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Resumo de MicroImuno Clínica BL2

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Resumo de MicroImuno Clí nica BL2 
1. DSTs: 
Dentre as DSTs Sífilis, Gonorreia e Clamídia são as mais comuns na clínica. A sífilis 
apresenta contato exclusivamente direto, enquanto que as demais DSTs podem ser adquiridas 
com contato indireto. 
A. GONORREIA: 
Seu agente etiológico é a Neisseria gonorrhoeae. Pode apresentar coinfecção 
com Chlamydia trachomatis. e Mycoplasma sp. 
Neisseria gonorrhoeae é diplococo Gram -, sensível ao ambiente, o que limita a 
transmissão indireta ao máximo de 5 – 10 min., sendo favorável a transmissão direta. Requer 
baixo teor de O2 para seu crescimento, o que é diferente da condição de anaerobiose. 
No homem, promove secreção purulenta, a qual não deve ser coletada no 
momento da coleta, devendo-se limpar a região e coletar com swab na região da uretra a fim 
de realizar a bacterioscopia. 
Na bacterioscopia, quando a amostra é masculina, qualquer diplococo Gram – 
é diagnóstico de gonorreia, já se a amostra é feminina, o diagnóstico não é fechado. Isso se 
justifica, pois as mulheres apresentam Neisseria sp. na microbiota. Quando a amostra é ocular, 
de nasofaringe ou retal, a presença de diplococos também não fecha diagnóstico. 
Na coleta deve-se coletar 3 swabs: 
 Para bacterioscopia; 
 Para cultura em ágar sangue, ágar chocolate ou Thayer – Martin; 
 Para cultura em baixo teor de O2 para análise molecular, pois o 
diplococo pode estar no interior de um PMN. 
Bibliografias antigas indicam que diplococo no interior de PMN configurava um 
quadro mais grave, mas isso, atualmente, caiu por terra, pois é indiferente, já que em algum 
momento o diplococo romperá o PMN e estará livre. 
Utiliza-se duas placas de ágar Thayer – Martin ou ágar chocolate VCN 
(apresenta Vancomicina, Colistina e Nistatina) 
além do ágar sangue, a fim de não descartar 
Streptococcus sp. e Staphylococcus sp. Tais 
placas devem ser mantidades em microaerofilia 
(macumba) por 24 horas, após as quais deve-se 
observar colônias pequenas , opacas, 
acinzentadas e mucoide. A característica 
mucoide é mais difícil de visualizar, pois a 
colônia é pequena e, não é recomendável abrir 
a placa para observar. 
 
 
As provas bqm para açúcares mostram o seguinte perfil das Neisserias sp.: 
Glicose Maltose Lactose 
+ - - Neisseria 
gonorrhoeae 
+ + - Neisseria 
meningitidis 
+/- - - Neisseria cinerea 
Por apresentar a capacidade de fermentar ou não a glicose a Neisseria cinerea 
pode ser confundida com Neisseria gonorrhoeae. Isso se justifica, pois apesar de fermentar 
glicose o meio não fica acidificado. Para garantir a identificação deve-se realizar teste de 
aglutinação com anticorpos específicos para Neisseria cinerea. 
 
B. SÍFILIS: 
Seu agente etiológico é o Treponema pallidum. Há 3 formas de diagnóstico pra 
sífilis, sendo a identificação direta do Treponema pallidum a forma mais difícil. 
A sífilis apresenta lesões ulcerativas com borda elevada e indolor, mas em 
coinfecção com Chlamydia trachomati., outras bactérias e por Herpes simplex, a lesão se 
apresenta dolorosa. Esse quadro é característico da sífilis primária, sendo este um estágio em 
que os pacientes quase não procuram os serviços de saúde. 
A sífilis secundária apresenta petéquias, podendo apresentar alopecia, 
descamação nas palmas das mãos e dos pés e verrugas, não necessariamente na porta de 
entrada. Este quadro clínico pode ser confundido com o quadro de lúpus, pois na sorologia o 
Treponema pallidum apresenta reação cruzada com lúpus. Na sífilis secundária os sintomas são 
caudados por imunocomplexos, não apresentando utilidade a pesquisa pelo Treponema 
pallidum. 
A sífilis congênita apresenta com sinais testa alta, nariz em sela e queixo 
retraído. 
Para pesquisa do Treponema pallidum na sífilis primária há 3 formas de 
identificação: 
 Campo escuro, o qual é uma técnica inespecífica, pois um paciente 
com menos cuidados de higiene irá apresentar Treponema saprofita.
 
 Fontana –Tribondeau, é mais específico que o campo escuro, mais 
ainda inespecífico. 
 
 Imunofluorescência direta, é o método mais específico e fecha o 
diagnóstico para Treponema pallidum. 
Para que os reagentes do método de Fontana – Tribondeau funcionem, devem 
ser feitos no momento da pesquisa. Na técnica de campo escuro se observa o Treponema sp.,o 
qual é um espirilo. 
 Deve-se realizar a pesquisa por anticorpos não treponêmicos a fim de 
realizar triagem, mas também acompanhamento do tratamento, pois os títulos caem rápido 
(4X). 
 Deve-se realizar a pesquisa de VRDL ou Louis, e este método é 
o padrão da OMS, sendo realizado com cardiolipina bovina, a qual aglutina em flocos quando a 
anticorpos, sejam específicos ou inespecíficos para Treponema pallidum. 
 Há também o teste da Reagina (USR), que utiliza soro não 
inativado. 
 Há o teste do Vermelho de Toluidina (TQUST), que também é 
realizado com soro não inativado. 
 Deve-se realizar os testes treponêmincos, caso os testes não 
treponêmicos não possam emitir mais os resultados positivos. Além disso, os testes não 
treponêmicos podem estar apresentando resultados positivos advindos de anticorpos 
inespecíficos, os quais são muito presentes em gestates, em pacientes em hemodiálise, dentre 
outros. Testes treponêmicos não devem ser utilizados para acompanhamento de tratamento, 
pois os anticorpos específicos demoram muito tempo para reduzir os títulos. 
 FTA – ABS é um teste de imunofluorescência indireta, sendo o 
método mais eficaz. Treponema pallidum utilizado é advindo de escroto de coelho estando 
fixado em lâmina, sobre a qual há a adição do soro do paciente, o qual deve ser tratado para 
eliminar Treponema saprofita, para então adicionar o anticorpo fluorescente. Deve-se ler a 
fluorescência na borda da lâmina, pois o Treponema pallidum é bem fino. 
 FTA – ABS com dupla coloração é similar o FTA – ABS, sendo 
mais caro que este, pois identifica todos. Apresenta FITC para identificação de IgM e FITC com 
Rodamina para identificação de IgG. Isso é interessante, pois não adiante ver apenas o título 
de IgM e IgG, pois o título de IgM dura 8 meses. 
 Testede aglutinação (MHA – TP) é um teste que utiliza 
hemácias de carneiro recobertas de Treponema pallidum. É um teste que pode apresentar 
falso positivo, caso haja anticorpos autorreativos ou heterofilos. 
 Western Blot é um excelente teste para identificação, porém é 
extremamente caro, e por conta disto é mais vantajoso realizar testes moleculares que são 
mais específicos e sensíveis. 
 INNO –LIA é um teste similar ao Western Blot, porém mais 
barato. Apresenta marcadores para anticorpos do gênero Treponema sp., além dos específicos 
para Treponema pallidum, como TpN 47,17 e 15, os quais são marcadores de nível de 
positividade, que se apresentam dessa forma: 
o Nível +/-, configurando com indeterminado; 
o Nível 1+ 
o Nível 3+ 
Positivos 
Títulos VDRL (não treponêmico) FTA –ABS (treponêmico) 
Fase aguda 1:128 1:16 
Fase intermediária 1:64 1:16 
Fase crônica 1:32 1:128 
Na fase aguda há tanto anticorpos específicos quanto inespecíficos, mas os últimos se 
apresentam em maior quantidade, por isso que os títulos do VDRL são maiores e do FTA –ABS 
são menores. Na fase crônica os anticorpos inespecíficos vão dando lugar aos anticorpos 
específicos, por isso que os títulos de VDRL caem e os do FTA –ABS aumentam. 
 Deve-se considerar o teste de aglutinação positivo até apresentar aglutinação máxima 
sem presença de uma espécie de borda, não devendo-se considerar os títulos que apresente 
esta espécie de borda. 
C. CANCRO MOLE: 
Seu agente etiológico é o Haemophilus ducreyi. As lesões se apresentam com 
borda amolecidae dolorosa. As amostras devem ser coletas da periferia da lesão com 3 swabs. 
Pode se apresentar em coinfecção com Herpes simplex. 
A bacterioscopia com a realização de Gram não oferece grandes informações, 
pois Haemophilus ducreyi não se cora bem por 
Gram, devendo então realizar a coloração por 
Giemsa ou Wright, os quais são corantes 
hematológicos, nos quais se observará 
estreptobacilos em forma de cardume. O cultivo 
deve ser realizado em ágar chocolate e Muller – 
Hinton com isovitalex, a 5% de CO2 A 33 -35°C em 
alta umidade por 5 dias em microaerofilia. 
Apresenta crescimento lento. Após esse período se 
observará colônias pequenas, não mucoides, 
amarelo acinzentadas, cuidado para não confundir 
com Neisseria gonorrhoeae. 
 
