Buscar

Contas do Patrimônio Líquido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

�PAGE �1�
�PAGE �5�
Profa. Ester M Kurtz de Oliveira
Contas do Patrimônio Líquido
CAPITAL SOCIAL
CAPITAL AUTORIZADO
CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO 
CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR (A REALIZAR)
CAPITAL SOCIAL INTEGRALIZADO (REALIZADO)
O Capital Social representa o investimento realizado pelos sócios sob a forma de quotas (sociedades limitadas) ou ações (Sociedades Anônimas).
O capital Social poderá ser formado por contribuições em dinheiro ou qualquer espécie de bens ou direitos suscetíveis de avaliação monetária. 
1.1 Capital Social Subscrito – representa o compromisso assumido pelos sócios para a formação do capital da sociedade.
1.2 Capital Social a Integralizar (a Realizar) – parcela do capital subscrito ainda não entregue à sociedade.
1.3 Capital Social Integralizado (Realizado) – Parcela do capital subscrito efetivamente entregue à sociedade.
Exemplo :
Balanço Patrimonial
Patrimônio Líquido
Capital Social
Capital Subscrito 100.000,00
(-) Capital a Integralizar (20.000,00)
(=) Capital Integralizado 80.000,00
1.4 Capital Autorizado - é o limite estabelecido em valor ou número de ações pelo qual o estatuto autoriza o Conselho de Administração a aumentar o Capital Social da Companhia independentemente de reforma estatutária. É interessante para a empresa controlar contabilmente o Capital Autorizado, conforme exemplo abaixo. Poderá ainda o valor do Capital Autorizado ser mencionado no topo das Demonstrações Contábeis, ou ainda em Nota Explicativa.
 
Exemplo :
Balanço Patrimonial
Patrimônio Líquido
Capital Social
Capital Autorizado 150.000,00
(-) Capital a Subscrever (50.000,00)
= Capital Subscrito 100.000,00
(-) Capital a Integralizar (20.000,00)
(=) Capital Integralizado 80.000,00
2. RESERVAS DE CAPITAL
ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES/ QUOTAS
RESERVA ESPECIAL DE ÁGIO NA INCORPORAÇÃO
ALIENAÇÃO DE PARTES BENEFICIÁRIAS
ALIENAÇÃO DE BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
As Reservas de Capital representam contribuições recebidas pela sociedade que não podem afetar seu resultado.
As Reservas de Capital constituídas somente poderão ser utilizadas para:
Absorção de prejuízos que ultrapassem os lucros acumulados e as reservas de lucro.
Resgate (consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação), reembolso (operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da Assembléia Geral o valor de suas ações) ou compra de ações.
Resgate de Partes Beneficiárias(*) (aqui houve uma impropriedade da lei, pois não pode existir Reserva para o resgate de Partes Beneficiárias no Patrimônio Líquido e sim a provisão no Passivo Exigível).
Incorporação ao Capital Social.
Pagamento de dividendo a ações preferenciais com prioridade na distribuição de dividendo, no exercício em que o lucro for insuficiente, quando essa vantagem lhes for assegurada pelo estatuto. 
(*) Partes Beneficiárias – Títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao Capital Social, conferem à seus titulares direito de crédito contra companhia, consiste na participação de até 10% nos lucros anuais. Poderão ser vendidos ou cedidos gratuitamente em troca de serviços da companhia. 
2.1 Ágio na emissão de ações/ quotas
No Capital Social, as ações devem figurar pelo seu valor nominal, a diferença que os acionistas pagam pelas ações à companhia e o seu valor nominal deve ser registrada em conta de Reserva de Capital.
2.2 Reserva especial de ágio na incorporação
Essa conta aparece no Patrimônio Líquido da incorporadora como contrapartida do ágio resultante da aquisição do controle da companhia aberta que incorporar sua controladora.
Essa reserva somente poderá ser incorporada ao Capital Social, na medida da amortização do ágio que lhe deu origem .
2.3 Alienação de partes beneficiárias
Na alienação das Partes Beneficiárias , o valor da venda será registrado como Reserva de Capital específica (a Lei nº . 10.303/01 vedou as companhias abertas de emitir Partes Beneficiárias).
