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BIOQUÍMICA – PROVA 1 ENZIMAS: ESTRUTURA E FUNÇÃO - proteínas altamente especializadas (exceção: moléculas de RNA catalíticas – não sao proteinas) - alto grau de especificidade com substratos (interação com o sítio ativo da enzima) - sítio ativo: ambiente específico para a reação acontecer - elevado poder catalítico, maior do que catalisadores sintéticos ou inorgânicos - aceleram as reações químicas e atuam em soluções aquosas sob condições suaves de temperatura e pH - algumas enzimas necessitam de componente químico adicional para suas atividades – cofatores, que podem ser íons inorgânicos (Fe2+, Mg2+, Mn2+, Zn2+) ou uma molécula orgânica ou metalorgânica complexa (coenzima) - grupo prostético: coenzima ou íon metálico ligado firmemente ou covalentemente a uma enzima - enzima + cofator/íons metálicos = holoenzima. A parte proteica da holoenzima é denominada apoenzima ou apoproteína - coenzimas agem como carreadores transitórios de grupos funcionais específicos. São frequentemente derivadas de vitaminas - as estruturas proteicas primária, secundária, terciária e quaternária das enzimas são essenciais para a atividade catalítica Classificação das Enzimas - de acordo com a reação que catalisam - adiciona-se o sufixo “ase” ao nome do substrato ou a atividade realizada - seis classes principais Como as Enzimas Funcionam - proporcionam um ambiente específico adequado para que uma dada reação possa ocorrer mais rapidamente - sítio ativo: bolsão da enzima, onde a reação ocorre - substrato: molécula que liga no sítio ativo e sobre a qual a enzima age Reação Enzimática - estado de transição: quantidade de energia necessária e arranjo correto dos átomos para a produção dos produtos decaimento para o estado S ou para o estado P tem a mesma probabilidade de ocorrer - energia de ativação (∆G‡): diferença entre os níveis energéticos do estado basal e do estado de transição - catalisadores aumentam a velocidade das reações por reduzirem a energia de ativação, mas não afetam os aspectos termodinâmicos das reações enzima aceleram a interconversão entre S e P; não é gasta no processo e o ponto de equilíbrio não é afetado Modelo Ajuste Induzido - tanto enzima quanto substrato sofrem mudanças conformacionais Influência do pH e temperatura da atividade enzimática - pH: retira/acrescenta cargas; altera o estado de ionização, alterando a estrutura terciária a influência do pH pode ocorrer devido a: alteração do estado de ionização de grupos catalíticos essenciais (imidazol, carboxila, amino) mudança conformacional da enzima - temperatura: fornece energia, o que promove a agitação térmica da molécula, rompendo pontes de hidrogênio e alterando a estrutura terciária Interações que determinam a estrutura de uma Proteína/Enzima Mantida por interações fracas (ligações de H, ligações iônicas e interações hidrofóbicas) e /ou ligações dissulfeto entre resíduos distantes na própria molécula Uma enzima liga o(s) substrato(s) para: - orientar, aproximar, fixar, tensionar ligações, polarizar ligações, agir como ácidos e bases, estabilizar o estado de transição ENZIMAS: CINÉTICA E REGULAÇÃO - cinética: estudo das velocidades de reações - concentração de substrato [S]: afeta a velocidade da reação - a velocidade máxima é atingida quando todas as enzimas estão ocupadas transformando substrato e produto, ou seja, quando todos os sítios ativos estão ocupados - constante de Michaellis (Km): quantidade necessária de substrato para fazer com que a reação alcance metade da velocidade máxima. Km, interação enzima-substrato (maior afinidade) - a reação de catálise possui duas estapas: 1) ligação reversível da enzima ao substrato: E + S ⇌ ES – etapa rápida 2) formação do produto a partir de ES: ES → E + P – etapa lenta: limita a velocidade