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Gestão Tributária I

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Gestão 
Tributária I 
2º. Semestre/2017
SUMÁRIO
1.	DIREITO TRIBUTÁRIO	5
1.1 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA	7
1.1.1 Tributos da União	7
1.1.2 Tributos Estaduais	8
1.1.3 Tributos Municipais	8
1.2 DIVISÃO DE ESPÉCIES DE TRIBUTOS:	9
1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS	9
2 . GESTÃO TRIBUTÁRIA	10
2.1 FUNÇÕES E ATIVIDADES DA GESTÃO TRIBUTÁRIA	10
3.	GESTÃO TRIBUTÁRIA DO ISS	11
3.1 LOCAL DOS SERVIÇOS	11
3.2 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA	11
3.3 CONTRIBUINTE	12
3.4 FATO GERADOR	12
3.5 BASE DE CÁLCULO	12
3.6 PRAZO DE RECOLHIMENTO E PERÍODO DE APURAÇÃO	13
3.7 CONTABILIZAÇÃO DO ISS	13
4.	ASPECTOS BÁSICOS DO ICMS/IPI	16
4.1 NÃO-CUMULATIVIDADE	16
4.2 SELETIVIDADE	16
5.	GESTÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS	17
5.1 IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO (ICMS)	17
5.2 CONTRIBUINTE	17
5.3 FATO GERADOR OU INCIDÊNCIA DO ICMS	17
5.4 BASE DE CÁLCULO	18
5.5 NÃO CUMULATIVIDADE DO ICMS	20
5.6 PRINCIPAIS CRÉDITOS DO ICMS	20
5.7 SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DO ICMS	21
5.8	ALÍQUOTAS DO ICMS	23
5.9 BENEFÍCIOS FISCAIS DO ICMS	28
5.9.1	Não Incidência	28
5.9.2	Isenção	29
5.9.3	Redução da Base de Cálculo	29
5.9.4	Suspensão	29
5.9.5	Diferimento	30
5.9.6	Industrialização Efetuada Para Terceiros	30
5.9.7	Prazo de Recolhimento e Período de Apuração	30
6	SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO ICMS	30
6.1 MODALIDADES	30
6.2 CONTRIBUINTE SUBSTITUTO E SUBSTITUÍDO	31
6.3 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SUBSEQUENTE	31
6.4 BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA	32
6.5 CONTABILIZAÇÃO DAS VENDAS POR CONTRIBUINTE SUBSTITUTO	36
6.6 substituição tributária com redução na base de cálculo	37
6.6.1 Operação Própria	37
6.6.2 Operação Própria e Base de Cálculo da Substituição Tributária	38
6.7 CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO – INDÚSTRIA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL	38
6.8 AQUISIÇÃO INTERESTADUAL	39
7 CRÉDITO DO ICMS NA COMPRA DE ATIVO PERMANENTE (CIAP)	41
8	GESTÃO TRIBUTÁRIA DO IPI	46
8.1 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS	46
8.2 CONTRIBUINTE	46
8.3 FATOS GERADORES	46
8.4 BASE DE CÁLCULO	46
8.5 ALÍQUOTAS	46
8.6 PERÍODO DE APURAÇÃO	47
8.7 CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO	47
8.7.1 Transformação	48
8.7.2 Beneficiamento	48
8.7.3 Montagem	48
8.7.4 Acondicionamento ou Reacondicionamento	48
8.7.5 Renovação ou Recondicionamento	48
8.8 EQUIPARAÇÃO À INDÚSTRIA	48
8.9 NÃO SE CONSIDERA INDUSTRIALIZAÇÃO	49
8.10 SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DO IPI	51
8.11 IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS	52
9 GESTÃO TRIBUTÁRIA PIS/PASEP E COFINS	52
9.1 PIS/PASEP	52
9.2 COFINS	53
9.4 REGIME DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA	53
9.4.1 Base de Cálculo Incidência Cumulativa	54
9.4.2 Cálculo e Contabilização do Pis/Pasep e da Cofins Regime de Incidência Cumulativa	55
9.5 REGIME DE INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA	56
9.5.1 Dos Créditos	56
9.5.2 Base de Cálculo Incidência Não Cumulativa	58
9.5.3 Cálculo e Contabilização do Pis/Pasep e da Cofins Regime de Incidência Não Cumulativa	59
9.6 CONTRIBUINTES DO PIS/PASEP COM BASE NA FOLHA DE PAGAMENTO	62
9.6.1 Alíquota e Base de Cálculo do Pis/Pasep com Base na Folha de Pagamento	62
9.6.2 Exemplo de Cálculo e Contabilização do Pis/Pasep sobre a Folha de Pagamento	63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	64
UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
DIREITO TRIBUTÁRIO
Direito Tributário é um ramo do direito administrativo que estuda os princípios e as regras aplicadas ao exercício do poder de tributos do Estado Democrático de Direito.
Em outro conceito podemos dizer que Direito Tributário é a disciplina da relação entre o Tesouro Público e o contribuinte, resultante da imposição, arrecadação e fiscalização dos tributos.
No direito tributário é importante observação dos atos editados pelos entes tributantes (Lei, Decretos, Portarias, Instruções Normativas etc..) os quais obedecem a uma hierarquia, ficando o que denomina fonte do direito.
A hierarquia das leis é representada da seguinte forma:
Poder Contribuinte Originário:
Constituição Federal;
Emendas à Constituição;
Leis Complementares a Constituição;
Leis Ordinárias;
Leis Delegadas;
Medidas Provisórias;
Decretos Legislativos;
 Resoluções;
 Constituição Federal 					
A Constituição Federal é a lei que sobrepõe às demais leis, sendo que está é lei máxima no nosso país.
Emendas à Constituição
São os atos que visam alterar a própria Constituição Federal, suprindo ou alterando o seu texto original.
Leis Complementares à Constituição
São lei que complementação a Constituição Federal, disciplinando detalhes que seriam pequenos para constarem na Constituição Federal, e grande demais para serem lançados em uma Lei Ordinária.
Leis Ordinárias
São as leis que, efetivamente, instituem ou criam, aumentam, reduzem, extinguem os tributos, baseados no princípio da legalidade, determinado a sua natureza ou fato gerador, e todos os demais aspectos formais.
Leis Delegadas
São aquelas elaboradas pelo Presidente da Republica por delegação do Congresso Nacional, dentro de certos limites.
Medidas Provisórias
São normas instituídas pelo Presidente da República (em caso de urgência ou relevância), com força de lei, que são submetidas ao Congresso Nacional para a sua aprovação ou não, no prazo de sessenta dias.
Se aprovadas são convertidas em leis (ordinárias) imediatamente, caso contrário perde a eficácia desde a data de sua publicação.
Decretos Legislativos
São atos essencialmente administrativos, sobre assuntos de gestão interna, mesmo quando produzam efeitos ao público externo.
Sendo assim, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados editam Decretos Legislativos, com o objetivo de disciplinar suas próprias atividades.
E também pelo Decreto Legislativo que são introduzidos os Tratados e Convenções Internacionais no sistema normativo.
Resoluções
São atos privativos do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Nacional, não necessitando de sanção presidencial.
1.1 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
A constituição federal atribui competência para cada ente da federação para instituir os impostos, os quais são distribuídos da seguinte forma:
1.1.1 Tributos da União
Compete a União instituir impostos sobre: (art. 153 da CF/88)
a) Imposto de Importação – II;
b) Imposto de Exportação – IE;
c) Imposto de Renda e Provento de Qualquer Natureza – IR
d) Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI;
e) Imposto Sobre Operações de Financeira – IOF;
f) Imposto Sobre propriedade Territorial Rural – ITR;
g) Imposto Sobre Grandes Fortunas, nos termos de lei complementar.
Além dos impostos compete a União instituir as seguintes contribuições:
a) Contribuições Previdenciárias;
b) Cide Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos combustíveis (fuel-oil), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível;
c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 
d) Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP;
e) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS.
1.1.2 Tributos Estaduais
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (art.155 da CF/88)
Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos – ITCMD;
b) Operações relativo à circulação de mercadoria e sobre prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior – ICMS;
c) Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotores – IPVA.
1.1.3 Tributos Municipais
Compete aos Municípios instituir sobre: (art.156 da CF/88) 
a) Propriedade Predial E Territorial Urbano – IPTU; 
b) Serviços De Qualquer Natureza – ISSQN;
c) Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis – ITBI
O Código Tributário Nacional define tributoda seguinte forma:
“Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em Lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
A União, Estados, Municípios e o Distrito Federal, podem por Lei, instituir os tributos de sua competência e estes são denominados Sujeitos Ativos, ou seja, quem recebe o Tributo. Já quem paga esses Tributos, as pessoas físicas e as pessoas jurídicas, são denominados Sujeitos Passivos.
Exemplo:
RECEBE					 PAGA
Sujeito Ativo 				Sujeito Passivo
- União					 - Pessoa Física
- Estados				 - Pessoa Jurídica
- Distrito Federal
- Municípios
1.2 DIVISÃO DE ESPÉCIES DE TRIBUTOS:
Os tributos são divididos em cinco espécies:
Impostos – Serve para atender as necessidades gerais da Coletividade. O benefício não é individual, e sim para a toda a comunidade.
Taxas – Utilizadas para retribuir o ônus inerente ao exercício regular do poder de polícia e os serviços específicos e divisíveis (coleta de lixo, licenciamento de veículos, taxa de inspeção sanitária, etc).
Contribuições de melhoria – São aquelas instituídas em razão de valorização do particular, em função da realização de uma obra pública. (Prefeitura construiu uma Praça próxima de um terreno particular e valoriza o local do particular).
Empréstimos compulsórios – São instituídos visando atender as calamidades públicas ou guerra externa e investimento público relevante para o interesse nacional.
Contribuições – Que objetivam a regulamentação da economia, os interesses de categorias profissionais e o custeio da seguridade social e educacional.
1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS
Diretos, são aqueles em que o valor econômico da obrigação tributária é suportado exclusivamente pelo contribuinte sem que o ônus seja repassado para terceiros. Os impostos diretos incidem sobre o patrimônio e a renda, e são considerados tributos de responsabilidade pessoal. Exemplo: IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA e etc.
Indiretos, são aqueles em que a carga financeira decorrente da obrigação tributária é transferida para terceiros ficando sujeito passivo obrigado a recolher o respectivo valor, mas o ônus fica transferido para outrem. Os impostos indiretos são aqueles que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são repassados para o preço, pelo produtor, vendedor ou prestador de serviço. Exemplo: IPI, ICMS, ISS, COFINS e etc.
O Sistema Tributário de Arrecadação, ou seja, a arrecadação dos tributos divide-se em: Federal, Estadual e Municipal.
2 . GESTÃO TRIBUTÁRIA
	Pode-se entender gestão tributária como:
	Ramo da administração responsável pelo gerenciamento dos tributos incidentes nas diversas atividades de uma empresa, ou grupo de empresas, adaptando ao dia a dia empresarial as obrigações tributárias, de forma a não expor a entidade às possíveis sanções fiscais e legais ou apurar o valor justo do tributo.
2.1 FUNÇÕES E ATIVIDADES DA GESTÃO TRIBUTÁRIA
	Escrituração e Controle
	Orientação
	Planejamento Tributário
	Escrituração fiscal das atividades do dia a dia da empresa e dos livros fiscais.
	Orientação, treinamento e constante supervisão dos funcionários do setor de tributos.
	Estudo das diversas alternativas legais para a redução da carga fiscal, tais como:
	Apuração dos tributos a recolher, preenchimento das guias de recolhimento e remessa para o departamento de contas a pagar.
	Orientação fiscal para as demais unidades da empresa (filiais, fábricas, centro de distribuição, departamentos), visando padronizar procedimentos.
	Todas as operações em que for possível o crédito tributário, principalmente em relação aos chamados impostos e contribuições não cumulativos (ICMS, IPI, PIS e Cofins);
	Controle sobre os prazos para os recolhimentos.
	
