discursos que possibilitem ampliar as formas de apreensão do nosso cotidiano”. PCNs. Durante os passeios as crianças puderam observar também as condições de mobilidade e segurança de pedestres, ciclistas e portadores de necessidades especiais e, ainda, reconhecer a importância dos coletivos como uma alternativa para amenizar o alto fluxo de carros nas vias públicas. Infelizmente pudemos verificar que nossas ruas não são adequadas para a circulação de portadores de necessidades especiais e ainda precisa mudar muita coisa e que a solidariedade e o respeito à vida precisa estar sempre presente para amenizar essa situação. Buscávamos também utilizar música e relaxamento para as crianças aprenderem a relaxar e se concentrar para darmos início às nossas atividades. Assim eles passaram a ficar menos agitados e ter mais atenção e paciência com os outros. V - Confecção de mapas das ruas principais do bairro Esta etapa do projeto começou com a localização das ruas no guia (mapa na lista telefônica). Depois disso, e de observar bastante as ruas e descrevê-las, foi pedido que as crianças elaborassem um mapa que indicasse o caminho percorrido por elas, os educandos foram estimulados também a fazer mapas das principais ruas do bairro indicando as ruas mais problemáticas em relação ao trânsito. Depois de feito os mapas eles trocavam com os colegas, para que eles pudessem conhecer o local onde o colega de sala morava. Os relatos e a exploração dos mapas possibilitaram um estudo significativo das condições das ruas do bairro e uma compreensão maior do tema em estudo pois partia de situações reais vivenciadas pelos educandos. Assim eles tomaram consciência dos inúmeros problemas que enfrentavam: falta de sinalização, placas, falta de faixa de pedestres e o que isso pode ocasionar, além da depredação dos bens públicos e o vandalismo que destrói esses materiais. Isso foi levado para discussão na escola, o que aproximou a aula de sua realidade e de seus reais problemas. Segundo os PCNs de Artes p. 48 “O aluno, em situações de aprendizagem, precisa ser convidado a se exercitar nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar e refletir sobre elas”. As crianças também apresentaram os mapas para os alunos de outras salas de aula trocando informações e buscando soluções para evitar problemas no caminho de casa para a escola. Buscamos promover atividades e experiências de aprendizagem ricas em situações de participação, nas quais os alunos pudessem opinar, agir, repassar informações para os colegas, assumir responsabilidades, colocar-se no lugar do outro, resolver problemas e conflitos e refletir sobre as conseqüências de seus atos, na sala de aula, nas ruas, na sua relação com os colegas, percebendo a importância de observar regras e respeitar as leis que regem as boas relações. Conforme os PCNs – Temas transversais, “A formação da cidadania se faz, antes de mais nada, pelo seu exercício”. E a escola possui condição especial para essa tarefa. VI - Reorganização do espaço escolar: placas de orientação, disciplina, regras claras e compartilhadas Na escola, as crianças, com uma nova visão sobre locomoção, convivência, direitos e deveres, buscaram fazer uma nova organização do espaço escolar, confeccionando placas de orientação para uma locomoção mais adequada e sem transtornos entre eles na escola e a criação de um código escolar para o trânsito nas dependências da escola, além do mapeamento do percurso entre as dependências da escola: sala/corredor/banheiro/cozinha. Colocando em prática o que estavam aprendendo, as crianças observavam e orientavam os colegas no portão, nos corredores da escola e na quadra de esportes. Mostravam placas com mensagens de incentivo ao respeito, obediência às regras, ficar na fila, não correr, não bagunçar, etc... Tudo isso está propiciando um clima mais tranquilo na escola, uma convivência mais harmoniosa entre as crianças, diminuindo consideravelmente os conflitos que ocorriam entre eles no ambiente escolar, antes