da reação - estado estacionário: concentração de ES (complexo enxima-substrato) é constante quando a velocidade de formação de ES é igual a de deslocamento - equação de Michaelis-Menten: demonstrar como a velocidade de uma reação varia com a variação da concentração do substrato V0 = Vmáx [S] Km + [S] - quando Vo é metade de Vmáx: Km=[S] - gráfico de duplo recíprocco da equação de Michaelis-Menten: Fatores que influenciam a Ação Enzimática - a estabilidade de uma enzima depende de: temperatura, força iônica, natureza química do tampão, concentração de íons metálicos contaminantes, concentração de substratos ou cofatores da enzima, concentração da enzima - temperatura: T; taxa de reação; estabilidade proteica Inibição Enzimática - inibidores: moléculas que se ligam a enzima, impedindo a atividade catalítica - presença de inibidor faz com que a velocidade seja diminuída e a velocidade máxima nunca seja atingida reversível competitiva: inibidor compete com o substrato pelo mesmo sitio ativo da enzima; estrutura dos inibidores é parecida com a dos substratos - aumenta o Km mas não altera a velocidade máxima incompetitiva: inibidor liga-se a um sítio diferente do sítio do substrato, não bloqueando a ligação do substrato, mas alterando a ligação enzima-substrato e a formação do complexo ES. A enzima fica inativa quando o inibidor está ligado - altera o Km e diminui a velocidade máxima mista: inibidor liga-se a um sítio diferente do sítio do substrato, não bloqueando a ligação do substrato, mas deixando a enzima inativa - diferente Km e diferente velocidade máxima irreversível: inibidores ligam-se covalentemente no sítio ativo da enzima, inativando-a e afetando sua atividade Enzimas Alostéricas - não seguem a cinética de Michaelis-Mentel - a ligação do substrato a um centro ativo pode afetar as propriedades dos outros centros ativos, na mesma molécula de enzima (ligação cooperativa) - perfil sigmoidal no gráfico Vx[S] - efetores: se ligam ao sitio alostérico e variam a afinidade ES - positivos: aumentam a afinidade - negativos: diminuem a afinidade DNA - DNA e RNA: ácidos nucleicos – monômeros são os nucleotídeos - bases nitrogenadas: púricas (adenina e guanina) e piramídicas (citosina, timina e uracila) - ligação fosfodiéster: entre dois nucleotídeos. Ocorre entre o fosfato ligado ao carbono 5’ de um nucleotídeo com o OH ligado ao carbono 3’ do outro nucleotídeo - ligação glicosídica: entre a ribose e cada base - pontes de hidrogênio entre bases nitrogenadas de fitas complementares - estrutura: - duas cadeias de nucleotídeos enroladas em torno de um eixo, formando uma dupla hélice - esqueleto é hidrofílico, com grupos fosfatos do lado externo da hélice, formando pontes de hidrogênio com a água - fitas são antiparalelas - desnaturação: calor - renaturação: frio - TM (Temperatura Média de Transição): 50% da fita desnaturada PROCESSO DE REPLICAÇÃO DO DNA - duplicar o DNA existente - deve ser eficiente, para que não hajam mutações ou inviabilidade para a célula - alta fidelidade - direção: 5’ → 3’ - semiconservativa: ao fim de um processo de replicação, a dupla fita de DNA será composta por uma fita mãe e a fita que foi gerada a partir desta fita mãe - processo semidescontínuo: em uma fita a replicação é contínua e na outra fita a replicação é feita em pedaços - DNA polimerase: controla os processos de replicação; sintetiza apenas no sentido 5’ → 3’ - requer um primer iniciador para que o processo de extensão da cadeia de nucleotídeos se inicie. Esse primer irá fornecer um OH ligado ao carbono 3’ para que a DNA polimerase possa ligar o fosfato 5’ Enzimas envolvidas no processo de Replicação - Helicases: rompem pontes de H para abrir as fitas usando energia química do ATP - Topoisomerases: relaxam a tensão criada no DNApela separação das fitas - Proteínas de ligação ao DNA: estabilizam o DNA aberto - Primases: sintetizam iniciadores (primers) de RNA - DNA ligases: promovem a ligaçãode forma covalente de fragmentos descontínuos de DNA; - Polimerases: enzimas que copiam o DNA parental, promovem a polimerização dos nucleotídeos Forquilha de Replicação - dupla fita anterior deve ser aberta para que cada fita sirva de molde para a síntese. Essa separação permite a interação da DNA-polimerase com a fita simples de DNA, formando a Forquilha de Replicação - replicação começa na origem e prossegue bidirecionalmente síntese ocorre no sentido 5’ → 3’ Fita Contínua - primase incorpora o primer de RNA no início da replicação - DNA polimerase III reconhece a região e inicia a polimerização da nova fita de DNA até a fita ser completada Fita Descontínua - primase coloca primer de RNA - ADN polimerase III: replica um fragmento (Fragmento de Okazaki) até encontrar o próximo primer. Quando o encontra, se desgruda da fita - DNA polimerase I: exonuclease – remove os nucleotídeos de RNA do primer e coloca nucleotídeos de DNA - DNA ligase: promove ligação fosfodiéster entre os fragmentos e os que foram substituídos Etapas da Replicação 1) Iniciação - origem de replicação: ponto no DNA onde inicia a replicação - DNAA: reconhece a origem de replicação - DNAA se liga ao DNA e recruta a DNAB e DNAC, que justas quebrarão as pontes de H entre as fitas e fazem surgir a forquilha de replicação (responsável pela replicação do DNA) - proteína girase (tropoisomerase): relaxa a tensão criada nas fitas de DNA 2) Alongamento - fita contínua: segue processo normal - fita descontínua: dividida em fragmentos (Fragmentos de Okazaki) - replicada em partes porque vai contra o sentido 5’3’ - DNA polimerase I: se liga ao DNA e degrada o primer - DNA ligase: junta os fragmentos através de pontes de H 3) Terminação - procariotos: quando as forquilhas de replicação encontram-se no lado oposto do cromossomo circular o processo é terminado - eucariotos: telômeros – regiões dos cromossomos de eucariotos formados por sequências bastante conservadas e repetidas telomerase: enima responsável pela adição destas sequências repetidas (RNA-polimerase) nos locais ond ocorreu a retirada dos primers - reconhecimento e ligação ao telômero - adição de nucleotídeos conforme o molde de RNA da enzima Revisão e Reparo de DNA - reparo de mau pareamento: o sistema de reparo reconhece o pareamento incorreto, promove a exclusão da área e nova polimerização - reparo de exclusão de base: sistema de reparo que corrige bases danificadas por oxidação ou modificação química - reparo por excisão de nucleotídeos: comum para lesões no DNA causadas por meios ultravioleta ou químicos, que com frequência levam estruturas deformadas de DNA PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO DO DNA - formação de uma molécula de RNA a partir de uma molécula molde de DNA (fita que será copiada – possui sentido 3’→5’, contrário da fita de RNA que será formada) - fitas do DNA se separam e uma serve de molde para o RNA, enquanto a outra fica inativa (fita complementar – não será copiada) - RNA: fita simples; bases nitrogenadas A,U,G,C; nucleotídeos organizados em códons (conjunto de 3/trincas de nucleotídeos) Características da Síntese de RNA - RNA plimerase: catalisa o processo; copia um DNA molde na forma de RNA; atua no sentido 5’→3’ - são necessários todos os 4 ribonucleosídeos trifosfatados (ATP, GTP, CTP e UTP), bem como íons Mg2+ - não há necessidade de uma sequência primer, mas é necessário um molde de DNA - a cadeia do RNA cresce da extremidade 5’ para a 3’. O nucleotídeo na extremidade 5’ da cadeia retém seu grupo trifosfato - a sequência de bases do DNA contém sinais para iniciação e encerramento da síntese do RNA. A enzima liga-se à fita-molde e desloca-se