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UNIVERSO – GO – PENAL I – PROFA. MAXIMILIANA – EXS. PREPARATÓRIOS PARA V1 I- ASSINALE V OU F E FUNDAMENTE JURIDICAMENTE SUA RESPOSTA 1. ( ) Responde pelo crime de dano culposo o agente que por imperícia destruir o muro do vizinho com seu carro. (verifique o CP) 2. ( ) Antônio, durante a madrugada, subtrai, com emprego de chave falsa, o automóvel de Pedro. Depois de oferecida a denúncia pela prática de crime de furto qualificado, mas antes do seu recebimento, por ato voluntário de Antônio, o automóvel foi devolvido à vítima. Nesse caso, pode-se afirmar a ocorrência de desistência voluntária. 3. ( ) João decide por um ponto final em suas desavenças com o vizinho André. Prepara seu revólver e se dirige à residência do desafeto, onde o encontra terminando o jantar. Ao lhe apontar a arma, é impedido por Maria que chegara naquele instante e que, valendo-se do elemento surpresa, consegue eficazmente desarmar João e evitar o disparo. A qualificação técnico-penal da ação de João é tentativa imperfeita de homicídio. 4. ( ) Em regra, os crimes comissivos podem ser praticados por omissão, salvo aqueles em que é necessária uma atividade do agente. São elementos do crime comissivo por omissão a abstenção da atividade que a norma impõe, a superveniência do resultado típico em virtude da omissão, a ocorrência da situação da qual deflui o dever de agir. 5. ( ) Ao crime consumado é possível que se apliquem os institutos da desistência voluntária e do arrependimento eficaz 6. ( ) Os crimes omissivos são aqueles em que o agente viola dever de conduta, imposto pela norma, devendo iniciar a prática de um ato concreto para que ele se materialize. São condições para a ocorrência dos crimes omissivos o conhecimento da situação típica, da qual surge o dever e a possibilidade psíquica real de realizar a ação ordenada. 7. ( ) Pedro, pedreiro, caminhando por uma estrada deserta escuta gritos por socorro e verifica que há pessoa em desespero dentro de um poço abandonado. Providencia corda para salvar a pessoa, mas verifica tratar-se de perigoso e procurado bandido da região. Desiste do salvamento e afasta-se do local. Dias depois o cadáver é encontrado por outra pessoa. Pedro praticou omissão de socorro, tratando-se de conduta omissiva própria. 8. ( ) João, decidido a matar sua namorada Maria, leva-a a passeio de barco. Durante o passeio Maria tropeça, desequilibra-se e cai no lago, morrendo afogada em face da inércia de João, que nada faz para salvá-la, apesar de saber nadar, ter salva-vidas a bordo e não correr risco pessoal. Nessa hipótese, João praticou conduta omissiva própria, devendo ser imputado pela prática de omissão de socorro qualificada pela morte. 9. ( ) Na tentativa branca ou incruenta, o agente não atinge o objeto material do delito, apesar de praticar atos de execução nesse sentido. 10. ( ) Ao tipificar o crime de lesão corporal seguida de morte, o art. 129 par. 3º CP contempla uma hipótese de crime preterdoloso. 11. ( ) Crimes omissivos impróprios são aqueles em que o agente, por deixar de fazer o que estava obrigado, produz o resultado. 12. ( ) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza responderá pelo crime consumado, com causa de redução de pena de um a dois terços. 13. ( ) Maria não pratica crime de aborto se, por negligência, ingerir substancia abortiva que leve à morte do feto. CONSULTE O CP 14. ( ) “Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória” (269). Este delito pode ser classificado como omissivo impróprio, norma penal em branco, material, além de admitir tentativa. 15. ( ) A conduta compreende o fato humano voluntário e o involuntário. 16. ( ) Pedro praticou agressão violenta e dolosa contra José, que em seguida veio a falecer, entretanto em decorrência de caso fortuito. Nesse caso, é correto afirmar que Pedro praticou crime de lesão corporal seguida de morte. 17. ( ) Maria foi às compras e quando partiu subtraiu a sacola de outra freguesa, julgando ser a sua. Ao perceber o que fizera, Maria voltou à loja. A hipótese caracteriza arrependimento posterior, ensejando causa obrigatória de redução de pena (art. 16 CP). 18. ( ) Confrontando o arrependimento eficaz e a desistência voluntária, é correto afirmar que enquanto o primeiro isenta o agente dos atos típicos praticados anteriormente, a segunda não produz essa isenção. 19. ( ) A legislação não faz diferença entre tentativa perfeita e imperfeita no que se refere à aplicação da pena em abstrato. Todavia, quando da imposição da sanção em concreto, o magistrado deve considerar a ocorrência de uma ou de outra espécie de tentativa. 20. ( ) Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano, 300 kg de cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado em vigor uma nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes. Sobre o caso sugerido, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, deve ser aplicada a lei mais benéfica ao agente, qual seja, aquela que já estava em vigor quando o agente passou a ter a droga em depósito. 21. ( ) João e Joaquim, com o intuito de obter dinheiro para a aquisição de passagens para os EUA, decidiram falsificar notas de real e colocá-las no mercado em troca de notas verdadeiras. De fato, utilizando-se de software emprestado, produziram várias notas de 50 e 100 reais. A falsificação, entretanto, por ter ficado grosseira, não enganou ninguém. A eles deve ser imputado o crime de moeda falsa (art. 289 CP), pois, mesmo não tendo enganado ninguém, ficou evidenciado o dolo de obter vantagem econômica ilicitamente. 22. ( ) Em águas territoriais do Brasil, a bordo de um navio mercante que ostentava a bandeira da Argentina, dois argentinos, tripulantes da embarcação, envolveram-se numa briga que resultou no óbito de um deles. Nessa situação, aplicar-se-á a lei penal brasileira, em razão do princípio da territorialidade. 23. ( ) Durante uma discussão, João, inimigo de Ivan, seu cunhado, deu uma facada na barriga de seu rival, com intenção de matá-lo. Após o primeiro golpe pensou em sua irmã e optou por interromper sua ação, sabendo que a facada não seria suficiente para matá-lo. Neste caso, Theodoro não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento. 24. ( ) Os crimes omissivos são aqueles em que o agente viola o dever jurídico de agir, imposto pela norma, e basta a desobediência ao comando da norma para caracterizar o delito. São condições para a ocorrência dos crimes omissivos o conhecimento da situação típica da qual surge o dever e a possibilidade física real de realizar a ação ordenada. 25. ( ) Lindo, fiscal da receita federal, solicita de um contribuinte uma quantia em dinheiro para poupar-lhe uma multa1. Lindo promete entregar a quantia mas adverte a polícia que faz uma prisão em flagrante, no momento da suposta entrega do dinheiro. O fato narra o crime de corrupção passiva tentado. CONSULTE O CP 26. ( ) Marcelo dirigia na velocidade regular em uma via expressa. Uma pessoa, decidida a suicidar-se, atira de um viaduto quando o auto passava por baixo, vindo a óbito. Conforme a teoria finalista, ainda que tenha agido sem dolo ou culpa, a conduta de Marcelo é considerada típica, uma vez que descrita no Código Penal. 27. ( ) Em alto-mar, a bordo de uma embarcação de recreio que ostentava a bandeira do Brasil, Peter, americano, praticou um crime de latrocínio contra Pierre, francês. Nessa situação, aplicar-se-á a lei penal americana, em face do princípio da personalidade. 28. ( ) Paulo agrediu Laura, causando-lhe sérias lesões em seu rosto que provocaram várias cicatrizes. Após o tratamento inicial, Lauradecidiu submeter-se a uma cirurgia plástica para minimizar as marcas, mas durante o procedimento teve uma reação alérgica à anestesia que a levou a óbito. Considerando que o CP brasileiro adota a teoria da equivalência dos antecedentes, pode-se afirmar que a Paulo será imputada a prática das lesões corporais seguida de morte. 29. ( ) Pratica crime culposo o agente que, sem a intenção de matar, causa lesão corporal na vítima que acaba vindo a óbito, desde que evidenciado que o agente não tenha tido a intenção de matar, nem assumido o risco do resultado. 30. ( ) A diferença entre os crimes omissivos próprio e impróprio é que, no primeiro, a obrigação de agir decorre da norma; ao passo que, no segundo a obrigação é resultado de um especial dever jurídico de agir. Se a mãe deixa de alimentar o filho, que morre em decorrência dessa omissão, pratica o crime de homicídio. Se um terceiro pratica a mesma conduta, pratica o crime de omissão de socorro qualificada. 31. ( ) Mário, 17 anos, saiu com o automóvel de seu genitor Pedro, com a anuência deste que acreditava que seu filho dirigia muito bem, e envolveu-se em grave acidente automobilístico que, em face de excesso de velocidade, deu causa à morte de Maria. Nesse caso, Pedro praticou conduta omissiva imprópria, devendo ser imputado pela prática de homicídio culposo. 