desta experiência. Nas aulas de Artes, as crianças também confeccionaram materiais diversos referentes a placas de transito, semáforo, faixa de segurança, etc... e assistiram vários vídeos com mensagens referentes aos temas abordados para ajudar a fixar melhor as mensagens transmitidas e dinamizar o trabalho sobre o trânsito. Pelos relatos orais e escritos dos alunos sobre o trabalho que estavam realizando, foi possível observar como eles percebiam o trânsito agora, ou seja, sua visão dessa realidade na própria vida deles. Os pais também relataram a melhoria da atenção e comportamento dos filhos nas ruas, e também quando usam transporte coletivo, e como estão, também, atentos às atitudes dos próprios pais questionando o comportamento deles no trânsito e em casa no convívio com seus familiares e parentes. VII - Pesquisas em jornais Para ampliar o repertório dos alunos sobre o tema trânsito, o próximo passo do projeto foi propor uma pesquisa nos principais jornais da cidade sobre a realidade do trânsito na cidade. Os educandos trouxeram para a escola jornais que abordavam o assunto e perceberam que a violência no trânsito e o desrespeito às leis era algo bem problemático, não somente no bairro, mas também na cidade e no país inteiro. Eles foram levados a fazer uma leitura crítica destes acontecimentos, estimulados pela professora. Neste mesmo período, ocorreu um acidente de carro em frente a uma escola da cidade que vitimou uma criança. Foi um acidente que comoveu a todos. Houve passeatas pedindo paz e mais agentes de segurança no trânsito. Houve também muitos comentários na mídia sobre a preocupação dos pais ao deixarem os filhos na escola. Assim buscamos pesquisar e fazer um levantamento do número de acidentes ocorridos na cidade e quais os motivos de tantos acidentes, através de várias atividades envolvendo Matemática e Ciências. Explorando reportagens de jornais os alunos verificaram que muitos são os fatores que contribuem para agravar esse problema no município, entre eles a falta de sinalização, alta velocidade, condutores dirigindo embriagados, adolescentes não habilitados ao volante, perigosos abusos e irresponsabilidades que colocam em risco a própria vida ou a de outrem, e a imprudência de motoristas, pedestres, ciclistas, vendedores, desrespeito aos sinais de trânsito, etc... Tudo isso contribui para a ocorrência de acidentes de trânsito e o aumento das vítimas fatais, especialmente entre ciclistas e pedestres. Com isto os alunos puderam perceber a fragilidade da vida neste meio, e que as mortes no trânsito são tragédias absurdas que podem ser evitadas se as pessoas buscarem melhorar seu comportamento no espaço público e isso refletiu numa mudança e melhora de comportamento dos mesmos. VIII- Confecção e elaboração de mensagens para imprimir emcamisetas Para representar os grupos de socialização e tornar o trabalho mais dinâmico sugerimos que as crianças usassem camisas brancas com mensagens impressas, figuras, regras e desenhos sobre educação no trânsito produzidos por eles. Todos vibraram com esta idéia de usar camisas com mensagens, e se sentiam orgulhosos quando as pessoas elogiavam suas produções impressas nas camisas e perguntavam sobre o trabalho que eles estavam realizando na escola, e eles relatavam orgulhosos, tudo o que tinham aprendido. Com este recurso buscamos chamar a atenção de todos para a importância da educação e cidadania no trânsito, estimulando todos a assumir esta postura e vestir esta camisa. A utilização destas camisas com mensagens impressas estimulou as crianças a se tornarem multiplicadores das informações recebidas na escola, ao se tornarem o centro das atenções e se sentirem parte importante neste projeto, elevando sua auto estima. Este recurso encorajou as crianças a vivenciar um trabalho de orientação para o trânsito de forma intensa e significativa atraindo pais e comunitários a se envolver no trabalho. IX - Elaboração de painéis temáticos Depois de todos estes estudos e observações, as