	Todas as situações em que for possível o deferimento (postergação) dos recolhimentos dos tributos, permitindo melhor gerenciamento do fluxo de caixa;
	Assessoria para a correta apuração e registro do lucro tributável do exercício social, conforme os princípios de contabilidade.
	
	Todas as despesas e provisões permitidas pelo fisco como dedutíveis no cálculo do lucro tributável.
	Assessoria para o correto registro contábil das provisões relativas aos tributos a recolher
	
	
GESTÃO TRIBUTÁRIA DO ISS
O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é um tributo de competência dos municípios e do Distrito Federal, que incide sobre os serviços prestados pelas empresas – pessoas jurídicas ou pelos profissionais autônomos, está previsto no art. 156, III, da Constituição Federal de 1988 e incide sobre a prestação de serviços relacionados em Lista anexa à Lei Complementar nº 116/03.
3.1 LOCAL DOS SERVIÇOS
 	A Lei Complementar 116/03 no seu art. 3º. estabelece que o imposto é devido no local do estabelecimento prestador ou, no domicílio do prestador, ou seja, onde está a sede da empresa que prestou o serviço. As únicas exceções são as previstas nos itens I a XXV do art. 3º da Lei Complementar 116/2003.
3.2 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Para efeitos de tributação do ISS, será considerado responsável tributário aquele a quem for atribuída à obrigação de pagar o imposto incidente na prestação de serviço, substituindo o prestador nessa obrigação. Os responsáveis tributários foram eleitos em três categorias:
1 – Pelo tipo de serviços tomado ou intermediário;
2 – Pelo tipo de tomador dos serviços;
3 – Pela origem dos serviços, ou seja, se for do exterior o responsável tributário é quem contrata o serviço através de retenção na nota fiscal.
A retenção do ISS é feita pela pessoa contratante ou tomadora de serviços que deverá descontar do valor a ser pago ao prestador o montante equivalente ao imposto e, posteriormente, recolhê-lo aos cofres do município por meio de documento de arrecadação.
Dessa forma, o imposto devido será retido e recolhido pelo responsável, pessoa física ou jurídica.
3.3 CONTRIBUINTE
 É o prestador de serviços, ou seja, aquele que presta serviços. Podemos considerar prestador de serviços o profissional autônomo (pessoa física) ou a pessoa jurídica, inclusive a sociedade de fato que exerce em caráter permanente ou eventual, quaisquer das atividades referidas na lista de serviços contida na Lei complementar nº 116/2003. 
3.4 FATO GERADOR
 	O fato gerador do ISS é a prestação de serviços, seja por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços previstos na lista anexa a Lei Complementar 116/03.
 
3.5 BASE DE CÁLCULO
Em regra, a base de cálculo é o preço do serviço, assim considerada a receita bruta a ele correspondente.
Todavia, para os serviços prestados por profissionais autônomos e sociedades de profissionais, (escritório de contabilidade, escritório de advogados, etc.), o valor da base de cálculo está determinado pela legislação, ou seja, por profissional e não sobre o valor dos serviços. Tem um valor fixo para todos os profissionais.
A alíquota do ISS varia de acordo com o tipo dos serviços prestados ou tomados pelos contribuintes. A Lei Complementar 157/2016 fixou a alíquota mínima do ISS em 2% (dois por cento), a partir da data da sua publicação. A alíquota máxima do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei Complementar 116/2003, com isso o governo visa acabar com a guerra fiscal entre os municípios.
3.6 PRAZO DE RECOLHIMENTO E PERÍODO DE APURAÇÃO
	
	Depende do regulamento de cada município. Na cidade de Marília, o prazo para o recolhimento é o décimo dia do mês seguinte ao de apuração que é mensal.
3.7 CONTABILIZAÇÃO DO ISS
	Apresenta-se um caso prático para facilitar entendimento de contabilização do ISS.
	Durante o mês de fevereiro, a empresa Serviços S/A, prestou serviços a prazo no valor de R$ 10.000,00, com tributação de 5%, ou seja, R$ 500,00 de ISS, conforme nota fiscal abaixo:
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	PREFEITURA MUNICIPAL DE MARÍLIA
	Número da Nota - Série000000001427-1
	 
	
	SECRETARIA MUNICIPAL DA FAZENDA
	Autenticidade
	 
	
	 
	6KI-S3QS
	 
	
	NOTA FISCAL ELETRÔNICA DE SERVIÇOS
	Data de Emissão
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	13/02/20X1
	PRESTADOR DE SERVIÇOS
	CPF/CNPJ: XX.XXX.XXX/0001-00 CCM: 12345
	Nome/Razão Social: SERVIÇO S/A
	Endereço: RUA BONFIM, 275
	Município: MARILIA UF: SP
	TOMADOR DE SERVIÇOS
	Nome/Razão Social: TOMADORA DE SERVIÇO LTDA
	CPF/CNPJ: 11.111.111/0001-11 CCM: 23456
	Endereço: RUA DO APRENDIZADO, 500
	Município: MARILIA UF: SP
	DISCRIMINAÇÃO DE SERVIÇOS
	Serviços Prestados
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	
	Situação de Tributação
	
	Tributada no Prestador
	Código do Serviço
	Vr Total das Deduções
	Base de Cálculo
	Alíquota (%)
	Vr do ISS (R$)
	 
	10.000,00
	5
	500,00
	VALOR TOTAL DA NOTA = 10.000,00
	
Modelos de documentos fiscais somente para fins didáticos
A contabilização, em fevereiro será:
Contabilização da Receita Bruta:
D – Clientes (Ativo Circulante)..................................................................R$ 10.000,00 
C – Receita Prestação de Serviço (Conta de Resultado)............................R$ 10.000,00
Contabilização do ISS 
D – (-) ISS (Conta de Resultado)...................................................................R$ 500,00 
C – ISS a Recolher (Passivo Circulante).......................................................R$ 500,00
Na demonstração do resultado do mês de fevereiro, as despesas com o ISS devem ser apresentadas como redutora do grupo de receitas com a prestação de serviços, como segue:
	(+) Receita Bruta
	R$
	Prestação de Serviço
	10.000,00
	(-) Deduções da Receita Bruta
	
