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O PAPEL DA SOCIOLOGIA NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO resenha

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O PAPEL DA SOCIOLOGIA NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO.
Inicialmente a autora explica quais, as idéias que pretende debater sobre que tipo de homem formar e qual o papel do Ensino Médio e do currículo nessa formação, situando no que a Sociologia contribuiria para a educação escolar. 
A Sociologia só faz sentido se for delimitada dentro de um projeto maior de educação, de formação dos adolescentes, dos jovens e dos adultos. Então, propõe alguns papéis para o Ensino Médio e para a Sociologia em seus currículos. Ela ainda ressalta que, o papel da sociologia no ensino médio é um problema que vem sendo debatido desde os anos de 1940, no Brasil. Em alguns momentos essa questão se torna mais importante entre os cientistas sociais e educadores. E a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDBEN, de 1996, o ensino de sociologia volta a ser pensado, problematizado.
O documento do MEC, de 2004, intitulado “Orientações Curriculares do Ensino Médio”, demonstra um novo patamar de definições de princípios para a reformulação curricular. Assim Ileize enfatiza que o papel da sociologia no ensino médio é algo em construção.
No que se refere ao Ensino Médio no Sistema de Educação Brasileiro, a autora afirma que definir uma identidade para a etapa do Ensino Médio tem sido difícil no Brasil, pois buscava-se preparar para o trabalho restrito ao treinamento funcional, tecnicista e tecnológico. Em meados da década de 1980, as políticas educacionais começam a alterar suas ênfases, ou seja, formar o cidadão, adaptado ao mundo globalizado. A partir de 1995, elabora-se a máxima de que a educação é para a vida.
A escritora lança uma pergunta “Qual deveria ser o papel do Ensino Médio nesse contexto de hegemonia do capitalismo financeiro?” e a responde afirmando que deveria possibilitar um aprofundamento dos conhecimentos científicos, oportunizar experiências na dimensão do trabalho, da ciência e da cultura artística. E ainda salienta que poderia se pensar no trabalho como principio educativo, tendo o trabalho intelectual e artístico como modalidades nos currículos.
O Ensino Médio deve ser de alto nível em termos de conhecimentos científicos, isto porque alguns jovens e adultos concluam o Ensino Médio e não cheguem aos estudos mais especializados e contextualizados dos cursos de graduação, ou seja, o Ensino Médio tem o papel de ajudar os jovens a encontrarem sentidos para suas vidas. 
Para Silva na formação de mulheres e homens é preciso deixá-los capazes de direcionar suas vidas pela razão, pela compreensão racional dos sentidos culturais, da vida, da natureza, pois assim serão tolerantes, democráticos e desenvolverão personalidades que amem a reflexão, a autonomia intelectual contextualizada.
Em relação aos currículos no Ensino Médio Luciana se utiliza de indagações: Que currículo corresponderia a essas concepções de homem, sociedade e educação? A esse projeto de superação da sociedade atual e que fosse em direção a uma sociedade mais justa e humana? Para tanto cita três “modelos” de currículos que vem se mesclando, se sucedendo nas reformas nesse país. O primeiro é o Currículo Tecnicista que regionaliza os conhecimentos agrupando-os em áreas de aplicabilidade tecnológica imediata. O segundo é o currículo cientifico resgata-se as disciplinas tradicionais, o papel do professor como intelectual e o papel da escola como transmissora de uma cultura sofisticada. E por último o currículo das competências, tudo seria resumido em tendências ecléticas que afirmavam que tudo era válido, desde que em currículos flexíveis. Psicologizou o processo de ensino-aprendizagem e valorizou os procedimentos de motivação em detrimento dos procedimentos de ensino de alguma coisa para alguém. O professor mais animado, mais alegre e criativo passa a ser o “bom” professor. Passa-se do professor técnico para o técnico-entretenidor. Para Ileize esse modelo não serve para as concepções que defendo de homem, sociedade e educação.
Quanto a Sociologia nos currículos do Ensino Médio a autora acredita que a Sociologia só fará sentido em um currículo que busque uma educação científica e humanista. O objetivo do ensino de sociologia é o de modificar os padrões de envolvimento e distanciamento dos jovens em relação à vida social. Os olhares dos alunos deverão ser alterados pelos “óculos” das teorias sociais, devemos levar aos alunos o acúmulo de reflexões ou o estado da arte da disciplina não é uma tarefa fácil, porque exigirá recortes, escolhas, delimitações de conteúdos, de teorias, aqui nós podemos ser parciais.
Se organizarmos um currículo para o ensino médio que busque a formação da pessoa humana como eixo orientador, tendo como utopia a concretização de um projeto nacional popular com vistas ao socialismo, os conhecimentos/ciências são os sustentáculos do processo formativo. A Sociologia cumpre um papel fundamental de fornecer instrumentos teóricos_ para os professores, para a escola e para os alunos capazes de elucidar os determinantes da formação humana. Para confirmar o que a autora defende, ela cita algumas experiências para demonstrar que é possível para a Sociologia cumprir um papel mais dinâmico de envolvimento do conjunto da escola e do contexto em que ela está inserida para promover reflexões sobre a sociedade brasileira. 
Silva finaliza seu artigo concluindo que Se o Ensino Médio deverá proporcionar a emergência de personalidades que desejem e ajam para a superação das condições sociais, econômicas e políticas do Brasil, o currículo deverá centrar-se na base cultural, em que a ciência é um dos elementos propulsores, equipando os jovens com repertórios, esquemas, instrumentos, códigos, linguagens, que os emancipe como pensadores e realizadores de suas potencialidades dentro de projetos coletivos.

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