ao longo dela na direção 3´para 5´. - o molde de DNA permanece inalterado - a seqüência de bases do RNA é determinada pela sequência de bases do DNA, que é usado como molde para fazer o RNA, não sendo transformado em RNA - não existe mecanismo de checagem Etapas da transcrição 1 – Reconhecimento da fita molde de DNA - promotor: região de iniciação, apresenta uma sequência de bases específica que atrai a enzima RNA polimerase - RNA polimerase reconhece a região promotora e se liga a ela, desenrolando a dupla-hélice e separando as fitas 2 – Formação do Complexo de iniciação - RNA polimerase ligada à região promotora inicia o processo de transcrição, adicionando os primeiro nove nucleotídeos da sequência de RNA - fitas do DNA se separam, forma-se o complexo aberto 3 – Alongamento da cadeia de RNA - após a produção de aproximadamente nove nucleotídeos, a polimerase do RNA passa a se deslocar pela molécula de DNA, desenrolando sua hélice e produzindo uma molécula de RNA através da coleta nucleotídeos de RNA que estão soltos e da união destes - molécula de RNA fica cada vez mais alongada - DNA já transcrito volta a ser enrolado, recompondo a sua dupla-hélice 4 – Términação (reconhecimento do terminador) - região terminalizadora: sequência de DNA que contém os genes sinalizadores do término - quando a RNA polimerase encontra a sequência de terminalização, o RNA para de ser transcrito e nenhuma outra base nitrogenada é incorporada. A RNA polimerase se dissocia do DNA - bolha de transcrição se desprende, liberando uma molécula de RNA e imediatamente a molécula de DNA tem suas fitas unidas e enroladas novamente terminação da transcrição independente de p: repetições invertidas na sequência de DNA que está sendo transcrita geram uma molécula de mRNA que cria uma alça em forma de grampo. Esse estratégia é frequentemente utilizada para terminar a transcrição terminação da transcrição dependente de p: proteína p liga-se ao RNA nascente e move-se em direção ao complexo de transcrição, que estará em pausa, desestabilizando o complexo Transcrição em Procariotos - um promotor pode controlar a transcrição em mais de um gene (operon – 1 promotor, mais de um gene) - possuem um único tipo de RNA polimerase, que associa-se facilmente ao DNA e difunde unidirecionalmente - fator sigma: responsável pelo reconhecimento da RNA polimerase pela região promotora correta; se liga transitoriamente ao núcleo - regulação da transcrição: fatores sigma alternativos – vírus e bactérias podem exercer certo controle sobre quais genes serão expressos ao produzirem diferentes subunidades sigma, que irão direcionar a RNA polimerase para genes diferentes - a primeira base a ser transcrita é considerada a posição +1, os elementos de sequência antes desta posição são rotulados com numeração negativas -principais regiões promotoras reconhecidos pelo fator : uma a 10 e outra a 35 pares de bases acima do ponto de início da transcrição Transcrição em Eucariotos - cada gene possui o seu promotor - genes não são contínuos, possuem trechos éxons (codificam proteínas; regiões que são expressadas) e íntrons (não são codificantes), sendo chamado de RNA mensageiro primário. O splicing do RNA é a retirada dos íntrons e a ligação dos éxons, transformando-o no mRNA maduro, que vai para a tradução - possuem 3 tipos de RNA polimerases, cada uma com função específica e liga um promotor diferente • RNA polimerase I: transcreve rRNA (5.8S, 18S e 25S rRNA) • RNA polimerase II: transcreve precursores de mRNA e a maioria dos snRNAs e microRNAs • RNA polimerase III: transcreve tRNA e rRNA(5S rRNA) - TATAbox: principal região promotora de eucariotos; sequência reconhecida pelo fator de transcrição, garantindo que o sítio de início correto seja ligado - TBT: liga no TATABox - fatores de transcrição: proteínas