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Histologia Prova 2

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HISTOLOGIA – PROVA 2
TECIDO ÓSSEO
- tipo especializado de tecido conjuntivo
 Funções
- sustentação: formação do esqueleto
- mecânca: arcabouço de alavancas (movimentos corporais)
- protetora: medula óssea e órgãos vitais (crânio, tórax)
- metabólica: reserva e troca de íons, mantendo-os constantes
 - cálcio: contração muscular
- absorção de toxinas e metais pesados
 Células do tecido ósseo
 Osteócitos
- localizados em lacunas (cavidades na matriz óssea) das quais partem canalículos, que através de junções GAP (junções celulares), se comunicam e trocam moléculas e íons
- pequena quantidade de retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada
- originam-se de osteoblastos, quando estes são envolvidos completamente por matriz óssea
- funções: manutenção do tecido ósseo e da matriz óssea; síntese e reabsorção; rede de comunicação; rota de difusão de nutrientes, gases e metabólitos
 Osteoblastos
- capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz
- em intensa atividade sintética, são cuboides, com citoplasma muito basófilo
- em estado pouco ativo, são achatadas e com menor basofilia citoplasmática
- quando passa a ficar aprisionada na matriz óssea, torna-se um osteócito
- osteoide: matriz óssea recém-fo rmada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada
- funções: síntese da parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea; síntese de osteonectina (facilita a deposição de cálcio) e osteocalcina (estimula a atividade dos osteoblastos); mediadores da formação e reabsorção; controlam a mineralização
 Osteoclastos
- células móveis, gigantes, ramificadas, multinucleadas e extensamente ramificadas (irregulares e variáveis)
- com microvilos formando bordas em escova (digestão da matriz óssea)
- originárias do tecido hematopoiético (precursores mononucleados provenientes da medula óssea), derivadas de macrófagos 
- citoplasma granuloso fracamente basófilo nos osteoclastos jovens e acidófilo nos maduros
- apresenta uma borda irregular que aumenta a sua superfície de contato, aderindo-se assim à área em que será realizada a reabsorção óssea
- função: reabsorção óssea (destroem osso)
- células hematopoiéticas primordiais (multipotentes) = pré-osteoclaustos
- células mesenquimais embrionárias = células primordiais
 Origem Embrionária
- 3 estruturas embrionárias
 - crista neural: ossos craniofaciais
 - esderótomos: esqueleto axial = coluna vertebral
 - placa mesodérmica lateral: esqueleto apendicular = membros
 Matriz óssea
 Inorgânica
- íons: fosfato e cálcio; pequena quantidade de bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato 
- cristais de Fosfato de Cálcio Hidratado (Ca10(PO4 )6OH2) que têm composição semelhante ao mineral Hidroxiapatita
- íons da superfície do cristal de hidroxiapatita são hidratados (presença de camada de água e íons em volta do cristal – capa de hidratação – que facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial
- formato de agulhas finas que se depositam sobre as fibras colágenas (participação das proteínas não-colagenosas)
- após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se flexíveis
 Orgânica
- fibras colágenas: colágeno do tipo I e pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas
- proteínas não-colágenas:
 Osteocalcina: inibe a atividade dos Osteoclastos participando da mineralização óssea
 Osteonectina: papel semelhante à da Fibronectina/ promove a interação das células (integrinas) com o colágeno
 Osteopontina: participa da formação da zona de vedação dos osteoclastos
 Sialoproteína Óssea: regulariza a ligação dos osteoblastos na matriz por meio de Integrinas
 Osteoprogenerina e o Fator Estimulador de Colônias de Macrófagos: regulam a diferenciação dos Osteoclastos
 Proteoglicanos com Condroitin-Sulfato, Queratan-Sulfato, Dermatan-Sulfato e Ácido Hialurônico
- cora-se pelos corantes seletivos do colágeno
- hidroxiapatita + fibras colágenas = rigidez e resistência do tecido ósseo
 Periósteo e Endósteo
- ossos são revestidos em suas superficies externas e internas por membranas conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e o endósteo, respectivamente.
 Tipos de Tecido Ósseo
 Classificação Anatômica
- ossos longos: extremidades/ epífises formadas por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta; diáfise (parte cilíndrica) compacta com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular. 
 - osso compacto = osso cortical
 - cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diálise são ocupados pela medula óssea
- ossos curtos: centro esponjoso/ recobertos na periferia por uma camada compacta
- ossos chatos: constituem a abóbada craniana/ duas camadas de osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso (díploe)
 Classificação Histológica
 imaturo/primário: alvéolos dentários, suturas do crânio, inserção dos tendões nos ossos
- aparece primeiro no desenvolvimento embrionário e na reparação das fraturas
- temporário, substituído por tecido secundário
- fibras colágenas dispostas irregularmente, sem orientação definida 
- maior número de células em relação à matriz
- células arranjadas aleatoriamente
- menor mineralização
 maduro/ secundário/lamelar
- fibras organizadas em lamelas
- pequeno número de células em relação à matriz
- células arranjadas circunferencialmente
- sistema de Havers/ Osteons: lamelas concêntricas organizadas em cilindros
 - canal de Havers: centro do sistema, canal revestido de endósteo que contém vasos e nervos
- canais de Volkmann (vasos e nervos): comunicação entre canais de Havers, com a cavidade medular ou com a superfície esterna do osso; não apresentam lamelas ósseas concêntricas; atravessam as lamelas ósseas
 Histogênese
- formação do tecido ósseo
- formam-se centros de ossificação
 ossificação intramembranosa:
- ocorre no interior de membranas do tecido conjuntivo
- ossos chatos, calota craniana, maxila e mandíbula, clavícula
- contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos
- ossificação primária: local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa
- processo de ossificação:
1. Proliferação de células mesenquimais e vascularização
2. Diferenciação em células osteoprogenitoras e osteoblastos
3. Síntese e secreção de matriz
4. Calcificação - osteócitos e espículas ósseas
5. Crescimento aposicional (osso cortical = osteons primários secundários; osso trabecular = lamelas)
- a parte da membrana conjuntiva que não sofre ossificação passa a constituir o endósteo e o periósteo
 ossificação endocondral:
- inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente
- ossos das extremidades, coluna vertebral, pélvis e base do crânio
- formação dos ossos curtos e longos
- processos:
1. cartilagem hialina sofre modiíicações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose
2. cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada
- não ocorre transformação de tecido cartilagenoso em ósseo, os tabiques de matriz calcificada da cartilagem servem apenas de ponto de apoio à ossificação
- modificações na cartilagem hialina: 1) Proliferação e Hipertrofia dos Condrócitos; 2) Redução da Matriz Cartilaginosa a finos tabiques; 3) Mineralização da Matriz Cartilaginosa; 4) Morte dos Condrócitos por Apoptose; 5) Invasão de vasos (fator de crescimento vascular endotelial) trazendo células osteogênicas;6) Deposição de Osteóide e subseqüente mineralização formando Tecido Ósseo Primário
 Formação dos Ossos Longos
- o primeiro tecido ósseo a aparecer no osso longo é formado por ossificação intermembranosa do pericôndrio que recobre a parte média da diáfise/ formação de um cilindro ósseo, oco (centro primário)
- pericôndrio passa a ser chamado de periósteo por recobrir um osso neoformado
- as células envolvidas por esse cilindro se hipertrofiam, a matriz cartilaginosa se mineraliza e os condrócitos morrem
- vasos, provenientes do periósteo, entram no cilindro e penetram na cartilagem ossificada, levando consigo cels osteogênicas, também provenientes do periósteo, as quais se proliferam e se diferenciam em osteoblastos
- os osteoblastos sintetizam matriz óssea sobre os tabiques cartilaginosos: formação do tecido ósseo primário
- seu crescimento rápido, em sentido longitudinal, acaba por ocupar toda a diáfise
- desde a formação do centro primário, os osteoclastos estão absorvendo o tecido ósseo formado no meio: formação do canal medular
- mais tarde, há a formação dos centros de ossificação secundária, um em cada epífise, não simultaneamente. Eles possuem crescimento radial
- quando o tecido ósseo ocupa as epífises, o tecido cartilaginoso fica reduzido a dois locais: cartilagem articular (para a vida toda) e nos discos epifisários, o quais são responsáveis pelo crescimento longitudinal do osso
 Crescimento do osso - Largura e Diâmetro
- crescimento perióstico MAIOR que reabsorção endóstica
