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Questões de Fisiologia Animal

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Questões de Fisiologia Animal
Fernanda de Mello Libório	 USPº: 9895753		Data: 07/07/17
Estrógeno, progesterona, GH, PRL, IGF- 1, insulina, glucagon, TSH, T4, T3 durante a puberdade, e sua relações com o crescimento e precocidade.
Estrógeno
A principal função dos estrogênios é causar a proliferação celular e o crescimento dos tecidos dos órgãos sexuais e de outros tecidos relacionados à reprodução. E também o desenvolvimento das características sexuais secundarias femininas como o estímulo para o desenvolvimento das glândulas mamária. 
Progesterona
A atividade da progesterona é preparar o útero para uma possível gestação fazendo a menina entrar na puberdade, recebendo o óvulo fecundado e estimulando a produção de leite. A progesterona, ao contrário do estrogênio, não exerce atividade sobre a determinação das características sexuais femininas. 
GH e IGF-1
O GH (Growth Hormone) é o hormônio do crescimento é produzido pela hipófise. Ao contrário de outros hormônios produzidos pela hipófise que costumam regular o funcionamento de glândulas, como as adrenais, os testículos e os ovários, o hormônio do crescimento age no organismo como um todo, promovendo não só o crescimento longitudinal, mas o das células em geral. Ele faz isso valendo-se de um intermediário, o IGF-1 também chamado de somatomedina C, produzido principalmente no fígado, mas também pelas células ósseas e musculares, por exemplo. Essa dupla GH e IGF –1 promove grande parte do anabolismo do corpo, ou seja, é fundamental para o crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos. Problemas genéticos, traumas de parto ou radiação por causa de tumores na região da hipófise podem resultar na falta de hormônio do crescimento e, consequente, na falta de produção do IGF-1, prejudicando o desenvolvimento físico da criança. A deficiência desses hormônios fará dela uma anãzinha, portadora de nanismo, com altura final entre um metro, 1,20 m ou 1,30 m, no máximo.
PRL (prolactina)
A Prolactina é um hormônio polipeptídeo e faz parte da mesma família do GH, sendo bastante semelhantes na sua estrutura molecular. Nas fêmeas ela atua na formação do corpo lúteo e no início da ovulação. Tendo também uma ação esteroidogêica. Nos machos a prolactina atua nos testículos auxiliando para a produção de testosterona. 
 Este hormônio é importante hormônio regulador da função sexual, pois é necessária para aquela sensação de bem-estar após o ato sexual. Além disso, um excesso de Prolactina (Hiperprolactinemia) está ligado a perda de libido e disfunção sexual.
2) GnRH, LH, FSH, estrógeno, progesterona, inibina, prostaglandina no ciclo estral das fêmeas e espermatogênese do macho.
GnRH
Hormônio liberador de gonadotrofina ou também conhecido pela sigla GnRH, do inglês Gonadotropin-Releasing Hormone é um hormônio dipeptídico produzido no hipotálamo e causa a liberação dos hormônios folículo-estimulante, respectivamente e hormônio luteinizante (FSH e LH), que vão atuar estimulando as gônadas dos animais mamíferos, que são os ovários para as fêmeas e os testículos para os machos. Este hormônio é muito utilizado na sincronização de cio e transferência de embriões, levando a maturação dos folículos, fazendo com que o animal ovule mais rapidamente, diminuindo assim, o período estral.
LH e FSH
O FSH estimula, nos animais fêmea, a formação e maturação dos folículos terciários, os quais se dá a síntese de estrógenos, sob a influência do LH. Sob a influência dos estrógenos, a trompa, o útero e a vagina aumentam seu volume, o crescimento da glândula mamária é estimulado. Nos animais machos, o FSH estimula o crescimento dos canalículos seminais e a maturação dos espermatócitos e dos espermatozoides. Ele estimula a síntese proteica nas células dos canalículos espermáticos, nas células basais de Sertoli estimula a formação da proteína formadora de testosterona. O LH estimula, a síntese da testosterona, sob a influência da qual as glândulas sexuais acessórias aumentam em volume e passam a secretar. 
