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Tecnicas de Exame Parasitológico de Fezes Exame Parasitológico de Fezes (EPF) Grande importância para o diagnóstico de parasitoses intestinais, causadas por helmintos e protozoários EPF é um pedido para a investigação de parasitos nas fezes. Grande desafio do diagnóstico na parasitologia é a baixa sensibilidade das técnicas quando não realizadas corretamente Falta de conhecimento sobre a coleta da amostra, os fundamentos de conservação e da execução do método, levam a resultados falso-negativos. Coleta da amostra Deve ser colhida sem contato com o vaso sanitário Utilizar recipientes limpos, isentos de água (pode conter microorganismos de vida livre), urina (destrói a mobilidade e os trofozoitas) ou outro material que possa contaminar pinico Jornais e outros tipos de papéis também devem ser evitados a fim de não contaminar Transferir a amostra para o frasco coletor cedido pelo laboratório Conservantes MIF (mercúrio, iodo e formol) – mais popular Formol 10% - proibição do mercúrio Formol tamponado SAF (acetado de sódio, ácido acético glacial, formol e água destilada) – bom para trofozoítos em fezes diarreicas Semanas A amostra pode ser conservada também em geladeira; Embrulhar em papel e armazenar na geladeira (5-10ºC) ou isopor com gelo – até 48hs Escolha do método Não existe um método capaz de diagnosticar ao mesmo tempo todas as formas parasitárias. Alguns métodos são mais gerais, permitindo o diagnóstico de vários parasitos intestinais, outros são métodos específicos, indicados para um parasito em especial. Métodos Exame de fezes direto a fresco Técnicas de concentração - Muitas vezes o número de formas parasitárias eliminadas com as fezes é pequeno, havendo necessidade de recorrer a processos de enriquecimento para concentrá-las. Espontânea ou por centrifugação Flutuação ou sedimentação Técnicas para buscas de larvas Exame parasitológico de fezes (EPF) O EXAME MACROSCÓPICO permite a verificação da consistência das fezes, do odor, da presença de elementos anormais, como muco ou sangue, e de vermes adultos ou partes deles. O EXAME MICROSCÓPICO permite a visualização dos ovos ou larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de protozoários. Pode ser quantitativo ou qualitativo. Exame parasitológico de fezes (EPF) A grande maioria dos métodos é apenas QUALITATIVO = apenas indica a presença do parasita ou não Existem métodos QUANTITATIVOS (Kato-Katz) = se faz a contagem dos ovos nas fezes, permitindo, assim, avaliar a intensidade do parasitismo. Técnicas Parasitológicas Hoffman, Pons e Janer- Lutz Indicado: qualquer parasitose intestinal. Não é específico. Pesquisa ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários Fundamentação: sedimentação espontânea dos parasitos após diluição e filtração, após 2 horas. Coloração com lugol. Faust Indicado: Pesquisa cistos de ameba e giardia Fundamentação: flutuação com sulfato de Zn a 33%. Utiliza o sobrenadante para observação na lâmina, cora com lugol Técnicas Parasitológicas Baermann-Moraes (funil) ou Rugai (cálice) Indicação : pesquisar larvas de Strongyloides stercoralis (único helminto que libera larvas nas fezes) Fundamentação: Método específico. Hidro e termotropismo das larvas. Agua aquecida a 45 º C Kato-Katz (quantitativo) Indicação: pesquisa de S. mansoni Fundamentação: quantificar o número de ovos Fita gomada ou método de Graham ou swab anal Indicação: pesquisa de Enterobius Fundamentação: fita durex direto na região perianal. Técnicas parasitológicas - Método de Faust 1. Diluir fezes em água e homogeneizar 2. Filtrar o material com auxílio de gaze e tamis 3. Transferir o material para um tubo cônico e centrifugar 4. Descartar o sobrenadante, adicionar água e centrifugar (2X) 5. Descartar o sobrenadante. 6. Adicionar sulfato de zinco e centrifugar novamente 7. Coletar uma gota da película superficial da solução com auxílio de uma alça de platina. 7. Colocar uma gota de lugol, cobrir com lamínula e examinar a lâmina ao microscópio (objetiva 40x) OBJETIVO: Diagnosticar cistos de protozoários e pesquisar ovos leves de helmintos Método de MIFC/RITCHIE 1. Homogeneizar as fezes conservadas em formol ou MIF 2. Filtrar o material com auxílio de gaze e tamis 3. Transferir o material para um tubo cônico 5. Centrifugar 4. Adicionar éter sulfúrico e agitar vigorosamente 6. Formação de 4 camadas: Camada de éter Tampão de detritos Formol Sedimento com parasitos 8. Examinar a lâmina ao microscópio (objetiva 40x) 7. Descartar sobrenadante e descolar a camada de detritos da parede do tubo com auxílio de um bastão de vidro com algodão. 8. Acrescentar solução salina ou lugol ao sedimento e preparar a lâmina OBJETIVO: Pesquisa de formas evolutivas de parasitos intestinais 1. Transferir 1 ou 2 g de várias partes do bolo fecal para outro recipiente 2. Colocar solução de NaCl e homogeneizar 3. Colocar uma lâmina sobre a borda do recipiente, de modo que fique em contato com a solução. Técnicas parasitológicas - Método de Willis 4. Examinar a lâmina ao microscópio (objetiva 40x) OBJETIVO: Evidenciar ovos com densidade baixa, como de ancilostomídeos. Não recomendado para cistos de protozoários. Técnicas parasitológicas - Método de Kato-Katz 1. Homogeneizar a amostra fecal 2. Colocar sobre papel absorvente a porção da amostra que será analisada. 3. Comprimir a parte superior com tela metáica, fazendo com que parte das fezes passe pela malha 4. Retirar as fezes que passaram pela tela e colocá-las no orifício do cartão regular colocado sobre a lâmina de vidro. 5. Retirar o cartão, deixando as fezes sobre a lâmina. 6. Cobrir as fezes com lamínula de papel celofane, inverter a lâmina e pressionar para uniformizar o material 7. Aguardar 1 ou 2 horas e examinar ao microscópio. OBJETIVO: Detectar e quantificar ovos de helmintos, principalmente Schistosoma mansoni, Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiuria. Método de Graham ou Fita gomada/adesiva OBJETIVO: Pesquisar ovos de Enterobius vermicularis e, eventualmente, de Taenia sp. Método de Baermann-moraes 1. Colocar o funil encaixado ao tubo (mangueira) de látex, obliterado, em um suporte. 2. Ajustar um tamis com gaze sobre o funil 3. Adicionar as fezes. 3. Adicionar água aquecida até tocar a base do tamis. 5. Desobliterar o tubo de látex (mangueira), deixar escorrer 5 a 7 mL do líquido em vidro de relógio. 6. Analisar em microscópio OBJETIVO: Diagnosticar larvas de Stongyloides stercoralis e outros nematódeos em fezes humanas, secreção brônquica e lavado gástrico. Isolar e detectar larvas no solo. Método de Rugai, Mattos e Brisola 3. Deixar em repouso por uma hora, coletar o sedimento do fundo do cálice com auxílio de canudo e analisar em microscópio 1. Homogeneizar a amostra fecal 2. Envolver o coletor em gaze, fazendo uma trouxa, e colocar com a abertura voltada para baixo em um cálice com água a 45ºC. OBJETIVO: Diagnosticar larvas de nematódeo, principalmente Stongyloides stercoralis. Método de Lutz, Hoffman, Pons e Janer 1. Diluir fezes em água e homogeneizar 2. Filtrar o material com auxílio de gaze e tamis 7. Colocar amostra, uma gota de lugol, cobrir com lamínula e examinar a lâmina ao microscópio (objetiva 40x) 3. Colocar água até completar ¾ do volume do recipiente. 4. Tirar o tamis e deixar em repouso por 2 horas. Coletar o sedimento com auxílio de um canudo. OBJETIVO: Pesquisar cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos.. Atividades 1. Descreva os objetivos de cada técnica parasitológica estudada , discorrendo sobre a capacidade de detecção de protozoários ou helmintos. 2. Aponte quais técnicas parasitológicas utilizam os princípios abaixo: Termotropismo: Hidrotropismo: Centrífugo-flutuação: Sedimentação espontânea: 3. Qual o método utilizado em inquéritos coproparasitológicos para detectar e quantificar ovos de helmintos? 4. A pesquisa de “OXIÚROS OU CASEIRA” ser realizada por qual técnica? 5. Qual a importância do exame macroscópico durante o parasitológico de fezes?
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