- largura da diáfise aumenta
- cavidade medular aumenta
- aumento da espessura da parede cortical
- aumento da circunferência óssea
 Crescimento do osso longo em comprimento
- etapas do crescimento da cartilagem de crescimento, metáfise: condrócitos mitose engrossando, empurrando a epífise para cima, ossificação da parte de baixo
- no disco epifisário:
 - Zona de repouso: cartilagem hialina sem alteração morfológica
 - Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso
 - Zona de cartilagem hipertrófica: condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Os condrócitos entram em apoptose
 - Zona de cartilagem calcificada: mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos
 - Zona de ossificação: aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada. Sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea
TECIDO MUSCULAR
- células alongadas com muitos filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis que geram as forças necessárias para a contração desse tecido, utilizando a energia contida nas moléculas de ATP
- células tem origem mesodérmica
- diferenciação através da síntese de proteínas filamentosas, concomitantemente ao alongamento das células
- membrana celular = sarcolema; citosol = sarcoplasma; retículo endoplasmático liso = retículo sarcoplasmático
 Músculo Esquelético
- contração forte, rápida, descontínua e voluntária
- formado por feixes de células muito longas, cilíndricas, multinucleadas e que contêm muitos filamentos, as miofibrilas
- possui cápsulas conjuntivas (nutrição, defesa, organização, sustentação, preenchimento) e lâmina basal
- fibras se originam no embrião pela fusão de células alongadas (mioblastos)
- fibras musculares esqueléticas os numerosos núcleos se localizam na periferia das fibras, nas proximidades do sarcolema
- estriaçôes transversais
- céulas ricas em citoesqueleto contrátil: actina + miosina + proteínas acessórias = sarcômero (conjunto = miofribilas)
 Organização do Músculo Esquelético
- fibras musculares organizadas em feixes
- epimísio/aponeurose: camada de tecido conjuntivo que recobre o músculo inteiro
- perimísio: septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes; envolve os feixes de fibras
- endomísio: envolve as fibras indivudalmente; formado pela lâmina basal da fibra muscular associada a fibras reticulares; escassa população celular
- tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, possibilitando que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro. É por meio dele também que a força de contração do músculo se transmíte a outras estruturas, como tendões e ossos
- tecido conjuntivo contém vasos sanguíneos (penetram o músculo através dos septos de tecido conjuntivo e formam extensa rede de capilares que correm entre as fibras musculares), vasos linfáticos e nervos
 Organização das fibras musculares esqueléticas
- banda A: faixa escura (anisotrópica), presença de actina e miosina
- banda I; faixa clara (isotrópica), presença de actina
- linha Z: linha transversal escura no centro de cada banda I, presença de actina
- banda H: zona mais clara no centro da banda A
- linha M: linha transversal escura no centro da banda H, presença de miosina
- sarcômero: repetição de unidades iguais responsáveis pela estriação da miofibrila; formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas I
- miofibrilas: feixes cilíndricos de filamentos nas fibras musculares que são paralelas ao eixo maior da fibra muscular e consistem no arranjo repetitivo de sarcômeros
- filamentos miofibrilares: filamentos finos de actina e filamentos grossos de miosina dispostos longitudinalmente nas miofibrilas e organizados em uma distribuição simétrica e paralela, mantida por diversas proteínas
- conjunto de miofibrilas (actina e miosina) é preso à membrana plasmática da célula muscular por meio de diversas proteínas que têm afinidade pelos miofilamentos e por proteínas da membrana plasmática
 - distrofina: proteína que liga os filamentos de actina a proteínas do sarcolema
- da linha Z, partem os filamentos finos (actina) que vão até a borda externa da banda H
- filamentos grossos (miosina) ocupam a região central do sarcômero
- banda I é formada somente por filamentos finos; a banda A é formada por filamentos finos e grossos, interdigitados na região lateral; e a banda H, somente por filamentos grossos
- cada filamento grosso fica rodeado por seis filamentos finos, formando um hexágono
- miofibrilas do músculo estriado contêm quatro proteínas principais: miosina, actina, tropomiosina e troponina (filamentos grossos = mosina; filamentos finos=demais)
 - actina: polímeros longos (actina F) formados por duas cadeias de monômeros globulares (actina G – moléculas assimétricas) torcidas uma sobre a outra, em hélice dupla
 - tropomiosina: molécula longa e fina constituída por duas cadeias polipeptídicas enroladas entre si
 - troponina: complexo de três subunidades: TnT (liga-se à tropomiosina); TnC (afinidade por cálcio) e Tnl (cobre o sítio ativo da actina, no qual ocorre a interação da actina com a miosina)
 - miosina: grande, forma de bastão, formada por 2 peptídeos enrolados em hélice. Numa de suas extremidades, ela apresenta uma cabeça, que possui locais específicos para combinação com ATP e é dotada de atividade ATPásica. Nesta parte da molécula ocorre a hidrólise do ATP e onde se encontra o local de combinação com a actina. É formada pela meromiosina leve (porção em bastão da molécula) e meromiosina pesada (saliência globular/cabeça e uma parte da porção em bastão)
 Retículo Sarcoplasmático e Sistema de túbulos trasversais
- retículo sarcoplasmático: armazena e regula o fluxo de íons Ca2+, responsável pela contração muscular, armazenamento de glicogênio, mioglobina(depósito de oxigênio)
-rede de cisternas de REL, que envolve miofilamentos, separando-os em feixes cilíndricos
- quando sua membrana é despolarizada pelo estímulo nervoso, os canais de cálcio se abrem. Esses íons vão atuar sobre a troponina, possibilitando a formação de pontes entre a actina e miosina
- quando cessa a despolarização, iniciada na placa motora (junção mioneural), a sua membrana, por processo ativo, transfere íons cálcio para dentro das cisternas, o que interrompe a contração
- a contração uniforme de cada fibra muscular esquelética é devido ao sistema de túbulos transversais ou sistema T, constituído por uma rede de invaginações da membrana plasmática da fibra muscular, cujos ramos vão envolver as junções de bandas A e I de cada sarcômero. Em cada lado de cada túbulo T existe uma expansão do RS, este complexo (1 túbulo T + 2 expansões de RS) é conhecido como tríade (onde a despolarização dos túbulos T é transmitida ao RS).
 Mecanismo de Contração
- sarcômero em repouso: filamentos finos e grossos sobrepostos parcialmente
- contração: deslizamento dos filamentos uns sobre os outros, o que aumenta o tamanho da zona de sobreposição entre os filamentos e diminui o tamanho do sarcômero.
 - início faixa A (filamentos finos e grossos sobrepostos)
 - durante o repouso, ATP liga-se à ATPase das cabeças da miosina. Para atacar o ATP e libertar energia, a miosina necessita da actina (cofator)
 - quando há disponibilidade de Ca2+ , estes combinam-se com a unidade TnC da troponina, o que muda a configuração espacial da troponina, empurrando a molécula de tropomiosina mais para dentro do sulco da hélice de actina, expondo os locais de ligação da actina com a miosina, ocorrendo interação das cabeças da miosina com a actina
 - combinação de Ca2+ com a subunidade TnC = fase em que o complexo miosina-ATP é ativado
 - como resultado da ponte actina-miosina, ocorre a hidrólise do ATP, o que faz com que ocorra uma deformação na cabeça e parte do bastão da miosina, aumentando a curvatura da cabeça, fazendo com que a actina seja empurrada, promovendo seu deslizamento sobre a miosina
 - em cada momento da contração, apenas um número de cabeças alinha-se com os locais de combinação da actina. À medida que as cabeças da miosina movimentam a actina, novos locais para a formação da ponte aparecem
 - as pontes antigas só se desfazem depois que a miosina se une à nova molécula de ATP, fazendo com que as cabeças voltem ao seu lugar de início
 Inervação
- a contração das fibras musculares esqueléticas é comandada por nervos motores, que se ramificam no perimísio
- no local de contato com a fibra, o axônio perde sua bainha de mielina, sendo recoberto por uma fina camada de citoplasma das células de Schwann, e forma uma dilatação que se coloca dentro de uma depressão do sarcolema placa motora/ junção mioneural
- o terminal axônico apresenta muitas mitocôndrias e vesículas sinápticas com o neurotransmissor acetilcolina
- na junção, o sarcolema forma as dobras juncionais, sendo que o sarcoplasma abaixo delas apresenta núcleos, muitas mitocôndrias e ribossomos e grânulos de glicogênio
- quando uma fibra do nervo motor recebe um impulso nervoso, o terminal axônico libera acetilcolina, que se difunde através da fenda sináptica e vai se prender aos receptores do sarcolema
- ligação do neurotransmissor → aumento da permeabilidade do sarcolema ao sódio → despolarização
- o excesso de acetilcolina é destruído pela colinesterase. Isso é necessário para evitar o contato prolongado do neurotransmissor com o receptor
- a despolarização iniciada na placa motora propaga-se pela fibra através dos túbulos transversais. Em cada tríade, o sinal despolarizador passa para o RS e resulta na liberação dos íons cálcio
- unidade motora: fibra nervosa e conjunto de fibras musculares inervadas por ela
- a fibra muscular é incapaz de graduar sua contração, ou ela se contrai totalmente, ou não se contrai
- as variações na intensidade da contração dos músculos se deve ao número de fibras que se contrai naquele momento
 Fusos Musculares e Corpúsculos Tendíneos de Golgi
- fusos musculares: receptores que captam modificações no próprio músculo (propioceptores), constituídos por uma cápsula de tecido conjuntivo que delimita um espaço contendo fluido e fibras musculares modificadas (fibras intrafusais). Diversas fibras nervosas sensoriais penetram os fusos musculares , onde detectam modificações no comprimento (distensão) das fibras musculares extrafusais (fibras comuns) e transmitem essa informação para a medula espinhal. Isso participa no mecanismo de controle da postura e da coordenação de músculos opostos
- corpúsculos tendíneos de Golgi: feixes de fibras colágenas encapsuladas dos tendões, nas proximidades da inserção muscular, que são penetradas por fibras nervosas sensoriais. Essas estruturas são propioceptivas (captam estímulos gerados no próprio organismo) e respondem às diferenças tensionais exercidas pelos músculos sobre os tendões
 Sistema de Produção de Energia
- célula adaptada para a produção de trabalho mecânico, necessitando de depósitos energéticos (ATP e fosfocreatina – ricos em energia nas ligações fosfato – e sarcoplasmas de glicogênio)
- tecido muscular obtém energia para formar ATP e fosfocreatina a partir dos ácidos graxos e da glicose
- ácidos graxos é rompido pelas enzimas da 13–oxidação na matriz mitocondrial. O acetato produzido é oxidado pelo ciclo do ácido cítrico, sendo a energia resultante armazenada em ATP
- metabolismo anaeróbio da glicose (glicólise): insuficiência de oxigênio, com produção de ácido láctico
- fibras musculares:
 - tipo l: lentas; vermelho-escuras e ricas em sarcoplasma contendo mioglobina; adaptadas para contrações continuadas; energia obtida dos ácidos graxos 
 - tipo II: rápidas; adaptadas para contrações rápidas e descontínuas; contêm pouca mioglobina; vermelho-claras; classificadas em IIA, IIB (mais rápidas; glicólise como fonte de energia) e II C
 Regeneração do tecido muscular
- núcleos das fibras musculares esqueléticas não se dividam, mas pode se reconstituir através das células satélites, que são mononucleadas, fusiformes, dispostas paralelamente às fibras musculares dentro da lâmina basal que envolve as fibras – mioblastos inativos. Tornam-se ativas após lesão, exercício intenso ou estimulo, proliferam por divisão mitótica e se fundem para formar novas fibras musculares
TECIDO NERVOSO
- rede de comunicações
- sistema nervoso central (SNC): encéfalo (Cérebro), constituintes neurais do sistema fotorreceptor e medula espinal
 substância cinzenta: corpos celulares dos neurônios e células da glia; mielina (envolve prolongamentos dos neurônios – axônios)
 substância branca: prolongamentos de neurônios e células da glia
- sistema nervoso periférico (SNP): nervos (prolongamentos dos neurônios) e pequenos agregados de células nervosas (gânglios nervosos)
- tecido nervoso
 neurônios: células com prolongamentos
 células da glia ou neuróglia: sustentação, nutrição e defesa de neurônios
- neurônios têm a propriedade de responder a alterações do meio em que se encontram (estímulos) com modificações da diferença de potencial elétrico que existe entre as superficies externa e interna da membrana celular células excitáveis
- neurônios reagem a estímulos e transmitem informações (impulso nervoso)
- funções do sistema nervoso: 
 detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais 
 organizar e coordenar o funcionamento das funções do organismo (motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas); estabiliza as condições intrínsecas do organismo e participa dos padrões de comportamento
 Neurônios/ Células Nervosas
- responsaveis pela recepção, transmissão e processamento de estúmulos
- componentes:
 corpo celular/ pericário: centro metabólico (núcleo + início dos prolongamentos + organelas) e receptor de estímulos
 dendritos: prolongamentos que recebem estímulosaxônio: prolongamento único que conduz impulsos do neurônio para outras células
- classificação morfológica:
 neurônios multipolares: mais de dois prolongamentos
 neurônios bipolares: um dendrito e um axônio
 neurônios pseudounipolares: prolongamento único próximo ao corpo celular, que se divide em dois
- classificação funcional:
 neurônios sensoriais: recebe e transmite para o SNC
 neurônios motores: transmite impulso para órgãos efetores
 interneurônios: conexões
- porção final do axônio é ramificada, termina na célula seguinte do circuito (botões terminais) por sinapses (contato de 2 neurônios que transmitem informações)
 Corpo Celular
- núcleo: esférico, cromossomos distendidos (alta atividade sintética), nucléolo grande e central
- RER: varia com o tipo celular (sintetiza proteínas e produz neurotransmissores)
 corpúsculos de Nissl: cisternas + ribossomos
- Golgi: no pericárdio (em torno do núcleo), em vesículas
- mitocôndrias: maiores quantidades no terminal e pericárdio
- neurofilamentos: filamentos inte.rmediários abundantes no pericário e prolongamentos
- inclusões: melanina, lipofuscina (pigmentos)
 Dendritos
- aumentam superfície receptora
- sem Golgi, Nissl apenas em dendritos finos
- curtos e ramificados
- espinhos/ gêmulas: projeções citoplasmáticas
 Axônios
- cilindro único de diâmetro variável porém constante que envia impulsos nervosos
- cone de implementação: estrutura piramidal do corpo celular onde nasce o axônio
- segmento inicial: parte do axônio (quando mielinizado) entre o cone de implementação e o início da bainha de mielina
- impulso nervoso: estímulos (excitatórios/inibitórios) que se propagam
- axoplasma: citoplasma do axônio (poucas organelas, neurofilamentos constantes)
- movimento de moléculas: fluxos axonais
 - pericário: centro de produção de proteínas
 - fluxo anterógrado: do pericárdio para o axônio, feito pela cinesina
 - fluxo retrógrado: do axônio para o pericário; feito pela dineína
 Potenciais de Membranas
- moléculas na membrana de célula nervosa realizam canais para o transporte de íons para dentro e para fora do citoplasma – bomda de Na/K
 Comunicação Sináptica
- sinapses: transmissão unidirecional dos impulsos nervosos; transforma um um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em um sinal químico que atua na célula pós-sináptica
- transmite informações por meio da liberação de neurotransmissores, substâncias que, quando se combinam com proteínas receptoras, abrem ou fecham canais iônicos 
- neuromoduladores: mensageiros químicos que modificam a sensibilidade neuronal aos estímu los sinápticos excitatórios ou ilúbitórios
- constitui por um terminal axônico (terminal pré-sináptico) que leva o sinal, urna região na superfície da outra célula, em que se gera um novo sinal (terminal pós-s ináptico), e llJll espaço muito delgado entre os dois terminais, a fenda pós-sináptica
- tipos de sinapses:
 axossomática: entre axônio e corpo celular
 axodendrítica: entre axônio e dendritos
 axoaxônica: entre axônios
 dendrodentrícas: entre dendritos
- variedades morfológicas:
 boutons terminaux: expansões em forma de bulbo no terminal axônico
 boutons em passage: viscosidades ao longo do axônio
- fenda sináptica: espaço que separa membranas das células firmemente ligadas na sinapse; espassamento é dado por acúmulo de material proteico
 pré-sináptica: terminal axônico
 pós-sináptica: dendrito, pericárdio, axônio, célula efetora
- sinapses químicas: transmissão do impulso é mediada pela liberação de determinadas substâncias
- Etapas da Sinapse Química
1) A despolarização da membrana pré-sináptica induz
2) breve abertura dos canais de cálcio
3) O influxo de cálcio promove a exocitose das vesículas sinápticas com
4 liberação do neurotransmissor
5) O neurotransmissor reage com os receptores e 
6) promove a despolarização da membrana pós-sináptica
7) recuperação da membrana pelas vesículas cobertas
