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36 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II Unidade II 5 ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 5.1 Educação profissional no Brasil: contexto histórico Figura 5 Procurando fazer um resgate histórico da educação profissional no Brasil, este texto se pautou nas informações e dados descritos no parecer CNE/CBE nº 16/99, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico, e no documento intitulado Centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, do Ministério da Educação. O processo educacional da formação profissional, em sua trajetória, foi destinado aos desfavorecidos socialmente, visto que seu objetivo primórdio era formar operários com pouca qualificação, isto até a década de 1970. Já na década de 1980 surgiram novas formas de organização e de gestão que modificaram estruturalmente o mundo do trabalho com o desenvolvimento de tecnologias complexas vinculadas à produção e à prestação de serviços. Em consequência, passou a ser exigida uma sólida base de educação geral para todos os trabalhadores; educação profissional básica aos não qualificados; qualificação profissional de técnicos; e educação continuada para atualização, aperfeiçoamento, especialização e requalificação de trabalhadores (BRASIL, 1999a). 37 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Diante da perspectiva apresentada, compreende-se a necessidade do atendimento a novas áreas, bem como a de ampliar a qualidade da educação profissional – visto a exigência de trabalhadores com mais qualificação para o exercício profissional em empresas. Em nossos tempos, a educação profissional é um meio para que jovens tenham acesso ao mundo científico. Nessa trajetória histórica, o Parecer CNE/CBE nº 16/99 noticia que o primeiro esforço para que houvesse a profissionalização tem sua origem em 1809, com a criação do Colégio das Fábricas por D. João VI. Já no ano de 1816 propõe-se a criação de uma escola que tinha como objetivo a articulação do ensino das ciências e do desenho para ofícios mecânicos, a denominada Escola de Belas Artes. Entre 1840 e 1856 foram criadas dez Casas de Educandos e Artífices em capitais de província, sendo a primeira em Belém do Pará, a fim de viabilizar o atendimento a menores abandonados, prioritariamente. Ainda nessa perspectiva histórica, na segunda metade do século XIX, mais especificamente em 1861, é organizado o Instituto Comercial do Rio de Janeiro, que formava pessoas principalmente para preenchimento de cargos públicos em Secretarias de Estado. No decorrer do tempo, muitas escolas técnicas foram instituídas: • 1861 – ocorreu a organização do Instituto Comercial do Rio de Janeiro. • 1931 – foi criado o Conselho Nacional de Educação e também foi efetivada uma reforma educacional, conhecida pelo nome do Ministro Francisco Campos, que prevaleceu até 1942 – ano em que começou a ser aprovado o conjunto das chamadas Leis Orgânicas do Ensino, mais conhecidas como Reforma Capanema, conforme visto no Parecer CNE/CBE nº 16/99. • 1934 – com a Constituição desse ano, um novo formato para a educação nacional foi traçado pelo plano nacional de educação. • 1937 – Somente na Constituição de 1937 foi tratada a questão do ensino técnico profissional, conforme disposto em seu artigo 129, lido a seguir: O ensino pré-vocacional e profissional destinado às classes menos favorecidas é, em matéria de educação, o primeiro dever do Estado. Cumpre- lhe dar execução a esse dever, fundando institutos de ensino profissional e subsidiando os de iniciativa dos estados, dos municípios e dos indivíduos ou associações particulares e profissionais. É dever das indústrias e dos sindicatos econômicos criar, na esfera de sua especialidade, escolas de aprendizes destinadas aos filhos de seus operários ou de seus associados. A lei regulará o cumprimento desse dever e os poderes que caberão ao Estado sobre essas escolas, bem como os auxílios, facilidades e subsídios a lhes serem concedidos pelo poder público (BRASIL, 1937). 38 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II • 1941 – A partir de 1941, mudanças ocorreram no processo educacional, o ensino profissional passou a contar com exames de admissão, bem como foi considerado também de nível médio. Conforme descrito no Parecer CNE/CEB nº 16/99 (BRASIL, 1999a, p. 7), “a partir de 1942 são baixadas, por Decretos-Lei, as conhecidas Leis Orgânicas da Educação Nacional”: • 1942 – Leis Orgânicas do Ensino Secundário (Decreto-Lei nº 4.244/42) e do Ensino Industrial (Decreto-Lei nº 4.073/42). • 1943 – Lei Orgânica do Ensino Comercial (Decreto-Lei nº 6.141/43). • 1946 – Leis Orgânicas do Ensino Primário (Decreto-Lei nº 8.529/46), do Ensino Normal (Decreto- Lei nº 8.530/46) e do Ensino Agrícola (Decreto-Lei nº 9.613/46). Nesse período histórico, foram instituídos o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); além disso, as chamadas escolas de aprendizes artífices transformaram-se em escolas técnicas federais. • 1971 – Em 1971, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 5.692), é instituída e vem trazendo novidades para a educação profissional, visto que generaliza a profissionalização no segundo grau, nomenclatura dada ao Ensino Médio. De acordo com Manfredi (2002, p. 105), essa Lei instituiu “a profissionalização universal e compulsória para o ensino secundário”. Com a Lei 5.692/71, ocorre um novo avanço para a educação profissional, visto que tal legislação generaliza a profissionalização no segundo grau, como se denominava o Ensino Médio na vigência da então Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Com a profissionalização obrigatória, há a ampliação significativa do número de vagas e matrículas nas escolas técnicas federais, bem como a diversificação para implantação de novos cursos técnicos. • 1978 – De acordo com o documento Centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, do Ministério da Educação, em 1978, com a Lei nº 6.545, três Escolas Técnicas Federais (Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro) são transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica – CEFETs. • 1996 – Com a instituição da Lei 9.394 neste ano, alterações ocorreram na educação nacional, e o Ensino Médio passa a ser considerado como etapa final da educação básica. Saiba mais Vale a pena ler o texto Uma análise dos antecedentes históricos e legais do ensino obrigatório no país e de sua ampliação para nove anos, de Marcelo Luís Ronsoni, disponível em <http://www.histedbr.fae. unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario8/_files/yWNahLb.doc>. Nesse texto você poderá aprofundar seu conhecimento sobre as questões históricas do ensino no Brasil. 