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SLIDES - UM TRABALHO SOBRE O QUOCIENTE INTELECTUAL (QI)...

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FALANDO SOBRE QI
De acordo com o dicionário: QI significa Quociente de Inteligência, um fator que mede a inteligência das pessoas com base em resultados de testes específicos. 
Segundo esta fonte de pesquisa: O quociente de inteligência (QI), é uma medida obtida a partir dos testes que avaliam a capacidade cognitiva em relação às normas padronizadas obtidas a partir da população amostral correspondente à sua faixa etária. Durante muito tempo, o QI foi uma medida utilizada para descrever sujeitos considerados muito inteligentes ou pouco inteligentes. A inteligência era considerada a mais valiosa das qualidades humanas e todos desejavam o status de inteligentes, promovendo, de certa forma, uma marginalização daqueles que apresentavam resultados baixos. Esta foi a época dos “testadores”, muitos deles com pensamentos eugenistas. 
Hoje, já sabemos que um QI altíssimo pode não resultar em grandes benefícios para as pessoas. Há alguns anos, pesquisas realizadas mostraram que as pessoas que obtiveram maior pontuação em testes de QI não foram necessariamente aquelas que tiveram ascensão profissional. Na atualidade, espera-se que um candidato a uma vaga de emprego, por exemplo, seja inteligente e que tenha também algumas habilidades sociais desejadas, a fim de preencher aquela determinada vaga. Ser só inteligente já não é o grande ponto de aspiração das empresas. Muitas vezes a pessoa tem QI alto, mas tem uma grande dificuldade nas relações interpessoais.
Segundo os autores (Almeida, 1992; Machado, 1996; Patto, 1992), Muitos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem, sejam essas interpretadas como problemas de comportamento, inabilidade motora ou déficit intelectual, são considerados no sistema educacional como Deficientes Mentais: Educáveis ou Limítrofes. Porém, de acordo com (Almeida, 1992; Carvalho, 1993; Fonseca, 1987; Kassar, 1995; Machado, 1996; Maia, 1997; Patto, 1992; Salazar, 1997), o diagnóstico formal de deficiência mental é resultado de uma avaliação psicológica cujas consequências, no âmbito educacional, são complexas e ambíguas. Segundo eles, há na literatura, várias reflexões críticas quanto aos instrumentos e às finalidades da avaliação psicológica, especialmente quando são utilizados exclusivamente testes psicológicos, e entre eles os de inteligência, em detrimento de avaliações dos fatores pedagógicos e sociais mais amplos.
O primeiro teste COM VALIDADE produzido para medir inteligência, foi desenvolvido pelo pedagogo e psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911), e pelo químico e fisiologista franco-russo Victor Henri (1872-1940) no ano de 1895 conforme aponta McDonald (1999, p.20). Sendo este teste melhorado mais tarde (1905) por Binet e Simon, consistindo em uma série de itens passíveis de escolha, em que a porcentagem de respostas corretas tenderia a aumentar com a idade cronológica. Assim, seria possível estabelecer a “idade mental” com base nos resultados colhidos com uma série de indivíduos, constituindo, então, o início do que hoje grande parte da população conhece por Testes de QI (Testes de Quociente de Inteligência). Porém, antes de Binet e Simon, o psicólogo americano Cattell(1890-EUA), já havia criado um “teste mental” (O MENTAL TEST), para as provas aplicadas aos alunos universitários com a intenção de avaliar o nível intelectual, porém apesar de na época o seu teste ter feito muito sucesso internacional, Cattell percebeu que o mesmo não conseguiu alcançar os objetivos desejados, pois o resultado dos seus próprios testes ñ foram satisfatórios já que algumas medidas objetivas para avaliação das funções mais complexas, não produziam resultados condizentes com o desempenho acadêmico. 
Foi com Binet que realmente começaram os testes de inteligência, propondo-se a medir as funções mais complexas. Ele não pensava no determinismo biológico e nem na hereditariedade. A preocupação dele, era em como ajudar crianças que tinham problemas na escola e que não se desenvolviam tão bem quanto as outras, era em como medir e criar instrumentos capazes de avaliar a capacidade intelectual dessas crianças, e assim, auxiliar para que as mesmas pudessem progredir mais.
Alfred Binet, (por solicitação do Ministério da Educação da França) elaborou um instrumento que consistia de um conjunto de tarefas breves, relacionadas aos problemas da vida quotidiana, que, supostamente, implicavam certos procedimentos racionais básicos, para identificar crianças que necessitariam de educação diferenciada (Carraher, 1989; Gould, 1991). Binet, no entanto, defendia que a inteligência era por demais complexa para ser expressa por um único número (QI) e negou-se não apenas a qualificar o QI como inteligência inata, como também a considerá-lo um recurso geral para a hierarquização de alunos, segundo seu valor intelectual, chegando mesmo a prever a possibilidade do mau uso de suas escalas de inteligência. E essa profecia se concretizou após a sua morte, em 1911, quando suas instruções foram distorcidas pelos hereditarístas americanos, que logo transformaram sua escala, em um formulário aplicado de forma rotineira a todas as crianças, para classifica-las segundo seu QI inato (Gould, 1991).
No livro Proprietário Técnicas de Exames Psicológico I, tem a seguinte reflexão: Qual a garantia de que a criança prodígio se torne um adulto de sucesso?
Anastasi e Urbina (2000), dizem: “devemos lembrar dois pontos importantes: Primeiro, a inteligência testada deveria ser considerada um conceito descritivo e não um conceito explanatório. Um QI é uma expressão do nível de habilidade de um indivíduo em um determinado momento do tempo, em relação às normas de idades disponíveis. Nenhum teste de inteligência pode indicar as razões para o desempenho de uma pessoa. Atribuir o desempenho inadequado em um teste ou em atividades da vida cotidiana à “inteligência inadequada” é uma tautologia, (termo, ou texto redundante, que repete a mesma ideia mais de uma vez) e de maneira nenhuma faz avançar o nosso conhecimento da deficiência do indivíduo. (...) Os testes de inteligência, assim como qualquer outro tipo de teste, não devem ser usados para rotula as pessoas, e sim para compreendê-las. (...). Um segundo ponto a lembrar é que a inteligência não é uma habilidade única, unitária, mas um composto de várias funções”. 
As autoras também chamam a atenção para o entendimento de que as qualificações de desempenho bem-sucedido diferem em culturas diferentes e em diferentes épocas na mesma cultura (p.249).
Elas dizem também que: “a partir das tentativas de unificar o conceito de inteligência de forma que fosse aceito e aplicável universalmente, promoveu-se a criação dos tradicionais testes de inteligência, todavia não existe um ou dois tipos de inteligência, pois a inteligência é um conceito multifacetado”. (Anastasi&Urbina, 2000).
Fontes pesquisadas: Livro Proprietário Técnicas de Exame Psicológico I
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2002, 15(2), pp. 261-270
Quociente de Inteligência e Aquisição de Leitura: Um Estudo Correlacional.

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