- Sinapses excitatórias: provoca despolarização da membrana pós-sináptica, causando impulso
- Sinapses inibitórias: provoca hiperpolarização da membrana, sem transmissão do impulso
- sinapses elétricas: células nervosas unem-se por junções comunicantes que possibilitam a passagem de íons de uma célula para a outra
 Células da Glia
- no SNC, fornecem microambiente adequado para os neurônios
 Oligodendrócitos
- produzem a bainha de mielina (isolante elétrico do SNC)
- seus prolongamentos se enrolam em volta dos axônios
- células pequenas, com núcleo irregular e muito corado
- apresentam muitas organelas que formam fileiras entre os axônios
- são responsáveis pela velocidade da condução do impulso nervoso
- removem excesso de íons potássio para o meio extracelular durante o impulso
 Células de Schwann
- têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém eles se localizam em volta dos axônios do SNP
- formam mielina em torno de um único segmento de um único axônio
- a membrana da célula de Schwann que se enrola em volta do axônio
 Astrócitos
- células de forma estrelada; apresentam feixes de filamentos intermediários constituídos pela proteína fibrilar ácida da glia, reforçando a estrutura celular
- apresentam núcleos grandes, esféricos e centrais
- ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter
 astrócitos fibrosos → com menos prolongamentos e mais longos. Localizados na substância branca
 astrócitos protoplasmáticos → maior número de prolongamentos, curtos e ramificados. Localizados na substância cinzenta
- são os mais numerosos e de maior diversidade funcional
- além da sustentação, eles participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios (suporte físico e metabólico do SNC)
- alguns possuem pés vasculares, que são prolongamentos que se expandem sobre o capilar sanguíneo. Eles transferem moléculas e íons do sangue para os neurônios
- participam da regulação das diversas atividades dos neurônios
- possuem diversos receptores, o que indica que eles respondem a diversos sinais químicos
- podem influenciar a atividade e a sobrevivência dos neurônios, graças à sua capacidade de controlar os constituintes do meio extracelular, absorver excessos de neurotransmissores e sintetizar moléculas neuroativas
- comunicam-se uns com os outros através de junções comunicantes formando uma rede por onde informações podem transitar de um local para o outro, atingindo grandes distâncias dentro do SNC
- reveste todo o SNC
- Preenchem espaços deixados pelos neurônios SNC mortos por doenças ou acidentes → proliferação e aumento de volume → gliose (cicatriz glial)
- se ligam a partes não protegidas por bainha de mielina para defesa
 Micróglia
- são as menores células da glia
- alongadas → núcleos alongados e escuros
- poucos prolongamentos curtos e irregulares
- derivados da mesma linhagem dos monócitos (fagocitárias)
- representa o sistema mononuclear fagocitário do SNC
- participam da inflamação e da reparação do SNC
- quando ativadas, elas retraem seus prolongamentos, assumindo a forma de macrófagos
- secreta várias citocinas reguladoras do processo imunitário e remove os restos celulares que surgem das lesões do SNC
 Célula ependimária
- células epiteliais colunares/cúbicas que revestem os ventrículos do cérebro e do canal central da medula espinhal, em arranjo epitelial e unidas por complexo juncional
- não produzem o liquor
- têm contato com o líquido cefalorraquidiano
- faz a sustentação do tecido nervoso
 Sistema Nervoso Central
- distribuição da mielina é responsável pela diferença de cor
- substância branca: axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da glia; não contém corpos de neurônios; predomina nas partes centrais
- substância cinzenta: corpos de neurônios, dendrites, a porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia; onde ocorrem as sinapses; predomina na superficie do cérebro, cerebeloe córtex 
- córtex cerebelar: três camadas – molecular (externa) camada central (com células de Purkinje e camada granulosa (interna). 
- cornos anteriores: contêm neurônios motores e cujos axônios dão origem às raízes ventrais dos nervos raquidianos
- cornos posteriores: recebem as fibras dos neurônios situados nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinais (fibras sensoriais)
 Meninges
- membranas de tecido conjuntivo que envolve o SNC (proteção)

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