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Francisco das Chagas Gomes – 201202199216
 PRATICA SIMULADA I - SEMANA 7
CASO CONCRETO 7
(36º Exame de Ordem – OAB/RJ – 2ª Fase – Peça Profissional – Civil) - modificado Marcos, brasileiro, pedreiro , casado, domiciliado na rua Bérgamo 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba – SP, caminhava por uma rua de Recife – PE quando foi atingido por um aparelho de ar-condicionado manejado, de forma imprudente, por Roberto, comerciante e proprietário de uma padaria. Encaminhado a um hospital particular, Marcos faleceu após estar internado por um dia. Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda trágica do seu esposo, deslocou-se até Recife – PE e transportou o corpo para Araçatuba – SP, local do sepultamento. O falecido não deixou filhos. Sabe-se, ainda, que Mauro tinha 50 anos de idade, era responsável pelo seu sustento e de sua esposa e conseguia obter renda média mensal de um salário mínimo como pedreiro. Sabe-se, também, que os gastos hospitalares somaram R$ 3.000,00 e os gastos com transporte do corpo e funeral somaram R$3.000,00. No inquérito policial , após o laudo da perícia técnica apontar como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado, Paulo foi indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. A viúva procura você advogado para buscar em juízo o direito à indenização pelos danos decorrentes da morte de Marcos. Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado (a) procurado (a) pela família de Marcos, a petição inicial da ação judicial adequada ao caso, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes.
EXORDIAL(Peça Inicial)
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE ARAÇATUBA-SP
	
	MARIA, viúva e representante legítima do Sr. Marcos, brasileira, residente e domiciliada na Rua Bérgamo, nº 123, apt. 205, na cidade de Araçatuba – SP, inscrita no registro geral sob o correspondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas sob o Nº___________, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração a costada aos autos, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERI AIS, CUMUL ADO COM PENSÃO POR MORTE, EM FACE DE ROBE RTO, comerciante, brasileiro, residente na Rua dos Diamantes, n° 123, Recife – PE, cujo cadastro nos registros gerais de pessoas físicas é ignorado, PE LOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS 
JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR: 
I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICI ÁRIA 
	Requer a Autora, sob o arrimo do que expressa a lei nº 1.060 de 1950, do artigo 98 e seguintes do CPC e do artigo 5º, LXXIV da CF, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista de que a mesma não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. 
 
I.III. DA COMPETÊNCI A DO JUÍZO 
	É competente o p resente foro p ara a propositura da ação em tela, tendo em 
vista as circunstâncias originárias da ação, o homicídio culposo já reconhecido por sentença judicial. A vista disso, e conforme expressão exposta no artigo 53 do nosso código de processo civil cabe ao auto r a possibilidade de escolher propor a ação para reparação de dano tanto em seu domicílio quanto no local onde ocorrera o fato. Nesse sentido: 
Art. 53. É competente o foro: (...) 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
a) de reparação de dano; 
 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de 
reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de 
veículos, inclusive aeronaves. (CPC/2015) 
 
