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ATIV. Discursiva Seg. Social

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
	Faculdade de Direito
	9° Semestre
	Atividade Discursiva
	Teoria Geral da Empresa
	Edivã Murta.............................................................................RA 991 115 1239
Santo André
2017
“A declaração de direitos sociais nas diversas Constituições se fortaleceu a partir do século XX. Com o fim da 1ª Grande Guerra Mundial, nasce um novo modelo de Estado, resultante de uma transformação superestrutural do Estado Liberal, o qual se mostrou incapaz de atender às demandas sociais do século anterior. O estado social buscava superar o antagonismo existente entre a igualdade política e a desigualdade social, por meio da consagração de direitos sociais, econômicos e culturais (direitos fundamentais de 2ª dimensão), voltados à redução das desigualdades existentes (NOVELINO, Marcelo; CUNHA JR., Dirley. Pág. 169, 2015).”
No desenvolvimento histórico do desejo humano de ter uma existência digna, a reflexão sempre esteve pautada na minimização dos riscos sociais causados pelas adversidades da vida, o que indica a Previdência como resultado de um processo de evolução onde se inserem a díade: Sociedade e Estado.
Nesse contexto, cite e explique as fases dessa evolução histórica, traçando um paralelo do assistencialismo com os dias atuais.
 
Inicialmente, cumpre destacar que a Previdência Social tem inicio no momento em que a poupança e a caridade deixam de ser uma preocupação isolada e passam a ser consideradas por grupos de pessoas que se associam em busca de proteção mútua contra os elementos agressivo da natureza ou contra grupos antagônicos.
Surge assim, o principio da solidariedade, cuja máxima é um por todos, todos por um, onde a união faz a força. Aparece também o mutualismo, onde vários indivíduos, normalmente de uma mesma profissão, se associam para constituir um fundo a ser utilizado na cobertura de certos riscos.
A previdência é o segmento da Seguridade Social, composto de um conjunto de princípios, de regras e de instituições destinadas a estabelecer um sistema de proteção social, mediante contribuição, que tem por objetivo proporcionar meios indispensáveis de subsistência ao segurado e sua família, quando ocorrer certa contingência prevista em lei.
Constitucionalmente, no Brasil, a Carta Magna 1824, fazia apenas, breve menção aos socorros públicos, sem, portanto, regulamentação para a implementação de tais socorros.
A Constituição da República de 1891 não faz menção a direitos previdenciários, exceto aposentadoria por invalidez aos funcionários públicos a serviço da Nação.
A Carta constitucional de 1934 é a primeira a utilizar a expressão “previdência”. Estabelecia a competência da União para fixar regras de assistência social e determinava que, aos Estados, competia cuidar da saúde e assistência públicas. Tratava da assistência médica do trabalhador; descanso da gestante, antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e emprego. Institui a previdência social para atendimento da velhice, invalidez, maternidade, acidente do trabalho e morte e o custeio tripartido da previdência social, com a contribuição obrigatória do Estado, empregador e empregado.
A Constituição de 1937 não inovou em relação à Constituição anterior, mencionando apenas, à instituição de seguros velhice, de invalidez e vida e para os casos de acidente do trabalho.
A Constituição de 1946 inicia a sistematização da previdência, sendo aqui, pela primeira vez, utilizado a expressão previdência social. Mantém-se o custeio tripartido e institui a obrigatoriedade de seguro de acidentes do trabalho pelo empregador.
A Constituição de 1967, não inova em relação a anterior, exceto pela criação do seguro desemprego, com o nome auxilio-desemprego. Assegura a aposentadoria à mulher aos 30 anos de serviço, com salário integral.
Finalmente, a Constituição de 1988 consagrou a Seguridade Social, incluindo a Previdência, Assistência Social e Saúde, destinando um capítulo inteiro ao tema, inclusive, desvinculando totalmente o direito previdenciário do direito do trabalho.
A Carta Magna de 1988 deu tratamento particularizado à assistência social, estabelecendo seus objetivos, diretrizes e indicando, ainda que genericamente, as formas de financiamento, dispondo que será prestada, a quem dela necessitar, independentemente do pagamento de contribuição (artigo 203), tendo por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
A assistência social é o sistema é o sistema que se utiliza do estado para cuidar de situações atuais, prestando o auxílio independentemente de qualquer pagamento prévio ou direto por parte da pessoa assistida. Defluem dessas definições as três principais características da assistência social: (1) atualidade das situações de necessidades atendidas pelo Estado; (2) clientela indefinida; (3) ausência de contribuição por parte do assistido.