que se ligam ao DNA Processamento do RNA - adição de sequência CAP na região 5´do mRNA: liga proteínas e participa da ligação ao ribossomo - adição de cauda poli(A): resíduos de adenina ligados à ponta 3’ do mRNA – associa-se a proteínas e protege o mRNAda destruição - após a transcrição o RNA é processado e transportado do núcleo ao citoplasma para ser traduzido - o spliceossomo, um complexo de proteínae RNA, catalisa a remoção dos íntrons. Alguns íntrons podem promover sua própria remoção - o processo de splicing depende de pequenas ribonucleoproteínas nucleares (snRNPs) PROCESSO DE TRADUÇÃO DO DNA Características da Tradução - célula lê a informação de um RNA mensageiro (RNAm) e usa essa informação para construir um polipeptídeo ou cadeia de aminoácidos, que formarão as proteínas - ribossomo: local da síntese proteica - o aminoácido precisa ser ativado antes de adicionado à cadeia peptídica em crescimento. Processo que envolve tRNA e enzimas aminoacil-tRNA sintases - o aminoácido é ligado covalentemente ao tRNA no processo, formando aminoacil-tRNA Tipos de RNA - mensageiro: possui a informação, sendo constituído apenas por éxons. É constituído por trincas de nucleotídeos (códon) - códon de iniciação: AUG (metionina) - transportador: trazem aminoácidos para o ribossomo para ocorrer a síntese. É constituído por anti-códon, conjunto de três nucleotídeos, e atuam como pontes, combinando um anti-códon que se liga ao códon correspondente no RNAm através do pareamento de bases - ribossômico: realiza leitura do mensageiro Código Genético (Triplete) - deve traduzir a linguagem do DNA (que contém 4 bases) na linguagem dos 20 aminoácidos - código triplo: uma sequência de 3 bases (códon) é necessária para especificar um aminoácido - nenhuma base é compartilhada entre códons consecutivos (não-sobreposto): ribossomo move-se ao longo de 3 bases do mRNA de cada vez, e não de 1 ou 2 bases por vez - o código é contínuo - código degenerado: mais de um triplete pode codificar o mesmo aminoácido (redundância), porém nenhum códon pode codificar mais de um aminoácido. Muitas vezes diferem na terceira base, aquela qe pareia com a base de oscilação do anticódon Estrutura do tRNA - estrtutura secundária com grampos e alças formando um trevo - alto número de bases modificadas (muitos casos por metilação) depois da sua transcrição Estrutura do Ribossomo - fornecem a estrutura na qual a tradução pode acontecer - catalisam a reação que liga aminoácidos para formar uma nova proteína - formados de uma subunidade grande e uma pequena, que se unem ao redor de uma fita de mRNA durante a tradução - encaixa na fita na posição 5 Etapas da Síntese de Proteínas 1) Ativação do Aminoácido - 20 aminoácidos - aminoacil-tRNA sintase: garante a fidelidade à tradução, pois assegura que o aminoácido correto seja acoplado ao RNAt certo e que os códons sejam lidos corretamente 2) Iniciação - ribossomo se junta ao RNAm e ao primeiro RNAt para que a tradução possa ter início - complexo de pré-iniciação: reconhece uma sequência específica no mRNA para dar início a tradução em procariotos: início no N-terminal (em todas as proteínas é a N-formilmetionina) sinal de início: subunidade ribossômica pequena se associa diretamente a determinadas sequências no RNAm (Sequência Shine-Dalgarno/RBS – 5’-GGAGGU-3’), que antecedem os códons e "os apontam" para o ribossomo, permitindo que este encontre o códon de iniciação certo para cada gene em eucariotos: apresentam CAP na extremidade 5’ e cauda poli A na extremidade 3’ iniciação: requer fatores de iniciação RNAt transportando a metionina se liga a subunidade ribossômica pequena. Juntos, se ligam à extremidade 5' do RNAm através do reconhecimento do cap 5' GTP sequência Kozak: ao redor do códon de início - após a identificação da sequência, tem-se