	ISS
	(500,00)
	(=) Receita Líquida com a Prestação de Serviço
	9.500,00
Quando o tomador do serviço estiver obrigado a recolher o imposto, assumindo a característica de responsável pelo tributo, o exemplo de contabilização do gasto é o seguinte:
D - Despesas com Serviços de Terceiros (Conta de Resultado)..............................R$ 9.500,00
C – Fornecedores (Passivo Circulante)...................................................................R$ 9.500,00
D – Despesas com Serviços de Terceiros (Conta de Resultado).............................R$ 500,00
C – ISS Retido a Recolher (Conta de Resultado)....................................................R$ 500,00
ASPECTOS BÁSICOS DO ICMS/IPI
4.1 NÃO-CUMULATIVIDADE
Efetiva-se a não-cumulatividade, o momento da apuração do valor do imposto a ser pago. As entradas/recebimentos geram um crédito e as saídas ou prestações de serviços geram um débito.
A não-cumulatividade serve para não haver bi-tributação, ou seja, não recolher/pagar duas ou mais vezes pelo mesmo tributo.
O cálculo dos tributos que utilizam o princípio da não-cumulatividade é composto pelos débitos subtraindo os créditos.
Débitos = a recolher (devedor) = Saídas
Créditos = a compensar (credor) = Entradas
Se os Débitos > Créditos = a Recolher
Se os Créditos > Débitos = a compensar
Nos tributos que iremos estudar podemos dizer que o ICMS, IPI, PIS e a COFINS das empresas de tributação pelo LUCRO REAL, em regra geral, obedecem aos critérios da não-cumulatividade.
4.2 SELETIVIDADE
	A Constituição Federal através do § 3º, I, do art. 153 determina que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será seletivo, em função da essencialidade do produto.
	Em relação ao ICMS a constituição Federal através do § 2º, III, do Art. 155 determina que poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e serviços.
	
GESTÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS
5.1 IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO (ICMS)
	O imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) é um imposto estadual, portanto somente quem tem a competência para instituí-lo são os governos dos Estados e do Distrito Federal, conforme previsão no art. 155, II, da Constituição Federal de 1988.
	As normas constitucionais complementares desse imposto estão previstas na Lei Complementar nº. 87/96, com alterações posteriores e pelo Decreto 45.490/2000 atual regulamento do ICMS do estado de São Paulo.
5.2 CONTRIBUINTE
É qualquer pessoa que realize com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações relativas à circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte intermunicipal e interestadual e comunicação, ainda que as operações se iniciem no exterior.
5.3 FATO GERADOR OU INCIDÊNCIA DO ICMS
	De acordo com art. 2º. da Lei complementar 87/96 o ICMS incide sobre:
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
§ 1º O imposto incide também:
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; 
II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.
5.4 BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo é o valor atribuído pela legislação, em que será aplicada à alíquota correspondente ao produto, como regra geral, a base de cálculo do ICMS é o valor da operação.
Entretanto, por existir diversas possibilidades de transações e de variáveis fiscais, a base de cálculo pode ser composta por outros valores.
No ato da compra de qualquer mercadoria o ICMS já estará incluso no preço que será pago ao fornecedor. Da mesma forma, quando a mercadoria for revendida, o preço que será pago pelo cliente também inclui a parcela correspondente ao ICMS.
O recolhimento desse tributo corresponderá à diferença entre o ICMS pago aos seus fornecedores, nas compras de mercadorias e o ICMS cobrado dos seus clientes, nas vendas de mercadorias.
Isso significa dizer que o ICMS está sempre incluído no preço das mercadorias adquiridas e que corresponde a um imposto não cumulativo.
A base de cálculo do ICMS é calculada no momento que é emitida a nota fiscal. A fórmula para o cálculo é a seguinte:
BCICMS = VM + DA – DC, onde.
BCICMS = Base de cálculo do ICMS
VM = Valor das mercadorias
DA = Despesas acessórias
DC = Desconto concedido
Portanto, para emissão do documento fiscal direcionado a outros contribuintes do ICMS, o destaque na nota fiscal será efetuado aplicando a alíquota do imposto sobre o valor da mercadoria acrescida das despesas acessórias e deduzidas dos descontos incondicionais.
O frete será acrescentado quando o transporte for efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.
O IPI será acrescentado quando direcionado a não contribuintes ou quando a operação realizada entre contribuinteso produto não for destinado à industrialização ou à comercialização.
Assim, quando o comprador pergunta o preço de uma mesa para escritório, por exemplo, o vendedor não diz, mas entende-se que haverá uma incidência do ICMS.
Esse tributo estará incluso no preço e será destacado no corpo da nota fiscal que será emitida pelo vendedor. Considerando que o preço seja de R$ 200,00 e que a alíquota nominal de ICMS seja de 18%, o valor do imposto será de R$ 36,00.
Na realidade, de acordo com o funcionamento de cálculo “por dentro”, o ICMS não é cobrado apenas sobre o valor da mercadoria, mas também sobre ele próprio. No exemplo acima, a alíquota efetiva de ICMS é 21,95%, que é o resultado de R$ 36,00 em relação a R$ 164,00 e não 18% sobre R$ 200,00.
Exemplo de Cálculo:
	Custo da mercadoria sem imposto
	R$ 164,00
	Alíquota Nominal do ICMS
	18%
	Cálculo numérico para inserir o imposto na sua base (Percentual) 100 -18 = 82
	82 / 100 = 0,82
	Cálculo do ICMS por dentro
	164,00 / 0,82
	Base de cálculo do ICMS
	R$ 200,00
	Valor do ICMS a ser recolhido
	R$ 200,00 x 18% = R$ 36,00
	Alíquota Efetiva do ICMS
	R$ 36,00 / R$ 164,00 = 0,2195 X 100 = 21,95%
5.5 NÃO CUMULATIVIDADE DO ICMS
O ICMS é um imposto não cumulativo. Faz-se o credito do valor que foi debitado na operação anterior, conforme previsão do regulamento do ICMS nos diversos estados brasileiros.
O RICMS/SP determina que, com base no principio da não cumulatividade, o contribuinte poderá́ se creditar do ICMS relativamente à entrada, real ou simbólica, de mercadoria em seu estabelecimento ou prestação de serviço tomado, desde que as saídas subsequentes sejam tributadas pelo imposto.
Para fins de apropriação do credito do ICMS, a escrituração deve ser efetuada pelo valor nominal, o que significa pelo valor destacado no documento fiscal, não sendo admitida a atualização do referido valor.
5.6 PRINCIPAIS CRÉDITOS DO ICMS 
 É permitido o crédito do imposto referente à aquisição de:
Matéria-prima; 
Insumos; 
Produtos intermediários; 
Material de embalagem; 
Mercadorias adquiridas de terceiros para revenda;
Serviço de transporte referente aos produtos adquiridos para aplicação no processo produtivo ou para revenda, bem como o transporte de mercadorias saídas do estabelecimento, que tenha o remetente como tomador de serviço; 
Energia elétrica aplicada no processo produtivo; ou quando sua utilização resultar operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; 
Combustíveis e lubrificantes para consumo no processo produtivo ou revenda; 
Serviços de telecomunicações quando tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza; quando sua utilização resultar operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; 
Devoluções e retornos.
	O direito ao crédito extingue-se em cinco anos contados da data de emissão do documento fiscal.
ALGUMAS DEFINIÇÕES LEGAIS:
Imposto Devido: é o resultante da aplicação da alíquota sobre a base de calculo de cada operação ou prestação sujeita à incidência do tributo;
Imposto Anteriormente Cobrado: é o imposto destacado no documento fiscal de compra;
Documento Fiscal Hábil: é aquele que atende todos os requisitos da legislação, devendo ser emitido por contribuinte regularmente inscrito.
Para facilitar o entendimento do funcionamento da sistemática de apuração do imposto a pagar, da escrituração do credito de ICMS e da não cumulatividade desse imposto, vejam as seguintes operações com compra e venda de mercadorias em determinado período.
5.7 SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DO ICMS
 
