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13 Sistema de Ensino Presencial Conectado ciências contábeis PEDRO MARIA JOAO gestão de custos Teresina - PI 2017 PEDRO MARIA JOAO gestão de custos Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral no curso de graduação em ciências contábeis. Tutor Eletrônico: Tutor da Sala: Teresina - PI 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. ESTUDO DE CASO: MÓVEIS FINO STYLO S/A 4 2.1 LAUDO TÉCNICO 4 3. CONCLUSÃO 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13 INTRODUÇÃO O trabalho aqui apresentado refere-se à empresa Móveis Fino Stylo S/A que acaba de iniciar suas atividades (Janeiro/2017), atua exclusivamente na fabricação e venda de mesas decorativas, as quais chegam a medir até 5 metros de comprimento, os acionistas da empresa esperam que a mesma apresente um retorno sobre o capital investido, um percentual equivalente a 20%. Para o início de suas atividades os acionistas investiram um total R$ 100.000,00 de Capital Social, o qual foi totalmente integralizado em moeda corrente. A capacidade produtiva e de venda mensal da empresa é de 80 unidades de seu produto acabado e, por se tratar de produto sob encomenda, todas as vendas são recebidas a vista. Quanto aos aspectos tributários da empresa, por se tratar de uma empresa S/A, será tributada pelo Regime Lucro Real. Com base nestas informações, serão apresentados lançamentos contábeis referentes sua movimentação no mês de Janeiro/2017, assim como, levantamento dos custos de produção, apuração e demonstração do resultado do exercício e Balanço. 2- ESTUDO DE CASO: MÓVEIS FINO STYLO S/A Reflexão: “A contabilidade de custos é a área da contabilidade que trata dos gastos ocorridos na produção de bens ou serviços” (ÁVILA, 2016, p. 1). Em outras palavras, pode-se definir a contabilidade de custos como sendo “o registro contábil das operações de produção da empresa, através das contas de custeio”, A Móveis Fino Stylo S/A que acaba de iniciar suas atividades (Janeiro/2017), atua exclusivamente na fabricação e venda de mesas de decorativas, as quais chegam a medir até 5 metros de comprimento, os acionistas da empresa esperam que a mesma apresente um retorno sobre o capital investido, um percentual equivalente a 20%. As informações apresentadas abaixo foram extraídas dos controles gerenciais e contábeis da empresa, referente ao mês de Janeiro/2017. 2.1 LAUDO TÉCNICO Dando o início de suas atividades os acionistas investiram um total R$ 100.000,00 (Cem mil reais) de Capital Social, o qual foi integralmente integralizado em moeda corrente e foi feita a Depreciação dos bens: CAPITAL DISPONÍVEL CAPITAL SOCIAL EM MOEDA CORRENTE R$ 100.000,00 Tabela 1 – Capital investido. Fonte: elaborado pelos autores DEPRECIAÇÃO BEM/SETOR Taxa de Depreciação Anual Valor do Bem Depreciação Mês Industrial 20% R$ 10.000,00 R$ 166,67 Administrativo 10% R$ 5.000,00 R$ 41,67 Comercial 10% R$ 2.000,00 R$ 16,66 Total R$ 17.000,00 R$ 225,00 Tabela 2 – Depreciação dos bens imobilizados Fonte: elaborado pelos autores Após esses cálculos, na empresa os custos indiretos são incorridos em três departamentos: produção, administração e comercial: DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS POR DEPARTAMENTO Mapa de Custeio Total Produção Administração Comercial Aluguel R$ 5.000,00 80% 10% 10% Energia Elétrica R$ 15.000,00 70% 10% 20% Telefone R$ 2.000,00 20% 20% 60% Água e Esgoto R$ 1.000,00 50% 25% 25% Conservação Predial R$ 700,00 50% 25% 25% Segurança R$ 1.500,00 30% 40% 30% Seguro R$ 2.000,00 40% 35% 25% Manutenção de Máquinas R$ 1.500,00 100% 0,00% 0,00% Depreciação R$ 225,00 - - - Tabela 3 – Distribuição dos CIFS