39 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár cio - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 5.2 Educação profissional e a LDB 9.394/96 Em seus primórdios, a educação profissional possuía um caráter assistencialista; entretanto, a partir de 1996, com a instituição da Lei 9.394, um capítulo específico passou a cuidar da educação profissional. Esse período educacional começou a ser tratado separado da educação básica, e o Capítulo III do Título V da Lei 9.394 – Dos níveis e das modalidades de educação e ensino – trata da educação profissional e tecnológica. No novo enfoque, é estabelecida a educação profissional e tecnológica em seu artigo 39; já no artigo 40, está prescrito que a educação profissional deve ser articulada com o ensino regular, e a questão do reconhecimento e certificação está prevista no artigo 42. Com a inserção desses capítulos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, novas legislações passam a tratar da educação profissional para atender às previsões legais – o que ocorre por meio de Diretrizes Curriculares, Pareceres e também por Decretos para instituir programas específicos de educação profissional. Com a necessidade de vagas, criou-se pelo Decreto 2.208/97 o Programa de Expansão da Educação Profissional – Proep. Nesse Decreto também é estabelecida a organização do currículo para a educação profissional de nível técnico independente ou articulada com o Ensino Médio, de tal modo que o alunado teria uma formação técnica e a formação da educação básica como um todo. Para tanto, conforme visto no artigo 2º do Decreto 2.208/97: [...] a educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou em modalidades que contemplem estratégias da educação continuada, podendo ser realizada em escolas de ensino regular, em instituições especializadas ou nos ambientes de trabalho e abrangerá os três níveis: básico, técnico e tecnológico (BRASIL, 1997). De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da educação profissional de nível técnico (BRASIL, 2000): • o ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano; • os currículos dos cursos de educação profissional devem atender às demandas do mundo globalizado e do trabalho; • a educação profissional, na perspectiva de um novo paradigma de interesse social, deve capacitar o jovem para exercer sua real cidadania como sujeito ativo, social e histórico. No ano de 2006 foi realizada uma Conferência de Educação Profissional e Tecnológica. Essa foi a primeira conferência que o Ministério da Educação realizou em toda sua história, e o evento contou com a participação de 2.761 participantes. Veja a seguir dados do censo escolar desse mesmo ano a respeito das matrículas no Ensino Médio e na educação profissional técnica de nível médio no Brasil por dependência administrativa: 40 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II Quadro 3 Experiência administrativa Ensino Médio (regular) Ensino Médio (EJA) Ensino Médio (total) Educação Profissional Técnica de Ensino MédioPresencial Semi-presencial Brasil 8.906.820 1.345.165 405.497 10.657.482 744.690 Federal 67.650 814 - 68.464 79.878 Estadual 7.584.391 1.172.870 371.398 9.128.659 233.710 Municipal 186.045 45.754 15.558 247.357 23.074 Privada 1.068.734 125.727 18.541 1.213.002 408.028 Fonte: elaborado a partir de INEP/Censo escolar 2006. Observação A partir de 2007, com a nova fase do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, foram estabelecidos novos cursos, de acordo com as demandas local e regional – o que culminou, em 2008, na instituição do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, cujo objetivo é divulgar e regular a oferta de cursos técnicos no país. Também não se pode deixar de lado as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico, instituída pela Resolução CEB nº 4, de 8 de dezembro de 1999, que diz em seu artigo 6º o que se entende por competência profissional. Assim, segundo tal Resolução, competência profissional é a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho. Lembrete As competências requeridas pela educação profissional, considerada a natureza do trabalho, são as: • competências básicas, constituídas no Ensino Fundamental e Médio; • competências profissionais gerais, comuns aos técnicos de cada área; • competências profissionais específicas de cada qualificação ou habilitação. 41 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 5.3 Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio: uma nova organização por eixos tecnológicos Figura 6 Diante da trajetória histórica da educação profissional, o Ministério da Educação delibera em 2006, por meio do Parecer CNE/CES nº 277/2006, o novo formato para organização da educação profissional técnica de nível médio formado por eixos tecnológicos. Em 2008, institui o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio pela Resolução do CNE/CEB nº 3, de 09 de julho de 2008, que estabelece em seu artigo 3º que: [...] os cursos constantes do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio serão organizados por eixos tecnológicos definidores de um projeto pedagógico que contemple as trajetórias dos itinerários formativos e estabeleça exigências profissionais que direcionem a ação educativa das instituições e dos sistemas de ensino na oferta da educação profissional técnica (BRASIL, 2008). Agregando ao todo 185 possibilidades, o catálogo apresenta 12 eixos estabelecidos para agrupar os cursos: • Ambiente, Saúde e Segurança; • Apoio Educacional; • Controle e Processos Industriais; • Gestão e Negócios; • Hospitalidade e Lazer; • Informação e Comunicação; 42 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II • Infraestrutura; • Militar; • Produção Alimentícia; • Produção Cultural e Design; • Produção Industrial; • Recursos Naturais. 5.4 Serviços de apoio escolar: educação profissional técnica de nível médio na área educacional Sabendo-se que o trabalho educacional realizado na escola não se limita ao professor, pois é estabelecido no processo relacional entre todos os segmentos de trabalhadores da educação, as Diretrizes Curriculares para a área educacional são estabelecidas por meio do Parecer CNE/CEB nº 16/2005. Os profissionais não docentes constituem-se em “um segmento historicamente esquecido e não contemplado pelas políticas oficiais” e que o “o novo contexto social fez da escola um espaço de exercício de múltiplos papéis, o que requer a presença de vários profissionais da educação. Esta realidade coloca em cena os funcionários de escola” (BRASIL, 2005a). Assim, nas instituições de ensino da educação básica são encontrados profissionais não docentes que carecem de formação profissional adequada nas variadas funções.Outro aspecto relevante a se considerar, nesse contexto, é que grande parte desses funcionários não passaram por processos seletivos, gerando, portanto, prejuízos em sua formação e escolarização . Nesse sentido, justifica-se que a Secretaria de Educação Básica do MEC inclua no rol das áreas profissionais a criação de uma nova área técnica de profissionalização: o Apoio Educacional. Essa área [...] servirá não só para a aquisição das competências para o bom desenvolvimento das atividades educacionais, área que requer competentes e compromissados profissionais, mas será também um instrumento importante para a construção da identidade social desses funcionários e para sua valorização profissional (BRASIL, 2005a). Portanto, ainda de acordo com o Parecer CNE/CEB nº16/2005, pode-se caracterizar a área e dizer as competências na seguinte conformidade: • Caracterização da área: Compreende atividades em nível técnico, de planejamento, execução, controle e avaliação de funções de apoio pedagógico e administrativo nas 43 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL escolas públicas e privadas de educação básica e superior, nas respectivas modalidades. Tradicionalmente, são funções educativas que se desenvolvem complementarmente à ação docente. Esses serviços de apoio escolar são realizados