 
II. DOS FATOS
	O presente caso tem como tem como início o f ato de que o Sr. Marcos, 
esposo da Senhora Maria, ora Autora, enquanto caminhava por uma Rua na cidade de Recife – PE, fora a tingido por um aparelho de ar -condicionado que era manejado pelo Sr. Roberto, ora Réu, que é comerciante e proprietário de uma padaria localizada no loca l aludido. O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após e star internado por um dia. A senhora Maria, esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda repentina e trágica do seu esposo, tivera que se deslocar até a cidade de Recife – PE para poder efetivar o translado do corpo de volt a para casa, na cidade de Araçatuba – SP, onde ocorrera o sepultamento. O falecido não deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de idade , era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro. Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00, junto com os gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor consolidou -se em mais R$ 3.000,00. Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. 	O Senhor Paulo fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
III. DO MÉRITO
III. I. DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
	Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. 
Paulo sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto sabidamente pesado, que a depender da altura em que caia, pode d e to do certo machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando n aquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu , nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro , valendo ainda ressaltar o teor das disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos: 
- Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 - Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
- Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. (CC).
	O f ato é extremamente triste e toma contornos ainda mais lamentáveis 
quando a vítima, um senhor já de 50 anos, era o único provedor financeiro de sua companheira, a Sra. Maria. O parco dinheiro que conseguia, que jamais ultrapassava o valor de um salário mínimo, f uto de muito esforço de trabalhos 
como pedreiro, não trouxe qualquer luxo ou conforto na vida do casal. E naquele momento, depois de ter perdido tão repentinamente o seu marido, a Senhora Maria vira-se devedora de u m valor de R$. 6.000,00, já se incluindo os gastos com funeral e transladodo corpo. 
	Cabe lembrar que o episódio do caso em tela fora objeto de ação penal, quando se d eu por sentença o reconhecimento da responsabilidade culposa do Réu no ocorrido, isto é, este fora condenado como autor de homicídio culposo . A vista disso, de modo feliz, o código civil traz os reflexos que a condenação penal tem em uma eventual indenização em ação civil reparatória. A disposição é expressa no artigo 948 do código civil brasileiro, ao nitidamente aduzir sobre o que 
consiste indenização. Veja-se:
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, 
sem excluir outras reparações: 
I - no pagamento das despesas com o tratamento da 
vítima, seu funeral e o luto da família; 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o 
morto os devia, levando-se em conta a duração provável 
da vida da vítima. (CC)
	Deste modo, ínclito Julgador, nota-se que o caso é passível de indenização afim de que mitigue as despesas que a Senhora Maria sofrera, e que a mesma não é capaz de saldar. Não tão somente são devidos os valores dos gastos referentes ao funeral e translado do corpo, de ordem de seis mil reais, mas também se resta cabido uma reparação contínua, do luto e das graves dificuldades que a Autora certamente virá a sofrer ao continuar , a gora sozinha, 
sua vida. Dito isto, requer-se, por ocasião de to dos os danos sofridos e vindouros, a concessão d e pensão de caráter alimentício a viúva por período proporcional a duração de vida que a vítima teria, qual se ja 74 anos de idade como média de vida no Brasil, segundo dados do IBGE , em prestação de valor equivalente ao salário mínimo ou, como vossa Excelência julgar, mostre-se adequado a senhora Maria para manter-se em uma vida digna.
IV. DOS PEDIDOS
 Por todo o exposto, juntamente com a efetiva condenação do réu, desde logo, a Autora requer: 
I.O ressarcimento das despes as sofridas no valor de R$ 6.000,00, nos termos do artigo 948 do CC, devidamente corrigidos com juros e correção monetária, acrescido com o estabelecimento de obrigação de indenizá-la pelas perdas e danos materiais suportados; 
II.A concessão de pensão alimentícia em valor equivalente ao salário mínimo ou 
conforme o Magistrado julgar adequado, contanto que este não chegue a se r menor; que a pensão deva permanecer até a data em que o falecido completaria 7 4 anos de idade, qual seja no dia em que seria o seu aniversário no ano 2041; 
III.Protestar em prova r o alegado por to dos os meios de provas em direito admitidos; 
IV. Deixar expresso a não possibilidade para audiência de mediação e conciliação; 
V.Condenação ao pagamento dos Honorários advocatícios em 20% sob re o valor da causa (art. 85 do CPC), b em como nas custas processuais a serem fixadas. 
VI. O deferimento do pedido d e justiça gratuita, visto que a mesma é pobre na forma da lei.
Dar-se-á o valor da causa em R$ 6.000,00 (seis mil reais). 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Fortaleza-CE, segunda-feira, 21 de abril de 2017.
FRANCISCO GOMES
OAB/CE XX.XXX-X

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