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AULAS 2º BIMESTRE

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PROCESSO PENAL 2º BIMESTRE 
25/09/2017
					RITOS 
Vide art. 394
Comuns: 
Ordinário: 
Não foi criado para um crime específico, abrangem uma pluralidade de crimes que não possuem especificidade. (Ex: Roubo, Estelionato, Estupro). 
Pena máxima, igual ou superior a 4 anos 
Sumário: 
Pena menor do que 4 anos (Ex: Dano ao patrimônio público). 
Sumaríssimo: 
Até 2 anos de pena ou nos casos de pena alternativa, utilizada nos crimes com pequeno potencial ofensivo. (Ex: Perturbação de sossego, lesão corporal leve). 
Ordinário
 Vide art. 396
Em regra se inicia com a denúncia
Na Resposta a acusação o acusado poderá alegar nulidades, pedidos de absolvição com base no art. 397 e ainda requerer expedição de ofício. 
Absolvição Sumária só será feita anteriormente a audiência de instrução e julgamento. 
No rito ordinário há a possibilidade de arrolar apenas 8 testemunhas por fato ou por réu. 
Nos casos de absolvição sumária deverá ser com base em excludente de ilicitude de fato, excludente da culpabilidade do agente, o fato narrado não constituir crime e extinção de punibilidade do agente. 
- A vítima poderá ser assistente de acusação (capacidade postulatória). Assistente de acusação cuidará do processo junto ao promotor de justiça. (pedidos, provas, etc.) 
				Sumário 
Crimes abaixo de 4 anos, 5 testemunhas, prazo de 30 dias para o processo acabar. 
Nas demais disposições seguem o rito ordinário. 
Especiais: 
- Rito Especial para crimes funcionais (art. 513, CPP). 
> Antes de o juiz receber a denúncia a defesa possui 15 dias para apresentar uma defesa preliminar para o juiz não receba a denúncia e absolva sumariamente o acusado. 
> Caso o juiz receba, seguirá o procedimento ordinário. 
- Rito Especial (art. 519, CPP)
> A vítima postula a ação (Queixa crime) em justiça comum, porém terá audiência de conciliação. 
- Lei 11.343/06 – Art. 54 
>Rito especial para os crimes previstos nessa lei, salvo posse de drogas para uso próprio e nos casos de intera entre amigos para comprar droga. (Ex: Tráfico de drogas). 
>Instaurada a denúncia terá a defesa 10 dias de prazo para se manifestar por meio de defesa preliminar podendo o juiz não receber a denúncia ou ainda transferir a competência. 
> Nas demais disposições seguirá o rito ordinário. 
				02/10/2017
- Lei Maria da Penha: 
Mulher, transexuais, transgênero, travesti 
- Violência física, moral, patrimonial doméstica 
- Natureza processual (não existem tipos penais na lei Maria da Penha). 
- Tirando os crimes contra a vida, praticadas de forma doméstica será aplicada a lei Maria da Penha 
- Não poderá o juizado especial criminal processar lei Maria da Penha. 
- Relações de domesticidade (Empregada). 
- Relações de coabitação (Amigas que dividem apartamento). 
> Não importa quem será o réu (marido, esposa, filho (a), etc. O que importa é a vítima ser do sexo feminino e a violência ter sido praticada no meio doméstico. 
				Medidas Protetivas: 
Afastamento do lar 
Separação de corpos 
Restrição de contato (Metros), se estendendo a filhos ou pais da vítima 
Não poderá entrar em contato com a vítima por qual meio seja (virtual ou pessoal), sob pena de prisão preventiva
Suspensão de posse de arma da vítima
Pensão 
Suspensão do direito de visita nos casos em que a criança é usada como arma para atingir a vítima. 
Mesma estrutura do rito ordinário, porém não possuindo extensão 
do Juizado e além disso possui as medidas protetivas. 
- Crimes de foro privilegiado: Lei 8.038/90
Prerrogativas asseguradas a cargos determinados qual terão um procedimento diferente. 