2.4 Alienação de bônus de subscrição
Bônus de subscrição são títulos que conferem aos seus proprietários direito de subscrever ações do Capital Social.
 Esses títulos são negociáveis poderão ser emitidos pela companhia dentro do limite do Capital Autorizado no estatuto. Poderão ser alienados ou atribuídos como vantagem adicional aos subscritores de emissão de ações ou debêntures da companhia. Os atuais acionistas tem preferência na aquisição dos bônus. 
3. AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
A conta Ajustes de Avaliação Patrimonial foi introduzida na contabilidade brasileira pela Lei 11.638/07 para receber as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos de ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência. 
São registradas nessa conta, por exemplo, as variações de preço de mercado dos instrumentos financeiros, quando destinados à venda futura, e as diferenças no valor de ativos e passivos avaliados a preço de mercado nas reorganizações societárias, podendo o seu valor ser credor ou devedor. 
4. RESERVA DE LUCROS
RESERVA LEGAL
RESERVAS ESTATUTÁRIAS
RESERVAS PARA CONTINGÊNCIAS
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
RESERVA DE LUCROS PARA EXPANSÃO
RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS
RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDO OBRIGATÓRIO NÃO DISTRIBUÍDO
Reservas de Lucros são as contas de reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
4.1 Reserva legal
A Reserva Legal tem por fim assegurar a integridade do Capital Social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o Capital Social.
O valor a ser destinado à Reserva Legal é 5% do Lucro Líquido do Exercício. Deverá obrigatoriamente, ser constituída pela companhia até o limite de 20% do valor do Capital Social realizado (limite obrigatório).
A companhia poderá deixar de constituir a Reserva Legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido das Reservas de Capital exceder ao limite de 30% do valor do Capital Social realizado (limite facultativo).
 4.2 Reservas estatutárias
 O estatuto da companhia poderá criar reservas desde que, para cada uma:
Indique de modo preciso e completo a sua finalidade;
Fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que são destinados à sua constituição;
Estabeleça o limite máximo da reserva.
As reservas estatutárias não poderão ser constituídas, em cada exercício, em detrimento da distribuição do dividendo obrigatório.
Exemplos de Reservas Estatutárias: Reserva para aumento de capital, para amortização de ações (a amortização consiste na distribuição aos acionistas, a título de antecipação e sem redução do Capital Social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de liquidação da companhia).
4.3 Reservas para contingências
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões da prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
A reserva deverá ser revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificarem a sua constituição ou em que ocorrer a perda.
4.4 Reserva de lucros a realizar
No exercício em que os Dividendos Obrigatórios ultrapassarem o Lucro Realizado, a Assembléia Geral poderá por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de Reserva de Lucros a Realizar.
Considera-seLucro a Realizar:
O aumento do valor do investimento em coligadas e controladas.
O lucro em vendas a prazo realizável após o término do exercício seguinte.
Ganhos cambiais.
A parcela da Reserva de Lucros a Realizar que for realizada no período deverá ser adicionada aos dividendos obrigatórios desse período.
4.4.1 Distribuição de Dividendos
Os dividendos representam uma destinação do lucro do exercício, dos lucros acumulados, ou de reservas de lucros aos acionistas da companhia.
4.4.1.1 Dividendos nas Sociedades Limitadas
Não existem exigências mínimas para a distribuição de dividendos nesse tipo de sociedade. Elas podem adotar a política que melhor lhes convier.
4.4.1.2 Dividendos nas Sociedades Anônimas
Os acionistas tem direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela de lucros estabelecida no estatuto.
No caso de estatuto omisso em relação à distribuição de lucros, o dividendo obrigatório corresponderá à importância determinada de acordo com as seguintes normas:
Metade do lucro líquido ajustado
Lucro Líquido do Exercício
(-) Formação de Reserva Legal
(-) Formação de Reserva para Contingências
(-) Formação da Reserva de Incentivos Fiscais
(+) Reversão de Reservas para Contingências
(=) Lucro Líquido Ajustado (Base de Cálculo do Dividendo Obrigatório, sendo que esta base está sujeita aos 50% de dividendos obrigatórios).
