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20/08/2017 1 Obesidade Luana Padilha Terapia Nutricional na Obesidade 20/08/2017 2 Maior desafio para os Nutricionistas • Adesão ao tratamento • Sustentação dos resultados em longo prazo • Fácil: iniciar uma dieta Difícil é: • Manutenção dos hábitos saudáveis • Monitoração do peso • E a outros parâmetros de saúde por toda vida Terapia Nutricional – Obesidade • Fundamentos da Terapia Nutricional: – Promoção do balanço energético negativo – Manutenção do peso perdido – Prevenção de futuros ganhos de peso corporal – Modificações dos hábitos alimentares e estilo de vida Terapia Nutricional – Obesidade 20/08/2017 3 • Planos alimentares hipocalóricos: • Leve restrição: devem oferecer no mínimo 1.200kcal; • Moderada restrição (maior que 800kcal): devem oferecer entre 1.000 e 1.400kcal • Grande restrição: devem oferecer entre 800 e 1.200kcal (10 a 19kcal/kg de peso corporal) • Planos de muito baixo conteúdo calórico: devem oferecer entre 400 a 800kcal (10kcal/kg de peso) • Não se recomendam dietas inferiores a 400kcal/dia, nem o jejum total (menos de 200kcal/dia) Terapia Nutricional – Obesidade • Perda ponderal maior Mais difícil a sustentação do resultado • Emagrecimento intenso • Diminuição da TMB, tanto pela perda de massa magra como pela redução de leptina • Além disso o paciente apresenta aumento do apetite como consequência da redução da leptina e do aumento da grelina SERDULA, 2003 Terapia Nutricional – Obesidade 20/08/2017 4 • O rebote de peso é mais comum quanto mais rápido e intenso for o emagrecimento SERDULA, 2003 RÁPIDO RÁPIDO Terapia Nutricional – Obesidade ou SM • Restrição calórica – Primeira fase: Redução de 8 a 15% do peso corporal – Segunda fase: foco no peso adequado – Terceira fase: manutenção do peso adequado Terapia Nutricional – Obesidade 20/08/2017 5 • Cálculo da Restrição calórica Terapia Nutricional – Obesidade EER para indivíduos com sobrepeso e obesidade (>=19 anos) Homens: GET = 1.086 – (10,1 x Idade) + {AF x [(13,7 x peso atual) + (416 x altura em metros)]} Nível de AF: - AF = 1,00 se estimada entre >=1,0 < 1,4 (sedentário) - AF = 1,12 se estimada entre >=1,4 < 1,6 (pouco ativo) - AF = 1,29 se estimada entre >=1,6 < 1,9 (ativo) - AF = 1,59 se estimada entre >=1,9 < 2,5 (muito ativo) Fonte: IOM • Cálculo da Restrição calórica Terapia Nutricional – Obesidade EER para indivíduos com sobrepeso e obesidade (>=19 anos) Mulheres: GET = 448– (7,95 x Idade) + {AF x [(11,4 x peso atual) + (619 x altura em metros)]} Nível de AF: - AF = 1,00 se estimada entre >=1,0 < 1,4 (sedentário) - AF = 1,16 se estimada entre >=1,4 < 1,6 (pouco ativo) - AF = 1,27 se estimada entre >=1,6 < 1,9 (ativo) - AF = 1,44 se estimada entre >= 1,9 < 2,5 (muito ativo) Fonte: IOM 20/08/2017 6 • Cálculo da Restrição calórica Terapia Nutricional – Obesidade EER para manutenção do peso de crianças e adolescentes com sobrepeso (3 a 18 anos) Meninos: GET = 114– (50,9 x Idade) + {AF x [(19,5 x peso atual) + (1161,4 x altura em metros)]} Nível de AF: - AF = 1,00 se estimada entre >=1,0 < 1,4 (sedentário) - AF = 1,12 se estimada entre >=1,4 < 1,6 (pouco ativo) - AF = 1,24 se estimada entre >=1,6 < 1,9 (ativo) - AF = 1,45 se estimada entre >=1,9 < 2,5 (muito ativo) Fonte: IOM • Cálculo da Restrição calórica Terapia Nutricional – Obesidade EER para manutenção do peso de crianças e adolescentes com sobrepeso (3 a 18 anos) Meninas: GET = 389– (41,2 x Idade) + {AF x [(15,0 x peso atual) + (701,6 x altura em metros)]} Nível de AF: - AF = 1,00 se estimada entre >=1,0 < 1,4 (sedentário) - AF = 1,18 se estimada entre >=1,4 < 1,6 (pouco ativo) - AF = 1,35 se estimada entre >=1,6 < 1,9 (ativo) - AF = 1,60 se estimada entre >=1,9 < 2,5 (muito ativo) Fonte: IOM 20/08/2017 7 • Cálculo da Restrição calórica Terapia Nutricional – Obesidade Owen et al., 1987 Homens: GEB = 879 + (10,2 x peso atual) x AF Mulheres: GEB = 795 + (7,2 x peso atual) x AF Mifflin et al., 