Fonte: elaborado pelos autores MAPA DE CUSTEIO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO DEPARTAMENTOS PRODUTIVO AUXILIARES TOTAIS Produção Administração Comercial Aluguel R$ 4.000,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 5.000,00 Energia Elétrica R$ 10.500,00 R$ 1.500,00 R$ 3.000,00 R$ 15.000,00 Telefone R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 1.200,00 R$ 2.000,00 Água e Esgoto R$ 500,00 R$ 250,00 R$ 250,00 R$ 1.000,00 Conservação Predial R$ 350,00 R$ 175,00 R$ 175,00 R$ 700,00 Segurança R$ 450,00 R$ 600,00 R$ 450,00 R$ 1.500,00 Seguro R$ 800,00 R$ 700,00 R$ 500,00 R$ 2.000,00 Manutenção de Máquinas R$ 1.500,00 - - R$ 1.500,00 Depreciação R$ 166,67 R$ 41,67 R$ 16,66 R$ 225,00 TOTAL DE CIFS POR DEPARTAMENTO R$ 18.666,67 R$ 4.166,67 R$ 6.091,66 R$ 28.925,00 Tabela 4 – Mapa de Custeio do CIFS Fonte: elaborado pelos autores De acordo com pesquisa de mercado, o melhor preço encontrado para as matérias primas acima, foram de (incluindo os impostos recuperáveis: ICMS, PIS e COFINS), e as compras de Matéria Prima são pagas a prazo, com 30 dias da data de compra. MAPA DE APURAÇÃO DO CUSTO DA MATÉRIA PRIMA Descrição MP por Unidade Vl. Unit. Bruto Custo Unitário Bruto Vl. Unit. Líquido Custo Unitário Líquido Madeira MDF 20 R$ 21,59 R$ 431,80 R$ 17,00 R$ 340,00 Parafusos 100 R$ 0,63 R$ 63,00 R$ 0,50 R$ 50,00 Cola 2 R$ 63,49 R$ 126,98 R$ 50,00 R$ 100,00 Tinta 5 R$ 31,75 R$ 158,75 R$ 25,00 R$ 125,00 Totais R$ 780,95 R$ 615,00 Custo Unitário Bruto R$ 780,95 IMPOSTOS RECUPERÁVEIS 21,25% R$ 165,95 ICMS 12% R$ 93,71 PIS 1,65% R$ 12,89 COFINS 7,60% R$ 59,35 Tabela 5 – Apuração do Custo da Matéria Prima Fonte: elaborado pelos autores As despesas com pessoal são pagas sempre no mês subsequente ao de sua ocorrência, e estão distribuídas conforme apresentado no quadro abaixo: APURAÇÃO DO CUSTO DA MÃO DE OBRA DEPARTAMENTOS Produção Administração Comercial Totais Descrição R$ R$ R$ R$ Mão de Obra Direta R$ 15.000,00 R$ - R$ - R$ 15.000,00 Mão de Obra Indireta R$ 2.000,00 R$ 4.000,00 R$ 2.000,00 R$ 8.000,00 Soma R$ 17.000,00 R$ 4.000,00 R$ 2.000,00 R$ 23.000,00 Unidades Produzidas 80 80 80 Custo Unitário MOI R$ 25,00 R$ 50,00 R$ 25,00 Custo Unitário MOD R$ 187,50 R$ 0,00 R$ 0,00 Custo Unitário TOTAL R$ 212,50 R$ 50,00 R$ 25,00 Tabela 6 – Apuração do Custo da Mão de Obra Fonte: elaborado pelos autores Apuração do valor dos custos indiretos por unidade produzida e Custo total de fabricação: CIF POR UNIDADE PRODUZIDA Total de CIFS R$ 18.666,67 Quant. Produzida 80 CIF por Unidade R$ 233,33 Tabela 7 – Apuração do CIF por unidade produzida Fonte: elaborado pelos autores CUSTO TOTAL DE FABRICAÇÃO POR UNIDADE PRODUZIDA DESCRIÇÃO Custo Unitário R$ Matéria Prima R$ 615,00 Mão de Obra Direta R$ 187,50 Mão de Obra Indireta R$ 25,00 Custos Indiretos de Fabricação R$ 233,33 CUSTO TOTAL R$ 1.060,50 Tabela 8 – Custo Total de Fabricação Fonte: elaborado pelos autores Segue abaixo a comprade matéria prima no mês e o mapa de estoque da empresa: MAPA DE ESTOQUE E FORNECEDORES Descrição Preço Bruto Preço Líquido Total Consumido Estocagem Compra no mês Custo Líquido Estoque em 31/01/2017 Madeira MDF 21,59 17,00 1.600 400 2.000 34.000,00 6.800,00 Parafusos 0,63 0,50 8.000 2.000 10.000 5.000,00 1.000,00 Cola 63,49 50,00 160 40 200 10.000,00 2.000,00 Tinta 31,75 25,00 400 100 500 12.500,00 2.500,00 TOTAIS 61.500,00 12.300,00 TOTAL BRUTO DE COMPRAS 78.095,24 IMPOSTOS RECUPERÁVEIS 21,25% 16.595,24 ICMS 12,00% 9.371,43 PIS 1,65% 1.288,57 COFINS 7,60% 5.935,24 Tabela 9 – Mapa de Estoque e Fornecedores Fonte: elaborado pelos autores Segue a apuração de vendas e as Demonstrações Financeiras da empresa: APURAÇÃO DA