1 Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, (...) vantagem indevida. Pena: reclusão de 02 a 12 anos. 32. ( ) Guilherme, funcionário público de determinada repartição pública do Estado do Paraná, enquanto organizava os arquivos de sua repartição, acabou, por desatenção, jogando ao lixo, juntamente com materiais inúteis, um importante livro oficial, que veio a se perder. Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Guilherme configura crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, art. 314 CP. II – ANALISE AS SEGUINTES CONDUTAS OU SITUAÇÕES: 1. À LUZ DAS REGRAS DE APLICAÇÃO DA LEI NO ESPAÇO: Alguém publica em uma página pessoal na rede mundial de computadores, fotos de crianças e adolescentes (entre 8 e 16 anos) nuas ou em situações que denotam atividade sexual. O Ministério Público não conseguiu, ainda, desvendar a identidade do autor, mas tem provas de que as fotos estão disponíveis em um site controlado por uma empresa estrangeira. Conseguiu provar, também, que foram disponibilizadas na rede mundial de computadores por meio de um computador situado no Brasil e que todos os acessos a tais fotos ocorreram por meio de computadores também situados no Brasil. 2. À LUZ DAS CONCAUSAS: Maria, usuária de anticoagulante, foi atingida por um golpe de canivete no braço por ação de Vanda, sua inimiga. Vanda, que não tinha dolo de matar, mas sabia da condição de saúde específica de Maria, sai da cena do crime sem desferir outros golpes, estando Maria ainda viva. No entanto, algumas horas depois, Maria morre, pois, apesar de a lesão ser em local não letal, sua condição fisiológica, em razão do medicamento que tomava, agravou o seu estado de saúde. 3. À LUZ DAS MODALIDADES DE CONDUTA: Pedro, 17 anos, saiu com o automóvel de sua genitora Maria, com a anuência desta que, tendo ensinado o filho a dirigir, sabia de sua competência e seriedade. Pedro, entretanto, envolveu-se em grave acidente automobilístico que, em face de excesso de velocidade, deu causa à morte de uma pessoa. 4. À LUZ DAS REGRAS DO DIREITO PENAL SOBRE APLICAÇÃO DO DIREITO PENAL NO TEMPO: A Lei Geral da Copa do Mundo de futebol (Lei 12.663/12) estabelece em seu artigo 30 o crime “reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer Símbolos Oficiais de titularidade da FIFA – Pena de detenção de 3 meses de detenção ou multa”. No mesmo texto legal, em seu artigo 36, é estabelecido que este tipo penal terá vigência até o dia 31/12/2014. Paulo cometeu o crime acima descrito no mês de julho de 2014, foi preso, passou a responder processo penal mas só foi julgado em abril de 2016. 5. À LUZ DAS REGRAS DE APLICAÇÃO DO DIREITO PENAL NO TEMPO: Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. João foi a julgamento em março de 2016. 6. À LUZ DA TEORIA DO CRIME: Marcia, revoltada com a traição de seu marido, decide matá-lo. Por volta das 22h, o marido deita para ver futebol na sala da residência do casal e adormece. Acreditando estar o marido dormindo, Márcia desfere 10 facadas em seu peito, mas arrepende-se imediatamente e liga para o hospital. Os médicos constatam a morte do marido e o laudo de exame cadavérico evidencia a causa da morte tinha sido um infarto fulminante, ocorrido antes das facadas. 7. À LUZ DA TEORIA DO CRIME: João, ao chegar em sua residência, constatou o desaparecimento de um relógio que havia herdado de seu falecido pai. Suspeitando de um empregado que acabara de contratar para trabalhar em sua casa e que ficara sozinho por todo o dia no local, João registrou o fato na Delegacia própria, apontando, de maneira precipitada, o empregado como autor da subtração, sendo instaurado o respectivo inquérito em desfavor daquele “suspeito”. Ao final da investigação, o inquérito foi arquivado a requerimento do Ministério Público, ficando demonstrado que o indiciado não fora o autor da infração. Considere que João deu causa à instauração de inquérito policial em desfavor de empregado cuja inocência restou demonstrada. Analise a conduta de João2. 2 Art. 339. Denunciação Caluniosa - Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000) Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. III. Conceitue, com linguagem técnica, os seguintes institutos do Direito Penal Brasileiro: a) Conduta Finalista; b) Culpa Consciente; c) Crime consumado; d) dolo eventual; e) dolo direto; f) Culpa Inconsciente; g) Diferença entre dolo eventual e culpa consciente; h) tentativa; i) consumação; j) adequação típica por subordinação imediata e mediata; l) Arrependimento posterior e eficaz; m) Desistência voluntária; n) crime impossível 3 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
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