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Aula Introdução à Pedologia Leandro Campos Pinto Lavras – MG Setembro/2017 Referências bibliográficas • Pedologia: base para distinção de ambientes. Mauro Resende, Nilton Curi, Sérvulo Batista de Rezende, Gilberto Fernandes Corrêa, João Carlos Ker. 6ª Edição, 378p. 2014. 19 lições de Pedologia. Igo Lepsch. São Paulo: Oficina de Textos.. 438p. 2011 Referências bibliográficas • Manual de descrição e coleta de solo no campo. SANTOS, R.D.; LEMOS, R.C.; SANTOS, H.G.; KER, J.C.; ANJOS, L.C.; SHIMIZU, S.G. 6 ed. Viçosa. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Guia prático para classificação de solos brasileiros. SANTOS, R.D.; CURI, N.; SHIMIZU, S.H. 2015. Aulas práticas: maior parte em campo, para tanto, venham preparados com roupas leves, que possa sujar, água e com calçados adequados Algumas aulas práticas usaremos ônibus, e sairemos sempre pontualmente. Tentem não atrasar!!! 1) Introdução 1.1) Definições Pedologia: - Pédon, do grego terra ou solo; - é o ramo da Ciência do Solo que integra e quantifica a formação, a qualidade, a classificação, a extensão, a distribuição e a variabilidade espacial dos solos. Os profissionais atuantes nesta área são os PEDÓLOGOS (Sposito & Reginato, 1992) Solo como corpo natural organizado http://en.wikipedia.org/wiki/File:Dokuchaev2.jpg Visilli Vasilevich DOKUCHAEV: estabeleceu as bases da Pedologia 1877: participou de comissão para estudar efeitos de uma seca catastrófica na Ucrânia Mais tarde, leste de Moscou Ucrânia x leste de Moscou (mais frio e úmido): SOLOS DIFERENTES, CLIMAS DIFERENTES SOLOS ORGANIZADOS EM SEÇÕES MAIS OU MENOS HORIZONTAIS http://geography.name/russia-and-the-republics-climate-and-vegetation/ LATOSSOLOS Trópicos R SOLOS APRESENTAVAM DIFERENTES HORIZONTES JENNY (1941): S = f(clima, organismos, relevo, material de origem, tempo) Adaptado de: http://thegrowingseason.files.wordpress.com/2013/05/soil_formation.gif Rocha Rocha Matéria orgânica Rocha começa a se fragmentar Adição de M.O. Diferenciação dos horizontes Solo desenvolvido Fragmentos minerais e matéria orgânica A C Rocha A B C Rocha Formação ou evolução de um solo Solos são corpos naturais constituídos de materiais minerais e orgânicos, organizados em camadas e horizontes, resultantes da ação de fatores de formação, com destaque para a ação biológica, e climática, sobre um determinado material de origem (rochas ou sedimentos) e numa condição de relevo através do tempo Definição de solos, segundo o Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo http://www.fao.org/resources/infographics/infographics-details/en/c/284478/ (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) More information: http://www.fao.org/soils-2015/resources/fact-sheets/en/ SOLOS COMO VARIAM, E COMO SÃO FORMADOS? Morfologia do solo Descrição da aparência do solo no campo (perfil) Características facilmente perceptíveis pela visão ou tato Morfologia do Solo Constituição, cor e textura Constituição do solo Ar ~ 25% Água ~ 25% Orgânico ~ 5% Sólidos ~ 50% Solo: material fragmentário e poroso água ar raízes Matéria orgânicaargilaareiabactéria Argila negativamente carregada troca cátions com a solução do solo Ca2+ Mg2+ Mg2+ K+Ca2+ Ca2+ NO3 - Cl- FASE LÍQUIDA OU SOLUÇÃO DO SOLO Solução do solo interage com as outras fases formando um sistema FASE GASOSA OU ATMOSFERA DO SOLO FASE SÓLIDA - ORGÂNICA Rocha: agregado natural de minerais Minerais: composto cristalinos, formados por átomos de elementos químicos ou íons (átomo ou grupo de átomos com carga elétrica) Cristalinos: minúsculas partículas de matéria (íons) arranjados de forma ordenada, de forma