VENDA E IMPOSTOS Preço de Venda Unitário R$ 1.800,00 Quant. Vendida 80 Valor Total da Venda R$ 144.000,00 IPI (10%) R$ 14.400,00 Faturamento R$ 158.400,00 Tabela 10 – Apuração de Venda e Impostos Fonte: elaborado pelos autores DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FATURAMENTO 158.400,00 (-) IPI IPI sobre Vendas (10%) 14.400,00 RECEITA BRUTA 144.000,00 (-) Deduções da Receita 30.600,00 ICMS sobre Vendas (12%) 17.280,00 Pis sobre Vendas (1,65%) 2.376,00 Cofins sobre Vendas (7,6%) 10.944,00 RECEITA LIQUIDA 113.400,00 (-) Custo do Produto Vendido 84.866,67 Matéria Prima 49.200,00 Mão de Obra Direta 15.000,00 Mão de Obra Indireta 2.000,00 Custos Indiretos de Fabricação 18.666,67 LUCRO BRUTO 28.533,33 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 8.166,67 Despesas com Pessoal 4.000,00 Aluguel 500,00 Energia elétrica 1.500,00 Telefone 400,00 Água e Esgoto 250,00 Conservação Predial 175,00 Segurança 600,00 Seguro 700,00 Manutenção de Máquinas - Depreciação 41,67 DESPESAS COMERCIAIS 8.091,66 Despesas com Pessoal 2.000,00 Aluguel 500,00 Energia elétrica 3.000,00 Telefone 1.200,00 Água e Esgoto 250,00 Conservação Predial 175,00 Segurança 450,00 Seguro 500,00 Manutenção de Máquinas - Depreciação 16,66 LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES 12.275,00 Provisão para CSLL 1.104,75 Provisão para IR 1.841,25 R E S U L T A D O D O E X E R C I C I O 9.329,00 Tabela 11 – Demonstração do Resultado do Exercício Fonte: elaborado pelos autores BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE JANEIRO DE 2017 ATIVO PASSIVO Em R$ Em R$ ATIVO CIRCULANTE 225.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 132.446,00 Disponibilidades 212.700,00 Contas a Pagar 132.446,00 Caixa/Banco 212.700,00 Fornecedores 78.095,24 Estoque 12.300,00 Salários a Pagar 23.000,00 Estoque de Matéria Prima 12.300,00 Impostos a Recolher 14.004,76 IPI a Recolher 14.400,00 CSLL a Pagar 1.104,75 IRPJ a Pagar 1.841,25 ATIVO NÃO CIRCULANTE 16.775,00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE Imobilizado 16.775,00 Bens em Operação 17.000,00 (-) Depreciação Acumulada - 225,00 PATRIMONIO LÍQUIDO 109.329,00 Capital Social 100.000,00 Capital Social Integralizado 100.000,00 Resultado do Exercício 9.329,00 TOTAL 241.775,00 TOTAL 241.775,00 Tabela 12 – Balanço Patrimonial Fonte: elaborado pelos autores Cálculo da Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio: Margem Contribuição Unitária MCu= Preço de Venda - (CV + DV) MCu= 1800 - (615,00 + 382,50) = 802,50 Margem Contribuição Unitária em % MCU%= MCU x 100% Preço de Venda MCU%= 802,50 = 44,58% 1.800,00 Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) PEC= Despesas e Custos Fixos MCU PEC= 51.925,00 = 65 802,50 Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) PEE= C e D Fixos + Lucro desejado MCU PEE= 51.925,00 + 20.000,00 = 90 802,50 Após uma visível melhora de mercado percebida pelos administradores da empresa, decidiu-se pela ampliação da área industrial. Esta obra vai demandar um total de R$ 380.000,00. Portanto, recomenda-se que o administrador escolha o capital próprio, pois desse modo ele terá total controle do investimento que estará fazendo, tomando todas as decisões de como ou quanto gastar. Além de que não haverá juros e não tem as desvantagens do investimento com capital de terceiros. Entretanto há uma desvantagem a utilizar o capital próprio, após isso vai demorar um pouco para expandir novamente, pois os recursos ficarão limitados ao capital. Supondo que a companhia tenha emitido no mercado 1.500 ações, cujo preço por ação é R$ 12,35, sendo que, o dividendo por ação é de R$ 8,18. Diante de tal afirmação segue a análise do LPA: MERCADO DE CAPITAIS LPA 6,22 Dividendos por ação 8,18 Dividendo yield 0,66 P/L 0,50 Tabela 13 – Tabela de Indicadores Financeiros Fonte: elaborado pelos autores O índice LPA representa a parcela do lucro líquido pertencente a cada ação, sendo que sua distribuição aos acionistas é definida pela política de dividendos adotada pela companhia. Os indicadores financeiros indicam que no ano estudado do valor médio de cada ação (R$ 12,35), R$ 8,18 (Doze reais e Dezoito Centavos) são de dividendos, ou seja, o acionista tem 66% de retorno sobre o preço da ação e que os sócios acionistas da empresa obtiveram R$ 6,22 (Seis Reais e Vinte e Dois Centavos) de lucro por lote de ações e que a proporção do preço da ação com o lucro alcançado pela empresa é de 50%. Um dos desafios da avaliação de ações é estabelecer um padrão de comparação, ou seja, criar uma comparação útil para ajudar o investidor a tomar decisões. 3. CONCLUSÃO Conforme exposto durante o desenvolvimento deste trabalho, ocorreram inúmeras movimentações na empresa como, a compra de matéria prima, despesas mensais, a venda dos produtos acabados, consequentemente a movimentação no estoque, entre diversas outras que são de suma importância para a continuidade da mesma. Diante disso, percebeu-se que os custos fixos (aqueles que a empresa terá que pagar independentemente da quantidade produzida) sãorelativamente altos, e que o valor do produto final deve ser relativamente alto para poder suprir todos esses gastos. E nessas condições os investidores não alcançaram seus objetivos. Uma solução para essa questão seria aumentar a capacidade produtiva pois, como os custos fixos permaneceram inalterados, o custo total unitário do produto irá diminuir e consequentemente o lucro irá aumentar, satisfazendo assim os objetivos de seus investidores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MATERIAL DE APOIO 2017 BRAGA, D. P. G et al. Gestão de custos, preços e resultados: um estudo em indústrias conserveiras do Rio Grande do Sul. Revista Contabilidade, Gestão e Governança – UNB, Brasília, v.13, n.2, p. 20-35, Maio/Ago., 2010. COSTA, José Manoel da. Contabilidade Industrial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. DERBECK, Edward J. Van; NAGY, Charles F. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Thomson, 2001. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2000. NOGUEIRA, C. Clayton. 2012. O beneficio da dúvida e o beneficio da dívida: quando é vantagem se endividar? Disponível em: < http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-beneficio-da-duvida-e-o-beneficio-da-divida-quando-e-vantagem-se-endividar/64784/>. Acesso em 02.Abr.2017. Relatório de Acompanhamento Setorial Indústria Moveleira, Vol. 1, junho/2008. WEB AULA 1, GESTÃO DE CUSTOS. UNOPAR. 2017 Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário. Disponível em: <http://www.abimovel.com> Acesso em 01.Abr.2017. A importância da Gestão de Custos na formação do Preço de Venda: um estudo de caso em uma indústria química de médio-grande porte. Disponível em:https://www.researchgate.net/profile/Gilberto_Miranda/publication/271530363_A_importncia_da_Gesto_de_Custos_na_formao_do_Preo_de_Venda_um_estudo_de_caso_em_uma_indstria_qumica_de_mdio-grande_porte/links/54cbff5b0cf29ca810f49956.pdf.>. Acesso em 01.Abr.2017 MG Trentin, G Adamczuk, JD LIMA. 2009. Análise de Custos no Setor Moveleiro: Um Estudo de Caso em uma Empresa Produtora de Componentes para Móveis - Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Disponível em: < www.abepro.org.br/.../enegep2009_TN_STO_091_615_13385.pdf>. Acesso em 25.Mar.2017.
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