em espaços como secretaria escolar, manutenção de infraestrutura, cantinas, recreios, portarias, laboratórios, oficinas, instalações esportivas, jardins, hortas e outros ambientes requeridos pelas diversas modalidades de ensino. As funções de secretaria escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e infraestrutura dão origem às habilitações profissionais mais correntes na área (BRASIL, 2005a). • Competências profissionais gerais do técnico da área: — identificar o papel da escola na construção da sociedade contemporânea; — assumir uma concepção de escola inclusiva, a partir do estudo inicial e permanente da história, da vida social pública e privada, da legislação e do financiamento da educação escolar; — identificar as diversas funções educativas presentes na escola; — reconhecer e constituir identidade profissional educativa em sua ação nas escolas e em órgãos dos sistemas de ensino; — cooperar na elaboração, execução e avaliação da proposta pedagógica da instituição de ensino; — formular e executar estratégias e ações no âmbito das diversas funções educativas não docentes, em articulação com as práticas docentes, conferindo-lhes maior qualidade educativa; — dialogar e interagir com os outros segmentos da escola no âmbito dos conselhos escolares e de outros órgãos de gestão democrática da educação; — coletar, organizar e analisar dados referentes à secretaria escolar, à alimentação escolar, à operação de multimeios didáticos e à manutenção da infraestrutura material e ambiental; — redigir projetos, relatórios e outros documentos pertinentes à vida escolar, inclusive em formatos legais, para as diversas funções de apoio pedagógico e administrativo. • Competências específicas de cada habilitação profissional: Estas competências serão definidas pelas unidades de ensino, tendo como delineamento as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos técnicos de nível médio definidas pelo Conselho Nacional de Educação, bem como as normas específicas dos sistemas de ensino. Suas estruturas serão definidas nos planos de curso de acordo com o perfil profissional esperado. Descreveremos a seguir o Eixo Tecnológico: Apoio Educacional, que compõe um dos cursos técnicos de nível médio proposto pelo Catálogo Nacional1: 1 Disponível em: <http://catalogonct.mec.gov.br/et_apoio_educacional/et_apoio_educacional.php>. Acesso em: 15 out. 2012. 44 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II 5.4.1 Eixo Tecnológico: Apoio Educacional Figura 7 O Eixo Tecnológico: Apoio Educacional compõe o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e compreende atividades relacionadas ao planejamento, execução, controle e avaliação de funções de apoio pedagógico e administrativo em escolas públicas, privadas e demais instituições. Tradicionalmente, são funções que apoiam e complementam o desenvolvimento da ação educativa intra e extraescolar. Os serviços de apoio educacional são realizados em espaços como secretaria escolar, bibliotecas, manutenção de infraestrutura, cantinas, recreios, portarias, laboratórios, oficinas, instalações esportivas, almoxarifados, jardins, hortas, brinquedotecas e outros espaços requeridos pela educação formal e não formal. Observação A organização curricular desses cursos contempla estudos sobre concepção de educação, administração democrática do ensino, organização da educação nacional, bem como ética, normas técnicas e de segurança, redação de documentos técnicos, raciocínio lógico, além da capacidade de trabalhar em equipes, com iniciativa, criatividade e sociabilidade. A seguir estão descritos os seis cursos técnicos que compõem o Eixo Tecnológico: Apoio Educacional, contidos no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do Ministério da Educação. 45 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Técnico em Alimentação Escolar (1.200 horas)2 Prepara a alimentação dos estudantes, conforme o cardápio e orientações definidas por nutricionista. Organiza e executa os fluxos de aquisição e armazenamento de alimentos e insumos necessários ao preparo da alimentação escolar. Organiza e controla os ambientes de preparo e de fornecimento da alimentação aos estudantes. Organiza, controla e executa os processos de higienização dos alimentos, de preparo e do fornecimento das refeições. Atua como educador alimentar na escola, sob supervisão de nutricionista. Quadro 4 Possibilidades de temas a serem abordados na formação Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada Alimentação escolar, educador alimentar, cozinhas e cantinas. Alimentação e educação. Nutrição. Alimentação saudável. Princípios e técnicas de assepsia pessoal, de materiais e de utensílios. Papel social da escola, relação escola-sociedade. Planejamento e legislação escolar. Gestão escolar democrática. Escolas públicas e privadas, centros de formação profissional, centros de capacitação de pessoal, órgãos de sistemas e redes de ensino. Biblioteca com acervo específico e atualizado. Laboratório de informática com programas específicos. Laboratório didático: cozinha e refeitório escolar. Técnico em Biblioteconomia (800 horas)3 Atua no tratamento, recuperação e disseminação da informação em ambientes físicos ou virtuais. Executa atividades auxiliares especializadas e administrativas relacionadas à rotina de bibliotecas ou centros de documentação e informação, quer no atendimento ao usuário, quer na administração do acervo ou na manutenção de banco de dados. Colabora no controle e na conservação de documentos e equipamentos. Quadro 5 Possibilidades de temas a serem abordados naformação Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada Bibliotecas e centros de documentação. Aquisição, tombamento, catalogação e classificação de materiais bibliográficos e documentais. Gerenciamento de bibliotecas. Manutenção e conservação preventiva do acervo. Organização de espaço físico e do acervo. Atendimento aos usuários reais e virtuais. Bibliotecas, centros de documentação, empresas administradoras de conteúdo para internet. Instituições públicas e privadas. Biblioteca com acervo específico e atualizado. Laboratório de informática com programas específicos. 2 Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_alimentacao_escolar.php>. Acesso em: 15 out. 2012. 3 Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_biblioteca.php>. Acesso em: 15 out. 2012. 46 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II Técnico em Infraestrutura Escolar (1.200 horas)4 Atua na definição e execução de processos e fluxos de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos escolares e sistemas hidrossanitários. Organiza, administra e operacionaliza procedimentos de racionalização e economicidade no uso dos recursos energéticos e hidráulicos da escola. Auxilia na gestão dos vários espaços escolares na perspectiva de mantê-los como espaços educativos. Colabora na mediação de conflitos com o entorno ambiental, atua na preservação e conservação do meio ambiente intra e extraescolar. Quadro 6 Possibilidades de temas a serem abordados na formação Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada Desenvolvimento social e ambiental. Equipamentos hidráulicos e sanitários. Reparos prediais. Ecologia, preservação e conservação ambiental. Captação, distribuição e consumo de água. Papel social da escola, concepções de educação, relação escola–sociedade. Planejamento, gestão e legislação escolar. Escolas públicas e privadas, centros de formação profissional, centros de capacitação de pessoal, órgãos de sistemas e redes de ensino. Biblioteca com acervo específico e atualizado. Laboratório de informática com programas específicos. Laboratório de instalações hidrossanitárias. Técnico em Multimeios Didáticos (1.200 horas)5 Promove a mediação entre recursos tecnológicos e a prática educativa escolar. Orienta e apoia a comunidade escolar na utilização dos equipamentos tecnológicos disponíveis. Prepara apresentações e materiais didáticos produzidos pelos educadores. Difunde as práticas de utilização dos recursos tecnológicos (planejamento, organização, execução e controle de utilização dos equipamentos e programas). Indica novos recursos tecnológicos para a ampliação e atualização do acervo multimidiático. Zela pela manutenção, controle e armazenamento dos equipamentos tecnológicos e programas da unidade escolar. 