sistemática em todas as direções caulinita O Si Al FASE SÓLIDA – INORGÂNICA ou MINERAL A fração mineral pode ser constituída de partículas de tamanhos variáveis, desde argila até matacões Fração argila Na fração argila ocorrem muitos fenômenos Um deles é o da troca iônica – que é o fenômeno mais importante para a humanidade, depois da fotossíntese Existem duas cargas na natureza: positiva e negativa A fração argila e outras frações, como o silte, porém em menor quantidade, podem apresentar essas duas cargas As cargas negativas, que estão na superfície dos minerais de argila e da matéria orgânica, são capazes de adsorver íons com cargas opostas (cátions): Ca2+, Mg2+, K+, H+ Esses cátions adsorvidos podem ser substituídos, isto é, trocados Capacidade de troca de cátios - CTC A fração argilosa dos solos é composta principalmente de argilas silicatadas e oxídicas- óxidos As argilas silicatadas se formam pelo arranjo de duas unidades básicas: tetraedros de sílica e octaedros de alumínio Lâminas tetraedrais (representadas pelo trapézio) e lâminas octaedrais (representadas pelo retângulo) que ocorrem associadas, pelo compartilhamento de oxigênios, formando camadas Essas camadas podem ocorrer pela junção de uma lâmina de tetraedros com uma de octaedros (argila 1:1) ou duas lâminas de tetraedros e uma de octaedros (argila 2:1), que é a composição de vários tipos de argila silicatada Tetraedro Octaedro As cargas negativas das argilas são originadas dos seguintes modos: 1. substituição isomórfica: quando um cátion de menor valência substitui o Si no tetraedro ou o Al no octaedro. Por exemplo: se o Fe2+ entra no lugar do Al3+, no octaedro, haverá a sobra de uma carga negativa; https://www.youtube.com/watch?v=a7lwfRe6M2Y Cursos Solos e Agroecologia Fe2+ ou Mg2+ Octaedro Al 2. como as lâminas dos octaedros e tetraedros não se prolongam indefinidamente, na quebra (beirada) pode haver um desequilíbrio de cargas não satisfeitas, conferindo carga negativa às partículas; 3. finalmente, verifica-se na estrutura do octaedro, nos vértices do mineral, a presença de hidroxilas, as quais, por dissociação, originam cargas negativas • Avaliação de perfis Morfologia do solo IBGE (2015) Perfil descrição, corte vertical no solo: um resumo de informações que um indivíduo solo contém IBGE (2015) Exame do perfil é o principal método de classificação do solo Expõem horizontes – seções paralelas à superfície que diferem das adjacentes por morfologia, física, química, biológica e mineralógica IBGE (2015) Horizonte vs. Camada Horizontes e camadas: Representados pelas letras O, A, B, C, E, F, H, R REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Obrigatórias: IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico de pedologia. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 430 p. Download disponível: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/sistematizacao/manual_pedologia.shtm> LEPSCH, I. F. 19 Lições de pedologia. São Paulo: Oficina de textos, 2011. 456p. RESENDE, M.; CURI, N.; REZENDE, S.B.; CORREA, G.F.; KER, J.C. Pedologia: base para a distinção de ambientes. 6. ed. Lavras: Editora UFLA, 2014. p.201-222. Complementares: RIBEIRO, M.R.; OLIVEIRA, L.B.; ARAÚJO FILHO, J.C. Caracterização morfológica do solo. In. KER, J. C.; CURI, N.; SCHAEFER, C. E. G. R.; TORRADO, P. V.: Pedologia Fundamentos. 1. ed. Viçosa, Minas Gerais: SBCS, 2012. 343 p. SANTOS, R.D.; LEMOS, R.C.; SANTOS, H.G.; KER, J.C.; ANJOS, L.H.C.; SHIMIZU, S.H. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 6. ed. rev. ampl. – Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013. 100p.
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