Para confirmação de que é 
Haemophilus ducreyi deve-se utilizar anti-soro 
específico para que aconteça aglutinação, 
devendo complementar com as provas da 
porfirina e da catalase, onde Haemophilus 
ducreyi é duplamente negativo, além da 
fermentação de açúcares. Pode acontecer de 
se apresentar catalase positivo, caso se pegue muita amostra. O tubo do teste da porfirina 
deve-se ser observado com luz U.V com λ 270-280nm, e se o λ usado for muito alto, haverá 
falso positivo. 
 
D. DONOVANOSE: 
Seu agente etiológico é Calymmatobacterium granulomatis. A amostra deve 
ser coletada da periferia da lesão, indo do centro para a periferia esfregando para conseguir a 
célula. Os médicos podem realizar biópsia, raspagem ou curetagem, devendo realizar o 
diagnóstico diferencial para Herpes simplex e HPV. 
As amostras devem ser coradas com corantes citopatológicos como Schor, mas 
é possível corar com H&E, devendo-se evidenciar os corpúsculos de Donovan nos monócitos. 
Tais corpúsculos são difíceis de serem encontrados, pois os linfócitos TCD8+ e as NK destoem 
as células, não sendo possível visualizar os corpúsculos. O mais recomendável é realizar 
métodos moleculares. 
 
E. LINFOGRANULOMA VENÉREO: 
Seu agente etiológico é Chlamydia trachomatis. Promove enfartamento dos 
linfonodos inguinais e se apresenta positiva para pesquisa para fator reumatoide e proteína C 
reativa, sendo estes erros de diagnóstico facilmente cometidos. 
A inflamação decorrente da infecção por Chlamydia trachomatis dificulta 
engravidar. A inflamação pode inchar a bolsa escrotal. Pode atingir uretra e endocérvice e 
chegar ao reto, devendo realizar diagnóstico diferencial para câncer, pois no endocérvice pode 
ser confundido com HPV. 
O padrão ouro de diagnóstico é a cultura ou a IF direta, os quais são métodos 
antigos. Nas mulheres a coleta deve ser realizada na uretra e no endocérvice com escova, 
devendo ser rotacionada 8x, e esse procedimento deve ser realizado na uretra masculina. É 
um procedimento de coleta muito doloroso. Por isso que, atualmente, se realiza a pesquisa no 
sedimento urinário, cuja urina é coleta sem desprezar o primeiro jato, o qual apresenta muitas 
bactérias e células, devendo ser centrifugado e recolhido o sedimento. 
Com o sedimento urinário pode-se realizar imunocromatografia ou extração 
de DNA. Com o DNA extraído pode se utilizar as técnicas de PCR específico, Branched DNA, 
captura híbrida ou NASBA. O paciente que já apresentou clamídia irá apresentar anticorpos 
para a vida toda e os títulos não caem. 
 
F. MICOPLASMA E UREAPLASMA: 
Os agentes etiológico Mycoplasma genitalium, Mycoplasma meningitidis e 
Ureaplasma ueralyticum estão envolvidos. Causam uretrite não gonocócica apresentando 
secreção purulenta similar a da gonorreia. Responsável por casos de infertilidade por causar 
cervicite e doença inflamatória pélvica. 
Deve-se coletar a urina total sem desprezar o primeiro jato. Para análise pode-
se realizar PCR multiplex e PCR real time, os quais são utilizados para quantificação, mas não é 
muito significativo, pois não são como os vírus que necessitam de quantificação da carga viral. 
O swab deve ser guardado. Não é tão útil realizar cultura e isolamento. O PCR real time é o 
padrão ouro, sendo mais preciso que o PCR convencional. 
 
G. HERPES: 
Seu agente etiológico são os vírus Herpes simplex 2. A lesão se apresenta 
ulcerada, o diagnóstico é molecular, pois é possível confundir com sífilis, donovanose ou 
cancro mole. As lesões características da herpes são vesiculares. 
Os métodos empregados no diagnóstico são PCR, Branched DNA e captura 
híbrida, além da sorologia para quantificação da carga viral. 
 
H. HPV: 
Seu agente etiológico é o Papilloma Vírus Humano. As lesões são apresentam a 
forma de verrugas. O diagnóstico é realizado por histopatologia e por métodos moleculares 
como NASBA, captura híbrida e Branched de DNA. Para lesão plana pode-se realizar o teste do 
ácido acético 5%, indicando a presença de HPV. 
 
I. AIDS 
Agente etiológico pertence a Família Retroviridae Genero: Lentiviridae. 
Testes de triagem (Dot Blot, Imunocromatografia ou ELISA). Testes específicos 
– ELFIA, Western Blot. Sondagem molecular – PCR e NASBA. Carga viral – Amplicor 
Roche®, NASBA. 
 
 
 
 
2. FAMÍLIA VIBRIONACEAE: 
 
 DIARREIA 
SÍNDROME DESINTERIFORME SÍNDROME COLERIFOME 
Presente na Shigellose Presenta na cólera 
Diarreia com sangue. Invasão da submucosa 
pela bactéria - atinge o plexo mioentérico - 
cólicas 
Toxigênica, pois a bactéria se liga e libera a 
toxina – inversão do fluxo de água e 
eletrólitos. Diarreia aquosa. 
 
Os membros da família Vibronaceae são bastonetes Gram -, fermentadores de glicose 
com produção de ácido, com ou sem produção de gás. Reduzem nitrato a nitrito. São oxidase 
positivos, o que os difere da família Enterobacteriaceae, os quais são oxidase negativos. 
Há espécies que promovem infecção intestinal e extraintestinal. 
 
 
A. Vibrio Cholerae: 
Está em curso a 7º pandemia por Vibrio Cholerae, que está sendo causada pela cepa 
O1 EITOR, mas que no Brasil apresenta a característica de surto. 
 Biotipo 
Subtipo 
 
Fermenta glicose sem a produção de gás. 
As sorogrupos O1e O139 são os que se apresentem de modo epidêmico e causam a 
cólera. O139 não está presente no Brasil. Nem todas as cepas causam cólera, mas causam 
diarreia mais branda e não espalhável.Os sorgrupos que não O1e não O139 apresentam toxina 
que são Shiga like, ou a própria toxina colérica, mas que causam diarreia mais branda e não 
espalhável. 
O biotipo EITOR apresenta maior capacidade de espalhamento, com isso causa menos 
casos graves e mais inaparentes, o que favorece a disseminação, já que os indivíduos 
inaparentes não são tratados. 
 
No teste de CAMP a hemólise é sinégica, na 
qual o doador de β lisina é semeado no meio das 
amostras, as quais são semeadas em spots, e o teste 
positivo apresenta hemólise pontual em torno do spot. 
Apresentam habitar aquático com tendência 
endêmica, sobrevivendo, principalmente, na superfície 
ou abaixo de 10ºC no sedimento, resistindo bem em 
meio aquático. Sobrevive em pH de 5.5 – 10, mas seu 
pH ótimo é de 7 – 9, ou seja apresenta preferência por 
pH alcalino e isto é usado no diagnóstico, com a 
utilização de água peptonada alcalina (APA). Na APA 
todos os vibrios crescem, mas Vibrio Cholerae cresce primeiro e neutraliza o meio. 
A cólera apresenta período de incubação de 6h a 5 dias, sendo o crescimento, 
normalmente encontrado, em 2 a 3 dias. Os sintomas são dores abdominais, náuseas, vômitos, 
desidratação com grande perda de flúido, a qual pode levar a morte. O tratamento, 
inicialmente deve se realizado com reposição de água e eletrólitos, o que reduz muito o 
mortalidade, devendo acontecer rapidamente. 
A dose infectantesdepende da resistência do indivíduo e do uso de antiácidos e varia 
em : 106 células viáveis (média), 108 UFC água; 103 UFC alimentos; 102 UFC crianças 
desnutridas. Vibrio Cholerae é eliminado nas fezes e pelo vômito, podendo ser transmitido via 
alimentos e água contaminados. Jon Snow identificou a transmissão da cólera pela água (esse 
sabia de tudo! Hahahh não resisti), pois antes se acreditava na teoria miasmática de 
trasmissão pelo ar. 
 