4 Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_infraestrutura_escolar.php>. Acesso em: 15 out. 2012. 5 Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_multimeios_didaticos.php>. Acesso em: 15 out. 2012. 47 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Quadro 7 Possibilidades de temas a serem abordados na formação Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada Tecnologia e informação. Aplicativos de informática. Redes de computadores. Internet. Comunicação e aprendizagem. Papel social da escola, concepções de educação, relação escolasociedade. Planejamento, gestão e legislação escolar. Leitura e produção de textos. Logística e gestão de materiais. Escolas públicas e privadas, centros de formação profissional, centros de capacitação de pessoal, órgãos de sistemas e redes de ensino. Biblioteca com acervo específico e atualizado. Laboratório de informática com programas específicos. Técnico em Orientação Comunitária (800 horas)6 Auxilia e apoia a organização de grupos de interesse na comunidade, colaborando em ações de cultura e desenvolvimento local. Atua também em diferentes temáticas (meio ambiente, turismo, trabalho e renda, saúde, educação, esporte e lazer). Trabalha sob supervisão de profissional de nível superior da área social, contribuindo para o desenvolvimento de lideranças comunitárias. Participa, ainda, de campanhas educativas. Colabora na integração da comunidade com suas escolas, articulando e promovendo ações de aproximação positiva entre elas. Quadro 8 Possibilidades de temas a serem abordados na formação Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada Políticas públicas sociais. Psicologia social e comunitária. Formação de lideranças. História e diversidade de movimentos sociais. Educação popular. Economia solidária. Comunicação social comunitária. Educação para o consumo. Desenvolvimento e sustentabilidade. Instituições públicas, privadas e do terceiro setor. Conselhos tutelares, associações comunitárias, conselhos sociais, sindicatos e cooperativas. Biblioteca com acervo específico e atualizado. Laboratório de informática com programas específicos. Técnico em Secretaria Escolar (1.200 horas)7 Colabora com a gestão escolar, atuando na organização de registros escolares. Operacionaliza processos de matrícula e transferência de estudantes, de organização de 6 Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_orientacao_comunitaria.php>. Acesso em: 15 out. 2012. 7 Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/et_apoio_educacional/t_secrectaria_escolar.php>. Acesso em: 15 out. 2012. 48 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II turmas e de registros do histórico escolar dos estudantes. Controla e organiza os arquivos com registros da vida acadêmica, processos de registro de conclusão de cursos e colação de grau. Registra em atas as sessões e atividades acadêmicas específicas. Quadro 9 Possibilidades de temas a serem abordados na formação Possibilidades de atuação Infraestrutura recomendada Características da vida acadêmica. Registros e controles acadêmicos. Papel social da escola, concepções de educação, relação escolasociedade. Planejamento, gestão e legislação educacional. Leitura e produção de textos. Informática. Atendimento ao público. Escolas públicas e privadas, centros de formação profissional, centros de capacitação de pessoal, órgãos de sistemas e redes de ensino. Biblioteca com acervo específico e atualizado. Laboratório de informática com programas específicos. 6 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A EMPREGABILIDADE Figura 8 De repente, a vida começou a impor-se, a desafiar-me com seus pontos de interrogação, que se desmanchavam para dar lugar a outros; eu liquidava esses outros e apareciam outros. (Carlos Drummond de Andrade) 49 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12/1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL O Ministério da Educação, juntamente com atores sociais representativos do mundo laborativo, elaborou um documento que orientasse e organizasse os cursos técnicos a serem oferecidos, conforme visto a seguir: Ao longo de 2007 e no primeiro semestre de 2008, especialistas de todo o país, além de representantes dos sistemas de supervisão de ensino dos estados, juntamente com representantes de outros órgãos do governo somaram esforços ao Ministério da Educação para elaborar o Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos que servirá na orientação de estudantes e instituições de ensino na oferta de cursos técnicos (BRASIL, 2008a, p. 8). Também é necessário citar que é oferecido neste catálogo como os cursos devem ser organizados, seguindo a seguinte conformidade: A organização dos cursos de educação profissional e tecnológica será realizada por eixo tecnológico, possibilitando diferentes itinerários formativos. O eixo tecnológico por sua vez, pode ser entendido como uma linha central de estruturação de um curso, definida por uma matriz tecnológica. Essa estruturação orienta a definição dos componentes essenciais e complementares do currículo, expressa a trajetória do itinerário formativo e estabelece as exigências pedagógicas. Em linhas gerais, o novo paradigma da educação profissional e tecnológica, na nova configuração do trabalho e diante das mudanças tecnológicas do nosso tempo, deve servir de alavanca para o desenvolvimento social, econômico e cultural, na expectativa de novas possibilidades de inclusão social, na geração de novas oportunidades de trabalho e de novas perspectivas de boa qualidade de vida (SANTOS, 2010, pp. 62-63). De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico (BRASIL, 2000c), o ensino profissional está centrado no desenvolvimento de competências em nosso cotidiano. Desse modo, faz-se necessária a seguinte pergunta: na elaboração curricular, quais são as competências fundamentais para atender às demandas futuras e as da atualidade? Novas formas de comunicação, de pensar e de aprender tornam as escolas desafiadas à implementação de modos alternativos, diferenciados e flexibilizados, a fim de possibilitar práticas inovadoras no que tange à educação profissional. Segundo a Resolução CNE/CEB nº 04/99 (BRASIL, 1999c), que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico, no artigo 6º, parágrafo único, incisos I, II e III, são estabelecidas as competências requeridas pela educação profissional, considerada a natureza do trabalho: • Competências técnicas: constituídas no Ensino Fundamental e Médio. 