a associação da subunidade maior do ribossomo ao complexo 3) Elongação - aminoácidos são trazidos ao ribossomo pelos RNAt e são ligados entre si através de ligações peptídicas para formar uma cadeia - RNAt e ribossomo percorrem o RNAm na direção 3’ - 3 sítios de ligação sítio P: liga-se a um tRNA que transporta a cadeia peptídica sítio E: libera o RNAt do complexo sítio A: vai encaixar o próximo RNAt com seu respectivo anti-códon - metionina: N-terminal do polipeptídeo 4) Terminação: - códon de parada (UAA, UAG e UGA): entra no sítio A e sinaliza a terminação da síntese proteica - fator de liberação: reconhece o códon de parada, encaixa no sítio P e libera todo o complexo - polipeptídeo final é liberado para que possa cumprir sua função na célula 5) Dobramento/ processamento pós-tradução - chaperonas: ajudam a proteína a se dobrar, evitando que esta se una incorretamente REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA EM PROCARIOTOS Fatores que determinam a quantidade de cada proteína - concentração de mRNA - eficiência da tradução do mRNA - estabilidade da proteína extraída Tipos de Genes - genes constitutivos: genes que são constantemente expressos - genes induzíveis: genes cuja expressão varia de acordo com as condições da célula Regulação - fatores alternativos: vírus e bactérias podem exercer certo controle sobre quais genes serão expressos ao produzirem diferentes subunidades sigma, que irão direcionar a RNA polimerase para genes diferentes - fator sigma: leva a enzima para a região do promotor - especificidade de ligação da RNA polimerase nos diferentes promotores é dada pela interação com diferentes espécies de fatores sigma - resposta direta a variações nas condições nutricionais (genes ativados e reprimidos - transcrição pode ser acoplada com tradução (simultânea) Tipos de Regulação - regulação positiva: proteína regulatória (ativador) se liga ao DNA em um sítio diferente ao do operador e estimula a transcrição - regulação negativa: repressor ligado inibe a transcrição Operons - grupo de genes que codificam enzimas de vias metabólicas e que são mantidos juntos, sob um promotor em comum - regula a expressão dos genes estruturais controlando a transcrição Operon Lac: operon induzível negativo - um dos principais carboidratos encontrados no leite; pode ser metabolizado pela bactéria E. coli, que reside no tubo digestivo dos mamíferos - as enzimas de metabolização da galactose (β-galactosidase, permease e transacetilase) são codificadas por genes adjacentes no óperon lac de E. coli e têm um promotor comum - quando a galactose está presente, parte dela é convertida em alolactose, que se liga ao repressor e faz com que este seja liberado do DNA. Na presença de lactose, então, o repressor é inativado, a ligação da RNA pol não é mais bloqueada pelo repressor, e ocorre transcrição do genes estruturais do operon e produção das enzimas quemetabolizarão a lactose óperon de triptofano(trp) em E. Coli: operon repressível negativo - controla a biossíntese do aminoácido triptofano - óperon trp contêm cinco genes estruturais que produzem os componentes de trêsenzimas. Essas enzimas convertem corismato em triptofano. Quando os níveis de triptofano estão baixos, a RNApol liga-se ao promotor e transcreve os cinco genes estruturais em um único mRNA, que é então é traduzido emenzimas que converte o corismato em triptofano. A alguma distância do óperon trp, encontra-se o generegulador, que codifica um repressor, que sozinho não pode ligar-se ao operador. O triptofano liga-se aorepressor , causando uma mudança conformacional no repressor, o que o torna capaz de se ligar no sítiooperador. Quando o operador está ligado ao repressor, a RNA pol não pode ser ligar ao promotor e os genesestruturais do óperon não são transcritos. Assim quando os níveis