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Atividade Processo Penal

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Conceitue Direito de Ação e Ação Penal. 
 O Direito de Ação consiste na possibilidade em que as pessoas físicas ou jurídicas tem de acionar o Estado, através do Poder Judiciário para resolver os seus conflitos, quando sentirem-se ameaçadas ou quando tiverem algum direito lesado. Desta forma o Poder Judiciário intervém de modo a cessar essa possível ameaça, ou garantindo a compensação quanto ao prejuízo sofrido. Este dispositivo encontra-se previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88.
 Já a Ação Penal é a possibilidade de invocar junto ao Poder Judiciário, no sentido de se aplicar o direito penal objetivo, a lei penal. Exerce-se o direito de ação, ingressando-se em juízo, não simplesmente para se obter a condição do réu, mas o julgamento da pretensão punitiva. 
Quais as condições da ação penal? Conceitue cada uma delas, apontando qual a consequência de uma peça acusatória interposta com ausência de uma dessas condições. Fundamente na lei. 
Legitimidade da parte: É a pertinência subjetiva do direito de agir, ou seja, as pessoas legitimadas para reclamar em juízo o que lhes é de direito.
No processo penal teremos a pretensão acusatória versus a pretensão libertária. No direito processual penal, há uma legitimidade genérica que é a do Ministério Público, titular natural da ação penal, desde que a lei não disponha de forma diversa.
Se a ação for pública deve ser proposta pelo Ministério Público através de uma denúncia; se for privada, pelo ofendido ou por seu representante legal, através de uma queixa.
Porém, podem existir casos de legitimação extraordinária, alguém que não seja o sujeito da relação jurídica de direito a demandar.
Caso seja constatada a ilegitimidade da parte, seja ativa ou passiva, a denúncia ou a queixa serão rejeitadas.
Interesse de agir: O interesse processual do autor se dá sempre que para obter o que pretende, necessita da providência jurisdicional.
Por se tratar de processo penal, essa necessidade é absolutamente presumida, pois não há pena sem o devido processo legal. E é interesse processual a exigência de a ação penal ter justa causa.
Assim, a ação pode ser admitida quando houver indícios de autoria e prova de materialidade e ensejar sua propositura, não estando extinta a punibilidade, pela prescrição ou por qualquer outra causa.
Caso seja verificada a falta de interesse em agir por parte do autor impõem-se a rejeição da denúncia ou da queixa
 Possibilidade jurídica do pedido: A providencia pedida pelo autor precisa estar prevista em lei para que sua ação seja executada. Portanto, o pedido do autor deve estar previsto no ordenamento jurídico, e será impossível quando a descrição do fato imputado na denúncia ou queixa não for típico.
A denúncia ou queixa deve ser descrita como fato previsto em lei, como infração penal, pois só assim, poderá fundamentar o pedido de condenação no final do processo.
Caracterizada a falta desta condição deverá a inicial acusatória ser recusada.
3) O que é Justa Causa? Qual a conseqüência da interposição de uma peça acusatória desprovida de justa causa? Fundamente na lei. 
 O termo justa causa é uma das condições genéricas da Ação penal e se refere a uma peculiaridade da ação penal em relação a civil, ou seja, corresponde a um suporte probatório mínimo que deve lastrear ou respaldar toda e qualquer ação penal.
 Alguns autores a caracterizam como o suporte ou lastro probatório mínimo, seria a prova da infração e indícios suficientes de autoria, do qual dependem a análise de todas as condições da ações, sem elas jamais pode identificar se há legitimidade, possibilidade jurídica do pedido e interesse de agir, ou seja, é um elemento essencial ao exercício da ação penal.
 Sobre a interposição de uma peça acusatória desprovida de justa causa, a conseqüência iminente seria a rejeição da peça acusatória, conforme o artigo 395, inciso III do Código de Processo Penal. Desse modo, sem a justa causa, a denúncia ou queixa será rejeitada, em outras palavras, justa causa é imprescindível nesse âmbito da ação penal, pois, entende-se que o simples fato da instauração de um processo já atinge a dignidade do imputado, assim não se admite a instauração processual sem este elemento.
4) Conceitue as ações penais públicas, descrevendo as características de cada uma delas. 
 Sobre a ação penal pública, ela possui alguns princípios: como o da obrigatoriedade, em que o MP é obrigado a iniciar a ação penal, ou seja, a oferecer a denúncia, obviamente tendo um mínimo de provas; o princípio da indisponibilidade, em que o promotor não pode desistir dela no curso do processo, indo até o fim, sendo indisponível a sua recusa tanto no processo em geral, quanto na interposição de recursos; além do princípio da oficialidade, em que a ação penal pública possui a titularidade de um órgão público oficial; o princípio da intranscendência, no qual expressa que somente o autor da infração penal pode ser processado criminalmente, por exemplo, o responsável civil dessa denúncia será isento desse processo, conforme o artigo 5º, inciso XLV da Constituição Federal de 1988 e também o princípio da Indivisibilidade, em que este deve ser proposta contra todos os acusados do delito, ou seja, a queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos eles, conforme os artigos 48 e 77, I do CPP.