Contabilmente, nosso exemplo, no mês de janeiro, teria os seguintes lançamentos:
Compra de Mercadorias a Prazo
D – Estoques (Ativo Circulante)…..........................................................R$ 500.000,00
C – Fornecedores (Passivo Circulante)..................................................R$ 500,000,00
D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante).................................................R$ 90.000,00
C – Estoques (Ativo Circulante)................................................................R$ 90.000,00
Venda de Mercadorias a Prazo
D – Clientes (Ativo Circulante)...............................................................R$ 700.000,00
C – Receita de Vendas (Conta de Resultado).......................................R$ 700.000,00
D – (-) ICMS S/ Vendas (Conta de Resultado).......................................R$ 126.000,00
C – ICMS a Recolher (Passivo Circulante).............................................R$ 126.000,00
Baixa do Custo das Mercadorias Vendidas
D – CMV (Conta de Resultado)..............................................................R$ 410.000,00
C – Estoques (Ativo Circulante)..............................................................R$ 410.000,00
Apuração do ICMS
D – ICMS a Recolher (Passivo Circulante)...............................................R$ 90.000,00
C – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante).................................................R$ 90.000,00
Resumo das Operações ICMS
Saídas – DÉBITO DO ICMS_________________________________R$ 126.000,00
Entradas – CRÉDITO DO ICMS_____________________________ (R$ 90.000,00)
SALDO DEVEDOR / ICMS A RECOLHER ______________________R$ 36.000,00
Em resumo, teríamos como resultado:
	Receita de Vendas
	700.000,00
	(-) ICMS S/ Vendas
	(126.000,00)
	(-) CMV
	(410.000,00)
	(=) Resultado
	164.000,00
No Balanço, a apresentação seria o seguinte:
	Clientes
	700.000,00
	
	Fornecedores
	
	500.000,00
	ICMS a Recolher
	
	36.000,00
	Resultado
	
	164.000,00
	
	700.000,00
	700.000,00
 ALÍQUOTAS DO ICMS
Para a correta aplicação da alíquota do ICMS devemos observar se a operação é interna ou interestadual.
Alíquotas Internas
Estão expressas nos artigos 52 a 56-C do RICMS/SP, e variam conforme a essencialidade da mercadoria, isto é, quanto mais essencial o produto menor a sua carga tributária e vice-versa.
A seguir alguns produtos com suas respectivas alíquotas:
	Operações
	Alíquotas
	Nas operações ou prestações internas, ainda que iniciadas no exterior. (geral)
	18%
	Operações com energia elétrica:
	
	Em relação à conta residencial que apresentar consumo mensal de até 200 (duzentos) kWh;
	12%
	Em relação à conta residencial que apresentar consumo mensal acima de 200 (duzentos) kWh
	25%
	Quando utilizada no transporte público eletrificado de passageiros;
	12%
	Nas operações com energia elétrica utilizada em propriedade rural, assim considerada a que efetivamente mantiver exploração agrícola ou pastoril e estiver inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS.
	12%
	Preservativos classificados no código 4014.10.0000 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias do Sistema Harmonizado - NBM/SH
	7%
	Ovo integral pasteurizado, ovo integral pasteurizado desidratado, clara pasteurizada desidratada ou resfriada e gema pasteurizada desidratada ou resfriada.
	7%
	Embalagens para ovo "in natura", do tipo bandeja ou estojo, com capacidade para acondicionamento de até 30 (trinta) unidades.
	7%
	Serviços de transporte
	12%
	Ave, coelho ou gado bovino, suíno, caprino ou ovino em pé e produto comestível resultante do seu abate, em estado natural, resfriado ou congelado
	12%
	Operações internas com bebidas alcoólicas classificadas na posição 2203 (Cervejas de Malte) da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM
	20%
	Prestações onerosas de serviço de comunicação;
	25%
	Perfumes e cosméticos,
	25%
	Operações internas com fumo e seus sucedâneos manufaturados, classificados no capítulo 24 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM
	30%
5.8.2 Alíquotas Interestaduais
Destinadas a Contribuintes
As alíquotas aplicáveis nas operações e prestações interestaduais realizadas entre contribuintes, ainda que destinadas a uso ou consumo do destinatário da mercadoria, são as seguintes:I – 12%
Quando realizadas por contribuintes das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste ou do Estado do Espírito Santo, independentemente da localização do destinatário: 
	REMETENTE
	Alíquota
	DESTINATÁRIO
	Norte
	12%
	Norte
	Nordeste
	12%
	Nordeste
	Centro-Oeste
	12%
	Centro-Oeste
	Espírito Santo
	12%
	Espírito Santo
	
	12%
	Sudeste
	
	12%
	Sul
Quando realizadas por contribuintes das regiões Sul e Sudeste (remetente e destinatário devem estar localizados nessas regiões):
	REMETENTE
	Alíquota
	DESTINATÁRIO
	Sul
	12%
	Sul
	Sudeste
	12%
	Sudeste
Quando o estado de São Paulo recebe mercadoria de outra Unidade de Federação a alíquota atribuída deve ser 12%, pois São Paulo está localizado na região Sudeste.
II – 7% - quando realizadas por contribuintes das regiões Sudeste e Sul, devendo o destinatário estar localizado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste ou no Estado do Espírito Santo:
	REMETENTE
	Alíquota
	DESTINATÁRIO
	Sul
	7%
	Norte
	Sudeste
	7%
	Nordeste
	