crianças perceberam a necessidade de aprofundar vários temas relativos ao trânsito como: valorização da vida, necessidade de paz, cidadania, locomoção e meios de transportes, segurança e acidentes, convivência e respeito, saúde e fraternidade, trânsito e comunicação, solidariedade e fraternidade, meio ambiente e poluição, campanha da fraternidade de 2012, etc... Assim, para sensibilizar e envolver a comunidade nesta proposta de melhorar o ambiente escolar e o transitar pelos diferentes espaços, buscamos elaborar vários painéis temáticos sobre os assuntos estudados e abordados no projeto envolvendo trânsito e socialização. As crianças pesquisavam figuras e mensagens, elaboravam desenhos.etc... ajudando a montar os painéis. No mês de setembro, na semana do trânsito, faremos um trabalho de conscientização sobre a necessidade de paz no trânsito envolvendo os dois turnos da escola: matutino e vespertino. Os alunos estão fazendo agora uma campanha para arrecadar mais folhetos com orientações sobre o trânsito para distribuir para a comunidade durante uma passeata pelo bairro pedindo paz e valorização da vida no trânsito.Será distribuído camisas com mensagens educativas, feita pelos alunos, além de elaborar novos painéis que estimulem a vivência da ética e cidadania nas vias públicas. X - Apresentação dos grupos de socialização Depois de formarem grupos e escolherem os nomes para os grupos, as crianças passaram a se apresentar para os colegas de outras salas de aula da escola, mostrando o que estavam estudando e aprendendo e buscando conscientizar os colegas sobre a importância de uma boa convivência entre todos e uma postura de valorização da paz e da vida para melhorar a vida de todos nos diferentes ambientes. Eles aceitaram este trabalho como um desafio e uma missão: conquistar mais pessoas para ampliar as ações em prol da melhoria do transitar dos educandos na escola e no trânsito. As crianças passaram a se apresentar nas outras salas através de dramatizações, propondo concurso de desenhos sobre o trânsito, poesias, vídeos, músicas, painel com fotos da realidade do trânsito no bairro e na cidade, leitura de textos pesquisados e reportagens de jornais. Eles buscaram aproveitar todo o material confeccionado em Artes: semáforo, placas, faixa, etc...e utilizar nas apresentações. Eles também distribuíam folhetos informativos, apresentavam os painéis temáticos e sugeriam a todos a idéia da corrente pela paz através do “passe adiante” na escola (cada pessoa faz três coisas boas a três pessoas e estas deverão fazer o mesmo com mais três outras pessoas, e assim por diante). Este trabalho esta conquistando gradativamente os educandos na escola, estimulando um bom convívio entre todos e desenvolvendo noções de respeito, cidadania, promovendo uma reflexão sobre valores, ética e segurança nos diferentes espaços. E propicia o conhecimento, compreensão e obediência às normas de trânsito de forma mais responsável. Os educandos passaram a ter novos comportamentos, tanto no trânsito como em sala de aula com os colegas. Assim, criança ensinando criança sobre a maneira correta de se comportar no trânsito teve um resultado maior do que poderíamos esperar. Esta sendo tão envolvente e produtivo este projeto que estamos selecionando e guardando todo o material confeccionado para ser utilizado como recurso didático para trabalharmos este assunto nos próximos anos, com mais experiência e segurança, pois agora podemos mostrar como é possível e valioso este trabalho numa escola. Esta experiência está servindo de exemplo e modelo para toda a escola de que é possível abordar este assunto de forma interdisciplinar, prática e proveitosa para os educandos, levando os alunos a participar ativamente nas atividades propostas. A interdisciplinaridade O tema Trânsito foi trabalhado perpassando os diversos conteúdos nas diferentes áreas de conhecimento. Em Artes foi amplamente trabalhado a produção de material para que os alunos pudessem se apresentar para os outros