50 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II • Competências profissionais gerais: comuns aos técnicos de cada área. • Competências profissionais específicas de cada qualificação ou habilitação. Diante do exposto, em nosso cotidiano torna-se necessária a transformação do mundo por meio do homem, como bem pontuou Freire (1987, p. 78): [...] a existência humana não pode ser muda, silenciosa, tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles como pronunciar. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Sem dúvida, a descoberta de competências a serem estabelecidas nos currículos dos cursos de educação profissional, que atendam às necessidades, é um tema complexo, tanto por conta da sociedade do conhecimento em que vivemos como pelo mundo globalizado que se estabeleceu. Para tanto, é necessário partir do conhecimento da realidade de que o cidadão deverá estar preparado para atuar atendendo às diversidades encontradas no mundo profissional, não se atendo apenas às especificidades de uma habilitação específica e sim à abrangência das competências dispostas para cada área do conhecimento. Para um melhor entendimento, verificaremos o significado de alguns termos e conceitos básicos: • Empregabilidade: segundo Cabrera (2006), a empregabilidade “é a capacidade de acumular e manter atualizadas suas competências, seu conhecimento e sua rede de relacionamentos, de forma a ter sempre em suas mãos o arbítrio sobre seu projeto de carreira”. • Profissão: de acordo com Flory (et al 2004, p. 19), “é uma área em que a pessoa está capacitada a trabalhar, [...] designa um conjunto, muitas vezes definido pessoa a pessoa, de ocupações possíveis para aquele profissional”. Portanto, a capacitação em uma profissão pode ser obtida por meio de estudo formal, de experiência profissional, da vivência ou por meio da troca de experiência, entre outras. • Carreira: conforme aponta Flory (et al 2004, p. 22), “significa o conjunto de ocupações e profissões que você já desempenhou em sua vida, montando o corpo de experiências e responsabilidades pelas quais já passou”, ou seja, é a soma de todas as experiências ocupacionais do profissional. • Ocupação, cargo, função: englobam as atividades que o cidadão realiza no mundo do trabalho. “É o conjunto de postos de trabalho substancialmente iguais quanto a sua natureza e qualificações exigidas, [...] é um conjunto articulado de funções, tarefas e operações destinadas à obtenção de produtos e serviços” (SERT/SP, 2003, p. 34). • Emprego: segundo Flory (et al 2004), é o vínculo que uma pessoa tem com alguém ou com alguma instituição, no qual essa pessoa é paga para exercer determinada função. É a condição de estar empregado, uma função de mercado. 51 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL É preciso pensar nos verbetes emprego e trabalho. São sinônimos? Vejamos: emprego, segundo definição de Mattos (1996, p. 201), é o “ato de contratar para um serviço, para um trabalho”; ainda de acordo com o mesmo autor, trabalho significa “lugar em que se trabalha, obra realizada” (Mattos, 1996, p. 523). Diante do exposto, pode-se pensar que o cidadão que não tem emprego não trabalha; entretanto, ele pode trabalhar por conta própria, sendo autônomo, prestador de serviços ou empresário, entre outros formatos. • Mercado: é o que se deseja pelo desejado, ou seja, conjunto de consumidores potenciais do produto ou serviço oferecido por determinada empresa ou profissional (FLORY et al., 2004, p. 23). • Área profissional: campo de ação ou exercício de determinada profissão que reúne ocupações e atividades para as quais se supõe um determinado preparo (SERT/SP, 2003). Saiba mais Para conhecer melhor esse assunto, leia a obra Emprego não cai do céu: como planejar sua vida para garantir empregabilidade, de FLORY (et al 2004). É indispensável conhecer esses conceitos antes de se escolher uma profissão, pois muitos indivíduos os confundem e acabam desperdiçando seus talentos, habilidades e competências. O processo de escolha de uma profissão não é fácil e demanda conhecimento das necessidades contemporâneas do mercado de trabalho,bem como a verificação das variadas possibilidades abertas ao cidadão. Assim, a educação profissional, na perspectiva de um novo paradigma de interesse social, deve capacitar o cidadão a atender a tal demanda. É assim que a pessoa se prepara para exercer sua real cidadania como sujeito histórico, ativo e social. Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional de nível técnico estão expostas as premissas básicas para a definição de currículos a partir de competências profissionais. Mas o que é considerado competência profissional? À luz da legislação vigente, é a capacidade de articulação e mobilização dos conhecimentos e habilidades adquiridos e necessários para o bom desenvolvimento das atividades realizadas, de acordo com a natureza do trabalho. Assim, resta ao pedagogo verificar se a prática pedagógica desenvolvida pela escola está atendendo única e exclusivamente aos preceitos mercadológicos ou se ela também está voltada para uma formação que seja capaz de ser, ao mesmo tempo, inclusiva e transformadora da realidade, além de contribuidora do desenvolvimento do país – e não apenas formadora de mão de obra qualificada. 52 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II 7 DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: MÉTODOS E TÉCNICAS Continuando a pensar na atuação do professor da educação básica e profissional, vamos estudar um pouco os métodos e técnicas que podemos utilizar na prática para transformar nossas aulas em momentos de construção de conhecimento para alunos e (por que não?) para o professor também. 7.1 Pensando sobre a Didática Quais são os procedimentos, as técnicas, as metodologias, os instrumentos e os recursos de que se pode lançar mão na prática pedagógica? Como escolher os métodos e/ou técnicas de ensino para cada modalidade, disciplina, aula ou conteúdo? Ou melhor, como ensinar? Para tal, se faz necessário discutir um conceito já conhecido do aluno de Pedagogia da UNIP Interativa, pois foi trabalhado em outras disciplinas: a Didática. Vamos retomá-lo brevemente? Observe: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra didática é o feminino substantivado de didático e vem do grego didaktikós, sendo relativa ao ensino ou à instrução. Didática vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que significa arte ou técnica de ensinar (técnica de dirigir e orientar a aprendizagem). Lembrete Didática é a parte da Pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem. Conhecê-la é fundamental para que possamos ir adiante nesses dois processos. De uma forma mais ampla, poderíamos dizer que ela é, como defendia o grande educador Comenius, um método universal de ensinar tudo a todos. E de ensinar com tal certeza, que seja impossível não conseguir bons resultados. E de ensinar rapidamente, [...] sem nenhum aborrecimento para os alunos e para os professores, mas antes com sumo prazer para uns e para outros. E de ensinar solidamente, não superficialmente e apenas com palavras, mas encaminhando os alunos para uma verdadeira instrução, para os bons costumes e para a piedade sincera [...] como de uma fonte viva 53 