 A ação penal pública pode ser incondicionada ou condicionada
 A Ação Penal Pública Incondicionada é aquela que o Ministério Público é o titular da ação, conforme o artigo 129, inciso I da Constituição Federal de 1988 e que a peça inaugural é a denúncia. A atuação do MP não depende da manifestação de vontade de nenhum suspeito, não precisa de autorização de ninguém. Via de regra no nosso ordenamento jurídico que se não houver nada escrito na lei, a ação será pública incondicionada, respaldando no artigo 100 do Código Penal.
 A Ação Penal Pública Condicionada se caracteriza pelo MP ser o titular da ação e que a peça inaugural também é a denúncia, mas, para que o Ministério Público possa oferecer denúncia é necessário que haja representação (quando a lei o exige, por exemplo a vítima ser menor que 21 e maior que 18) do ofendido, ou seja, da vítima, conforme o artigo 100, parágrafo 1º do Código Penal. Assim, quando o crime for de ação penal pública condicionada será disposto expressamente em lei. O prazo para apresentar a representação será de 06 meses a partir de quando se tem conhecimento de quem é o suposto autor do crime, sobre a retratação da representação, só é possível até o oferecimento da denúncia, conforme o artigo 25 do CPP e 102 do CP).
5) Quais os princípios que regem as ações penais públicas? Conceitue cada um deles. 
 As ações Penais Públicas são constituídas por alguns princípios, como por exemplo principio da oficialidade, indisponibilidade, da legalidade ou obrigatoriedade, da indivisibilidade, e o principio da intranscedência, ao qual conceituaremos a seguir: O princípio da oficialidade, esta presente quando a ação penal pública é instituída pelo órgão oficial do Estado, que por sua vez é o Ministério Público que possui a titularidade exclusiva, de acordo com a previsão constitucional no seu, art. 129, I. Somente o Ministério Público pode promover a ação penal pública. Outro princípio norteador da ação penal pública é o da indisponibilidade que por sua vez vem reforçar que ninguém pode dispor de uma ação penal pública, haja vista que o Direito não é propriedade de uma pessoa em particular, mas a toda coletividade, onde uma vez instaurada, ninguém pode desistir dessa ação, este principio vale tanto para as partes quanto para o Ministério Público, como decorrência do princípio da obrigatoriedade, uma vez proposta a ação, o Ministério Público não pode dela dispor de acordo com o art. 42, CPP.Como mencionado anteriormente o princípio da legalidade ou obrigatoriedade, alude acerca da obrigatoriedade da ação penal, reforçando que a mesmaé sim imposta e indispensável sua obrigatoriedade, considerando a obrigatoriedade do Ministério Público em preconizá-la. O promotor possuindo esta tarefa/obrigação a partir do momento em que haja os pressupostos, como por exemplo uma conduta que pelo menos em tese seja transgressora, e que este fato não tenha sido atingido por nenhuma das causas de extinção de punibilidade,deve possuir também um mínimo de elementos designando a responsabilidade penal de outrem, sendo este principio, uma característica da legalidade processual. Conceituaremos a seguir o princípio da indivisibilidade inerente sua aplicação, tanto na ação penal privada como na ação penal pública. Onde a ação penal deve estender a todos aqueles que praticaram a infração criminal, devendo a mesma ser proposta contra todos os autores ou partícipes da ação penal. Para finalizar discorreremos acerca do princípio da intranscedência, este por sua vez se dá na a ação penal diante da premissa que a mesma não pode passar do responsável ou responsáveis pelo crime. Como por exemplo, não pode ser processado o uma pessoa em vez do outra. Não pode ser processada uma pessoa que não cometeu o crime. A pena não pode passar daquela pessoa que cometeu o crime, sendo esta uma previsão art.5, inc. XLV CF/88.
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6) Conceitue as ações penais exclusivamente privadas e privadas personalíssimas. 