Tramitação do processo: 
Denúncia ou queixa crime – Defesa preliminar (15 dias) – Sessão (Sustentação oral) – Citação do réu – Defesa (Provas, nulidades) – Instrução (Determinado pelo regimento interno de cada tribunal) – Alegações finais escritas – Sessão de julgamento 
No foro privilegiado não há absolvição sumária
-Juizado Especial Criminal – Rito Sumaríssimo – Lei nº 9.099/95 – Lei 10.259/2001
Aplicados nos crimes com pequeno potencial ofensivo 
. Penas de até 2 anos ou penas alternativas (acordo). 
. A peça de investigação é o termo circunstanciado e não o inquérito policial 
Tramitação do processo: 
-Termo circunstanciado (elaborado somente pela Policia Civil) - Encaminhado p/ o juizado – Sorteio 2º jecrim – 1º Acordo, 2º Transação 
Caso não ocorra conciliação, será designada audiência de transação caso o réu atender as prerrogativas do MP. 
Transação penal regulada no Art. 76 Lei nº 9.099/95. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
Nos casos da transação penal não ter sido realizada será ofertada a queixa crime ou denúncia. 
No juizado Especial é cabível arrolar no máximo 3 testemunhas por réu. 
Somente na audiência de instrução e julgamento que o juiz informa se irá receber ou não a denúncia ou queixa, caso sendo aceita, terá a instrução o seu início. 
Não será aplicado esse rito nos casos de violência doméstica contra a mulher (Lei Maria da Penha – Rito próprio). 
				ORALIDADE 
			SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
§ 5º Expirado o prazosem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
- Medida usada após a instrução 
- Pena mínima de 1 ano, não importando qual o tamanho da máxima. 
	- Denúncia – Recebe a denúncia – Acordo de suspensão do processo 
- Suspensão de 2 ou 4 anos (Suspensa da mesma forma a prescrição). 
	> Condições: 
Comparecer a cada mês para assinar o livro da vara e prestar informações 
Suspensão de comparecimento em bares e casas noturnas (não há fiscalização). 
Autorização judicial para viajar acima de 8 dias 
Crimes de trânsito, a carteira é suspensa pelo período de vigência da suspensão
Caso a suspensão seja cumprida é extinta a punibilidade 
- TC – AC – TRANSAÇÃO – DENÚNCIA – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 
					TRIBUNAL DO JURI 
Art. 5º, XXXVIII
XXXVIII. é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos vereditos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
- Plenitude de defesa, podendo a mesma ser extrajudicial (Cartas psicografadas). 
- Sigilo das votações (cada um por si e as votações não são lidas até o final). 
- Soberania dos veredictos (Presidido pelo juiz, porém quem decide é o júri). 
- Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (Conexão: Estupro + morte, Latrocínio (Crime patrimonial)). 
			Rito Bifásico ou escalonado 
1ª Fase 				2ª Fase 
Sumário de culpa		Plenário 
(juiz, advogado, MP, Etc). 	(Júri)
A partir do Art. 406, CPP. 
Trâmite: 
Denúncia – Recebe a denúncia – Citação – Resposta a acusação – Absolvição sumária – AIJ
		Art. 395, CPP			10 dias 
				JÚRI 
Arts. 476 a 478 
Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de circunstância agravante.
§ 1o O assistente falará depois do Ministério Público
§ 2o Tratando-se de ação penal de iniciativa privada, falará em primeiro lugar o querelante e, em seguida, o Ministério Público, salvo se este houver retomado a titularidade da ação, na forma do art. 29 deste Código.
§ 3o Finda a acusação, terá a palavra a defesa.
§ 4o A acusação poderá replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a reinquirição de testemunha já ouvida em plenário.
Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica.
§ 1o Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não exceder o determinado neste artigo.
§ 2o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 1o deste artigo.
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências:
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado;
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo.
Os jurados não possuem incumbência de fundamentação da decisão. Voto = Sim ou Não (confidencialidade). 
“Aparte”: Pedido p/ contrariedade do advogado ou promotor para expor o que seja com base na verdade. “Protesto excelência”
O assistente de acusação, bem como promotor, possuem direito de falar, dividindo o tempo que lhes é cabido 1h30min, não havendo a possibilidade de extensão processual (ex: Elias Matar Assad + Promotor = Caso Carli Filho). 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados.