 
Na clínica, ao realizar o diagnóstico, se identifica apenas gênero e espécie, onde 
usando soro anti – O1 se aglutinar é O1, se não aglutinar é não O1. No entanto, ser não O1 não 
impede de produzir a toxina colérica, bem como outras toxinas como termoestável (NAG – ST) 
e a Shiga like, além de outros fatores como enzimas. 
Os sintomas de diarreias por sorogrupos não O1: 
 
A coleta de amostra consiste em swab retal, ou inserir o swab no frasco coletor, 
inserir no meio de transporte e quebrar a ampola. O meio de transporte indicado é o Cary – 
Blair, mas a amostra pode ser colocada direto na APA, mas sem ignorar a coprocultura 
tradicional. As amostras podem ser conservadas em APA por 12 h e no Cary – Blair por 24 -72h 
a temperatura ambiente, ou por 7 dias sob refrigeração. 
Em outros sítios de infecção, como feridas, olhos e ouvidos deve se coletar com 
swab, podendo também realizar hemocultura e urinocultura. Pode-se realizar a pesquisa em 
frutas, verduras, pescado e mariscos, na qual coleta-se 25g de amostra e coloca-se no APA 1% 
NaCl ou 3% de NaCl, pois pode não ser vibrio. 
Deve-se realizar o enriquecimento da amostra, o qual é um processo no qual os 
meios utilizados apresentam substâncias que inibem o crescimento das bactérias da 
microbiota, favorecendo o crescimento de bactérias patogênicas, mas isso difere de meios 
ricos. No caso de Vibrio Cholerae, o enriquecimento é feito em APA por 6h a 37ºC e, após as 
6h deve-se semear em meio seletivo indicador como o TCBS, pois se retornar com o APA para 
a estufa haverá o crescimento de outras enterobactérias. Se deixar APA na estufa por 18 – 24h 
a semeadura deve ser feita no GSP para a 
pesquisa da família Aeromonadaceae. 
O meio TCBS apresenta sacarose 
e, quando fermentar a sacarose (positivo) 
o meio se tornará amarelo indicando a 
presença de Vibrio cholerae, no entanto, 
se não fermentar a sacarose (negativo) o 
meio se apresentará verde indicando a 
presença de Vibrio parahaemolyticus ou 
Vibrio vulnificans. O TCBS apresenta 
tiossulfato como fonte de enxofre, e o meio 
ficará preto quando a bactéria o utilizar, 
apresenta também sais biliares que impede o 
crescimento de enterobactérias. Quando a 
amostra é oriunda do APA e foi semeada no 
TCBS a certeza é maior de que seja Vibrio 
Cholerae, do que se amostra veio por 
semeadura direta no TCBS. 
 
 
 
 
LIA 
 
Provas BQM de identificação conclusiva da espécie : 
•Produção de gás - glicose 
Fezes 
Semeadura 
direta TCBS 18 - 
24 h 37ºC 
Enriquecimento 
APA 6 -8h 37ºC 
Semeadura no 
TCBS 
Meio de triagem 
TSI (3 açúcares) LIA (lisina - ferro) CV KIA (Kliger - Ferro) 
Ágar nutriente - ver 
Citocromo oxidase 
Sorologia 
aglutina Vibrio 
Cholerae O1 
Não aglutina é 
Vibrio Cholerae não 
O1 ou outro vibrio 
Provas Bqm para 
identificar qual 
vibrio 
 
•
Produção 
de ácido - 
glicose, 
lactose, 
sacarose, 
manitol, 
arabinose
, manose 
•
Descarbo
xilação - 
lisina e 
ornitina 
•
Hidrólise - 
arginina 
•Crescimento em caldo nutriente - 0, 3, 6, 8 e 10% NaCl 
•Produção de acetoína 
•Sensibilidade O129 (2-4 diamino,6-7 diisopropil pteridine) 
 
Não se pode realizar semeadura direta com alça que não for de platina no teste da 
oxidase, pois se for oxidase + haverá cor e se oxidase – não há cor, para tanto as os padrões + e 
-. Halofilismo é importante para classificação, devendo-se utilizar caldo com NaCl e semear 
com agulha e pouco inóculo, para a identificação se observa a tabela para identificar o 
crescimento correspondente. 
O129 é um antimicrobiano vibriostático, e para este teste deve-se semear de modo 
semelhante com o antibiograma. Todos os Vibrios são sensíveis e O129, devendo diferenciar 
da família Aeromonadaceae, que é resistente. 
Existem duas vacinas contra o cólera, ambas de uso oral, mas a proteção é relativa e 
de curta duração. A Dukoral protege em 85% dos casos, somente contra o tipo O1 e só por 
cerca de quatro a seis meses após a imunização.A Schanchol pode ser administrada em 
pessoas a partir de um ano de idade, protege também contra a linhagem O139 e tem efeito 
mais duradouro em crianças entre um e cinco anos.Por não oferecerem 100% de proteção e 
terem efeito por pouco tempo, as vacinas não são oferecidas pela rede pública no Brasil. Seu 
uso é recomendado para quem vai visitar locais em que a cólera é endêmica. 
 
 
B. Vibrio minicus: 
Produz toxina colérica, enterotoxina e outros fatores de virulência. É variante 
sacarose – de Vibrio cholerae O1, que causa diarreia não epidêmica. 
Quadro diarréico – consumo de pescado não cozido – ostras. Otite contato com o 
ambiente marinho em temperatura superior a 22ºC. 
 
C. Vibrio parahaemolyticus: 
Vph/K+ apenas presente nas amostras clínicas e não nas ambientais. Sua ocorrência 
se dá em águas estuárias e costeiras por todo o mundo. Isolados de crustáceos e pescado, os 
quais, quando consumidos crus ou cozidos, realizam a contaminação, podendo realizar 
contaminação cruzada com vegetais. 
Seu tempo de geração é de 10 min. à 37ºC, apresentando alto índice nos meses de 
verão. É sacarose -. 
Promove gastroenterite em indivíduos saudáveis e septicemia em indivíduos 
imunocomprometidos. Seu período de incubação é de 15h e, é uma infecção autolimitante 
com severidade moderada. 
As cepas patogênicas produzem TDH (hemolisina direta termoestável), promovendo 
hemólise no ágar Wagatsuma, e a realização da hemólise 
é chamada de Fenômeno Kanagawa, sendo K+. 
É oxidase +, apresenta flagelo polar, é halofílico 
( crescendo em concentração maior que 3% NaCl), glicose 
+, sacarose – , e urease variável. É anaeróbio facultativo. 
É realizada a sorotipagem para os antígenos O e 
K, onde o primeiro é antígeno somático e o segundo 
capsular, a fim de identificar as cepas. 
 
 
 
 
Vibrio mimicus e Vibrio parahaemolyticus são sacarose – diferindo do Vibrio cholerae, 
que é sacarose +, mas ambos irão crecer sem mudar a cor do TCBS para amarelo, para 
diferenciar, coleta-se as colônias e semeia no ágar Wagatsuma a fim de evidenciar o 
Fenômeno Kanagawa. 
 
D. Vibrio vulnificus: 
Causa diarreia branda e autolimitante. Frequentemente causa infecções extra-
intestinais, apresentando alta mortalidade. 
Se apresenta ver no TCBS 
em função de ser 
sacarose -. 
Três síndromes clinicamente distintas: 
 Quadro septicemico – lesões cutâneas – índice de mortalidade de 70% 
(consumo de pescado, especialmente ostras, sem cocção). 
 Ferimentos X ambiente marinho celulite – ocasionalmente quadro 
septicemico (evolução pode ser fatal). 
 Gastroenterite autolimitada, embora prolongada condições 
debilitantes (consumo abusivo de álcool). 
 
 
 
 
3. FAMÍLIA AEROMONADACEAE: 
São bacilos Gram -, apresentam flagelo polares, não esporulam, são anaeróbios 
facultativos. Glicose, oxidase e catalase positivos, muitas produzem gás. Resistente a O129. 
Crescem em temperaturas na faixa de 4 – 45ºC no pH na faixa de 5,5 – 9,0. 
Apresenta importância econômica, pois arrasa om o cultivo de peixes, uma vez que 
promove o aumento da mortalidade dos mesmos. 
Formam biofilme, podendo crescer em sistemas de tratamentode água, resistindo a 
cloração. São autóctones do ambiente aquático. 
Como fatores de virulência apresentam hemolisinas, proteases, leucocidinas e 
fosfatases, Endotoxinas, Enterotoxinas( citotônicas ≈ cólera – perda intensa de líquido; 
citotóxicas – danos aos enterócitos), Adesinas (aderência às células – Pili tipo IV), Invasinas –
(invasão de células HEp-2 e Caco-2), além da mobilidade. Com esses fatores promove agressão 
das células epiteliais intestinais. 
Principais infecções em humanos: 
 Infecções de ferimentos: subsequente a exposição à água e/ou solo. 
Maior incidência nas estações quentes. 
 Infecções diarréicas agudas e crônicas. 
 
 Septicemia: usualmente associada c/ doenças crônicas (hepatite, 
cirrose, falência renal, leucemia, anemias etc). 
 Infecções do trato urinário, meningites, endocardites, septicemias 
secundárias, otites e infecções oculares (desde conjuntivite branda até úlcera de córnea e 
endoftalmites – normalmente associadas ao uso de lente). 
 
Diagnóstico: 
 
No ágar GSP: 
 
 
 
Usa Ágar Sangue Ampicilina, pois 
Aeromonas spp., são resistentes 
à Ampicilina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. INFECÇÕES SNC 
5. INFECÇÕES TGS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São infecções que apresentam a contaminação 
por via fecal – oral, direta ou por veículo. 
Saliva, lisozima, fluxo e peristaltismo, pH ácido, 
muco, microbiota IgA de mucosa e fagocitose 
são os mecanismos que limitam a fixação das 
bactérias, a fim de impedir a colonização. 
Indivíduos que comem grandes quantidades de 
comida, podem adquirir bactérias no interior 
desta, sem que as mesmas sofram ação do suco 
gástrico, por estarem escondidas na comida. 
 
 
 
 
 
 
Na síndrome desinteriforme 
os mecanismos de invasão 
englobam a penetração dos 
microrganismos nos enterócitos → 
produção ou não de citotoxina → 
destruição das células → localização 
a nível de sub-mucosa. Reação tipo 
inflamatória (migração de 
macrófagos e PMN). Região 
vascularizada. Plexos nervosos. 
Já na síndrome colerifome os 
mecanismos são toxogênicos e englobam a ligação da célula bacteriana a receptor dos 
enterócitos (fator de colonização – CFA I, II, III – pili ou fímbria) → liberação de toxinas → 
ativação do sistema adenil ciclase e/ou guanil ciclase → inversão do fluxo de absorção e 
eliminação de água e eletrólitos → aumento de água na luz intestinal. 
 
De uma forma compartiva, há diarreia contendo mais sangue e pus, precedida por 
cólica, e com menor volume de fezes na síndrome desinterifome, enquanto que na síndrome 
coleriforme, o volume de fezes é maior, bem como a frequência de evacuações e o aspecto 
aquoso das fezes. Como um teste rápido para diferenciação entre síndrome desinteriforme e 
coleriforme é a adição de uma gota de fezes em lâmina, sobreposta com lamínula com azul de 
metileno. Nesse teste não observamos nenhuma célula na síndrome coleriforme, enquanto 
que observamos piócitos e células descamativas na síndrome coleriforme. 
 A família Enterobacteriaceae é composta por bastonetes Gram -, fermentadores de 
glicose com produção de ácido, com ou sem produção de gás. Reduzem nitrato a nitrito e são 
A síndrome 
desinteriforme afeta 
os plexo mioentérico 
e submucoso, 
promovendo diarreia 
com cólica, e 
presença nas fezes de 
sangue, muco e pus. 
oxidase negativas. As espécies mais frequentemente encontradas em diarreias são E. coli 
(EPEC, EIEC, EHEC, ETEC, EAEC), Salmonella, Shigella e Yersinia enterocolitica. 
Yersinia enterocolitica não é um patógeno clássico, cuja presença na rotina laboratorial 
não é frequente, por apresentar caráter psicrófilo para o primeiro crescimento, no qual deve 
acontecer a semeadura e incubação na geladeira. Para o enriquecimento há meio com 
manitol, que deve ser posto na geladeira a 4ºC. O repique deve ser feito para DCA em 7, 14, 21 
e 30 dias a fim de negativar a presença de Yersinia enterocolitica. Após 7 dias na geladeira se 
repica para o DCA, vendo o crescimento no DCA, a temperatura ambiente, em 14, 21 e 30 dias. 
Se houver crescimento, devem ser realizada a triagem e as provas bqm. 
 
A. E.coli: 
 
Algumas cepas intestinais (microbiota) podem causar infecção do trato urinário (Ag K); 
bacteremias ( a partir do trato urinário) e meningites (responsável por 1/3 em neonatos). 
Algumas cepas expressam fatores de virulência, provocando infecções no trato 
gastrointestinal. As cepas que causam doença diarréica apresentam mecanismos patogênicos 
distintos e diferem em relação às suas características epidemiológicas 
 
Acomentem majoritariamente 
crianças. Por isso que é 
importante saber a idade das 
fezes, para direcionar a 
pesquisa . 
Ainda não há EHEC no Brasil. 
 
 
 
a) EAEC: 
Causa diarréia persistente infantil. Semelhante a 
ETEC, diferença está relacionada com aderência não uniforme, 
tendendo a formar agregados. Apresenta a produção de toxina 
semelhante ST e hemolisina e toxinas. Seus sorogrupos não 
definidos. 
 
 
b) EPEC: 
Promove alteração na ultraestrutura das células da mucosa do hospedeiro. Promove 
a formação de pedestal sob as células e alongamento das 
microvilosidades. Causa diarréia e outros sintomas:, que são decorrentes 
da invasão, aumento dos níveis de Ca++ e interferência com absorção de 
água, determinada pela destruição das microvilosidades. Mais invasivas 
que ETEC e EAEC, capazes de causar resposta inflamatória. Diarréia se 
apresenta líquida severa e prolongada com muco, febre e desidratação, 
elevada taxa de mortalidade. Dose infectante baixa em crianças. 
 
c) EIEC: 
Apresenta invasão de células do cólon e disseminação para 
adjacentes. Promove diarréia indistinguível da produzida por Shigella 
sp. Podem produzir SHU (sindrome urêmica hemolítica), 
principalmente em crianças. Causa doença inflamatória da mucosa 
intestinal e da submucosa, com diarréia líquida, dor abdominal 
severa, vômitos, tenesmo, cefaléia, febre, calafrios e mal-estar 
generalizado. Dose infectante: 101 a 102 células.Período de 
incubação: 10 a 18h após ingestão do alimento contaminado. 
 
d) ETEC: 
Apresenta quadro clínico semelhante à cólera, porém, com 
menor severidade. Produção de toxinas LT (Termolábil) e ST 
(Termoestável). Apresenta capacidade de produção de adesinas 
(CFA/I e CFA/II). Causa diarréia líquida, dor abdominal, febre baixa, 
náuseas e mal-estar. Geralmente auto-limitada, durando no máximo 5 dias; crianças e 
idosos debilitados, reposição hidroeletrolítica. Dose infectante: 107 a 1010 células 
(crianças, doses menores). Período de incubação: 12 a 24 horas. 
Suscetibilidade e resistência: imunidade soroespecífica; múltiplas infecções 
com diferentes sorotipos são necessárias para se desenvolver amplo espectro de 
imunidade. 
 
e) EHEC: 
Apresenta produção de toxina “Shiga-like” ou verotoxinas. 
Intimamente relacionadas, em estrutura e atividade, à toxina produzida por 
Shigella dysenteriae. Produzem SHU. Promove quadro agudo de colite 
hemorrágica (grande quantidade de toxina, severo dano a mucosa 
intestinal), apresentando cólicas abdominais intensas e diarréia 
(inicialmente líquida, se torna hemorrágica na maioria dos casos), 
ocasionalmente ocorrem vômitos, febre baixa ou ausente. Doença auto-
limitada, com duração de 5 a 10 dias. Esta infecção pode desencadear um 
quadro de Púrpura Trombocitopênica (PTT). 
 