 Acerca das classificações da ações penais,conceituaremos as ações penais exclusivamente privadas e privadas personalíssimas. A ação Penal Privada, segundo, Fernando Capez em sua 23ª edição do curso de processo penal(...É aquela em que o Estado, titular exclusivo do direito de punir, transfere a legitimidade para a propositura da ação penal à vítima ou a seu representante legal. A distinção básica que se faz entre ação penal privada e ação penal pública reside na legitimidade ativa...)(... Apenas por razões de política criminal é que ele outorga ao particular o direito de ação. Trata-se, portanto, de legitimação extraordinária, ou substituição processual, pois o ofendido, ao exercer a queixa, defende um interesse alheio do Estado na repressão dos delitos em nome próprio...) assim sendo concluímos acerca desta que a ação privada é aquela em que se identifica no Código, que só é promovida mediante a condição de queixa, podendo também ser promovida pelo ofendido ou seu representante legal. Em alguns casos particulares o legislador achou que devia colocar nas mãos do particular envolvido a escolha de promover a ação penal ou não,já que há casos em que sua divulgação pode trazer prejuízos maiores que o próprio fato em si. 
 Essa ação podendo ser privada propriamente dita sendo aquela que pode ser promovida pelo ofendido ou seu representante legal.Acerca da ação penal privadas personalíssimas aduziremos segundo, Fernando Capez em sua 23ª edição do curso de processo penal classifica como (...Sua titularidade é atribuída única e exclusivamente ao ofendido, sendo o seu exercício vedado até mesmo ao seu representante legal, inexistindo, ainda, sucessão por morte ou ausência. Assim,falecendo o ofendido, nada há que se fazer a não ser aguardar a extinção da punibilidade do agente...) um exemplo deste é no caso de ofendido incapaz, seja em virtude da pouca idade menor de 18 anos, seja em razão de enfermidade mental, a queixa não poderá ser exercida, haja vista a incapacidade processual do ofendido incapacidade de estar em juízo e a impossibilidade de o direito ser manejado por representante legal ou por curador especial nomeado pelo juiz. Restando ao ofendido apenas aguardar a cessação da sua incapacidade, percebe-seque a decadência não corre contra ele simplesmente,pois está impedido de exercer o direito de que é titular. 
 Diante de tal conceituação concluímos que ação Privada personalíssima, é aquela que tem como característica a capacidade promovida somente pela pessoa ofendida e a mais ninguém.
7) Em que consiste a ação penal privada subsidiária da pública? Em que essa ação penal se distingue das demais ações penais privadas? 
 A Ação Penal Privada Subsidiária da Pública consiste prescrita na Constituição Federal em seu Art. 5º, inciso LIX, com isso proporciona á vitima ou seu representante legal ingressar como em toda ação penal por meio de oferecimento da queixa crime, quando o crime for de ação penal pública e o MP permanecer absolutamente inerte, onde deixa oferecer a denúncia dentro do prazo legal, com isso surge para o ofendido, seu representante legal ou sucessores, a legitimidade para intentar ação penal privada subsidiária da pública. 
 Conforme o Art. 29º CPP Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retornar a ação como parte principal.
 Esta ação penal se distingue que de certo modo o MP lhe concede o prazo para oferecer denúncia, nota-se que o Art. 46 CPP as severa que se o réu estiver preso será 5 dias e se estiver solto será 15 dias para o recebimento do inquérito, já no ultimo caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial contar-se o prazo da data em que o órgão do MP receber novamente os autos, deste modo a inércia do MP não altera o caráter público da ação. Portanto, sendo uma ação facultativa e o prazo para oferecimento da queixa é decadencial, neste caso determina seis meses o prazo de denuncia para o MP, depois do prazo o MP poderá intentar a ação penal, desde que ainda não tenha ocorrido prescrição. Sendo assim, o MP continua sendo parte legítima para oferecer denuncia e deve atuar em todos os momentos do processo, sob pena de nulidade.
 
8) Indique e conceitue cada um dos princípios que regem as ações penais privadas 
 Nota-se que as ações penas privadas são regidas por diversos princípios ,ambos de suma importância para o andamento processual, dentre eles destacam-se 
Oportunidade ou conveniência: Entende-se que o ofendido ou seu representante legal, possuem um juízo de oportunidade ou conveniência, no que tange o oferecimento ou não da queixa crime. Toda via caso decida por não ofertar, será por meio da decadência ou renúncia .
 Disponibilidade: Percebe-se que e possível o querelante desista do processo criminal em percurso, por meio de três formas, perdão da vitima, perempção, conciliação, além do termo de desistência da ação no procedimento de crimes contra a honra .
Indivisibilidade : Sabe-se que a renúncia ao exercício do direito de queixa, no que diz respeito a um dos autores do crime, a todos se estenderá. No mesmo sentido é a concessão do perdão do ofendido, exceto aquele que se recusar .
Referência Bibliográfica:
Curso de processo penal / Fernando Capez. – 23. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016.
Processo penal 2. Processo penal - Jurisprudência - Brasil I. Título.
CDU-343.1
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
SARAIVA. Vade Mecum. 21ª. São Paulo : Editora Saraiva, 2016.

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