Buscar

Resumo da aula 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Filosofia da Educação / Aula 3 - Filosofia medieval – Parte I
Antes de estudarmos a Filosofia da Idade média, vamos contextualizar o período medieval:
De modo geral, pode-se dizer que o tema mais importante da filosofia medieval, foi a relação de fé e razão. 
A idade média foi um período profundamente teocêntricos, seus filósofos foram todos homens religiosos. Assim, o objetivo central de sua reflexão foi via de regra análise das diferenças e da relação entre os dogmas aceitos pela fé e as verdades descobertas pela razão. 
Razão + Fé = Filosofia Fé ≠ Razão
A imagem negativa da Idade Média é entendida pela transição entre os clássicos e os novos tempos, movimento que culmina no humanismo renascentista, procurando recuperar as glórias da antiguidade greco-romana.
Filosofia medieval - (A fase final da Filosofia Medieval (séculos XI e XV) equivale ao desenvolvimento da escolástica e a criação das universidades.)
1 – A filosofia de São Tomás de Aquino, que se aproximou dos textos de Aristóteles, resultou numa nova contribuição para o desenvolvimento da escolástica. 
2 – Posições controvertidas que foram assumidas na Filosofia, na Teologia e na Política. 
3 – O conhecimento de questões que aproximavam a Teologia da Filosofia, investigando racionalmente os fundamentos da fé cristã. 
4 – A presença da tradição aristotélica na Europa ocidental. 
5 – O pensamento do Santo Agostinho
6 – A transição do helenismo para o cristianismo.
Nascimento da Filosofia cristã
1. A religião cristã originária do judaísmo surge e se desenvolve no contexto do helenismo. A cultura ocidental da qual somos herdeiros até hoje é a síntese entre o judaísmo, o cristianismo e a cultura grega.
2. O helenismo permitiu a aproximação entre a cultura judaica e a filosofia grega, que tornou possível, mais tarde, o surgimento de uma filosofia cristã. Em Alexandria, essas culturas conviveram e se integraram, de forma que se falavam várias línguas na região. Nessa época, foi possível encontrar uma aproximação entre a cosmologia platônica e a narrativa da criação do mundo.
3. Inicialmente, o cristianismo não se distinguia claramente do judaísmo. Ele era visto como uma seita reformista dentro da religião da cultura judaica.
4. Para os gregos, o príncipe divino operava no mundo, essa visão influenciou fortemente o desenvolvimento da filosofia cristã.
5. É em São Paulo que encontramos a concepção de uma religião universal. Ele defendia a necessidade de pregar a todos. Esta é uma diferença básica em relação ao judaísmo e as demais religiões da época.
Alguns fatos históricos que contribuíram para o nascimento da Filosofia cristã
- Podemos dizer que a cultura de língua grega hegemônica permitiu a concepção de uma religião universal, que corresponde, no plano espiritual e religioso, a concepção de império no plano político e militar. Essa concepção foi consolidada com o batismo do imperador Constantino, em 337, e com a institucionalização do cristianismo como religião oficial. Entretanto, não havia ainda uma unidade no cristianismo. 
A beira da morte, Constantino pediu a seu amigo e conselheiro espiritual, o bispo Ariano Eusébio, para batiza-lo e absorve-lo do pecado. 
- A Filosofia grega teve uma importância fundamental no processo de unificação do cristianismo, quando as discussões levaram a formulação de uma unidade doutrinária hegemônica, ortodoxa. Os primeiros representantes dessa filosofia cristã pertenceram a, assim, chamada escola neoplatônica cristã de Alexandria. 
A escola de Alexandria usava uma teologia com base na interpretação da Bíblia, formada pela combinação entre a erudição filosófica grega e as verdades fundamentadas no evangelho. 
- Uma questão que acompanhou todo o pensamento medieval foi o conflito entre razão e fé, que era foco de tensão permanente. Diversos concílios fixaram a doutrina considerada legítima e condenaram os que não aceitavam esses dogmas expulsando-os da igreja. 
A igreja era umas das instituições que tinham mais poderes na sociedade medieval, utilizando-se dessa dominância para disseminar a doutrina cristã nesse período. 
 