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL que produz eternos arroios que vão, de novo, reunir-se num único rio; assim estabelecemos um método universal de fundar escolas universais (COMENIUS, 2001, p. 3). É função da Didática, portanto, conseguir atingir o objetivo de ensinar e promover aprendizagens aos nossos alunos. Diante do exposto, independentemente de o foco ser o trabalho na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, no Ensino Médio ou até mesmo na educação profissional, precisamos escolher técnicas e métodos que se encaixem no planejamento do educador para serem aproveitados com boa qualidade. São muitas as perguntas e variadas as respostas. Antes de respondê-las, porém, é necessário discutir a questão das diferentes abordagens sobre o tema. O modo pelo qual escolhemos lidar com o ensino e promovê-lo de modo consciente (e que leve o aluno ao sucesso em sua aprendizagem) nos faz optar por elas. Um planejamento efetivo e benfeito nos abre caminhos para pensar uma ação docente que dê conta de atingir objetivos e desenvolver conteúdos por meio de metodologias e procedimentos que, quando avaliados, apresentem resultados positivos em relação à aprendizagem. Vale destacar alguns conceitos básicos para pensarmos em “como ensinar”. Vejamos: • Estratégia: descrição dos meios disponíveis para que se atinja objetivos específicos, ou seja, procedimentos e recursos didáticos a serem utilizados para alcançar os objetivos propostos (HAYDT, 2008). • Método: a palavra método vem do grego methodos e significa “caminho para chegar a um fim”. A metodologia é o estudo dos métodos, mas não é só isso. Ela se refere aos fundamentos e pressupostos filosóficos que fundamentam um estudo particular (HAYDT, 2008; PILETTI, 2004). • Método de ensino: é o caminho escolhido pelo professor para organizar as situações ensino- aprendizagem. • Técnica: é a operacionalização do método (PILETTI, 2004). • Procedimento: é o modo de realizar alguma coisa, a descrição da atividade desenvolvida pelo professor e da atividade a ser desenvolvida pelo aluno. Conhecer esses conceitos é fundamental para que o futuro professor prepare-se de maneira mais adequada ao seu trabalho na sala de aula e em outros ambientes escolares e não escolares também. Deste modo, que tal pensar sobre como tudo isso funciona na prática? Eu o convido para essa reflexão! 54 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II 8 EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: MÉTODOS E TÉCNICAS Todo processo educacional precisa ser pensado com muita responsabilidade e criatividade. Independente do nível, grau ou modalidade de ensino, é muito importante que o planejamento seja feito tendo em vista todas as possibilidades de aprendizagem – de alunos e professores. Analise o quadro a seguir, de Bordenave e Pereira (2008), sobre o que estamos falando: Fatores que afetam a escolha de atividades de ensino e aprendizagem Objetos educacionais Facilidades físicas Tempo disponível Aceitação e experiências dos alunos Tipos de alunos Etapa no processo de ensino Contribuição e limitações das atividades de ensino Experiência didática do professor Estrutura do assunto e tipo de aprendizagem envolvido ESCOLHA DE ATIVIDADES DIDÁTICAS Figura 9 Assim, como aponta Leal (s/d, p. 4): [...] no planejamento, ao elaborar o projeto de ensino, o professor antevê quais os métodos e as técnicas que poderá desenvolver com seu aluno em sala de aula na perspectiva de promover a aprendizagem. E, juntamente com os alunos, irão avaliando quais são os mais adequados aos diferentes saberes, ao perfil do grupo, aos objetivos e aos alunos como sujeitos individuais. Para escolher qual percurso seguir,o professor precisa optar por um ou mais métodos. Quadro 10 Método/Tendências Características Tradicional • Centralizado na figura do professor. • Os conhecimentos são transmitidos por meio da aula, numa sequência predeterminada e expositiva. • Enfatiza a repetição de exercícios para memorização. Libertador • Centrado na discussão de temas sociais e políticos. • O professor é o coordenador das atividades. • Há participação ativa dos alunos. 55 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Renovado • Escolanovismo. • Valoriza o indivíduo como ser livre, ativo e social. • O centro da atividade escolar é o aluno, ávido por aprender. • O mais importante é o processo de aprendizagem. • O professor é um facilitador. Tecnicista • O centro da atividade escolar é a tecnologia empregada. • O professor é um especialista na aplicação de manuais, e sua criatividade fica subordinada aos limites da técnica utilizada. • Prática pedagógica altamente controlada e dirigida pelo professor. Crítico social • Defende que não basta discutir questões sociais da atualidade, é necessário enfatizar o conhecimento histórico. • O trabalho docente deve partir da relação direta entre a experiência do aluno e o saber trazido de fora. A escolha de um método é importante, mas há professores que mesclam as várias possibilidades, de acordo com seus objetivos a cada momento em que desenvolvem sua aula e elaboram seu planejamento. Para tanto, Piaget (apud HAYDT, 2008, pp. 146-147) classifica os métodos de ensino em: • Métodos verbais tradicionais: fundamentados na epistemologia associacionista. • Métodos ativos: aqueles que se desenvolveram a partir do construtivismo operacional e cognitivo, fundados sobre os mecanismos individuais do pensamento ou sobre a vida social da criança. • Métodos intuitivos ou audiovisuais: baseados na Gestalt. • Ensino programado: pautado nas teorias da psicologia comportamental. Carvalho (apud HAYDT, 2008, pp. 147-148), por sua vez, classifica os métodos de ensino do seguinte modo: • Métodos individualizados de ensino: aqueles que valorizam o atendimento às diferenças individuais e fazem a adequação de conteúdo ao ritmo de aprendizagem de cada aluno (trabalho com fichas, estudo dirigido, ensino programado, entre outros). • Métodos socializados de ensino: valorizam a interação social, fazendo a aprendizagem efetivar-se em grupo (trabalho em grupo, dramatização, estudo de caso, entre outros). • Métodos sócio-individualizados: combinam as atividades individualizada e socializada (problematização, unidades de trabalho, unidades didáticas, entre outros). Entretanto, deve-se sempre considerar alguns pontos antes de fazer essa opção: Averiguar a quantidade de alunos, os novos desafios impostos pela sociedade, as condições físicas da instituição, os recursos disponíveis, as possíveis estratégias de inovação, as expectativas do aluno, o nível intelectual do 56 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II aluno, as condições socioeconômicas do aluno, a cultura institucional, a filosofia da instituição de ensino e todas as condições objetivas e subjetivas em que o processo de ensino irá acontecer (LEAL, s/d, p. 8). Diante do exposto, escolhem-se técnicas e recursos para desenvolver o trabalho pedagógico. Sobre os recursos, cabe ressaltar que, com o surgimento e avanço da informática e da internet (e das novas tecnologias da informação e comunicação), os recursos na área do ensino tomaram um rumo diferente. Assim, o trabalho do professor e, consequentemente, do aluno sofreu uma reviravolta: há a possibilidade de continuidade das atividades inclusive sem a proximidade física, ou seja, a sala de aula não está somente