 
A semeadura é direta, sem enriquecimento, pois apresenta grande quantidade, pois 
E.coli pertence à microbiota, apresentando diferenciação entre as espécies patogênicas e da 
microbiota apenas na sorologia. A probabilidade de encontrar espéciepatogênica aumenta 
quando de pegam 10 colônias. 
 
Presença de pigmento metálico no 
EMB. EMB evidencia as colônias lactose 
+. O pigmento metálico não é exclusivo 
de E.coli. 
Com a utilização de meios de enriquecimento há destruição da microbiota, 
destruindo, portanto, E.coli, sendo inútil a cultura em meio de enriquecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B. Shigella sp. 
Pertence à família Enterobacteriaceae. Bacilos Gram-negativos não produtores de 
esporos e não fermentadores de lactose. Aeróbio facultativo, imóveis, fermentam glicose s/ 
gás – exceto certos sorotipos S.flexneri, são acapsulados – exceto certos sorotipos S.flexneri e 
S.boydii. 
A transmissão se dá pelo contato direto pessoa-pessoa, alimentos e água 
contaminados, através de moscas. Dose Infectante: 10¹ – 10² células Portador: <30 dias. 
Período de Incubação: 1 – 3 dias. 
 
O diagnóstico acontece da seguinte maneira: 
 
Qualquer colônia com detalhe de cor indica que houve a utilização 
da lactose do meio, por isso as colônicas lactose + são coloridas e as 
lactose - são transparentes. 
Coleta: 
fezes durante a fase 
aguda da doença (maior 
probabilidade de 
encontrar o patógeno) 
ou swab retal 
–Espécime 
processado rapidamente 
ou mantido em solução 
glicerol-salina 
tamponada ou meio de Cary & Blair (meio de 
transporte) 
–Diagnóstico: 
•Meios: MacConkey, XLD e SS –18 a 
24 horas em 37ºC 
–Colônia lactose negativas – Kligler 
ou TSI 
–Provas Bioquímicas 
•Testes de aglutinação em lâmina 
com antissoros polivalentes somáticos de grupo. 
 
C. Salmonella spp. 
Bastonetes Gram negativos, anaeróbios facultativos da família 
Enterobacteriaceae. 
 
A patogênse da Salmonelose acontece da seguinte forma: 
Colonização da face apical, com alteração da superfície das células epiteliais 
com penetração das salmonelas no vacúolo. A maioria das bactérias se 
associa e a seguir destrói células M das placas de Peyer. O período de 
latência é seguido de multiplicação celular intensa, após 12-24h a maior 
parte das células apresentam grandes vacúolos repletos de salmonelas. 
Após bacteremia transitória, migram para linfonodos e macrófagos do 
fígado e baço, órgãos os quais apresentam um tropismo particular; Podem 
se multiplicar no fígado e baço, disseminando-se a partir daí para a corrente 
sanguínea. 
 
O diagnóstico da Salmonelose é realizado da seguinte maneira: 
Cultura com identificação de colônias isoladas 
–Meios de cultura e material clínico: 
•Sangue – ágar-sangue 
•Fezes – meios seletivos (ex.:SS, Hektoen, Agar Sulfito de Bismuto) 
–Identificação em gênero e tipo sorológico 
•Gênero – provas bioquímicas (SIM, citrato, Lis,etc.) 
•Sorotipos – sorologia 
 
 
 
 
 
 
 
Ágar SS 
 
 
Ágar SB 
 
 
 
 
 
 
Salmonella thyphi: Febre tifóide: febre, mal-estar, cefaléia, náusea, vômito e dor 
abdominal, podendo ser acompanhada de erupção cutânea. S.Typhi é bastante resistente ao 
frio e ao congelamento, resistindo também ao calor de 60ºC por 1 hora. Pouco resistente a luz 
solar.Bastante sensível ao hipoclorito. 
Transmissão por via fecal-oral, por comida contaminada por portadores durante o 
processo de preparação e manipulação do alimentos (geralmente com alto teor de proteínas, 
saladas cruas, leite, crustáceos). 
Período de incubação: 1 a 3 semanas em geral, em média 2, podendo ser curto como 
três dias e longo até 56 dias em função da dose infectante e da facilidade de proliferação do 
agente em determinados alimentos.Tratamento: Droga de primeira escolha, cloranfenicol. 
Colicistectomia frequente-mente soluciona o problema de portador permanente. 
 
D. Yersinia spp.: 
São bastonetes Gram -, apresentam flagelos peritríquios (22-30°C), são psicrotróficas 
(4 a 40°C), anaeróbios facultativos e oxidase negativa. 
Seu mecanismo de patogenicidade consiste em adentrar pela porta de entrada, que é 
por via oral, com posterior adesão e colonização do íleo. Promovem febre, dor abdominal e 
diarréia (apendicite), produzindo ileíte terminal, linfadenite e enterocolite aguda, com 
manifestações secundárias de eritema nodoso, poliartrite e, com frequência, septicemia e 
endocardite. Está relacionada com surtos de apendicite. 
É o meio que realiza a melhor 
triagem, mas é muito trabalhoso de 
preparar. 
Apresenta textura semissólida na 
parte inferior e sólida na parte 
superior. 
Apresenta indicador de Andrade 
(ácido) e Azul de timol (alcalino), 
apresenta ambos, pois apresenta 
ureia, a qual mediante a preseça da 
urease bacteriana forma amônia e 
alcaliniza o meio. 
Como fatores de virulênica Yersinia spp. apresenta, como na Y. enterocolitica, 
enterotoxina termoestável (Yst) → 25-30°C → patogenicidade nula, proteínas de 
adesão/invasão → YadA, e excreção de proteínas antifagocíticas → Yops. 
O teste de Séreny é o teste que detecta a invasão, e por conta da invasão há a 
síndrome desinteriforme, apesar de ocorrer a produção da enterotoxina, a qual é produzida a 
baixas tempertaturas. 
 
Nos ágar SS e DCA apresenta crescimento em forma de ovo frito. 
 
 
6. COPROCULTURA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. CAMPYLOBACTER: 
São Bacilos Gram –, finos, curvos ou em forma de S, móveis com único flagelo em 1 
ou ambas extremidades (movimento em torno do eixo - saca rolha). 
 Espécies são oxidase + , não fermentam nem oxidam carboidratos. Seu crescimento acontece 
em microaerofilia (5-7 % de O2 , 10% de CO2 e 85% N2) – atmosfera normal 20,95% de O2 , 
0,039% de CO2 e 78,09% N2. 
Zoonose de distribuição mundial! 
Período de incubação : 2 a 10 dias . Doença é autolimitante. Período da infecção: 1 a 7 
dias. O microrganismo é excretado nas fezes durante várias semanas. Infecção depende dos 
fatores do hospedeiro e do patógeno. 
A patogênese acontece da seguinte maneira: 1º coloniza a mucosa intestinal, em 
seguida invade através da superfície epitelial o tecido subjacente, promovendo inflamação na 
lâmina própria e abcessos nas criptas, em função disto há presença de hemácias e leucócitos 
nas fezes. 
A coleta da amostra pode ser 
realizada através de swab retal , por 
evacuação espontânea (Frasco). A amostra 
deve ser processada + rápido possível 
(sensível ao O2). Os meios de transporte 
utilizados são Água Peptonada Alcalina com 
tioglicolato e cistina , meio de Stuart 
modificado e meio de Cary & Blair. 
Nâo há enriquecimento, a amostra é 
semeada diretamente em meio seletivo para 
Campylobacter sp. 
A inclusão dos antibióticos foi crucial 
para o isolamento, pois: Vancomicina = inibe 
cocos Gram +, Polimixina B = inibe 
enterobactérias e Pseudomonas spp, 
Trimetoprim = inibe Proteus spp e cocos 
gram +, Cefalosporina = inibe Enterobacter 
spp, Serratia spp, P. aeruginosa, Proteus spp e Yersinia enterocolitica, Anfotericina B = inibe 
fungos. 
A atmosfera de cultivo deve apresentar substituição de uma atmosfera normal por 
uma mistura apropriada de gases (bomba de vácuo). Para tanto pode-se utilizar geradores de 
gases comerciais. Ex: BBL, Oxoid, Bio-Meriuex e Probac ou geradores opcionais: Passivação do 
Cobre. 
 
 
Na bacterioscopia o diagnóstico presuntivo acontece com 
a visualização dos bacilos em forma de gaivota. São oxidase e 
catalase positivos. 
 