O pagamento do dividendo determinado no item (a) poderá ser limitado ao montante de lucro líquido que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como Reserva de Lucros a Realizar.
Os lucros registrados na reserva de Lucros a Realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização. 
Quando o estatuto for omisso e a Assembléia Geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% do Lucro Líquido Ajustado.
O dividendo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informarem à Assembléia Geral Ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da empresa. Na companhia aberta, seus administradores encaminharão à CVM, dentro de 05 dias da realização da AGO, exposição justificativa da informação transmitida à Assembléia.
4.5 Reserva de lucros para expansão (retenção de lucros)
Para atender a projeto de investimento, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício. A retenção não poderá ser efetuada, em cada exercício, em detrimento da distribuição de dividendo obrigatório.
Esta Reserva deverá ser revertida para Lucros ou Prejuízos Acumulados quando completado o período de implantação da expansão. Poderá também ser utilizada para aumento do Capital Social ou para compensar prejuízos contábeis.
4.6 Reserva de Incentivos Fiscais
A Reserva de Incentivos Fiscais foi criada pela Lei nº 11.638/07, com a seguinte redação “ A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para incentivos , que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório”. Paralelamente a Lei 11.638/07 revogou a Reserva de Capital Doações e Subvenções para Investimentos. 
4.7 Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído
A companhia deverá constituir essa reserva de lucros, quando tiver dividendo obrigatório a distribuir, mas sem condições financeiras para seu pagamento.
Tais dividendos serão pagos aos acionistas no futuro, assim que a situação financeira o permitir, desde que não tenham sido absorvidos por prejuízos dos exercícios seguintes.
4.8 Limite geral para as Reservas de Lucros
O saldo das Reservas de Lucros, exceto para as Contingências, de Incentivos Fiscais e de Lucros a Realizar, não poderá ultrapassar o Capital Social; atingido esse limite, a Assembléia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do Capital Social, ou na distribuição de dividendos.
5. Diferença entre Reservas de Lucros e Provisões
Reservas de Lucros- São constituídas a partir do próprio resultado da companhia, evidentemente se este for positivo.
Provisões – A sua constituição onera o resultado da companhia.
6. LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
O saldo da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados representa o lucro que não foi distribuído, nem capitalizado e nem apropriado na formação de Reservas de Lucros.
A partir da vigência da Lei nº 11.638/07 foi extinta a possibilidade de manutenção e apresentação de saldos a título de Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial, mas apenas para o caso das sociedades por ações, o que não significa que a referida conta deverá ser eliminada dos planos de contas das entidades. 
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados representa a interligação entre Balanço Patrimonial e Demonstração do resultado do Período, continuará sendo utilizada pelas companhias para receber o resultado do período, e se positivo, destiná-lo de acordo com as políticas da empresa. 
 7. Ações em Tesouraria
Esta conta redutora do Patrimônio Líquido representa a aquisição pela companhia de suas próprias ações; esta operação pode ser feita com o objetivo de participar no mercado dessas ações visando influir, de maneira limitada, na sua liquidez e cotação. 
A aquisição das próprias ações não poderá exceder ao valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e obedecerá às normas expedidas pela CVM, que poderá subordiná-la à previa autorização em cada caso. As ações em tesouraria não tem direito a dividendo nem a voto. 
8. Dividendos ou Lucros Antecipados
Esta conta redutora do Patrimônio Líquido registra os dividendos pagos ou creditados de forma antecipada, ou seja, resultado de período ainda não encerrado. 
Considerações
A Lei nº 11.638/07 eliminou a possibilidade introduzida pela Lei nº 6.404/76 de uma forma espontânea, avaliar os ativos por seu valor de mercado quando este é superior ao custo, ou seja, de se proceder a reavaliação. 
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social de 2008 (ano em que a Lei 11.638/07 entrou em vigor).
Fonte de Pesquisa:
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens – FIPECAFI- Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações.

Outros materiais