	7%
	Centro-Oeste
	
	7%
	Espírito Santo
Destinadas a Não Contribuintes
Não contribuinte é a pessoa física, órgãos governamentais, associações de classe, sociedade civil e construtora.
Operações até 31/12/2015
Exemplo de Operação:
Indústria em SP vende para consumidor não inscrito de qualquer estado.
Preço de venda com ICMS incluso: R$ 1.000,00
ICMS Interno SP: R$ 180,00 (18%) ficava para o estado de origem SP.
A partir de 01/01/2016
	A Emenda Constitucional nº. 87/2015 determina que, a partir de 01/01/2016 a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e interestadual será atribuída ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte.
O remetente das mercadorias recolherá para o seu Estado (de origem) a alíquota interestadual, e para o Estado de destino o Diferencial de Alíquotas (Difal).
	O Convênio ICMS nº. 93/2015 dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra Unidade da Federação.
Exemplo de Operação:
Indústria em SP vende para consumidor não inscrito do Estado do Rio de Janeiro.
Valor do produto sem o ICMS => R$ 600,00
Alíquota Interestadual => 12%
Alíquota Interna RJ => 19%
Cálculos:
PV = Valor dos produtos sem os impostos / (1 – alíquota interna UF de destino)
PV= 600,00 / (1 – 0,19)
PV = 600,00 / 0,81
PV = 740,74
ICMS pago na origem SP = 740,74 x 12% = 88,89
ICMS pago no destino RJ = 740,74 x (19% - 12%) = 740,74 x 7% = R$ 51,85
Portanto, o valor a ser pago a título de diferencial de alíquotas é R$ 51,85.
Tirando a prova real do preço de venda: R$ 600,00 + R$ 88,89 + R$ 51,85 = R$ 740,74
Repartição do valor devido a título do Diferencial de Alíquotas:
	Ano
	UF Origem
	UF Destino
	2016
	60%
	40%
	2017
	40%
	60%
	2018
	20%
	80%
	A partir de 2019
	0%
	100%
Repartição do valor de R$ 51,85 encontrado no exemplo de venda da indústria de SP para consumidor não inscrito no RJ.
	Ano
	UF Origem
	UF Destino
	2016
	R$ 31,11
	R$ 20,74
	2017
	R$ 20,74
	R$ 31,11
	2018
	R$ 10,37
	R$ 41,48
	A partir de 2019
	-
	R$ 51,85
Recolhimento do Diferencial de Alíquotas
Nas operações interestaduais destinadas a consumidores não inscritos, a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas em favor do Estado de destino, foi atribuída expressamente ao remetente, através da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE).
Fundo de Combate à Pobreza
Em algumas Unidades da Federação, é cobrado um adicional de até dois pontos percentuais na alíquota de ICMS em relação a determinadas mercadorias, com destinação específica para o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, conforme autorizado pelo artigo 82, § 1°, do ADCT da Constituição Federal.
Em tais casos, deverá ser considerado o adicional para fins do cálculo do imposto a recolher em favor da Unidade da Federação de destino. O adicional deve ser recolhido integralmente para a Unidade da Federação de destino.
Exemplo de Operação:
Indústria em SP vende para consumidor não inscrito do Estado do Espirito Santo.
Valor do produto sem o ICMS => R$ 82,00;
Alíquota Interestadual => 7%;
Alíquota Interna ES => 25%;
Fundo de Combate à Pobreza => 2%
Cálculos:
PV = Valor dos produtos sem os impostos / (1 – alíquota interna UF de destino + Fundo de Combate à Pobreza )
PV= 82,00 / (1 – 0,27)
PV = 82,00 / 0,73
PV = 112,33
ICMS pago na origem SP = 112,33 x 7% = 7,86
ICMS pago no destino ES = 112,33 x (25% - 7%) = 112,33 x 18% = R$ 20,22
Portanto, o valor a ser pago a título de diferencial de alíquotas é R$ 20,22.
Repartição do valor devido a título do Diferencial de Alíquotas:
	Ano
	UF Origem (SP)
	UF Destino (ES)
	2017
	R$ 8,09
	R$ 12,13
Valor do Fundo de Combate à Pobreza => R$ 2,25
Tirando a prova real do preço de venda: R$ 82,00 + R$ 7,86 + R$ 20,22 + R$ 2,25 = R$ 112,33
5.9 BENEFÍCIOS FISCAIS DO ICMS
A legislação do ICMS traz diversas situações em que, mesmo ocorrendo o fato gerador, o pagamento do imposto é dispensado.
Essas situações encontram-se no RICMS/SP e são as seguintes:
Não Incidência;
Isenção;
Redução na Base de Cálculo;
Suspensão;
Diferimento
Industrialização Efetuada Para Terceiros;
Não Incidência
O Art. 7º. do RICMS/SP cita os seguintes casos de não incidência:
A saída de mercadoria com destino a armazém geral situado neste Estado, para depósito em nome do remetente; 
 A saída de mercadoria com destino a depósito fechado, localizado neste Estado, do próprio contribuinte; 
Retorno das mercadorias remetidas a armazém geral ou depósito fechado; 
A saída de máquinas, equipamentos, ferramentas ou objetos de uso do contribuinte, bem como de suas partes e peças, com destino a outro estabelecimento para lubrificação, limpeza, revisão, conserto, restauração ou recondicionamento ou em razão de empréstimo ou locação, desde que os referidos bens voltem ao estabelecimento de origem.
Saída de Ativo permanente;
Operações ou prestações que envolvam livros jornais ou periódicos.
Isenção
É a dispensa legal do pagamento do imposto e estão relacionadas no Anexo I do RICMS/SP, são concedidos por prazos determinados ou indeterminados e dependem da celebração de acordo entre os Estados (Convênios).
Redução da Base de Cálculo 
 A redução da base de cálculo (também chamada de isenção parcial) é um beneficio fiscal que visa reduzir a carga tributária do imposto incidente em determinada operações/prestações.
As operações/prestações beneficiadas com redução da base do ICMS estão relacionadas no Anexo II do RCMS/SP.
As reduções da base de cálculo podem ser concedidas por prazo determinado (certo) ou indeterminado e dependem da celebração de acordos entre os Estados, denominados Convênios.
Suspensão
 A suspensão do lançamento do imposto pode ser procedida como a prorrogação do pagamento do imposto para um momento futuro, pelo mesmo contribuinte (ex: produtos destinados a cirurgias, mercadoria em demonstração, etc.).
Diferimento 
 O diferimento do lançamento do imposto pode ser definido como a prorrogação do pagamento do imposto para o momento futuro, por outro contribuinte (ex: operação com feijão, operação com café, etc.).
Exemplo: Quando o ocorre a venda de leite cru, o imposto fica diferido e o contribuinte que industrializar esse leite é quem recolherá o imposto sobre o produto resultante dessa industrialização. 
Industrialização Efetuada Para Terceiros
De acordo com os arts. 402 a 410 do RICMS/SP e arts. 4º e 42 do RIPI, sempre que determinado fabricante necessite do auxílio de outra empresa para realizar qualquer mudança ou aperfeiçoamento em seu produto, está operação irá receber o nome de industrialização.
Prazo de Recolhimento e Período de Apuração
O prazo de recolhimento é estabelecido segundoa Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e pelo Código de Prazo de Recolhimento (CPR), ou seja, conforme o ramo de atividade o contribuinte terá um prazo de recolhimento correspondente e o período de apuração é mensal.
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO ICMS
A substituição tributária do ICMS consiste em atribuir a terceiro a responsabilidade pelo recolhimento do imposto devido em operação ou prestação, realizada no campo de incidência do imposto, da qual decorre o fato gerador. 
Assim, determinado contribuinte poderá ser responsabilizado em recolher o ICMS incidente em relação à operação ou prestação praticada por outro.
6.1 MODALIDADES
A substituição tributária pode ocorrer em três modalidades: antecedente (para trás); subsequente (para frente) e concomitante. No nosso estudo, a modalidade abordada é de substituição tributária com retenção e antecipação do recolhimento do imposto pelas operações subsequentes. 
Assim, a substituição tributária nas operações subsequentes, ou seja, para frente, nada mais é que a antecipação da cobrança do ICMS. 
6.2 CONTRIBUINTE SUBSTITUTO E SUBSTITUÍDO
Substituto – é aquele que a norma elege como responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente pelas operações subsequentes até o consumidor final.
Substituído – aquele que adquire as mercadorias com o imposto retido e antecipadamente recolhido pelo substituto.
6.3 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA SUBSEQUENTE
A substituição tributária subsequente, também chamada de substituição tributária “para frente”, consiste na retenção e antecipação do recolhimento do imposto, por um contribuinte denominado “substituto”, em relação à terceiro por fato gerador ainda não praticado, ou seja, pelas operações subsequentes que serão praticadas pelos demais contribuintes até a operação com o consumidor final.
Essa é hipótese mais conhecida e refere-se à substituição tributária com retenção do imposto por antecipação. Nessa modalidade, determinado contribuinte da cadeia produtiva e/ou comercial fica responsável pela retenção e pelo recolhimento do imposto incidente nas operações subsequentes com a mesma mercadoria, até que chegue ao consumidor final.
Vamos visualizar a cadeia de circulação da mercadoria sujeita a substituição tributária por meio do gráfico a seguir:
Atacadista
2º Contribuinte
Varejista
3º Contribuinte
Consumidor Final
Indústria
1º Contribuinte
Emite nota fiscal para o varejista sem destaque do ICMS
Emite nota fiscal para o consumidor final sem destaque do ICMS
Recolhe o ICMS devido pela própria operação, retém e recolhe o imposto devido por antecipação, pelo atacadista e pelo varejista, até chegar ao consumidor final.
6.4 BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
O substituto, normalmente o fabricante ou o importador, no momento de efetuar a venda da mercadoria para um revendedor irá providenciar a retenção do imposto. A base de cálculo para o imposto retido é o preço-varejo, o preço final da mercadoria, pelo qual ela chegará ao consumidor.
A legislação prevê três possibilidades para se chegar a esse preço-varejo:
Preço fixado por autoridade competente (não ocorre atualmente);
 Preço fixado pelo fabricante (cigarros, automóveis e utilitários nacionais, motos nacionais, algumas marcas de sorvetes, cerveja em alguns estados);
Margem de lucro prevista pela legislação acrescida ao preço do substituto.
Fórmula para calcular o ICMS da substituição tributária:
Base de Cálculo
Da Subst. Tributária = 	Valor dos Produtos
(+) Frete
(+) Seguro
(+) IPI
__________________
(+) IVA
	
Bc. Da Substituição Tributária
	(x) alíquota interna do estado de destino
Valor do ICMS				(-) ICMS da operação própria
Da Subst. Tributária= 			
Exemplo de cálculo do imposto retido – empresa substituta do RPA
Uma indústria de São José dos Campos/SP faz uma venda de câmaras-de-ar a uma loja revendedora de Presidente Prudente/SP. O valor dos produtos é de R$ 10.000,00, mais R$ 1.500,00 de IPI num total de R$ 11.500,00. O frete, feito por uma transportadora ou por um autônomo, no valor de R$ 500,00, corre por conta do comerciante (venda FOB). Como essa mercadoria não tem preço fixado pelo fabricante ou por autoridade competente, deve ser utilizada a margem de lucro (IVA-ST), que nesse caso, é de 45%. Essa margem deve ser somada ao preço do fabricante acrescido de todas as despesas transferíveis ao varejista, inclusive o frete pago pelo destinatário, pois tudo vai influir no preço final. Assim teremos o seguinte cálculo para chegar ao ICMS que será retido:
Preço do Produto __________________________________________R$ 10.000,00
(+) IPI ___________________________________________________ R$ 1.500,00
(+) Frete __________________________________________________R$ 500,00
Valor ____________________________________________________R$ 12.000,00
(+) Margem IVA-ST Hipotético (45%) _________________________R$ 5.400,00
Valor Presumido de Venda Varejo
(Base de Cálculo da ST) _____________________________________R$ 17.400,00
(x) Alíquota ______________________________________________________18%
Valor _____________________________________________________R$ 3.132,00
(-) ICMS do substituto:
(18% sobre 10.000,00) _______________________________________R$ 1.800,00
(=) Valor ICMS retido ________________________________________R$ 1.332,00
Valor Total da NF___________________________________________R$ 12.832,00
A carga tributária de toda a cadeia de circulação da mercadoria deve ser a mesma que seria se não houvesse a substituição tributária.
Veja que, se não houvesse a substituição tributária, o comerciante receberia a nota fiscal do fabricante sem retenção, iria se creditar do imposto pago pelo fabricante (R$ 1.800,00) e, por ocasião as vendas, iria se debitar do imposto devido sobre suas operações (18% sobre R$ 17.400,00 = R$ 3.132,00), resultando no mesmo valor de imposto a recolher (R$ 1.332,00) A diferença é que, existindo a substituição isso é feito antecipadamente.
Nota Fiscal
Modelos de documentos fiscais somente para fins didáticos 
6.5 CONTABILIZAÇÃO DAS VENDAS POR CONTRIBUINTE SUBSTITUTO
Para demonstrar a contabilização das vendas por contribuinte substituto iremos utilizar o os valores do exemplo acima:
Contabilização da Receita Bruta:
D – Clientes (Ativo Circulante)..................................................................R$ 10.000,00
C – Receita de Vendas (Conta de Resultado).............................................R$ 10.000,00
Contabilização do ICMS Retido por Substituição Tributária:
D – Clientes (Ativo Circulante)....................................................................R$ 1.332,00
C – ICMS Substituição Tributária a Recolher (Passivo Circulante)............R$ 1.332,00
Contabilização do IPI:
D – Clientes (Ativo Circulante)...................................................................R$ 1.500,00
C – IPI a Recolher (Passivo Circulante).....................................................R$ 1.500,00
Contabilização do ICMS Operação Própria
D – (-) ICMS S/ Vendas (Conta de Resultado)...........................................R$ 1.800,00
C – ICMS a Recolher (Passivo Circulante).................................................R$ 1.800,00
 	Na demonstração do resultado, será apresentado somente o ICMS da operação própria como redutor da receita bruta.
	(+) Receita Bruta de Vendas
	10.000,00
	(-) Impostos Incidentes s/ Vendas
	