 
 
 
8. INFECÇÕES TRATO URINÁRIO 
9. URINOCULTURA 
10. TESTE DE SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS 
11. IMUNOENSAIOS 
A. AGLUTINAÇÃO: 
Os princípios da reação consistem em: Formação de pontes entre o 
anticorpo e o antígeno, na eficiência dos 
anticorpos IgM. Normalmenteaplicadas 
com antígenos específicos ligados a 
partículas teoricamente inertes. 
Tipos de aglutinação: 
 
Na aglutinação direta 
utiliza-se o antigeno e os anticorpos, a fim 
de que os mesmos se liguem e aconteça a 
aglutinação. Pode acontecer com antígeno comercial 
e anticorpos do soro do paciente. Já na aglutinação 
passiva utiliza-se uma partícula inerte que apresenta 
antígenos em sua superfície e, quando adicionado os anticorpos haverá a aglutinação. 
Há uma série de diluições do antígeno ou do soro do paciente, a fim de 
observar a partir de qual diluição há o início da aglutinação, conferindo o título do teste. 
A aglutinação passiva reversa consiste no inverso das metodologias acima. A 
partícula inerte é revestida com anticorpos e quem será adicionado são os antígenos, ou seja, 
o complexo partícula inerte - anticorpo é comercial e se adiciona o soro do paciente contendo 
os antígenos, os quais quando realizarem a reação antígeno anticorpo irão promover a 
aglutinação. 
 
 
Na inibição da aglutinação há anticopos ou antígenos comerciais e antígenos 
ou anticorpos do soro do paciente, os quais se entratem em contato irão aglutinar. Contudo, 
com a finalidade de não aglutinar há a adição de partícula inerte revestida com antígenos que 
irão se ligar aos anticorpos impedindo a reação antígeno – anticorpo. Os anticorpos deslocados 
da ligação com seu antígeno podem ser ligar ao antígeno da partícula inerte e promover uma 
aglutinação negativa. Ou seja, o resultado será 
positivo quando não ocorrer aglutinação. 
As partículas usadas nas reações de 
aglutinação podem ser hemácias (hemoaglutinação), 
bactérias, gelatina, partículas de carvão, polímeros ou 
látex. 
Na aglutinação com látex, há os 
anticorpos aderidos a partícula de látex e quando o soro do paciente, contendo os antígenos 
for adicionado haverá a aglutinação. 
 
B. TURBIDIMETRIA E NEFELOMETRIA : 
São ensaios que utilizam a dispersão da luz. Ensaios de turbidimetria com 
partículas de látex medem a quantidade de luz 
perdida com auxílio de um espectrofotômetro. 
Os ensaios de dispersão da luz são 
baseados nas características coloidais das soluções, 
respeitando o efeito Tyndal, no qual o comprimento 
de onda se mantém e o efeito de Dispersão 
de Rayleigh-Debye – tamanho da partícula. 
 
Na Nefelometria o tubo 
contendo a amostra é submetido a luz, sem 
filtro, e tal luz é dispersar ao se encontrar 
com o tubo, podendo ser detectada pelo 
fotodetector, o qual está acoplado ao 
analisador que fornecerá as informações 
acerca da amostra. A Turbidimetria apresenta 
um esquema semelhante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C. FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO: 
É um ensaio antigo, servindo de padrão ouro para o desenvolvimento de 
novos testes, pois se conhece todos os 
seus problemas e como resolve-los. 
Consiste na determinação 
do consumo ou não do complemento. 
Para saber se há anticorpo para 
determinado antígeno deve-se inativar o 
complemento presente no soro do 
paciente, com o aquecimento a 56ºC por 
30 min., a fim de identificar se o paciente 
apresenta tal anticorpo, testando isso 
com a utilização de antígeno conhecido e 
titulado. Nesse teste se usa complemento 
titulado de cobaia. O complemento deve 
ser titulado a fim de evitar quantidades 
deficiêntes ou em excesso. O complemento adicionado irá destruir o imunocomplexo 
construido com o antígeno titulado e os anticorpos do soro do paciente. 
Os imunocomplexos e o complemento são solúveis, e para que haja a 
visualização do teste se adiciona o sistema de hemolisina, que consiste em hemácias de 
carneiro com anti-soro de carneiro e, se restar complemento haverá a lise da hemácia, ou seja, 
será dado como teste positivo se não ocorrer lise, indicando que todo o complemento foi 
consumido na reação com o imunocomplexo contendo o anticorpo do paciente e, teste 
negativo, quando houver lise, em qualquer quantidade, indicando que o complemento não foi 
totalmente consumido e atuou no sistema hemolisina de carneiro. 
A sensibilidade do teste depende da qualidade do complemento, do sistema 
hemolisina e de quem esteja realizando a técnica. 
 
D. CH50 e CH100: 
São testes mais ultrapassados, facilmente substituídos por ELISA e 
quimioluminescência. 
São testes que avaliam a atividade da cascata do complemente do indivíduo. 
Pacientes com muitas infecções purulentas e furúnculos, apresentam complemento pouco 
funcionante ou não funcionante. 
As proteínas do complemento são lábeis e, após duas horas da coleta, se o 
soro não for processado haverá 30% de redução em função da ação da via alternativa do 
complemento. A coleta da amostra deve ser do sangue total e sem anticoagulante, com adição 
no banho maria e os primeiros 300µL de soro obtidos já são suficientes para a realização da 
análise. 
Gelo seco é bom para conservar contra a redução do complemento, mas é 
bem difícil de conseguir, além do ácido formado no vapor promover a ativação do 
complemento, se o frasco não estiver bem fechado. Nitrogênio líquido também é uma opção, 
mas também não é fácil de conseguir. 
Esses testes devem ser realizados em duplicata e com controles positivo e 
negativo, pois o sobrenadante e o material do paciente serão lidos no espectrofotômetro. 
Nesse teste a pipetagem é um fato limitante, devendo ser realizada no máximo 5 amostras de 
uma só vez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O objetivo é observar se o 
complemento causa lise no sistema 
hemolisina. Inicialmente foi criado para ver a 
atividade da via clássica do complemente, 
pois não se conhecia a via alternativa, mas 
acaba por avaliar a atividade de todas as vias. 
 
 
 
 
E. AH50: 
É um teste desenvolvido 
para avaliar a atividade da via alternativa do 
complemento e, supõe-se que também 
avalia a atividade da via das lectinas. Não é 
um teste muito requisitado. 
Sua diferença para o CH50 é 
o fato de que o tampão utilizado é GVB + 
EGTA. EGTA é empregado, pois a via 
alternativa trabalha em pH “ácido” (7,1). Se 
utilizam hemácias de carneiro puras e não 
com sistema hemolisina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É mais utilizado em testes para pacientes com câncer e doenças autoimunes, a 
fim de observar se o tratamento está apresentando ações deletérias sobre o complemento. 
 
Tanto AH50 quanto CH50 se apresentarão positivos quando acontecer a lise, e 
negativos quando não apresentar lise, diferente do teste de fixação do complemento. 
 
F. ANTI-ESTREPTOLISINA O: 
Só é válida quando há a comparação dos títulos, fora isso é melhor realizar a 
procura com anticorpos contra DNAse, os 
quais indicam melhor se a infecção está em 
curso. 
 O teste consiste em adição do 
soro do paciente com anticorpos em matriz 
com estreptolisina O comercial,haverá a 
formação do imunocomplexo. Esses 
imunocomplexos serão adicionados em 
sistema com hemácias O- (mas se o paciente 
apresentar Rh +, deve-se utilizar O+), o qual 
será o sistema revelador. Se ocorrer lise, o 
teste será negativo, indicando que o paciente 
não apresenta anticorpos contra 
estreptolisina O e esta hemolisou as hemácias, mas se não ocorrer lise, indica o teste como 
positivo, pois o paciente apresenta anticorpos anti – estreptolisina O, não permitindo que esta 
hemolise as hemácias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É um teste que não identifica a classe do anticorpo. O teste deve ser repetido a fim de 
avaliar se o título aumentou ou diminuir. O grande erroé o fato de que os médicos não 
comparam os títulos e vendo os títulos altos sem comparar, prescrevem sempre antibióticos. 
G. ELISA: 
É um teste que emprega 3 controles: 2 controles positivos e 1 controle negativo, 
principalmente os testes da segunda geração em diante, os quais são realizados em 
microplacas. 
Proteínas são borrifadas na placa, com posterior adição do antígeno que se deseja 
testar, constituem a base dos testes de primeira geração. Nos teste de segunda geração em 
diante se direciona o epítopo para a região que se deseja. 
O conjugado apresenta uma enzima ligada, e esse conjugado é um anticorpo, cuja 
porção FC apresenta a enzima ligada, a qual pode se soltar com agitação e com o tempo. A 
enzima trabalha com substrato, o qual, também é facilmente perdido. Já o material de captura 
presenta na placa dura mais tempo, sendo 
mais estável. 
Nos ensaios homogêneos se adiciona 
os reagentes um sobre o outro, sem 
realização de lavagem para retirar o que 
restou. Com isso há mudança da carga iônica 
e a resposta enzimática é alterada em função 
da resposta imune. 
 