colegas e turmas: placas de sinalização, cartazes, desenhos, pintura, recorte e colagem, dobradura, sucatas, música, organização e exposições de materiais, dança e outras atividades para facilitar uma maior compreensão do tema em estudo e o desenvolvimento da percepção, da reflexão, da imaginação e da criatividade. Em Linguagem oral e escrita foram promovidas ações para estimular a leitura, pesquisa, produção escrita, desenhos, de acordo com o que era aprendido e o que fazia parte da realidade das crianças, oportunizando a aprendizagem e a reflexão dos alunos em relação ás várias situações relacionadas ao tema trânsito. Foi proposto também pesquisa e leitura de notícias e reportagens em jornais sobre o trânsito na cidade. “É valioso que o professor busque então partir da realidade das crianças e dar sentido ao que é trabalhado na escola, pois a leitura faz sentido quando inserida em um contexto”. Paulo Freire,1991. Além disso, as crianças realizaram leitura de revistas em quadrinhos, leitura de fotos, de livros didáticos, relatos diversos, entrevistas, filmes, cartazes, vídeos, jogos de palavras e temas trabalhados, diálogos na sala de aula, produções de textos sobre: convivência entre as pessoas em sociedade; a vida e a sociedade em que vivemos. Na área de Matemática foram promovidos cálculos, coleta de dados que foram transformados em tabelas e gráficos, resolução de situações-problema, cálculos de valores atribuídos à multas, análise de faixa etária envolvida em acidentes de trânsito, número de vítimas fatais, quantidade de sinalizações nas ruas do bairro, aumento populacional, etc. Depois dessas coletas os alunos eram estimulados a repassar isso para os outros colegas, oportunizando junto aos alunos o debate e a manifestação de opiniões sobre as situações pesquisadas. Em História trabalhamos também o tema transversal ética pois segundo os PCNs é importante que a escola contribua na “ formação de um sujeito livre e autônomo para pensar e julgar, para problematizar constantemente o viver pessoal e coletivo, fazendo o exercício da cidadania”. Buscamos explorar os fatos históricos desde a invenção do automóvel, pesquisando as primeiras formas de locomoção humana, a história da cidade onde vivem, como era o espaço físico, a forma de vida, os costumes, etc..., para que percebessem as transformações ocorridas, a evolução dos meios de transporte, fazendo a análise dos modos de vida e as relações sociais. Eles estudaram, ainda, os meios de transporte como necessidade e como bem de consumo. E buscou-se incentivar o uso da bicicleta,como meio mais viável e ecológico. Na área de Ciências o enfoque maior foi para a valorização da vida como preciosa e única. Os cuidados para a preservação da saúde e da integridade física. Estudo do corpo humano, dos sentidos. Trabalhamos também como os meios de transporte influenciam o meio ambiente devido aos gases poluentes emitidos pelos veículos, poluição sonora, visual e ambiental. Os acidentes de trânsito e suas conseqüências para o sistema de saúde pública. O estresse produzido pelos congestionamentos, brigas, impaciência e correrias no trânsito e na escola. As conseqüências do uso de bebidas alcoólicas no trânsito. Os deficientes físicos e a mobilidade, o respeito às diferenças, visitando e conhecendo na prática a situação de deficientes físicos visuais próxima à escola. Eles tiveram oportunidade de refletir sobre estas questões, compreendendo a importância da valorização da própria vida e da vida dos outros. Na disciplina de Geografia buscamos explorar o trânsito e o caminho de casa para a escola e outros lugares, analisando diversos locais e refletindo sobre quais deles apresentavam maiores dificuldades de locomoção, de comunicação e de convivência social. Desenho da planta do bairro com principais ruas. Os alunos foram levados a reconhecer e discutir sobre as ações do homem sobre o espaço e através do tempo e as conseqüências destas ações para si próprio e para a sociedade; as enchentes no bairro