	ICMS
	(1.800,00)
	(=) Receita Líquida
	8.200,00
No Balanço, a apresentação seria o seguinte:
	Clientes
	12.832,00
	
	ICMS Subst. Tributária a Recolher
	
	1.332,00
	ICMS a Recolher
	
	1.800,00
	IPI a Recolher
	
	1.500,00
	Resultado
	
	8.200,00
	
	12.832,00
	12.832,00
6.6 substituição tributária com redução na base de cálculo 
6.6.1 Operação Própria
Redução de 33,33%
Preço do Produto ___________________________________________R$ 8.000,00
(+) IPI ___________________________________________________R$ 1.200,00
(+) Frete __________________________________________________R$ 300,00
Valor ____________________________________________________R$ 9.500,00
(+) Margem IVA-ST Hipotético (45%) _________________________R$ 4.275,00
Valor Presumido de Venda Varejo
(Base de Cálculo da ST) _____________________________________R$ 13.775,00
(x) Alíquota ______________________________________________________18%
Valor _____________________________________________________R$ 2.479,50
(-) ICMS do substituto:
(8.000,00 X 66,67% = 5.333,60 x 18% = ) _________________________R$ 960,05
(=) Valor ICMS retido ________________________________________R$ 1.519,45
Valor Total da NF___________________________________________R$ 10.719,45
6.6.2 Operação Própria e Base de Cálculo da Substituição Tributária
Redução de 61,11%
Preço do Produto ___________________________________________R$ 8.000,00
(+) IPI ___________________________________________________ R$ 1.200,00
(+) Frete __________________________________________________R$ 300,00
Valor ____________________________________________________R$ 9.500,00
(+) Margem IVA-ST Hipotético (45%) _________________________R$ 4.275,00
Valor Presumido de Venda Varejo
(Base de Cálculo da ST 13.775,00 x 38,89%)______________________R$ 5.357,10 
(x) Alíquota ______________________________________________________18%
Valor ______________________________________________________R$ 964,28
(-) ICMS do substituto:
(8.000,00 X 38,89% = 3.111,20 x 18% = ) _________________________R$ 560,02
(=) Valor ICMS retido __________________________________________R$ 404,26
Valor Total da NF____________________________________________R$ 9.604,26
6.7 CÁLCULO DO IMPOSTO RETIDO – INDÚSTRIA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL
Uma indústria de Taubaté/SP faz uma venda de câmaras-de-ar a uma loja revendedora de Presidente Prudente/SP. O valor dos produtos é de R$ 9.500,00. O frete, feito por uma transportadora ou por um autônomo, no valor de R$ 500,00, corre por conta do comerciante (venda FOB). Como essa mercadoria não tem preço fixado pelo fabricante ou por autoridade competente, deve ser utilizada a margem de lucro (IVA-ST), que nesse caso, é de 45%. Essa margem deve ser somada ao preço do fabricante acrescido de todas as despesas transferíveis ao varejista, inclusive o frete pago pelo destinatário, pois tudo vai influir no preço final. Assim teremos o seguinte cálculo para chegar ao ICMS que será retido:
Preço do Produtos ____________________________________________R$ 9.500,00
(+) Frete _____________________________________________________R$ 500,00
Valor ______________________________________________________R$ 10.000,00
(+) Margem (IVA-ST) (45%)_____________________________________R$ 4.500,00 
Valor Presumido de Venda a Varejo
(Base de Cálculo da ST) _______________________________________R$ 14.500,00
(X) Alíquota ________________________________________________________18%
Valor _______________________________________________________R$ 2.610,00
(-) ICMS do substituto:
(18% sobre R$ 9.500,00) _______________________________________R$ 1.710,00
(=) Valor do ICMS Retido _______________________________________R$ 900,00
	
NOTA: A indústria optante pelo SN recolhe o ICMS ST devido pelas operações subsequentes por meio de GARE-ICMS, e o imposto devido pela sua própria operação, por meio do Anexo II da L.C nº. 123/2006, por meio do DAS.
6.8 AQUISIÇÃO INTERESTADUAL
É previsto na legislação paulista a possibilidade do Estado exigir o pagamento antecipado do imposto – DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA, cujo tratamento fiscal não se confunde com a aplicação do regime de substituição tributária com retenção do imposto relativo às operações subsequentes, uma vez que no recolhimento antecipado o fato gerador ocorre na entrada da mercadoria, ao passo que na substituição tributária para frente, ou seja, a que incide sobre as operações subsequentes, o fato gerador ocorre por ocasião da saída da mercadoria do estabelecimento substituto.
Segue abaixo a fundamentação legal referente à aquisição interestadual.
Artigo 426-A - Na entrada no território deste Estado de mercadoria indicada no § 1°, procedente de outra unidade da Federação, o contribuinte paulista que conste como destinatário no documento fiscal relativo à operação deverá efetuar antecipadamente o recolhimento.
 I - do imposto devido pela própria operação de saída da mercadoria;
II - em sendo o caso, do imposto devido pelas operações subsequentes, na condição de sujeito passivo por substituição.
§ 1° - O disposto neste artigo aplica-se às mercadorias sujeitas ao regime jurídico da substituição tributária referidas nos artigos 313-A a 313-Z20, exceto se o remetente da mercadoria tiver efetuado a retenção antecipada do imposto, na condição de sujeito passivo por substituição, conforme previsto na legislação. 
Nas operações interestaduais com as mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária, quando a alíquota interna do Estado de São Paulo for maior do que à alíquota interestadual, para evitar favorecimento às aquisições de fora do Estado, deverá aplicar o “IVA-ST ajustado” utilizando a seguinte fórmula: IVA-ST Ajustado = [(1+IVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)] -1, onde:
1 - “IVA-ST original” é o IVA-ST aplicável na operação interna, conforme previsto no “caput”;
2 - “ALQ inter” é a alíquota interestadual aplicada pelo remetente localizado em outra unidade da Federação;
3 - “ALQ intra” é a alíquota aplicável à mercadoria neste Estado.
Exemplo:
Vamos utilizar para cálculo um IVA-ST hipotético de 40%. O cálculo será da seguinte maneira:
IVA-ST ajustado = [(1+IVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)] -1
IVA-ST ajustado = [(1 + 0,40) x (1 – 0,12) / (1 – 0,18)] – 1
IVA-ST ajustado = [ 1,40 x 0,88 / 0,82] – 1
IVA-ST ajustado = [1,23 / 0,82] – 1
IVA-ST ajustado = 1,5 – 1
IVA-ST ajustado = 0,5 x 100 = 50%
Esse produto que tem o IVA-ST de 40% passa a ter um IVA-ST Ajustado de 50% em aquisições interestaduais, quando não houver acordo com o outro Estado, hipótese em que o contribuinte paulista deve pagar o ICMS antecipado. Se já houver acordo, o remetente será obrigado a reter o imposto aplicando o IVA do protocolo, não se falando, então, em IVA-ST Ajustado.
Cálculo:
Aquisição, por empresa RPA ou SN de produto de outro Estado:
Preço do Produto __________________________________________R$ 10.000,00
(+) IPI ____________________________________________________R$ 1.500,00
(+) Frete __________________________________________________R$ 500,00
Valor ____________________________________________________R$ 12.000,00
(+) Margem IVA-ST Hipotético (50%) ___________________________R$ 6.000,00
Valor Presumido de Venda Varejo
(Base de Cálculo da ST) _____________________________________R$ 18.000,00
(x) Alíquota ______________________________________________________18%
Valor _____________________________________________________R$ 3.240,00
(-) ICMS do substituto:
(12% sobre 10.000,00) _______________________________________R$ 1.200,00
 (=) Valor ICMS retido ________________________________________R$ 2.040,00
	Nota: O IVA-ST ajustado não se aplica à operação que tenha como remetente contribuinte optante pelo simples nacional.
7 CRÉDITO DO ICMS NA COMPRA DE ATIVO PERMANENTE (CIAP)
Como foi explicado anteriormente, o princípio da não-cumulatividade, o crédito do ICMS que ora anteriormente cobrado por este ou outro Estado, relativamente à mercadoria de entrada ou a prestação de serviço recebida, acompanhada de documento fiscal hábil, emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco, inclui o crédito referente às mercadorias destinadas ao ativo imobilizado.
Deverão ser utilizadas na sua atividade industrial e/ou comercial ou de prestação de serviços, em razão de operações ou prestações por ele realizadas, regulares e tributadas pelo ICMS, ou não o sendo, haja expressa previsão/autorização regulamentada para o crédito fiscala ser mantido.
O valor do crédito a ser apropriado, em cada período de apuração, será obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito, segundo o valor constante no documento fiscal escriturado/lançado no livro Registro de Entradas (sem direito a crédito do imposto), como também o valor correspondente ao diferencial de alíquota (aquisições de ativo permanente em operações interestaduais) recolhido na forma regulamentar (artigo 117 do RICMS), pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas, para esse fim, as saídas ou prestações que tiverem destinado mercadorias ou serviços ao exterior e as operações ou prestações isentas ou não tributadas com previsão legal de manutenção de crédito.
Para fins de apuração dos valores das operações de saídas e prestações, devem ser computados apenas os valores das saídas que afiguram caráter definitivo, ou seja, que transferem a titularidade, devendo ser desconsideradas as saídas provisórias, tais como remessa para conserto, para industrialização, as quais não reduzem estoques, constituem simples deslocamentos físicos, sem implicações de ordem patrimonial
Exemplificando: 
a) valor do ICMS constante do documento fiscal .................... R$ 12.000,00
b) valor Total de saídas ou prestações (c + d)....................... R$ 200.000,00
c) valor das saídas ou prestações isentas ou não-tributadas... R$ 50.000,00
d) valor das saídas ou prestações tributadas (d - c)........... R$ 150.000,00
 
