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São Paulo 2017 Princípios do Direito Civil Segundo Maria Helena Diniz, os principios do Direito Civil são: “Os princípios basilares que norteiam todo conteúdo do direito civil: é o da personalidade, ao aceitar a idéia de que todo ser humano é sujeito de direitos e obrigações, pelo simples fato de ser homem; o da autonomia da vontade, pelo reconhecimento de que a capacidade jurídica da pessoa humana lhe confere o poder de praticar ou abster-se de certos atos, conforme sua vontade; o da Liberdade de Estipulação Negocial, devido à permissão de outorgar direitos e de aceitar deveres, nos limites legais, dando origem a negócios jurídicos; o da propriedade individual, pela idéia assente de que o homem pelo seu trabalho ou pelas formas admitidas em lei pode exteriorizar sua personalidade em bens móveis ou imóveis que passam a construir seu patrimônio; o da intangibilidade familiar, ao reconhecer a família como uma expressão imediata de seu ser pessoal; o da legitimidade da herança e do direito de testar, pela aceitação de que, entre os poderes de que as pessoas têm sobre os seus bens, se inclui o de poder transmiti-los, total ou parcialmente, a seus herdeiros, o da solidariedade social, ante a função social da propriedade e dos negócios jurídicos, a fim de conciliar as exigências da coletividade com os interesses particulares.” Nem todos os ramos do Direito são baseados nessas regras; elas são aprendidas olhando para a Legislação Civil, não estão escritas em lugar algum; o ponto de partida do Direito Civil é que a sociedade é a soma de indivíduos (a coletividade é a soma de indivíduos) – ideia do Capitalismo; contudo, os indivíduos considerados possuem interesses próprios e estes não são coordenados: o interesse de um na maior parte das vezes não é o interesse do outro. Na liberdade do pacto, dá-se a impressão de que os interesses podem ser coordenados. Princípio da Personalidade Em uma sociedade regida por direitos e deveres o princípio da personalidade é de grande importância, seu papel não é apenas organizar a sociedade em si, pois sendo ele um princípio também constitucional, ele diz respeito às pessoas que sendo livres podem manifestar suas aptidões na forma de Direitos e podem responder pela sua liberdade na forma de Deveres. Princípio da Autonomia da Vontade Esse princípio consiste no poder das partes de estabelecer livremente, como melhor lhes couber, mediante acordo de vontades, a respeito de seus interesses, provocando efeitos tutelados pela ordem jurídica, envolvendo, além da liberdade de criação do contrato, a liberdade de contratar ou não contratar, de escolher o outro contratante e de fixar o conteúdo do contrato. Princípio da Liberdade de Estipulação Negocial São Paulo 2017 Garante aos cidadãos a liberdade de fazer negócios de compra e venda ou abrir empresas; ninguém pode obrigar o sujeito a travar negócios, acordos, obrigações ou contratos jurídicos. Esse princípio ostenta o princípio anterior descrito. Princípio da Intangibilidade Familiar Pode-se dizer que se define como um conjunto de indivíduos, manifestando-se por exemplo ao se casar com alguém, quando renuncia a liberdade, da autonomia da vontade de se relacionar com outra pessoa, ou seja, ser infiel, ou o pai sendo proprietário de bens não pode doá-los para alguns filhos e sim deve doar para todos; célula fundamental que deve ser conservada; o princípio do parentesco por sangue (até o 6º grau; para sucessão, 4º grau). Princípio da Legitimidade da Herança e do Direito de Testar Este princípio determina que além dos poderes que a pessoa tem sob seus bens, lhe dá direito também de transmiti-los aos seus herdeiros, ou seja, quando a pessoa morre, seu patrimônio permanece e essas coisas que permanecem são transmitidas pela herança. No Direito Brasileiro, a herança divide-se em três perspectivas: herança livre, herança necessária e herança jacente. Princípio da Solidariedade Social O interesse coletivo deve prevalecer sobre o individual, o público sobre o privado, logo, a propriedade individual pode ser limitada pelo interesse público, ps interesses particulares só podem prevalecer desde que deles não ocorra prejuízo a outros. O interesse público não pressupõe vantagem do indivíduo, mas a intenção por trás do Direito Civil é o sucesso individual. Todas as empresas querem lucrar mas se todas lucrarem, ninguém terá nada. BIBLIOGRAFIA DINIZ, Maria Helena “Curso de Direito Civil Brasileiro”, 1º volume, 23ª edição revista e aumentada, São Paulo: Saraiva, 2006, p. 45. http://web.unifil.br/docs/juridica/01/Revista%20Juridica_01-14.pdf http://direitofacamp.blogspot.com.br/2011/03/introducao-ao-direito-civil-principios.html http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigoid=485 São Paulo 2017
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