Estrógeno (E2)
O aumento progressivo na concentração de E2 nas fêmeas determina um mecanismo de feedback negativo que inibe a liberação de FSH e, consequentemente por um mecanismo de feedback positivo estimula a liberação de Hormônio Luteinizante (LH), o qual atua terminando a maturação folicular e promovendo a ovulação.
Nos machos o estrogêno são formados a partir das testosteronas pelas células de Sertori. Fica disponível para o amadurecimento do espermatozóide.
Progesterona
Nas fêmeas, a progesterona formada pelo corpo lúteo tem como ações principais: a estimulação da secreção das glândulas uterinas e a preparação do endométrio para a nutrição e implantação do embrião (fase secretória); a redução do tônus da musculatura uterina e a redução de sua resposta à ocitocina; o bloqueio de outra maturação ovular no ovário por meio de retro-ação sobre o hipotálamo e lobo anterior da Hipófise; o estimulo da nutrição do embrião, assim como o estímulo do desenvolvimento e a total maturação da glândula mamária.
Inibina
A inibina é sintetizada pelas células da granulosa dos folículos ovarianos, tem a ação inibidora especifica sobre o FSH tanto na mulher como no homem (feedback negativo). Este hormônio é ainda responsável pelo controle na produção de testosterona. No homem, a inibina é secretada pelas células de sertoli e também apresenta um efeito de retroalimentação negativa (resposta inibitória) produção de FSH pela hipófise. Andrógenos estimulam sua secreção. Não inibe a produção de GnRH pelo hipotálamo.
Prostaglandina
As prostaglandinas (assim como os leucotrienos) têm sua síntese desencadeada por estímulos nas membranas celulares, que podem ser de natureza fisiológica, farmacológica ou patológica.
As prostaglandinas são ácidos graxos modificados, frequentemente derivados de lipídios da membrana plasmática. Receberam esse nome por terem sido detectadas pela primeira vez no sêmen e terem sido consideradas produto da próstata, estrutura do sistema reprodutor masculino. São produzidas e liberadas pela maior parte das células do corpo (se não todas), tanto em homens quanto em mulheres, diretamente para o fluido intersticial (que banha todas as células), funcionando como reguladores locais e afetando as células circundantes de várias maneiras. 
A mulher também produz prostaglandinas, em células da parede do útero durante o período menstrual e na placenta, durante a gravidez, que estimulam as contrações da parede uterina. Foram encontradas concentrações dessa substância 2 a 3 vezes maiores em mulheres que apresentam cólicas acentuadas no primeiro e segundo dia do período menstrual e, nestes casos, a administração de inibidores de prostaglandinas reduz a dor. 
3) Cortisol, progesterona, PRL, hormônios placentários, prostaglandina, estrógeno, relaxina e ocitocina durante a gestação e parto.
Cortisol
O cortisol auxilia a diferenciação da mucosa intestinal do fenótipo fetal para o fenótipo adulto, o que permite à criança usar dissacarídeos presentes no leite materno. No pulmão passa-se algo semelhante, a velocidade de desenvolvimento alveolar e do epitélio respiratório é acentuada pelo cortisol; e, mais importante, nas últimas semanas de gestação os glicocorticóides aumentam a síntese de surfactante (sendo usados para induzir a maturidade pulmonar em RN prematuros).
Progesterona
A progesterona é responsável pela manutenção da gestação no primeiro trimestre. Com a elevação desse hormônio há um aumento do fluxo sanguíneo para o útero, criando um ambiente favorável para o embrião. Além dessa função a progesterona também acarreta mudanças no cérebro e corpo da mulher. Ocorre um relaxamento muscular e consequentemente uma diminuição na atividade motora fina (fica mais difícil colocar a linha no orifício da agulha), agindo como um potente sedativo. A progesterona é responsável pela fadiga que as mulheres grávidas sentem, alterações de humor, esquecimento ocasional e obstipação intestinal. Ao longo da gestação o cérebro adquire tolerância aos altos níveis do hormônio.