Cálculo do valor a que tem direito o contribuinte a título de crédito do ICMS relativo à entrada ou aquisição de ativo imobilizado, conforme a seguinte sugestão de equação matemática:
[(1 – (c / b)) / 48] x a
Ou seja, 
[(1 - (50.000,00 / 200.000,00)) / 48] x 12.000,00
[(1 – 0,25) / 48] x 12.000,00
[ 0,75 /48] x 12.000,00
0,0156 x 12.000,00
187,50
Contabilização:
Considerando que determinada empresa comprou a prazo uma Máquina no valor de R$ 100.000,00, com ICMS de R$ 12.000,00.
1 – Compra do Imobilizado
D – Máquinas e Equipamentos (ANC)...................................................................R$ 88.000,00
C – Fornecedores (PC)............................................................................................R$ 88.000,00
2 – ICMS S/ Imobilizado
D – ICMS S/ Imobilizado a Recuperar (AC)............................................................R$ 3.000,00
C – Fornecedores (PC)..............................................................................................R$ 3.000,00
D – ICMS S/ Imobilizado a Recuperar (ANC).........................................................R$ 9.000,00
C – Fornecedores (PC)..............................................................................................R$ 9.000,00
3 – Apropriação do Crédito Mensal
D – ICMS a Recolher (PC)..........................................................................................R$ 187,50
C - ICMS S/ Imobilizado a Recuperar (AC)................................................................R$ 187,50
4 – ICMS Não Recuperável
D – ICMS Não Recuperável (RE)..................................................................................R$ 62,50
C - ICMS S/ Imobilizado a Recuperar (AC)..................................................................R$ 62,50
Na compra de bens para o ativo imobilizado registramos a nota fiscal no livro Registro de Entradas sem crédito do ICMS e do IPI, mesmo destacado na nota fiscal.
O crédito do ICMS decorrente da compra de bem do ativo permanente será apropriado mês a mês, por meio de uma nota fiscal, modelo 1 ou 1-A ou NFe, conforme o caso, emitida em nome do próprio contribuinte, englobando todos os valores calculados e apropriados como crédito no Quadro 5 do "Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP", modelo D.
Essa nota fiscal terá como natureza da operação: "Lançamento de Crédito – Ativo Permanente"; CFOP 1.604 e como valor total o valor da parcela do ICMS a ser creditado.
A nota referente ao crédito do Ativo deverá permanecer presa ao bloco, ou em outros casos com todas as suas vias unidas.
No caso de produtor não equiparado a comerciante ou industrial, o crédito será feito através de Nota Fiscal de Produtor, aplicando, no que for possível, o procedimento para emissão da nota acima.
O CIAP, modelo "D" (Anexo 2 da Portaria CAT nº 25/2001), deve ser utilizado para apuração do crédito do imposto de acordo com o disposto no § 10 do art. 61 do RICMS-SP/2000 , relativamente aos bens incorporados ao Ativo Imobilizado desde 1º.01.2001.
Esse documento deverá ser mantido à disposição do Fisco pelo prazo previsto no art. 202 do Regulamento (mínimo de 5 anos), podendo ser substituído por livro que contenha, no mínimo, as mesmas informações do documento e ser escriturado por sistema eletrônico de processamento de dados, hipótese em que os registros serão mantidos em arquivos magnéticos.
No caso de utilização de processamento de dados, o contribuinte deverá fornecer ao Fisco, quando exigido, o documento (CIAP) impresso no prazo de 5 dias úteis, contado da data da notificação, sem prejuízo do acesso imediato a instalações, equipamentos e informações contidas no arquivo magnético.
Quando o estabelecimento matriz estiver localizado em outro Estado, o contribuinte poderá optar pelo modelo de CIAP adotado pelo Estado em que estiver localizada a sua matriz.
A escrituração do CIAP será feita até o dia seguinte ao da entrada do bem (ou de sua incorporação, no caso de transposição de estoque), ao da emissão da nota fiscal relativa à saída do bem ou ao da ocorrência de perecimento, extravio ou deterioração do bem, conforme o caso.
Em relação aos lançamentos das parcelas correspondentes (1/48 por mês) ao crédito fiscal, a escrituração será efetuada no último dia do período de apuração, não podendo atrasar-se por mais de 5 dias.
GESTÃO TRIBUTÁRIA DO IPI
8.1 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
	O imposto sobre produtos industrializados (IPI) é de competência da União e incide sobre os produtos industrializados nacionais e estrangeiros que forem importados e tem suas disposições regulamentadas atualmente pelo Decreto nº 7.212/10 (RIPI/10).
8.2 CONTRIBUINTE
O código tributário nacional define como contribuinte desse imposto o importador, o industrial ou a quem a lei equiparar, além dos arrematantes de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
8.3 FATOS GERADORES
Como fato gerador do IPI, temos o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira ou a saída do produto industrializado do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.
8.4 BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do IPI é o valor do produto, mais o valor do frete e das demais despesas acessórias. No caso de mercadoria recebida do exterior, o Imposto de Importação também integra a base de cálculo.
8.5 ALÍQUOTAS
 As alíquotas do IPI são variáveis e seguem a classificação dos produtos da tabela de incidência do IPI (Tipi), aprovada por Decreto Federal. 
As alíquotas do IPI estão estabelecidas na Tabela do IPI - Tipi (Decreto nº. 8.950/2016), de acordo com a classificação fiscal da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), e podem variar de 0% a 300%, conforme o produto.
Para identificar a alíquota aplicável a cada produto sujeito à tributação do IPI é necessário ter a classificação NCM, de acordo com a Tipi.
8.6 PERÍODO DE APURAÇÃO
O IPI obedece aos mesmos critérios da não-cumulatividade e seu período de apuração é mensal. Os prazos de recolhimento do IPI, são:
-até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores, para os produtos em geral;
para os produtos classificados no código 2402.20.00, da Nomenclatura Comum do Mercosul -NCM, até o 10º (décimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.
Se o dia do vencimentonão for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.
Para as seguintes operações, o prazo de recolhimento do IPI será:
no ato do pedido de autorização da venda de produtos trazidos do exterior a título de bagagem, despachados com isenção do imposto ou com pagamento de tributos nas condições previstas na legislação aduaneira;
antes da saída do produto da repartição que processar o despacho, nos casos de importação;
nos prazos previstos para o recolhimento pelo contribuinte substituído, no caso dos responsáveis como contribuintes substituto.
8.7 CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
A industrialização é qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, pois há cinco modalidades:
8.7.1 Transformação
Que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova.
8.7.2 Beneficiamento
Que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto.
8.7.3 Montagem
Que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal.
8.7.4 Acondicionamento ou Reacondicionamento
Que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria.
8.7.5 Renovação ou Recondicionamento
Que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização.
8.8 EQUIPARAÇÃO À INDÚSTRIA
 