de trp estão baixos, a transcrição do óperontrp ocorre e mais trp é sintetizado. Quando os níveis de trp estão altons, a transcrição do óperon é inibida e asíntese de trp não ocorre. REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA EM EUCARIOTOS Expressão Gênica - processo no qual a informação codificada num gene particular é transmitida para uma proteína específica - célula expressa apenas uma fração dos seus genes - células são capazes de alterar o seu padrão de expressão gênica em resposta a sinais extrínsecos - diferenças entre células ou organismos é dada pela expressão de diferentes proteínas (proteínas comuns e específicas) - diferenças quantitativas são menresque 5x, mas causam grandes diferenças no organismo Controle da Expressão Gênica - primeiro nível: durante a transcrição - regiões regulatórias (simples ou compostas)=interruptores - componentes: curtos segmentos de DNA (ou RNA) que definem uma sequência proteínas reguladoras que reconhecem e ligam-se ao domínio específico - controle: 2 domínios: lgação ao DNA; inibidor/ativador Ligação de Proteína Regulatória ao sulco maior do DNA - podem ocorrer vários desses contatos com diferentes aminoácidos, com diferentes energia de ligação - para se ligar ao DNA, a proteína precisa ter domínio específico Fatores de Transcrição - proteínas que ligam ao DNA e alteram a taxa de transcrição (maquinaria transcricional) 1) Controle Transcricional - diferentes RNA polimerases que necessitam da presença de fatores de transcrição para se ligarem ao promotor. A transcrição pode ser regulada à distância do promotor (enhancer) - DNA organizado em cromatina que desempenha um papel importante no controle da transcrição - ativador (ligamento vai ativar) e repressor (ligamento vai reprimir) - fatores que ativam e reprimem podem competir pelo mesmo sítio de ligação, fator que está mais expresso possui maiores chances Organização da Cromatina - acesso dos fatores de transcrição ao DNA dependem do remodelamento da cromatina - enzimas que promovem a acetilação das histonas deixam o DNA menos enovelado - modulação epigenética: mudança da expressão de um gene sem que ocorra alteração estrutural na sequência de DNA acetilação e desacetilação de histonas: acessibilidade aos fatores de transcrição - acetilação: cromatina frouxa facilita o acesso dos fatores de transcrição e da RNA polimerase ao DNA) - desacetilação: adição do radical metila (metilação) na citosina torna a cromatina mais condensada e inacessível aos processos de transcrição, impedindo a RNA polimerase de se ligar ao DNA - fatores gerais de transcrição não conseguem se ligar a regiões compactadas por nucleossomas. ativadores ajudam nesse processo, pois expõem a região promotora 2) Controle do processamento do RNA (splicing) - adição de CAP na extremidade 5’ e cauda poli A na extremidade 3’ (manter a estabilidade) - elimina os íntrons e une os éxons para produzir um RNAm maduro - éxons num tecido podem ser introns em outro 3) Controle do transporte/localização do RNA - uma fração do mRNA pode sofrer degradação intranuclear - a exportação do mRNA do núcleo requer um cap na extremidade 5’, uma cauda poli-adenilada na extremidade 3’ e a finlização do processo de splicing 4) Controle da degradação do mRNA - regulada por sinais extracelulares (ex: hormônios – complexo hormônio-receptor liga-se a sequencias altamente específicas de DNA) 5) Controle da tradução - feita pelos pequenos RNAs (micro RNA: RNA formado por 20 a 25 nucleotideos) - precursor do miRNA é clivado em um miRNA. O precursor se liga ao RNAm na região 5’ promovendo a degradação, ou u na região 3’UTR inibindo a tradução 6) controle da atividade proteica - duas vias: degradação proteica dependente da ubiquitina sistema lisossomal
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