PRL
Aprolactina começa a ser produzida ainda na puberdade, mas em pequena quantidade. O surto deste hormônio acontece em decorrência da gravidez, e é aumentado, gradativamente, durante a amamentação. Tal hormônio é responsável pelo crescimento e pela atividade secretora dos alvéolos mamários. O lactogênio placentário age como a prolactina, desenvolvendo os alvéolos.
Prostaglandina e Ocitocina
O parto depende tanto da secreção de ocitocina quanto da produção das prostaglandinas, porque sem estas, não haverá a adequada dilatação do colo do útero e consequentemente, o parto não irá progredir normalmente. Não são bem conhecidos os fatores desencadeantes do trabalho de parto, mas sabe-se que, quando o hipotálamo do feto alcança certo grau de maturação, estimula a hipófise fetal a liberar ACTH. Agindo sobre a adrenal do feto, esse hormônio aumenta a secreção de cortisol e outros hormônios, que estimulam a placenta a secretar prostaglandinas. Estas promovem contrações da musculatura lisa do útero. Ainda não se sabe o que impede o parto prematuro, uma vez que nas fases finais da gravidez, há uma elevação do nível de ocitocina e de seus receptores, o que poderia ocasionar o início do trabalho de parto, antes do fim total da gravidez. Existem possíveis fatores inibitórios do trabalho de parto, como a proporção estrogênio/progesterona e o nível de relaxina, hormônio produzido pelo corpo lúteo do ovário e pela placenta.
Estrógeno
Deste hormônio promove a rápida proliferação da musculatura uterina; grande desenvolvimento do sistema vascular do útero; aumento dos órgãos sexuais externos e da abertura vaginal, proporcionando uma via mais ampla para o parto; rápido aumento das mamas; contribui ainda para a manutenção hídrica e aumenta a circulação. Dividido em estradiol e estrona - que estão na corrente materna; e estriol - que está na corrente fetal, é medido para avaliar a função feto-placentária e o bem-estar fetal.
Relaxina
A relaxina é um hormônio produzido pelo corpo lúteo e pela placenta. Ela produz um amolecimento das articulações pélvicas e das suas cápsulas articulares, o que dá a flexibilidade necessária para o parto, pois provoca o remodelamento do tecido conjuntivo, o que diminui a união dos ossos da pelve e alarga o canal de passagem do feto. Tem ação importante no útero, por distendê-lo a medida que o bebê cresce.
4) GH, PRL, IGF- 1, insulina, glucagon, TSH, T4, T3 no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.
GH
O GH é um hormônio que também aumenta o anabolismo proteico e aumenta a captação de aminoácidos na maioria das células, assim como a síntese de aminoácidos em proteínas. Mas diferente da insulina, o GH é um hormônio lipolítico, aumentando a mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo e utilização preferencial de ácidos graxos como energia (queima de gordura). O GH também reduz a captação e a utilização de glicose por células sensíveis à insulina (“ação antiinsulina”), como o músculo e o tecido adiposo.
IGF-1
O IGF-1 é sintetizado 90% no fígado pelo estímulo do GH, é liberado lentamente e se une a seis proteínas de ligação do IGF diferentes (IGFBPs), sendo a proteína 3 de ligação do IGF (IGFBP-3) responsável por 95% da ligação na circulação, e isso prolonga a meia-vida do IGF-1 para aproximadamente 20 horas. O IGF-1 exerce atividade semelhante à insulina (anabólico, anti-catabólico, lipogênico, hipoglicemiante), mas de forma mais fraca, e também pode se ligar ao receptor de insulina, assim como a insulina pode ligar-se ao receptor de IGF-1, mas cada hormônio liga-se primariamente ao seu próprio receptor.
Insulina e Glucagon
Ambos são muito importantes no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. A razão entre os dois controla os níveis de produção e degradação de glicose. Possuem efeitos também antagônicos em outros processos enzimáticos do fígado no metabolismo de glicose e ácidos graxos.

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