que mudaram a forma de locomoção da comunidade, que passou a utilizar catraia, barco, para atravessar o igarapé enquanto duravam as enchentes no bairro. Trânsito e os meios de transporte, os equipamentos de segurança, de sinalização e de fiscalização. Na área de Eucação Física promovemos atividades físicas para o desenvolvimento das potencialidades corporais: agilidade, atenção, a percepção, a criatividade, noções de lateralidade e espaciais, imprescindíveis à locomoção. Atividades corporais para o domínio dos conhecimentos de esquerda, direita, para frente, para trás, etc. Respeito às regras e reflexão sobre a melhoria da qualidade de vida através da prática de atividades físicas. Promovemos várias atividades e dinâmicas envolvendo deslocamentos seguros, levando os alunos a compreenderem a necessidade da responsabilidade e do respeito ao compartilhar o espaço público, e o direito que todos têm de ir e vir. No ensino religioso buscamos abordar o tema “trânsito como uma questão de amor a vida e respeito ao próximo”. Trânsito envolve amor a vida, amor ao próximo, solidariedade, paciência, cortesia, cuidados para preservar a vida e a saúde. Assim buscamos explorar cartazes, vídeos e músicas da campanha da fraternidade de 2012: saúde e fraternidade, propiciando um ambiente mais fraterno, humano e pacífico. Painéis temáticos Fevereiro Trânsito é convivência - regras de boa convivência –palavrinhas mágicas Conviver bem na escola – conviver bem no trânsito colaboração, cidadania, atenção, respeito, limites, obediência a regras. Março O trânsito no bairro em fotos - filme: a corrente do bem Trânsito é comunicação – colaboração - participação – compreensão Sinalização - estudo dos sinais de trânsito Abril Trânsito é mobilidade – atenção - locomoção – preservação Estudo dos meios de transporte ontem e hoje – Direito de ir e vir Quando sai pelas ruas que cuidados você toma? Maio Trânsito e paz - Conviver em paz é tudo de bom - passe adiante esta idéia Música: A paz invadindo meu coração; Dramatização: Vamos construir uma ponte em nós Junho Trânsito é vida - saúde - valorização e cuidados para a preservação da Própria vida e a dos outros - entrevistas Julho Trânsito e segurança - acidentes - prejuízos – Observação atenta e crítica de situações do dia-a-dia Agosto Trânsito e meio ambiente – poluição sonora, visual e ambiental Cidadania e ética Setembro Semana do trânsito - passeata pelas ruas do bairro Conscientização da comunidade Painel: o que podemos fazer para melhorar o trânsito no bairro? Outubro Painel sobre reflexões da visita a “auto escola dirigindo bem” e ao Detran da cidade – leis e punições no trânsito Novembro Painel conquistas do projeto - busca de novas parcerias fora da escola Dezembro Reunião e avaliação do projeto – continuidade para o próximo ano Materiais complementares: Ver anexos Categoria: Educador Protocolo: 201209003161 Bibliografia: BECKER, Fernando. Da ação à operação: o caminho da aprendizagem em J. Piaget e P. Freire. Porto Alegre, R.S., Palmarinca, 1983. Bogue, E.A.T.; Ferreira, M.A.S.; Silva, M.H.G. 2008. Trânsito - “Educação, Participação e Consciência”. Curso de Mídias na Educação – Ciclo Básico – Universidade Federal de Campo Grande (MS). BRASIL.Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais,Ética.vol. 10. Brasília: MEC/SEF, 1997, 146pag. Código de Transito Brasileiro - LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 - (Portaria nº 147/09) CUNHA, Luiz Antônio. 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Convivência http://www.youtube.com/watch?v=Qvu03SBiCOU&feature=related Medo, timidez e arrogância. http://www.youtube.com/watch?v=ZpQMlJAv3xs Mandamentos da Boa Convivência e do Respeito Mútuo http://www.youtube.com/watch?v=GlcGB1xU5qw&feature=related REGRAS DE BOAS MANEIRAS E HIGIENE NA ESCOLA http://www.youtube.com/watch?v=YGcynH_-PYc&feature=related As Palavrinhas Mágicas - Infantil Categoria: Educador Protocolo: 201209003161
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