dentro das paredes da escola, mas em qualquer lugar conectado à rede mundial de computadores. Além disso, a pesquisa pode ser feita não somente nas bibliotecas espalhadas pela cidade, nas universidades ou nas próprias escolas. Atualmente, pesquisa-se em frente à tela do computador em muitas bibliotecas do mundo todo. O professor precisa levar em conta essa nova possibilidade e aproveitar esses recursos nas suas aulas, até porque grande parte dos alunos os conhecem bem e não se inserir nesse contexto pode ser desmotivante. Contudo, para aproveitar as técnicas e os recursos de ensino, não se pode deixar de lado o conhecimento sobre quem são seus alunos, quais são suas reais condições e qual é a qualidade dos recursos disponíveis por eles e na instituição, para que haja uma organização das situações didáticas em que seja possível utilizar estas novas tecnologias, como o data show, os slides construídos em softwares de apresentação, hipertextos, bibliotecas virtuais, a própria internet, correio eletrônico, páginas na web, sites diversos, vídeo e teleconferências, ambientes de socialização e compartilhamento de informações, Twitter e uma série de outros recursos mais avançados. Cabe ainda ressaltar que um bom planejamento docente é imprescindível e deve se basear em alguns elementos essenciais para uma prática pedagógica rica e diversificada. Entre eles estão os objetivos que precisam ser bem definidos para o desenvolvimento de atividades ricas e variadas, que permitirão a utilização de técnicas, recursos e metodologias diversas. Pesquisas educacionais bem recentes têm demonstrado que, quando um conceito é introduzido intuitivamente, parece ser pedagogicamente mais sábio: auxílios e materiais manipulativos podem ser usados nesse sentido. Muitos problemas resolvidos por um processo intuitivo são motivados pela manipulação mental de objetos físicos, devendo ser ressaltados alguns pontos; soluções são apresentadas em diferentes níveis de sofisticação; cada solução depende da visualização da situação física; problemas podem ser usados para iniciar um estudo intuitivo de diferentes conceitos, estimulando os alunos a trabalharem em níveis cada vez mais evoluídos de pensamento (LEAL, s/d, p. 10). 57 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A partir desta discussão, podemos pensar sobre quais técnicas utilizar para uma prática docente mais efetiva e com resultados mais positivos. As técnicas de ensino podem se voltar para atender individualmente ou de modo socializado; assim, recebem a nomenclatura de ensino socializado as técnicas que prescindem do trabalho coletivo, em grupo, e individualizada será toda técnica que permita o trabalho individual do aluno. Veja algumas técnicas que podem ser utilizadas com alunos de vários níveis de ensino: Quadro 11 Técnicas de ensino Tipo de ensino Características e desenvolvimento Aula Expositiva Dialogada Socializado • Pode ser desenvolvida quando da apresentação de uma nova unidade didática, na explicação de conteúdos. • Pode ser mesclada com outras técnicas. • São momentos didáticos desta técnica: introdução, desenvolvimento e síntese integradora. • Alguns autores dividem-na em exposição dialogadaou provocativa e destacam a importância das perguntas em aula. • Com ela, é possível vivenciar habilidades didáticas de ensino, observando o tempo da exposição. Painel integrado Socializado • Um tema para estudo em grupos é proposto. • Cada aluno recebe um número (1, 2, 3) e estuda o tema no grupo. • Trocam-se os grupos para o painel integrado (todos os alunos com o mesmo número formam novo grupo). • Cada aluno é responsável por apresentar aos novos colegas o que estudou no grupo de origem. • Todos os alunos são responsáveis por estudar o tema e apresentá-lo ao novo grupo. Estudo de caso Socializado • É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita ser investigada. • O professor expõe o caso a ser estudado (que pode ser um caso para cada grupo ou o mesmo caso para diversos grupos). • O grupo analisa o caso, expondo seu ponto de vista. • O professor retoma os pontos principais, fazendo a síntese. Estudo dirigido Socializado ou individualizado • Há uma mobilização para o estudo. • Um roteiro dirigido com questões é apresentado. • Ao final, é feita uma apresentação e intervenção. Webquest Socializado • Define-se um tema e seus objetivos de estudo. • O professor propõe uma pesquisa inicial e disponibiliza links selecionados acerca do assunto, para consulta orientada dos alunos. • Os alunos elaboram uma página na internet, utilizando material encontrado na própria rede. • A culminância é a publicação na internet da página construída pelos grupos, a qual deve conter todos os passos percorridos para a solução do problema inicial. 58 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II Portfolio Individualizado • É a coleção de trabalhos e atividades produzidos pelos alunos, adequadamente organizada, que revela, com o passar do tempo, os diversos aspectos do crescimento e do desenvolvimento de cada um em particular. • Permite aos professores considerarem o trabalho de forma processual, superando a visão pontual das provas e dos testes, integrando-o no contexto do ensino como uma atividade complexa baseada em elementos de aprendizagem significativa e relacional. Projeto de ação didática Socializado “Ensinar, aprender, pesquisar e avaliar por meio do projeto de ação didática centrada em problemas desenvolvidos por grupos de alunos, orientados por professores, introduz uma dinâmica nova na sala de aula. O projeto de ação didática desenvolve capacidades de pesquisa na medida em que incita a observar, a recorrer às técnicas diversificadas – entrevista, questionário, trabalho em grupo, exposição dialogada, observação visitas, [...] para levantar indagações, desenvolver estratégias, descobrir, inventar” (VEIGA, 2007, p. 76). Grupo de Observação (GO) e Grupo de Verbalização (GV) Socializado • Seu objetivo é proporcionar o debate sobre um tema determinado. • O grupo é dividido em dois: um grupo verbaliza enquanto o outro somente observa e faz anotações para posterior discussão. • Em seguida, invertem-se as posições: o grupo de verbalização passa a observar e o de observação participa da discussão. • O professor atua como mediador nos grupos e um aluno será o relator. • Ao final do tempo preestabelecido para estes dois momentos, abre- se um grande grupo para intervenções finais. Seminário Socializado • Seu objetivo é promover o diálogo crítico, estimulando a produção do conhecimento de forma cooperativa. • Visa a que os alunos trabalhem cooperativamente, sem a divisão do trabalho em partes entre eles. • Um cuidado necessário é que o professor participe da apresentação, para que não haja a substituição do monólogo do professor pelo do aluno. Díade Socializado • Cada grupo é formado por dois alunos que, face a face, discutem o tema ou conversam sobre determinado assunto, que pode ser uma apresentação pessoal. • É uma possibilidade para que os alunos mais tímidos sintam-se à vontade para falar, já que a plateia é pequena. Lista de discussão (na internet) Socializado É a oportunidade de um grupo de pessoas poder debater, à distância, um tema sobre o qual sejam especialistas, tenham realizado um estudo prévio ou queiram aprofundá-lo por meio eletrônico (ANASTASIOU, 2006, p. 85). Estas são apenas algumas das diversas técnicas que podem ser desenvolvidas nas salas de aula da educação básica. Acrescente outras fazendo uma pesquisa sobre o tema e incorpore-as em sua prática pedagógica. Quando um professor diz que não sabe o que fazer com seus alunos, é porque certamente mantém sempre o mesmo tipo de aula, com as mesmas características – fator que pode gerar cansaço e desânimo em sua turma. Segue uma sugestão para uma boa aula, conforme apontado por Lowman (2007): 59 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 1. Ajuste a matéria que você apresenta ao tempo disponível. 