Diversamente ao senso comum, assistência social não consiste em ajuda ou benesse.
A assistência, extrapola o sentido do assistencialismo, da doação de algo ou da prestação de serviço individual.
Ela é destinada à população mais vulnerável, com o objetivo de superar exclusões sociais, defender e vigiar os direitos da cidadania e da dignidade humana. E não pode ser entendida como uma ajuda, que é o princípio fundamental do assistencialismo e voluntariado.
A assistência social teve seu lastro no assistencialismo, incialmente veio a ação, depois, sua regulamentação.
Quanto a essa distinção, destaca Pedro Demo:
É decisivo não confundir os dois planos, porquanto o assistencialismo significa sempre o cultivo do problema social sob a aparência de ajuda. Humilha a pessoa que recebe benefícios, em todos os sentidos:
- porque lhe reserva apenas sobras, esmolas;
- porque provoca a dependência diante do doador;
- porque desmobiliza o potencial de cidadania no assistido;
- porque escamoteia o contexto duro de desigualdade social, inventando a farsa da ajuda;
- porque vende soluções sob a capa de meras compensações.
São exemplos dessa forma de caridade, a fundação das Santas Casas de Misericórdia no século XVI, pelo Padre José de Anchieta, da fundação da Santa Casa de Misericórdia de Santos, por Brás Cubas, em 1543, e da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro de 1584, cuja finalidade era a de prestar atendimento hospitalar aos pobres.
 Assim, enquanto o assistencialismo é estratégia de manutenção das desigualdades sociais, a assistência corresponde a um direito humano. Certamente, devemos aceitar que assistência não é propriamente solução, pois assistir não é solucionar. Toda assistência significa atendimento tendencialmente emergencial, exceto naqueles casos em que precisa ser mantida ate o fim da vida ou do ciclo de idade. Em linguagem popular, assistência apenas “quebra o galho”. Mas existe o direito a esse quebra-galho.
Entretanto, cabe ao Estado cumprir adequadamente esse dever, sobretudo não rebaixar assistência a assistencialismo.
No direito previdenciário, não obstante ao sentimento de se resguardar das incertezas e de possíveis desgraças futuras, se inclina também, que a sociedade caminha pelas veredas evolutivas, sem olvidar da seguridade social de seus integrantes.
Passando-se obrigatoriamente pelos estágios de manifestação, desenvolvimento, lapidação e consolidação, será a atenção do Estado, o social.
Com a Promulgação de nossa Carta Magna de 1988, a chamada “Constituição Solidária”, além de inúmeras alterações legislativas referentes à matéria,busca-se, sem subterfúgios, a aplicação dessa isonomia, empenhando-se o Estado na inclusão social dos cidadãos em seu sistema de Seguridade Social. A Previdência conta, hoje, com inúmeros benefícios os quais não se resumem apenas em aposentadorias, mas também em benefícios temporários que resguardam os infortúnios dessa natureza, não olvidando, sem embargo, da atenção referida aos deficientes necessitados com o instituto da Assistência Social.
Dessa feita, a Previdência Social, partindo dos chamados seguros sociais facultativos, percorrendo um regime de seguro obrigatório, evolui para um regime universal, com coberturas mais amplas e em respeito à seguridade social.
REFERÊNCIAS
BOFF, Leonardo. Que falta betinho nos faz. Disponível em: <http://www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2017/08/13/que-falta-que-betinho-nos-faz/>. Acesso em: 15 out. 2017.
BRASIL. Palácio do Planalto. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 15 out. 2017.
CARLOS, João. A evolução da previdência no Brasil. Disponível em: <http://joaocarlos.net.br/artigo-a-evolucao-da-previdencia-no-brasil/>. Acesso em: 15 out. 2017.
CARVALHO, Vinicius. Assistencialismo x Assistência Social. Disponível em: <http://viniciuscarvalho.com.br/assistencialismo-x-assistencia-social/>. Acesso em: 15 out. 2017.
DEMO, Pedro. Política social, educação e cidadania. – Campinas, SP: Papirus, 1994. – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).
LEONEL, Fernanda. Assistência Social e Assistencialismo. Disponível em: <http://www.acessa.com/direitoshumanos/arquivo/colabore/2006/09/01-assistencia/> Acesso em: 15 out. 2017.
MARTINS, Sergio Pinto. Instituições de direito público e privado. – 13. ed. – São Paulo: Atlas, 2013.
MEIRELLES, Mário Antônio. A evolução histórica da seguridade social – aspectos históricos da previdência social no Brasil. Disponível em: <http://www.oabpa.org.br/index.php/2-uncategorised/1574-a-evolucao-historica-da-seguridade-social-aspectos-historicos-da-previdencia-social-no-brasil-mario-antonio-meirelles>. Acesso em: 15 out. 2017.
SOUZA, Lilian Castro de. Direito Previdenciário. – 7. ed. – São Paulo: Atlas, 2012. (Série leituras jurídicas: provas e concursos; v. 27).
SPOSATI, Aldaíza; CARVALHO, Maria do Carmo Brant de; TEIXEIRA, Sônia Maria Fleury. Os direitos (dos desassistidos) sociais. – 7. ed. – São Paulo: Cortez, 2012.

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