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Aula 6 Ed. Métodos de Investigação (3)

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MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
Naiara de Lima Silva
Mestrado em Geotecnia – NUGEO/ UFOP
Engenheira Ambiental - UESB
Email: nls.naiara@gmail.com
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
CONSTRUÇÃO CIVIL E ESTUDOS DO MEIO AMBIENTE.
• Devem ser precedidos de estudos para caracterização 
geológico-geotécnica da área de interesse:
– Distribuição dos diversos materiais
– Parâmetros físicos dos materiais
– Técnicas mais adequadas para intervenção no terreno
– Volumes necessários pra remoção ou escavação
– Necessidade de tratamento e estabilização do maciço
– Indicação do melhor local para posicionamneto das estruturas de obras
civis.
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
EMPREENDIMENTO HARMÔNICO COM A NATUREZA DO 
TERRENO, ECONÔMICO E SEGURO!
PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
CUSTOS
“Todas as sondagens são caras, mas as mais caras são aquelas que 
não foram feitas” (Ottman - Lahuec).
• Empiricamente - 0,5 a 1% do custo da obra
⇒ Quanto maior o projeto menor o custo relativo.
• Falta de informação
► custo mais elevado (salvaguarda do empreiteiro e do projetista)
► a obra pode tornar-se mais cara e demandar maior tempo para
execução (problemas não previstos).
• Economia de dinheiro ⇒ Maiores custos finais
• Economia de tempo ⇒ Atrasos no empreendimento
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
• MÉTODOS DIRETOS → Observação direta do subsolo ou 
através de amostras coletadas ao longo de uma perfuração ou a 
medição direta de propriedades in situ ⇒ Escavações, 
Sondagens.
• MÉTODOS INDIRETOS → Observação na superfície do terreno 
ou mesmo no ar, por meio de instrumentos, de certos campos 
de força naturais ou produzidos artificialmente ⇒ Geofísica.
• MÉTODOS SEMI-DIRETOS → Obtenção de informações sobre 
características dos terrenos por correlações indiretas. 
Desenvolvidos para superar dificuldades de amostragem de 
certos solos, areias puras, argilas inconsistentes ⇒ Ensaios in 
situ. 
MÉTODOS INDIRETOS
1) INVESTIGAÇÃO DE SUPERFÍCIE
1.1) MAPEAMENTO
• Identificação e representação espacial das unidades 
geológico-geotécnicas presentes;
• Caracterização do comportamento das unidades frente as 
intervenções previstas;
• Associação entre os elementos geológicos e os problemas 
geotécnicos decorrentes.
A carta geotécnica, produto do mapeamento geotécnico, é 
uma forma de representar as informações do meio físico, 
tanto para obras civis como para subsidiar planos de uso e 
ocupação do solo. 
Filitos, Quartizitos, Xistos, Itabiritos, etc. O substrato rochoso é composto 
por rochas brandas, intercaladas ou associadas a rochas duras. O estado 
de alteração e o fraturamento intenso das rochas contribuem para o fraco 
comportamento geotécnico dos terrenos. 
MÉTODOS INDIRETOS
2) INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
• Determinação da distribuição em profundidade dos parâmetros 
físicos dos maciços:
– Velocidade de propagação de ondas acústicas
– Resistividade elétrica
– Densidade dos corpos geológicos
– Campo magnético
• Estes parâmetros guardam relações com certas características 
geológico-geotécnicas dos maciços:
– Estado de alteração
– Grau de fraturamento
– Tipo litológico
– Presença de água
MÉTODOS INDIRETOS
2) INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
• Não dispensa o apoio da Geologia nem eliminam a necessidade 
de sondagens diretas.
• Reduzem trabalhos de campo e sondagens diretas, devendo ser 
considerados um auxiliar econômico e eficaz na resolução de 
problemas específicos.
Objetivos
• Identificação de grandes feições geológicas (contatos litológicos, 
zonas de fratura, profundidade do topo rochoso) nas fases de 
reconhecimento e estudos iniciais.
• Juntamente com o mapeamento e de sondagens diretas, permite 
a tomada de decisões sobre a obra e sua locação.
MÉTODOS INDIRETOS
2) INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
Principais Métodos
• Métodos Geoelétricos – Eletrorresistividade (sondagem e 
caminhamento), Polarização induzida, GPR (Ground Penetrating
Radar);
• Métodos Sísmicos – Refração, Reflexão, Tomografia, 
Crosshole, Sonografia, Ecobatimetria;
• Métodos Potenciais – Magnetometria e Gravimetria.
Aplicabilidade
As medidas geofísicas são bastante precisas, a ambiguidade surge 
na interpretação dos dados, já que não é o único modelo geológico 
que se ajusta aos dados obtidos!
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.1) MÉTODOS GEOELÉTRICOS
• Detecção dos efeitos produzidos pelo fluxo de corrente elétrica
em subsuperfície;
• Medição de correntes elétricas, diferença de potencial e campo
elétrico entre dois pontos da superfície.
– Posição e geometria do topo rochoso
– Caracterização de estratos sedimentares
– Zonas de falha, zonas alteradas/fraturadas
– Contatos litológicos, diques, cavidades
– Nível d’água, fluxos subsuperficiais, etc.
• Equipamentos: Fonte de energia (bateria ou motores geradores), 
unidade transmissora, eletrodos de emissão de corrente (antenas
no caso de radar) e unidade de recepção e registro de dados.
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.1.1) Eletrorresistividade
• Resistência de um meio à passagem de corrente elétrica.
• Princípio: Injeção de corrente no terreno
Maciços rochosos
• Propagação eletrônica - transporte de elétrons na matriz da 
rocha (modo de agregação dos minerais e grau de impureza).
• Propagação iônica - deslocamento de íons na água dos poros 
e fissuras das rochas.
Resistivímetro de campo
INTERVALO DE VARIAÇÕES
• 10-5 ohm.m (minerais metálicos)
• 107 ohm.m (sedimentos secos)
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.1.1) Eletrorresistividade
• Argilas - grande capacidade 
de troca iônica, viabiliza um 
caminho adicional de 
condução de corrente elétrica, 
além do iônico;
• Bauxita – presença de 
minerais metálicos (Fe, Al);
• Arenitos - grande porosidade. 
No entanto, os espaços vazios 
podem armazenar eletrólito e 
diminuir a resistividade. 
2.1.1) Eletrorresistividade
Sondagem Elétrica Vertical (SEV)
• Arranjo com dois elétrodos de corrente externos e dois de 
recepção internos (medição da diferença de potencial entre MN).
• Aumentando-se a distância entre os eletrodos de corrente 
aumenta-se a profundidade investigada.
• Estudo da distribuição vertical da resistividade. Resultados
melhores em terrenos lateralmente homogêneos.
2.1.1) Eletrorresistividade
Caminhamento Elétrico
• Arranjo com dois elétrodos de corrente e dois de recepção. 
Mantem-se constante a distância entre os eletrodos de corrente e 
de recepção, deslocando-se o conjunto.
• Estudo da distribuição horizontal da resistividade a uma ou várias
profundidades (falhas, fraturas, diques, contatos litológicos, etc.)
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.1.2) Radar de Penetração no Solo (GPR)
• Emissão de ondas eletromagnéticas (espectro entre 10 e 
2.500 MHZ) e recepção por antenas dos sinais refletidos nas 
estruturas em subsuperfície.
EQUIPAMENTOS DE GEO-RADAR
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.1.2) Radar de Penetração no Solo (GPR)
• Ensaios não-destrutivos (grande aplicabilidade em áreas 
urbanas).
• Facilidades operacionais: portabilidade dos equipamentos, grande 
versatilidade do arranjo de campo dos sensores e receptores.
Seção de geo-radar indicando os limites da contaminação (atenuação do 
sinal) provocada pela infiltração de resíduos industriais.
2.1.2) Radar de Penetração no Solo (GPR)
• A penetração do sinal do radar está condicionada pelas 
propriedades elétricas do terreno.
– Baixa condutividade: sinal do radar atinge profundidades
superiores a 20m.
– Alta condutividade (argilas): podem reduzir a penetração do sinal
a profundiades inferiores a 1m. 
• Frequência do sinal também contribui para maior ou menor 
penetração e resolução do método:
– Maiores (200 - 2.500 MHz) – maior resolução;
– Menores (10 – 200 MHz) – maior penetração
Utilizado para estudosde contaminação de águas, 
profundidade do nível freático, detecção de espaços vazios
(subsidências, camada asfáltica e estruturas de concreto).
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.2) MÉTODOS SÍSMICOS
• Distribuição em profundidade da velocidade de propagação de
ondas acústicas, intimamente ligada às propriedades físicas
dos maciços.
– Densidade,
– Constantes elásticas,
– Porosidade,
– Composição mineralógica,
– Conteúdo de água, etc.
• Princípio: Sinais acústicos emitidos em superfície se propagam 
através das camadas geológicas, retornando à superfície ao serem 
refletidas ou refratadas nas interfaces, sendo captadas por receptores 
(geofones).
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.2) MÉTODOS SÍSMICOS
• Equipamento de registro ⇒ Sismógrafo.
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2) MÉTODOS SÍSMICOS
• Fontes de Energia:
– Explosivos: 
• Permitem a emissão de um amplo espectro de 
frequências.
• São fontes destrutivas e de custo alto.
• Exigem profissionais habilitados.