1990 Homens: GEB = 5 + (10 x peso atual) + (6,25 x altura em cm) – (5 x Idade) Mulheres: GEB = - 161+ (10 x peso atual) + (6,25 x altura em cm) – (5 x Idade) • Composição dos Planos Alimentares Terapia Nutricional – Obesidade Componentes da Dieta Quantidade Proteína 0,8 a 1,0g de AVB/kg de peso (15 a 20% do VET) Carboidratos 50 a 60% Lipídios Até 30% do VET Ácidos graxos saturados 7% Ácidos graxos poli-insaturados 10% Ácidos graxos monoinsaturados 13% Micronutrientes Necessidades diárias 20/08/2017 8 • Composição dos Planos Alimentares Terapia Nutricional – Obesidade Componentes da Dieta Quantidade Fibras *Fibras solúveis Entre 20 e 30g/dia Colesterol < 300mg/dia • Evitar bebidas alcoólicas • Fracionar as refeições em seis refeições diárias • Aumentar as porções de frutas e hortaliças • Redução das porções dos carboidratos complexos • Modelo de Algoritmo para Tratamento da Obesidade Exemplifica: • Abordagem • Acompanhamento de um indivíduo com Obesidade SERDULA, 2003 Tratamento – Obesidade 20/08/2017 9 Algorítmo para Tratamento da Obesidade- (Serdula, 2003) Não Avaliar o IMC Fatores de risco (FR) Circunf. da Cintura (CC) Sim Manutenção de peso, Apontar outros FR Monit. Periódico de peso, IMC e CC PERGUNTAR Paciente está preparado para perder peso? Não Sim ACONSELHAR Determinar metas, estratégias para emagreciemnto e controle dos FR Apontar objetivos quantificáveis: perda de peso de 10% ou 0,45 a 0,90kg/sem em 6 meses de terapia ASSISTIR Estabelecer intervenções apropriadas para redução do IMC e riscos MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA Dieta: déficit de 500 a 1.000kcal/dia ou 20kcal/kg/P + Atividade física FARMACOLOGIA Como coadjuvante de mudança estilo de vida CIRURGIA PARA PERDA DE PESO Como coadjuvante para mudança no estilo de vida Para paciente com IMC > 40 ou IMC > 35 com comorbidades Considerar outra tentativas fracassadas de emagrecimento ACOMPANHAR Não Sim Fazendo progresso? Os objetivos foram alcançados? Avaliar razões para fracasso do tratamento Manutenção do aconselhamento: Dietoterapia, terapia comportamental, Atividade física, monitoração periódica de peso, IMC e CC • Desenvolver um aconselhamento nutricional gradativo • Que respeite o grau de dificuldade na mudança de comportamento • No Plano Alimentar: opções e dicas para variar o cardápio • Com listas de substituições, guias alimentares, receituários culinários e lista de compras Importante 20/08/2017 10 Diretrizes do Guia Alimentar Brasileiro • Consumo de alimentos saudáveis • Fracionamento adequado das refeições • Ingestão de todos os grupos alimentares • Qualidade sanitária dos alimentos • Consumo hídrico • Prática de atividade física Importante Indicado: • Medidas não-medicamentosas não forem efetivas em induzir a perda de peso de, pelo menos, 1% do peso inicial por mês, após o período de 1 a 3 meses • Utilizado para indivíduos com IMC entre 25kg/m2 e 30kg/m2, desde que acompanhado de comorbidades Terapia Medicamentosa HALPERN, 2003 20/08/2017 11 Premissas da Farmacoterapia na Obesidade: • Não constituir-se como critério único de tratamento, sendo parte do processo de mudança no estilo de vida • Deve ter como foco o tratamento integral do obeso, e não exclusivamente a perda ponderal • Ser individualizada, prescrita e acompanhada pelo médico Terapia medicamentosa HALPERN, 2003 Realize a avaliação do estado nutricional com os dados abaixo do paciente (IMC, CC, CQ e RCQ) e elabore um Plano Alimentar para perda de peso, com orientações específicas a seguinte paciente atendida em ambulatório.• AMB, feminino, 45 anos, que já experimentou vários programas de perda de peso, todos sem sucesso. Seguiu dietas rígidas e nunca fez exercícios nas tentativas anteriores de redução de peso. Tem 1,60m e pesa 87,7kg. Seu menor peso foi de 58,5kg aos 30 anos, mantidos por 2 anos. Circunferência da cintura: 106cm; Circunferência do quadril: 111cm. Exercício
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