A Filosofia grega se uniu de maneira definitiva a tradição cristã. A lógica e retórica forneceram meios de argumentação; e a metafísica de Platão e Aristóteles forneceu conceitos chaves (substância, essências, etc.), em função dos quais questões teológicas eram discutidas. 
SANTO AGOSTINHO: Foi um dos grandes pensadores cristãos (a mãe era cristã, mas o pai era pagão). A sua experiência filosófica e teológica se estendeu até o período moderno.
Três aspectos fundamentais desse pensador que contribuíram para o desenvolvimento da Filosofia;
1- A formulação das relações entre a teologia e filosofia; razão e fé.
2- A criação da teoria do conhecimento com ênfase na questão da subjetividade e da interioridade. 
3- A elaboração da teoria da história que foi desenvolvida na monumental cidade de Deus.
Santo Agostinho pode ser considerado o primeiro pensador a desenvolver uma noção de uma interioridade que prenuncia o conceito de subjetividade do pensamento moderno.
Encontramos no pensamento de Santo Agostinho a oposição interior/exterior e a concepção de que a interioridade é o lugar da verdade: é olhando para a sua interioridade que o homem descobre a verdade pela iluminação divina.
	
A teoria da iluminação divina vem substituir a teoria platônica, explicando o ponto de partida do processo de conhecimento e abrindo o caminho para a fé.
	
	
Santo Agostinho viveu em tempos conturbados: a ruína do mundo antigo, a decadência do Império Romano, as invasões dos bárbaros pagãos.
Ele mostrou que os eventos históricos devem ser interpretados à luz da revelação, que a cidade divina prevalecerá, já que a história tem uma direção.
Desenvolvimento da Escolástica
O termo escolástica designa todos aqueles que pertencem a uma escola ou que se vinculam a uma determinada escola de pensamento e de ensino. Veja alguns fatores históricos que contribuíram para o seu desenvolvimento. 
As culturas bárbaras que se estabeleceram na Europa Ocidental não tinham conhecimento e, nem tampouco, interesse pela Filosofia. Só a partir do século IX, cinco séculos após a morte de Santo Agostinho, a situação começa a mudar.
Em 529, São Bento fundou, na Itália, a ordem monástica beneditina, diferente das ordens monásticas das igrejas orientais, que eram exclusivamente contemplativas. Graças aos monges copistas foram preservados os textos da antiguidade clássica greco-romana, nas bibliotecas.
Progressivamente, o mundo europeu ocidental começava a se reestruturar. A primeira grande tentativa de reestruturação aconteceu no natal do ano 800, quando o papa Leão III, convidou Carlos Magno para ir à Roma e lá o consagrou imperador do sacro império romano germânico. Após a morte de Carlos Magno, seu império foi dividido entre o seu filho e os sucessores deste, levando a uma nova fragmentação política, que gerou grandes conflitos.
É, portanto, em torno dos séculos XI e XII que vamos assistir o surgimento da chamada escolástica. Neste contexto, aparece a famosa querela entre a razão e a fé que percorre toda a Filosofia Medieval. No entanto, o desenvolvimento da Filosofia torna-se possível devido à difusão de consolidação das escolas nos mosteiros e catedrais.
- SANTO ANSELMO: É considerado o primeiro grande pensador da escolástica. Ele elaborou sua Filosofia buscando articular a razão e a revelação, a fé e o entendimento. 
- Santo Anselmo deu sua principal contribuição à Filosofia na formulação do famoso argumento ou prova antológica (Essa prova concilia razão e fé, aquilo que a fé nos ensina pode ser entendido pela razão e a Filosofia nos ajuda a argumentar em favor disso. Esses aspectos caracterizam bem o estilo da escolástica em utilizar a Filosofia).
- A conclusão de Santo Anselmo é que não se pode pensar a inexistência de um ser do qual nada maiorpode ser pensado. Desse modo, fica provada a existência de Deus.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes