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Dir. Penal

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Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP
Disciplina: Direito Penal II
Professor: Raimundo Cortizo Sobrinho
Tema: Principios Constitucionais Penais
Turma: 12121
Alunas: 
Iara Rossini 20156048
Paola Leal 20154825
 Princípios Constitucionais e Princípios do Direito Penal 
A Constituição Federal Brasileira, em seu art. 1º, caput, definiu o perfil político- constitucional do Brasil como o de um Estado Democrático de Direito. Trata-se do mais importante dispositivo da Carta de 1988, pois dele decorrem todos os princípios fundamentais de nosso Estado4.
Neste ínterim nasce a mais profunda essência que irão subsidiar toda a construção legal de nossa República, abraçada pela máxima trazida pelo próprio princípio da interpretação conforme a constituição5, de onde o caráter humanista de nossa Carta Magna refletirá nos anseios do Direito Penal atual.
 Os Princípios Constitucionais Penais
Os princípios constitucionais são normas genéricas contidas na Constituição Federal, que servem de base para todo o Sistema Jurídico Brasileiro. Com o Direito Penal não foi diferente.
Apesar de ter sido editado como Decreto-Lei o Código Penal foi completamente recepcionado pela Constituição Federal, e está em pleno vigor, existem artigos que foram revogados, mas não por força da recepção constitucional, contudo a aplicação atual do direito penal é amplamente supervisionada à luz dos princípios constitucionais trazidos em 1988.
Assim, os princípios constitucionais penais, devem necessariamente serem observados pelo Direito Penal, sob pena de carecer de fundamentação constitucional, uma vez que "... a não fundamentação de uma norma penal em qualquer interesse constitucional, implícito ou explícito, ou o choque mesmo dela com o espírito que perambula pela Lei Maior, deveria implicar, necessariamente, na descriminalização ou não aplicação da norma penal8”.
Ao analisar os princípios propriamente ditos, é necessário que se fale de um princípio em especial, a saber, o do Estado Democrático de Direito, que vem a proporcionar a existência dos demais princípios. 
 Constituição Federal em seu artigo 1º assim prescreve:
Artigo 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único: Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou indiretamente, nos termos desta Constituição.
O Estado Democrático de Direito é muito mais amplo, pois neste não existe somente a proclamação formal de direito entre os homens, mais também metas e deveres quanto à construção de uma sociedade livre, justa e solidária, buscando o bem comum, a cidadania e principalmente o respeito à dignidade humana. Do princípio da dignidade da pessoa humana, é que principalmente decorrem os demais princípios penais constitucionais.
Acerca dos mesmos, resume-se tratarem-se dos princípios: da Legalidade, da extra-atividade da lei mais favorável, da individualização da pena, da responsabilidade pessoal ou personalidade da pena, da limitação das penas, do respeito ao preso, da presunção da inocência e da proporcionalidade. Os primeiros estão explícitos na Constituição Federal, enquanto o último é um princípio implícito.
1. Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade é base do ordenamento do nosso Direito Penal. A lei penal deve ser clara, exata e precisa, deve ser interpretada por todos, não podendo ser influenciada por diferenças sociais ou culturais, só existindo crime se houver um fato lesivo a um bem jurídico.
O princípio da legalidade, segundo a doutrina mais contemporânea, se desdobra em três postulados. Um quanto as fontes das normas penais incriminadoras. Outro concernente a enunciação dessas normas. E um terceiro relativo a validade das disposições penais no tempo. O primeiro dos postulados é o da reserva legal. O segundo é o da determinação taxativa. E o último é o da irretroatividade.
a) O subprincípio da Reserva Legal
O Princípio da Reserva Legal manifesta-se no artigo 5º, XXXIX da Constituição Federal vigente, in verbis: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
Segundo o princípio da reserva legal somente a lei em sentido estrito pode definir crimes e suas respectivas penalidades.
A norma penal deve ser precisa, deve guardar perfeita correspondência entre ela e a norma que descreve. Somente será aceita a lei que delimitar a conduta lesiva, apta a pôr em perigo um bem jurídico de relevância, prescrevendo uma consequência punitiva, sendo vedado a extensão a uma conduta que se mostre aproximada ou semelhante.
b) O subprincipio da Taxatividade
A segunda consequência lógica do princípio da legalidade é o postulado da taxatividade.
O postulado in óbice, expressa a exigência de que as leis penais, especialmente as de natureza incriminadora, sejam claras e precisas.
Alguns doutrinadores têm bifurcado o fundamento do princípio da taxatividade na própria estrutura da norma penal, enquanto ordena ou proíbe determinado comportamento, posto que a obediência ao comando nela vetado ou determinado tem como inarredável pressuposto que o destinatário possa compreender o seu conteúdo.
A lei penal que comina pena e descreve conduta punível não deve ser generalista, mas sim, precisa, taxativa e determinada, sem qualquer indeterminação com a pré-fixação a respeito dos dados que permitem a qualificação e assimilação das figuras típicas.
Em suma, o princípio supra mencionado, tem por maior finalidade evitar que o direito penal se transforme em uma arma infalível nas mãos de um Estado arbitrário.
c) O subprincípio da Irretroatividade
O inciso XL do art. 5º. da Constituição Federal, diz que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. A regra constitucional, portanto, é a da irretroatividade da lei penal; a exceção é a retroatividade, desde que seja para beneficiar o agente.
Francisco de Assis Toledo sobre o tema, aborda: “A norma de direito material mais severa só se aplica, enquanto vigente, aos fatos ocorridos durante sua vigência, vedada em caráter absoluto a sua retroatividade. Tal princípio aplica-se a todas as normas de direito material, pertençam elas à Parte Geral ou à Especial, sejam normas incriminadoras (tipos legais de crime), sejam normas reguladoras da imputabilidade, da dosimetria da pena, das causas de justificação ou de outros institutos de direito penal”
Com isso o princípio da legalidade tem-se a convicção de que ninguém será punido por um fato que, ao tempo da ação ou da omissão, era tido como atípico, haja vista a inexistência de qualquer lei penal incriminando-o (nullum crimen nulla poena sine lege praevia).
2. O Princípio da Reserva Legal e a Execução da Pena
O art. 5º inc. XXXIX e XLVIII da Constituição Federal, é taxativa quando estabelece que nullum crimes, nulla pena, sine lege.
Esta garantia constitucional, à luz da própria execução penal brasileira, tem o cunho de limitar o Estado na forma de executar a sanção penal.
O princípio da legalidade na execução penal importa na reserva legal das regras sobre as modalidades de execução das penas e medidas de segurança, de modo que o poder discricionário seja restrito e se exerça dentro dos limites definidos.
Nesta senda, observa-se por exemplo, que a aplicação de sanção disciplinar por uma falta grave, não pode extrapolar os limites trazidos pela própria Lei de Execução Penal, no que tange a discricionariedade de punição por tal irregularidade.
Insta ressaltar que o processo disciplinar previsto na LEP é regido, pelo princípio da reserva legal, preceituado na LEP, no seu art. 45: “Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar”.
3. Princípio da Intervenção Mínima
Essa garantia fundamental, trazida no caputdo art. 5º da nossa Constituição Federal, preconiza que a intervenção do Direito Penal, no âmbito jurídico da nossa sociedade, só se mostra aplicável, como imperativo de necessidade, ou seja, quando a pena se apresentar como o único e último recurso para a proteção do bem jurídico.
Em suma, este princípio traz a pretensão de que o Direito Penal deve ser encarado como ultima ratio. Pondera-se portanto, que o Direito Penal somente deve ser aplicado, quando os outros meios de garantia de paz social disponíveis, se mostrarem ineficazes ou insuficientes para alcançar a pretensão.
Portanto, quando outras formas de sanção se mostram suficientes para a tutela desse bem, a criminalização torna-se inválida, injustificável. Somente se a sanção penal for instrumento indispensável de proteção jurídica é que a mesma se legitima. Do princípio em análise decorre o caráter fragmentário do direito penal, bem como sua natureza subsidiária.
De tal observância, é que o princípio da intervenção mínima, é conhecido também como ultima ratio, isto é, deve ser invocado somente quando os demais ramos do Direito falharem ou forem insuficientes, como já abordado, chamado de caráter subsidiário do direito penal.
Em síntese, antes de se buscar o direito penal deve-se esgotar todos os outros meios possíveis par alcançar a pretensão.
Afirma-se então, que o princípio da intervenção mínima, além do caráter subsidiário do Direito Penal, apresenta também seu caráter fragmentário (discricionariedade quando de determinados bens sobre os quais o Estado foca a tutela penal).
4. Princípio da Humanidade
Exposto no art. 5º , incs. XLVII e XLIX da Constituição Federal, assegura o tratamento humanitário ao apenado em todos seus efeitos.
O Princípio da Humanidade, ecoa o Direito Penal por um olhar essencialmente humano, buscando analisar e compreender que a pena possui função ressocializadora e não castigadora como visto por alguns.
Neste olhar humanitarista não se pode permitir que o Direito Penal assuma um caráter de carrasco em relação ao apenado, pretende-se, em razão deste princípio, a aplicação de uma penalidade justa e capaz de dar possibilitar ao apenado sua ressocialização. Em outras linhas, este princípio subsidia a tese de que o poder punitivo estatal não pode apenar de forma a ferir a dignidade da pessoa humana ou no intuito de lesionar a condição físico psíquica dos apenados.
5. Princípio da Pessoalidade e Individualização da Pena
Positivado na nossa Constituição Federal, no seu art. 5º, nos incisos XLV e XLVI, proíbe a punição por fato alheio, uma vez que somente o próprio agente do ilícito penal é passível de pena. Em qualquer circunstância que sobrevenha, não pode a pena ser estendida a nenhum outro cidadão, seja por condição de parentesco ou afinidade, ou qualquer outra condição, a pena é instituto personalíssimo do autor do fato.
Em suma, nos dizeres da própria legislação nenhuma pena passará da pessoa do condenado e que ninguém será responsabilizado criminalmente por ato de outrem.
a) Subprincípio da Presunção da Inocência
O princípio da presunção de inocência, desdobramento do princípio da individualização da pena, está previsto no art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, que assim dispõe: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória". Consagrando-se como um dos princípios de maior importância dentro do Estado Democrático de Direito, revelando-se como garantia processual penal, visando à tutela da liberdade pessoal.
Não pode-se contudo, confundir o incluso princípio, com o princípio do "in dubio pro reo", uma vez que este parte da constatação de que, após o devido processo legal, tendo a prova colhida durante a instrução criminal se apresentado insuficiente para firmar a culpabilidade do acusado, deve este ser declarado inocente, por meio de sentença absolutória, fixando-se a premissa do estado de inocência.
Desta feita, denota-se que essa presunção legal possui caráter absoluto, de forma que somente ao Estado, por meio do devido processo legal, poderá desconstituí-lo, fazendo-o, por meio do trânsito em julgado de sentença condenatória.

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