Nos ensaios heterogêneos a cada incubação 
há lavagem para retirada do que restou a cada etapa, 
podendo realizar lavagem por no mínimo 3 e por no 
máximo 6 vezes. Com isso a reação enzimática não 
está diretamente envolvida com a resposta imune. 
A enzima peroxidase é utilizada em testes de 
triagem, pois reagem apenas com determinada 
quantidade de substrato, e nos testes de quarta 
geração há menor erro na avaliação da leitura. Até a 
quarta geração, os testes são usados para 
diagnóstico. No entanto, para o MS, no Brasil todo 
teste de ELISA é de triagem. A 
fosfatase alcalina é uma enzima 
submetida a menos interferência, 
sendo utilizada em testes de 
diagnóstico, independente da 
geração. A fosfatase alcalina sofre 
interferência apenas em meio ácido, 
sendo muito utilizada em kits para 
pesquisa de marcadores tumorais. A 
β – D –Galactosidase também quase 
não apresenta interferência. 
Problema da reação de Elisa: 
 Ligação não específica à fase sólida 
 Alta absorbância do controle negativo 
 Resultados abaixo do esperado para a amostra em estudo 
 Presença de anticorpos heterófilos 
 Presença do Fator Reumatóide 
Na reação cruzada irá depender qual é o antígeno ou anticorpo, por isso que na hora 
que vai comprar um kit peça a bula, se o fabricante não deu a bula é um mau sinal, é regra 
estabelecida por mim. (Exemplo sobre o gasto dele sobre o kit para a pesquisa.)(risos) 
A não especifica é com anticorpo heterofilo? Também, o anticorpo heterofilo é outro 
que fará a reação não especifica é a famosa reação cruzada. Não especifica pode ser anticorpo 
heterofilo, pode ser o kit de má qualidade por não ter o anticorpo de boa qualidade ou não 
tem o antígeno de boa qualidade, por isso antes de comprar o kit verifica o material que tem 
nele, qual o tipo de anticorpo, o controle de qualidade, o fabricante. 
Absorbância do controle negativo alta, isso é típico quando a placa é mal lavada ou 
quando o kit está com a famosa peroxidase que começou a ativar antes então muito colorido 
torna-se positivo. O mais comum para verificar que acontece é realizar uma lavagem (Entre 
cada etapa de incubação há uma lavagem = ensaio heterogêneo (bota o soro do paciente, 
incuba, lava para remover o não ligado)). O resultado abaixo do esperado ou o paciente está 
com problema de pré-zona ou pró-zona, se está procurando antígeno é pré-zona, se é 
anticorpo é o pró-zona. Os ensaios que mais possuem problema são: Sífilis, toxoplasmose, 
anticorpo autoimune, gestante (apresenta pró-zona, pré-zona e anticorpo heterofilo até dizer 
chega). Sífilis e Toxoplasmose produzem anticorpo até dizer chega, a Hepatite B também na 
janela imunológica. 
Sempre que uma mulher chegar ao laboratório perguntar se já menstruou, para 
adequar o ensaio que irá utilizar, perguntar também qual o ciclo. Muito anticorpo heterofilo 
quando o ciclo for irregular. Se houver tantos dias de atraso, desconfia de gravidez, utilizar um 
ensaio mais especifico para evitar os problemas da pré-zona e pró-zona, principalmente no 
primeiro trimestre de gravidez. Na fase de produção de estrogênio é a fase de mais anticorpo 
heterofilo. 
Padrão de fluorescência chamado citoesqueleto é típico de doença autoimune por 
fator reumatoide, o padrão centroamérico é típico de escleroderma, padrão pontilhado ou fino 
é típico de lúpus erimatroso, mas não sistêmico, se é só no núcleo é o sistêmico. O único que 
sabemos que é lúpus sistêmico é o padrão chamado luma, só encontra anticorpos do 
centrômero. 
Anticorpo heterofilo sempre necessita de cuidado principalmente se o paciente 
acabou de apresentar uma melhora na doença, acabou de ter uma gripe, decorrente da 
resposta imunológica primaria. Não utiliza kit de triagem. 
Anticorpo reumatoide, outro que dá problema, porém trata a amostra antes com 
antireumatoide e o heterofilo. Se a reação permitir ou irá aumentar o tempo de incubação, 
pois os anticorpos e os antígenos específicos irão se encontrar ou aumenta em meio grau a 
temperatura de incubação, ativava mais as enzimas e não atrapalha o trabalho. São problemas 
que só se resolvem com base química, porém se o kit não permite modificar o parâmetro não 
adianta. 
O fator reumatoide no final do processo infeccioso é um IgM, se tem um método de 
pesquisa de IgM ou seja captura de anticorpo da classe IgM primária possui um sério risco de 
ter um alto titulo, por isso que assim doenças infecciosas que irá procurar IgA, IgM, quer 
procurar uma classe de anticorpo prefiro que tenha o antígeno para a classe do anticorpo se 
ligue. 
ELE FALOU QUE NÃO IA SE ATER A UM SLIDE POIS É ASSUNTO DE CONCURSO E 
ENCONTRA-SE EM LIVRO. TABELA QUE FALA DE IMUNOENSAIO E QUE OS LIVROS SEMPRE 
COPIAM. (ELE FALOU MAL, FALOU QUE TEM MUITA BABOSEIRA E A SOLUÇÃO SEMPRE É A 
DILUIÇÃO. E SEM DADO DO PACIENTE NÃO SE REALIZA NADA). 
Valor baixo para tudo a solução é o pH tampão. (FEZ UM COMENTÁRIO SOBRE A 
VIGILÂNCIA SANITARIA SOBRE A VALIDADE DO KIT.). E amostra não condizente é o famoso 
anticorpo heterofilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma reação de Elisa que não tem enzima, o único problema a mais é que o anticorpo 
que teremos é necessário titular o conjugado obrigatoriamente, se for automatizado não 
precisa, terá o problema do tampão. 
Variações do ELISA: 
a) IMUNOBLOT ou SPOTBLOT: 
 
Na placa há Ig humana e 2 tipos de antígenos. Quando adicionamos o soro do 
paciente, se este apresentar antígeno, 
cuja Ig é contra, haverá a ligação, mas 
se o soro contém anticorpos contra 
um dos dois antígenos haverá a 
ligação com estes. 
 
Então se adiciona o conjugado, lava-se e 
adiciona-se o substrato, o qual irá conferir cor. É 
um teste para diagnóstico, apenas conferindo a 
informação se há presença ou ausência, não 
funcionando para quantificação. 
 
b) IMUNOCROMATOGRAFIA: 
É um teste utilizado para diagnóstico, mas como o Imunoblot, não funciona para 
quantificação. 
É semelhante ao teste de gravidez de farmácia, mas este não apresenta sistema 
de filtração da amostra 
Na 
imunocromatografia, a 
amostra é filtrada por carga 
elétrica, permitindo a 
passagem apenas dos 
anticorpos desejados. Há o 
anticorpo de captura e o 
conjugado composto de 
enzima e substrato. Quando o 
antígeno se liga ao anticorpo 
de captura ativa o sítio da 
enzima e esta promove a emissão de cor. No entanto, deve-se atentar ao fato de que a zona 
de controle também deve acender. 
 