 Não é possível requerer que todos os jurados leiam a cópia integral dos autos, pois estende a sessão gerando um cansaço nos jurados. 
 O JULGAMENTO SERÁ REALIZADO EM SALA SECRETA 
Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:
I – a materialidade do fato;
II – a autoria ou participação;
III – se o acusado deve ser absolvido;
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.
§ 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado.
§ 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação:
O jurado absolve o acusado?
§ 3o Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre:
I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa;
II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.
§ 4o Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2o (segundo) ou 3o (terceiro) quesito, conforme o caso.
§ 5o Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o segundo quesito.
§ 6o Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas.
Recursos no tribunal do júri: 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
III – das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
§ 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.
§ 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, “c”, deste artigo, o tribunal ad quem, se lhe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.
§ 3o Se a apelação se fundar no no III, “d”, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.
§ 4o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
	
				COMPETÊNCIA 
Medida/ delimitação para trazer uma segurança jurídica aos cidadãos 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado,no Brasil, o último ato de execução.
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Critério da ubiqüidade: Segundo entendimento do STJ onde o crime tenha se consumado é o local competente para julgamento. 
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
Ex: Colocar uma bomba em Garulhos e a mesma explode na Argentina, de tal modo o foro competente será o de Garulhos. 
Prevenção: Quando não há critérios de competência a serem seguidos, o juiz que despachar primeiro será o juiz competente e prevento para julgar. 
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.
§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
Ex: Crimes de Internet onde fica difícil saber onde o crime foi praticado. 
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Ex: Duas pessoas que viajaram para o Rio de Janeiro e o crime de injúria foi praticado lá, porém os dois moram em Curitiba. 
Competência Material: Art. 109, 121, 124, CF. 
Art. 109, Compete a Justiça Federal:
IV: Crimes Políticos: Previsto na lei de segurança nacional (lesar o Estado) e na lei antiterrorismo. 
Crimes que afetam bens, serviços, etc. da união: Roubo da agência da caixa econômica, falsificação de moeda, passaporte – União 
Crimes contra sociedade de economia mista não são julgados pois o bem não é totalmente da união Ex: Banco do Brasil, Petrobrás. 
Nos crimes federais existe o júri federal. 
V – Crimes previstos em tratados ou convenção internacional
VI – Trabalho escravo – Organização do trabalho
VI – Crimes Financeiros previstos em lei 7.942/86
IX – Crimes Federais – Avião (Aeronave), navio (não iaty) – Exceto nos casos de crimes militares 
X – Ingresso ou permanência irregular de estrangeiro em território nacional
XI – Direitos dos indígenas como o todo e não só um ser humano
Art. 121, CF – Crimes eleitorais previstos no código eleitoral
Art. 124, CF – Crimes militares do militar – Art. 22, COM
Parágrafo único – Código penal militar 
- Em 1994 passou-se a competência de crime praticado por militar para crime doloso contra a vida, tendo o mesmo júri popular comum. Art. 125 § 4º, CF
GLO – Garantia da lei e ordem: Militares em caso de vigência de GLO serão julgados perante a justiça militar 
	Justiça do trabalho não possui jurisdição e competência penal. 
Competência do juizado – Art. 98, CF Pequeno potencial ofensivo EX: Injúria 
Competência do juizado Federal – Art. 109, CF – Pena até dois anos EX: Lesão corporal leve a bordo de avião. 
	CONEXÃO OU CONTINÊNCIA 
As peças processuais de acusação deverão ser minuciosamente específicas para que se assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
Art. 76 – Conexão – Pluralidade de crimes 
- Pluralidade de crimes juntos em um processo só. 
- Evita decisões conflitantes, visando ainda, economia e celeridade processual. 
I – Intersubjetiva por simultaneidade (não há relação alguma entre os autores). 
I – Intersubjetiva por concurso de vontades - Pessoas em concurso (plano e divisão de tarefas) 
I – Uma contra as outras (brigas de gangues) Vítima e autora ao mesmo tempo 
II – Objetiva – Um crime só é praticado para facilitar ou ocultar outro – Lavagem de dinheiro, assalto a banco, seqüestro. 
III – Instrumental – Um crime prova o outro – Furto e receptação 
 Art. 77 – Continência – Pluralidade de sujeitos 
I – Duas ou mais pessoas que forem acusadas pela mesma infração
II – Arts. 69, 70 e 71, CP
Art. 78 – Determinação da competência por conexão ou continência 
I – No concurso entre competência do júri e outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá à competência do júri. Ex: Estupro e homicídio 
II – A - preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave. Latrocínio – Guaratuba e homicídio – Paranaguá 
II – B – Prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior nº de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade – Homicídio – Curitiba / Homicídio – Guaratuba / Homicídio e furto – Paranaguá 
II – C – Prevenção – O juiz que primeiro despachar torna-se prevento. 
III – Maior gradação – Justiça comum e Justiça Federal 
IV – Justiça especial prevalecerá (Ex: Justiça eleitoral – Justiça comum). 
Art. 79 – Justiça militar e menores 
I – Militar (prevalece) X Comum 
II – Menores (prevalece) x Comum 
Art. 80 – Tempo ou lugar – Obrigatória 
Excessivo nº de acusados – Facultativo (Ex: PCC) 
Conveniente – Prescrição 
Foro privilegiado – CF e Constituições estaduais
- Chefe executivo – Prefeito – TJ Paraná – Art. 29, X, CF 
- Deputado estadual – TJ do Estado Art. 27 
- Governador – STJ – Art. 105, I, A, CF
- Presidente – STF – Art. 102, I, B, CF
- Deputado Federal e Senadores – STF – Art. 53, CF
- Judiciário será julgado por um ente de maior gradação
Súmulas STF – 451, 702 e 721
Latrocínio e genocídio não são considerados crimes dolosos contra a vida conforme já pacificado por meio de súmulas do STF. 
Art. 88, CPP, relacionado ao Art. 7º CP 
No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da capital da república. 
Ex: Brasileiro que mata um americano em USA e cumpre a pena aqui. 
Art. 89, CPP Embarcação (Exceto militar/ presidencial): Ex: Homicídio cometido em alto mar e o primeiro local que a embarcação encosta ou tenha encostado por último em Paranaguá. 
Competência para o crime de tortura: A vítima entra no Brasil após o crime ter sido cometido ou ainda a vítima é de nacionalidade Brasileira 
Competência “Internacional” para os crimes de pirataria. Trabalho Escravo (Ex: A bordo de um navio). 
	 ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL
- Informar algo que tenha ocorrido no processo ou convocação da pessoa para cumprimento. 
+ Intimação: Comunicação de atos no processo para com o réu, querelado, MP ou querelante
+ Notificação: Notificação para comparecimento em audiência uma testemunha 
+ Citação: Cientificar o acusado da ação penal e chamá-lo para exercer seu Direito de defesa. 
- Pessoal: Oficial de justiça – Art. 351, CPP 
D – R.D. – Citação – Notificação 10 dias resposta – Art. 396 
Com a citação o processo se angulariza 
O que interrompe a prescrição no Processo Penal é o recebimento da denúncia passando a contar a partir dela novo prazo para prescrição, ao contrário do processo civil que é pela citação. 
Litispendência poderá ser alegada no momento do recebimento da denúncia. 
Art. 362: Citação hora certa – Exceção – Após esgotados todos os meios (BACEN-JUD, COPEL, ETC.). 
Art. 366: Suspensão do processo caso o acusado seja citado por edital e não venha a ter manifestação ou comunicação ao mesmo – Suspende a prescrição – Deverá o juiz determinar a suspensão da prescrição, sendo que os tribunais superiores já decidiram que uma vez que a prescrição não seja suspensa, o prazo continua a correr. 
Tal medida é usada para ir contra os julgamentos IN ABSENTIA 
IN ABSENTIA: Quando o acusadonão possui conhecimento da ação penal 
Art. 367: Revelia – Deixar de comparecer sem justo motivo quando for citado ou intimado de forma válida. 
Súmula 415 STJ
Citação por edital não existe no jecrim, caso se esgote todos os meios possíveis de citar o réu, os autos serão remetidos a vara comum adotando o rito sumário, Art. 66, 9.099/95 e Art. 538, CPP.

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