2. Busque formas concisas de apresentar e ilustrar o conteúdo. Expresse os conceitos da forma mais simples possível e defina os termos técnicos quando você os usar. 3. Comece cada curso e cada aula despertando o interesse dos alunos, expressando expectativas positivas e compartilhando os objetivos que você tem com eles. 4. Siga um esquema preparado, mas inclua material improvisado ou ilustrações. Aparente espontaneidade mesmo que você esteja seguindo um esquema bem de perto. 5. Quebre a monotonia das aulas variando seus métodos e técnicas de apresentação. 6. Use uma ampla gama de vozes, expressões faciais, gestos e movimentos físicos. Mas seja você mesmo. 7. Dê, regularmente, oportunidade para que os estudantes possam respirar e fazer perguntas. “É melhor falar pouco e fazer pequenas pausas do que continuar falando por muito tempo” (EBLE, 1988, p. 81). 8. Termine cada aula com uma conclusão que vincule o que aconteceu no dia com o que será abordado na aula seguinte. 9. Seja guiado por seus estudantes durante as aulas. Observe continuamente suas emoções, reconheça-as, e modifique sua abordagem quando indicado. 10. Lembre-se, em seus relacionamentos com os estudantes, de que todos são pessoas, em primeiro lugar, e estudantes e professor, em segundo. Lembre-se de que você, como professor, “é tanto anfitrião quanto convidado” (EBLE, 1988, p.81). Fonte: LOWMAN, J. Dominando as técnicas de ensino. São Paulo: Atlas, 2007. Agora que você estudou um pouco mais sobre planejamento, técnicas e métodos de ensino, deve sentir-se mais preparado para assumir suas funções docentes, certo? Vamos adiante e... bom trabalho! Resumo Nesta segunda unidade foi possível verificar que a função central da educação básica e da educação profissional é a de preparar o ser humano para o exercício da cidadania e para o trabalho, propiciando ao 60 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II jovem condições de participar do mundo do trabalho como profissional competente, conforme as disposições da LDB 9.394/96. Também buscou-se diferenciar método de técnicas e perceber o quão importante é saberquais fatores podem afetar a escolha das atividades a serem propostas aos alunos, bem como entender às variadas metodologias/tendências para a efetividade do processo de ensino e aprendizagem. Por fim, foram sugeridas técnicas de possível aplicação na educação básica e no ensino profissional de nível médio, como aula expositiva dialogada e estudo de caso, entre outras. Ao finalizarmos o estudo desta disciplina, o que nos cabe é, como pedagogos, pensar em contribuir para que nossa ação docente seja sempre mais interessante, proveitosa, rica e útil aos nossos alunos e parceiros de trabalho. Outro tema recorrente e de fundamental importância é zelar para que o curso de Pedagogia seja cada vez mais valorizado e que nosso papel seja considerado como fundamental ao desenvolvimento da sociedade, já que lidamos diretamente com a formação de cidadãos. Exercícios Questão 1 (Enade 2005, Questão 14). Uma teoria pedagógica é um conjunto de saberes sobre as questões principais da Pedagogia: para que educar? O que significa ensinar e aprender? Como fazê-lo? Uma teoria pedagógica crítica se caracteriza pela: A) visão pessimista da escola e do papel sociocultural que ela desempenha na sociedade. B) problematização dos pressupostos filosóficos e sociopolíticos do fazer pedagógico. C) instrumentalização eficiente do ensinar e do aprender. D) rejeição aos métodos didáticos que simplificam a capacidade de alunos e de professores. E) aceitação de diferentes propostas sobre o significado do ensinar e do aprender. Resposta correta: alternativa B. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. 61 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO MÉDIO: NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Justificativa: a reflexão de cunho filosófico e sociopolítico jamais pode ser simplesmente identificada com uma visão pessimista da escola; ao contrário, é uma poderosa aliada na solução de problemas e como fundamentação de propostas inovadoras. B) Alternativa correta. Justificativa: ensinar e aprender, numa perspectiva pedagógica crítica, significa se utilizar de um conjunto de saberes ancorados em pressupostos filosóficos e sociopolíticos, que levem à reflexão sobre o pensar e o fazer pedagógico. C) Alternativa incorreta. Justificativa: em uma perspectiva pedagógica crítica, é impossível instrumentalizar o ensino e a aprendizagem, já que estes dependem de reflexão ancorada num conjunto de saberes que não estão diretamente ligados às técnicas e às metodologias. D) Alternativa incorreta. Justificativa: os métodos didáticos são resultados da combinação entre a aplicação e uma proposta teórica, o que gera a ação dos sujeitos. Nesse sentido, trarão contribuições para a ampliação da capacidade dos alunos e dos professores. E) Alternativa incorreta. Justificativa: a adoção de uma perspectiva pedagógica pressupõe o abandono de outras. Questão 2 (Enade 2008, Questão 22). Há uma discussão do “ser” professor que envolve a diferenciação entre a pedagogia do professor e a pedagogia do mestre. A função do professor é ensinar a todos a mesma coisa e a do mestre, anunciar, a cada um, uma verdade particular, uma resposta singular e uma realização. Nesse sentido, o mestre é o condutor do discípulo até si mesmo, um agente de seu processo de individuação. O discípulo confia no mestre para que o instrua e o conduza enquanto ele não for capaz de se conduzir sozinho, entendendo que a condição de discípulo é provisória. Assim, a experiência do mestre, adquirida através da prática e da sagacidade, é, na verdade, a capacidade de discernimento dos espíritos que, ao pressentir as possibilidades de cada um, propõe-lhes fins ao seu alcance, assim como os meios de alcançá-los, através da utilização das suas capacidades. As idéias do texto afirmam: I - a confiança do discípulo na figura do mestre; II - a busca de padrões nos processos de individuação; III - o entendimento das limitações e possibilidades de mestres e discípulos; IV - a percepção do mestre como condutor às verdades. 62 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 Unidade II De acordo com o texto, é(são) correta(s) apenas a(s) ideia(s): A) II. B) IV. C) I e II. D) I e III. E) I, II e III. Resolução desta questão na plataforma. 63 PE D - Re vi sã o: V irg in i/L uc as - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 4/ 12 /1 2 // Ex er cí ci os C Q A - Ca rla / Di ag ra m aç ão : M ár ci o - 11 /0 9/ 20 13 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 IND-EDU-071120-3.JPG. Disponível em: <http://www.morguefile.com/archive/display/189444>. Acesso em: 10 dez. 2012. Figura 2 CHILDGROUP_002.JPG. 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