Equiparam-se a estabelecimento industrial:
os importadores de produtos de procedência estrangeira que derem saída a esses produtos;
os estabelecimentos (atacadistas ou varejistas) que receberem diretamente da repartição aduaneira que efetuou o desembaraço produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma; e
as filiais atacadistas que comercializam produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma.
Também se equiparam os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos.
Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção, os:
os estabelecimentos comerciais que derem saídas a bens de produção, para estabelecimentos industriais ou revendedores;
as cooperativas, constituídas nos termos da Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que se dedicarem à venda em comum de bens de produção, recebidos de seus associados para comercialização;
Há outros casos específicos nos incisos V a XV do artigo 9º do Decreto nº 7.212/10 Assim, as empresas consideradas Indústria ou Equiparada a Indústria, acrescentasse à responsabilidade tributária do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.
8.9 NÃO SE CONSIDERA INDUSTRIALIZAÇÃO
I - o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação:
na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou
em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes;
II - o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor
III - a confecção ou preparo de produto de artesanato.
IV - a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador;
V - o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional;
VI - a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficiais e magistrais, mediante receita médica;
VII - a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória;
VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte:
edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas);
instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou
fixação de unidades ou complexos industriais ao solo;
IX - a montagem de óculos, mediante receita médica;
X - o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal e semelhantes
XI - o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações;
XII - o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante.
8.10 SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO DO IPI
 Contabilmente, nosso exemplo, no mês de janeiro, teria os seguintes lançamentos:
Compra de Matéria Prima a Prazo
D – Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante) ..................................R$ 500.000,00
C – Fornecedores (Passivo Circulante)..................................................R$ 500.000,00
D – IPI a Recuperar (Ativo Circulante).....................................................R$ 50.000,00
C – Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante).....................................R$ 50.000,00
Venda de Produto a Prazo
D – Clientes (Ativo Circulante)................................................................R$ 700.000,00
C – Receita de Vendas (Resultado).......................................................R$ 700.000,00
D – Clientes (Ativo Circulante)..................................................................R$ 84.000,00
C – IPI a Recolher (Passivo Circulante)...................................................R$ 84.000,00
Baixa do Custo dos Produtos Vendidos
D – CPV.................................................................................................R$ 450.000,00
C – Estoque de Matéria Prima (Ativo Circulante)...................................R$ 450.000,00
Apuração do IPI
D – IPI a Recolher....................................................................................R$ 50.000,00
C – IPI a Recuperar..................................................................................R$ 50.000,00
Resumo das Operações do IPI
Saídas – DÉBITO DO IPI____________________________________R$ 84.000,00
Entradas – CRÉDITO DO IPI________________________________ (R$ 50.000,00)
SALDO DEVEDOR / IPI A RECOLHER _________________________R$ 34.000,00
Em resumo, teríamos como resultado:
	(+) Receita Bruta
	700.000,00
	(-) CPV
	(450.000,00)
	(=) Resultado
	250.000,00
No Balanço, a apresentação seria o seguinte:
	Clientes
	784.000,00
	
	Fornecedores
	
	500.000,00
	IPI a Recolher
	
	34.000,00
	Resultado
	
	250.000,00
	
	784.000,00
	784.000,00
8.11 IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS
	Em determinadas situações, o IPI deve ser incluído na base de cálculo do ICMS. Essa situação ocorrequando a operação for efetivada com produto não destinado à industrialização ou comercialização e/ou ainda entre contribuintes e não contribuintes.
9 GESTÃO TRIBUTÁRIA PIS/PASEP E COFINS
9.1 PIS/PASEP
	O Programa de Integração Social (PIS) surgiu a partir da publicação da Lei Complementar nº. 07/1970, com o objetivo de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.
	O Programa de Formação do Patrimônio Público (Pasep) foi instituído pela Lei Complementar nº 08/1970, com o objetivo de beneficiar os funcionários públicos.
	Atualmente, os fundos constituídos com os recursos do PIS e do Pasep são unificados desde de 01/07/1976, por força de Lei Complementar nº 26, de 11/09/1975, adotando a denominação de PIS/Pasep.
 	Dessa maneira, a contribuição para o PIS/Pasep foi plena e expressamente recepcionada pelo artigo 239 da Constituição Federal de 1988.
9.2 COFINS 
	A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foi instituída pela Lei Complementar nº 70/1991.
	Na Constituição Federal, a Cofins está especificada no artigo 195, Inciso I, alínea “b”.
9.3 CONTRIBUINTES DO PIS/PASEP E DA COFINS
	São contribuintes as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias.	
	A contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins, além das duas regras gerais de apuração (incidência não-cumulativa e incidência cumulativa, possuem ainda diversos regimes especiais de apuração de acordo com o tipo de receita sobre as quais essas contribuições vão incidir.
9.4 REGIME DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA
	A base de cálculo é o total das receitas da pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o Pis/Pasep e para Cofins são, respectivamente de 0,65% e de 3%.
	As pessoas jurídicas de direito privado, e as equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa.
9.4.1 Base de Cálculo Incidência Cumulativa
A base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS cumulativos corresponde ao faturamento. O faturamento corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.
A partir de 2015, através da Lei nº. 12.973/2014 o faturamento passou a compreender:
I - O produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - O preço da prestação de serviços em geral;
III - O resultado auferido nas operações de conta alheia; e 
IV - As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos incisos I a III.
Podem-se deduzir da Receita Bruta total, os seguintes valores:
Exportações;
As vendas canceladas;
Os descontos incondicionais concedidos (descontos comerciais);
As devoluções de vendas;
O IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
O ICMS Substituição Tributária;
As reversões de provisões;
As recuperações de créditos baixados como perdas;
O resultado positivo dos investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial;
Os dividendos derivados de investimentos avaliados pelo método de custo;
O resultado positivo derivados de investimento objeto de Sociedade em
Conta de Participação – SCP; e
O ganho de capital decorrentes das vendas de bens do ativo permanente.
9.4.2 Cálculo e Contabilização do Pis/Pasep e da Cofins Regime de Incidência Cumulativa
Como exemplo, suponha os seguintes valores extraídos dos documentos contábeis e fiscais:
	Faturamento bruto de vendas de produtos para o mercado nacional
	1.197.200,00
	(-) IPI
	-104.100,00
	(-) ICMS - Substituição Tributária
	-97.200,00
	(=) Faturamento Líquido
	995.900,00
	Receita
	Vendas de produtos para o mercado nacional
	995.900,00
	Vendas de produtos para o exterior
	500.000,00
	Revenda de mercadorias para o mercado nacional
	800.000,00
	Revenda de mercadorias para o exterior
	300.000,00
	Prestação de serviços no mercado nacional
	200.000,00
	Prestação de serviços no exterior
	80.000,00
	Total
	2.875.900,00
	Deduções da Receita
	Vendas canceladas
	120.000,00
	Devoluções de vendas
	50.000,00
	Descontos incondicionais concedidos
	5.900,00
	Total
	175.900,00
Dos valores extraídos dos demonstrativos acima, apura-se o PIS/Pasep e a Cofins da seguinte forma:
	Receita Total
	2.875.900,00
	(-) Exportações
	-880.000,00
	(-) Deduções da Receita
	-175.900,00
	(=) Base de Cálculo do PIS PASEP e COFINS
	1.820.000,00
	PIS/PASEP alíquota 0,65%
	11.830,00
	COFINS alíquota 3%
	54.600,00
Contabilização do Pis/Pasep Incidência Cumulativa:
D - (-) Pis/Pasep Faturamento (Conta de Resultado)..........................................R$ 11.830,00
C - Pis/Pasep a Recolher (Passivo Circulante).....................................................R$ 11.830,00
Contabilização da COFINS Incidência Cumulativa:
D - (-) Cofins s/ Faturamento (Conta de Resultado)..............................................R$ 54.600,00
C - Cofins a Recolher (Passivo Circulante)............................................................R$ 54.600,00
9.5 REGIME DE INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA
Regime de incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins instituídos em dezembro de 2002 e fevereiro de 2004, respectivamente. O diploma legal da contribuição para o PIS/Pasep não-cumulativa é a Lei 10.637/2002 e o da Cofins, a Lei 10.833/2003.
Nesse regime de incidência é permitido o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. As alíquotas aplicáveis para o PIS/Pasep e para Cofins são, respectivamente de 1,65% e de 7,6%.
Estão sujeitas a incidência de não cumulativa as pessoas jurídicas que apuram o IRPJ com base no lucro real, exceto: as instituições financeiras, as cooperativas de crédito, as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros, as operadoras de planos de assistência a saúde, as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transportes de valores de que trata a Lei nº. 7.102 de 1.983, e as sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produção agropecuária e as sociedades cooperativas de consumo).
9.5.1 Dos Créditos
Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os valores:
bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos sujeitos a substituição tributária e àqueles aos quais se aplicam alíquotas específicas, conforme a Lei nº 10.637/2002, art. 2º, §§ 1º e 1º-A e Lei nº 10.833/2003, art. 2º, §§ 1º e 1º-A.;
bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata a Lei nº 10.485/2002, art. 2º, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;
energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional;
encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; 
encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros utilizados nas atividades

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