H. IMUNOFLUORESCÊNCIA: 
Fluorescência é uma reação de Elisa que não tem enzima,apresenta o fluorofilo. O 
principio é o mesmo, você terá o conjugado, só que no lugar da enzima do conjugado, teremos 
uma molécula fluorescente. Podem-se fazer ensaios iluminescente via microscópio, via 
aparelho. Os principais problemas do kit estão no conjugado. Principio básico da fluorescência, 
a molécula quando está conjugada irá emitir um comprimento de onda maior, quando o 
elétron pula de orbita e volta. Não confunda fluorescência com fosforescência, pois essa exige 
excitação elétrica (baixa amperagem elétrica), a fluorescência exige a excitação luminosa. Só 
depois que acaba a excitação luminosa que exibe a fluorescência. 
Dois tipos de fluorescência: 
 1)Direta: Coleta o material do paciente e fixa na lâmina, agora pega o conjugado com 
a molécula fluorescente e incuba, lava 
para remover o que não ficou preso e 
levar ao microscópio que emite a luz no 
comprimento de onda que irá excitar, 
pois depende do fluorofilo. Problemas: 
Cada antígeno para pesquisar necessita 
ter um conjugado diferente, por 
exemplo, um conjugado para 
toxoplasma, um para herpes, um para micobacteria tuberculose, um para zika. É um método 
fácil para fazer, curto, mas é caro. Usamos um contra corante com intuito de inibir 
fluorescência inespecífica do material do paciente da lâmina, exemplo: azul de hevans 
(rendimento alto) e azul de metileno, faz só o fluorofilo emitir luz, não deixa emitir luz as 
demais células presentes. 
 
2)Indireta: A lâmina já apresenta o antígeno fixado, logo é uma busca do anticorpo por 
aquele antigeno. Por exemplo, quero saber se meu paciente tem anticorpos para 
toxoplasmose, compro a lâmina com o 
toxoplasma fixado nela, jogo o soro do 
paciente em cima, incubo, lavo e jogo o 
conjugado (anticorpos para imunoglobulina 
humana), incubo, lavo e levo ao microscópio. 
O que eu tenho a mais aqui? Uma etapa. O 
que eu ganho com essa etapa a mais? Meu 
ensaio fica mais barato, pois meu conjugado 
usado é secundário, única coisa que muda é 
minha lâmina com material fixado. Essa 
reação por mais que seja demorada, é mais 
barata que a imunofluorescência direta. 
HOMOLOGADA EM PADRÃO OURO. O 
anticorpo para imunoglobulina já é marcado com fluorofilo, mas para marcar é fácil, só 
misturar o anticorpo e o marcador e passar em cargas em coluna que fará a ligação. 
 
A indireta e a direta apresentam o mesmo nível de especificidade, depende do 
conjugado, do material e também da experiência em ler. 
O que se espera de um marcador? (Tabela no slide) Ser estável por longo período, a 
maioria não dura muito tempo, em uma hora o fluorofilo se perde; Alta capacidade de 
absorção e rendimento, isso a maioria tem; Não interferir com a reação de anticorpo, quanto 
maior o tamanho do fluorofilo menor a interação com o anticorpo, está mexendo com a carga 
iônica do anticorpo. Os dois mais usados: Fluoresceína, não dura por muito tempo, mas é 
barato; Rodamina. Os menos usados: Proteínas: (azul) aplica em doenças virais por direta 
principalmente, mas também indireta, emite luz 30x mais que a Fluoresceína; Fosforecente: 
não necessita energia eletrica para emitir luz (nome mal dado), extremamente sensível, 
métodos por fish; Umberiferona (substituto da Fluorescína): é instável, rápido, método 
automatizado, barato. 
 
Microscópio hipofluorescente: Luz vem debaixo, mas tem um problema dependendo 
do fluorofilo que estiver utilizando, pois a luz que vem debaixo como ela é excitada passa por 
um filtro de comprimento de onda, tem que ter lentes de quarts permite o comprimento de 
onda adequado se não perde muita resolução, a luz passa pelo condensador, pela objetiva e 
vai para o olho. Filtro azul é proteção para o olho. O microscópio confocal é totalmente 
automatizado, só imagem eletrônica. Microscópio epifluorecente: Luz vem de cima. Quando a 
objetiva está alinhada com o papel, a luz irá bater e quando tira a objetiva não haverá luz. 
(SEGURO, FILTRO PARA EVITAR A LUZ NA RETINA.). 
Como problemas da IF, temos: 
 Sensibilidade do ensaio 
 Operador experiente na leitura das lâminas 
 Lâmpada no final da vida útil 
 Alta concentração de partículas coloidais e proteínas na amostra 
 Alteração do pH do tampão usado ou da glicerina 
 Presença de anticorpos heterófilos e auto anticorpos 
 Conjugado necessita ser titulado 
 
I. ELFIA: 
ELFIA: Usa as mesmas enzimas, só modifica o substrato que irá emitir fluorescência; 
fosfatase alcalina, peroxidase, só apresenta esses substratos por ser mais baratos e mais 
específicos. A enzima precisa quebrar esse substrato para ele produzir luz. Esse método se 
baseia em que? Fará duas leituras: colorimétrica e fluorimétrica, dependendo do fabricante da 
maquina irá aceitar um desvio máximo de cor e luz para validar aquele resultado. Geralmente 
quando a maquina não valida resultado, quer dizer que maquina produziu cor demais e luz de 
menos, logo o aparelho identifica que algo ativou demais a enzima antes, ou seja, a enzima 
começou a trabalhar sem mais nem menos, principalmente a peroxidase. O que pode ter 
ativado? O material do paciente alterado, caiu sabão, algo aconteceu. Vantagem em relação 
ao Elisa: Mais especifico na positividade da reação e na quantificação, ou seja, na precisão. 
Mais utilizado em laboratórios grandes. Problemas: Os mesmo do Elisa e os mesmo da 
fluorescência. Quase sempre é: pH do tampão, tempo de incubação e o anticorpo heterofilo. 
GARANTE MAIOR SENSIBILIDADE. Método permitiu mais parâmetros para garantir precisão. 
 
J. QUIMIOLUMINESCÊNCIA: 
LUMINESCÊNCIA: Enzimoquimoiluminescência. Enzima quebra a molécula para emitir 
luz por excitação química por pouco tempo (segundos). Antigamente precisava de ativação 
química, por exemplo, peróxido de hidrogênio, cobre, paládio, níquel. (catalisadores). 
Atualmente são utilizadas enzimas tais elas: peroxidase, galactoxidase. E a molécula que será 
quebrada pelas enzimas é: acridina, e o resto (mais caros). 
Inventaram sistema de transferência de energia: você tem anticorpo de captura 
marcado com o elemento fluorescente, faz ensaio competitivo onde tem a amostra do 
paciente e uma equivalente a do paciente marcada com luminol. Quando o anticorpo marcado 
com a fluoresceína se liga a molécula com o luminol e tem a ativação enzimática, emite luz em 
um comprimento de onda bem 
maior, e o aparelho detecta os 
dois comprimentos de onda. 
ENSAIO COMPETITIVO COM 
PRECISÃO E EXATIDÃO. 
Totalmente automatizado. 
Enzimas utilizadas: fosfatase 
alcalina, peroxidase, 
galactoxidase. 
 
K. CAMADA FINA: 
ENSAIO DE CAMADA FINA: Ensaio onde você 
gasta menos água no laboratório, Jonhson conseguiu e 
domina o mercado. Associou-se com a Kodak. 
Problemas: Como estabilizar o anticorpo de captura, o 
sistema não é confiável, utiliza a quimioluminescência, 
mas apresenta essa plataforma que a capacidade 
filtrante não funciona bem. (SÓ FALOU ISSO) = 
SISTEMA DE QUIMICA SECA: Cromatografia associada 
à quimioluminescência. A leitura se baseia em luz emitida, em contato com a placa e 
contagem. Variação do Elisa. 
 
L. WESTERN BLOT: 
WESTERN BLOT: Método mais específicos. Quando compra o kit, tem o fracionamento 
todo das proteínas do antigeno. Quebra do antigeno é melhor com enzima, pois será 
uniforme, o ultrassom e carga elétrica irão gerar partículas diferentes, o que leva a menos 
especificidade. Separação em gel de acrilamida, a trama é sempre uniforme, após o 
fracionamento realiza a transferência. Temos dois tipos de transferência: 1)Úmida: A 
membrana é colocada com o gel de acrilamida na cuba para fazer a transferência elétrica (os 
antígenos da acrilamida para o suporte por carga eletrica) e está banhadaem solução tampão. 
NÃO OCORRE DESNATURAÇÃO DAS ENZIMAS. 
2)Seca: Acrilamida, membrana e papel de filtro embebido em solução tampão. Coloca 
um eletrodo em cima e outro embaixo e transfere. Método muito rápido, mas a carga elétrica 
é alta, quando separa saí vapor e as proteínas menores ou termolábeis desnaturam. NÃO TÃO 
ESPECIFICO. Enzimas: peroxidase, fosfatase alcalina, galactoxidase. 
 
SE FOR POR TRANSFERÊNCIA SECA MELHOR NÃO REALIZAR, NÃO DETECTA TUDO 
DEVIDO AS PROTEINAS INATIVADAS POR DESNATURAÇÃO.

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