– Martelo, Rifle Sísmico, Queda de Pesos: 
• Situações em que não é recomendável uso de 
explosivos, por questões de segurança (Área Urbana).
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2) MÉTODOS SÍSMICOS
2.2.1) Sísmica de Refração
• Tempo de propagação de ondas que viajam em meios 
subjacentes e são refratadas nas interfaces e captadas pelos 
geofones  Depende do grau de alteração, fraturamento, 
saturação em água, tipo litológico. 
• Aplicação: Profundidade de topo rochoso, espessura de 
camadas, grau de escarificabilidade de maciço rochoso.
2.2.1) Sísmica de Refração
Valores baixos
(< 1.000 m/s)
representativos de 
solo
Valores altos
(> 4.000 m/s)
representativos 
de rochas sãs
INVESTIGAÇÃO GEOFÍSICA
2.2.2) Sísmica de Reflexão
• Mais adequado para investigações profundas, mas 
ultimamente utilizado em investigações rasas (≤ 30m).
• A onda acústica emitida se irradia esfericamente a partir do 
ponto de origem, penetrando e sendo refletidas nas camadas 
subjacentes.
MÉTODOS DIRETOS
1) POÇOS E TRINCHEIRAS DE INSPEÇÃO
• Escavações manuais ou por meio de escavadeiras permitindo
a observação visual direta do subsolo, com a possibilidade de
coleta de amostras indeformadas.
– Poços → escavação vertical (seção circular ou quadrada), 
permitindo o acesso para descrição das camadas de solos 
e rochas. A abertura em rochas é feita com furos de 
martelete, explosivos ou sonda rotativa de grande 
dimensão.
– Trincheiras → com menor profundidade em relação aos 
poços, permitem uma seção contínua horizontal (grande 
extensão do terreno);
MÉTODOS DIRETOS
1) POÇOS DE INSPEÇÃO
MÉTODOS DIRETOS
1) TRINCHEIRAS DE INSPEÇÃO
MÉTODOS DIRETOS
2) GALERIAS DE INVESTIGAÇÃO
• Seções horizontais em subsuperfície. Permite o acesso direto 
às feições frágeis do maciço:
– Posição espacial de planos de fraqueza do maciço,
– Ensaios para determinar parâmetros geomecânicos,
– Condições do fluxo de água subterrânea.
• Proporciona um ótimo teste piloto das condições do maciço
para obras subterrâneas.
• Investigação relativamente cara, exigindo profissionais
experientes – Equipamentos: Compressor de Ar, Tratores, 
Marteletes, Bomba de Concreto Projetado, etc.
MÉTODOS DIRETOS
2) GALERIAS DE INVESTIGAÇÃO
MÉTODOS DIRETOS
3) SONDAGEM A TRADO
Perfuração manual de pequeno diâmetro , feito com o trado
para a investigação de solo de baixa a média resistência.
• Trado: concha metálica dupla ou espiral que ao perfurar o solo
guarda em seu interior o material escavado.
– Equipamento: hastes de 
ferro ou aço roscáveis (φ : 1/2” 
ou 3/4” e comp. de até 3 m), 
cruzeta para aplicação do 
torque e brocas (2”, 3” ou 4”).
MÉTODOS DIRETOS
3) SONDAGEM A TRADO
• Processo simples rápido e econômico para investigações 
preliminares das camadas mais superficiais dos solos.
• Obtenção de amostras deformadas ao longo da 
profundidade (metro a metro), ou quando ocorre mudança do 
tipo de material perfurado.
• Muito empregado na prospecção de solos em obras 
rodoviárias, na determinação do nível d’água e na perfuração 
inicial de sondagens mecânicas.
Limitados a presença de pedregulhos, pedras ou matacões, 
para solos abaixo do NA e areias muito compactas.
MÉTODOS DIRETOS
3) SONDAGEM A TRADO
• Trados manuais → Cavadeira, torcido, helicoidal, concha. 
Pode atingir até 15 m, dependendo da compacidade e 
consistência dos solos.
• Trados mecanizados (motor a gasolina) → permitem furos 
de maior diâmetro, atingindo maiores profundidades e 
atravessando solos mais compactos e mais rijos.
TRADO MECÂNICO
TRADO MECÂNICO
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Processo mais comum empregado na caracterização da
cobertura terrosa dos terrenos naturais.
Muito usado no Brasil, onde as condições de intemperismo 
formam espessa e contínua cobertura de solo.
• O terreno é perfurado através do golpeamento do fundo do
furo com peças de aço cortantes.
• O processo de circulação de água facilita o corte e traz até a
superfície o material desagregado.
• Equipamento:
• 1 Tripé
• 1 Bomba d’água
• 1 Tanque da água
• Ferramentas de corte do solo.
O diâmetro normal de perfuração é 
de 2,5” e, em geral, a profundidade 
varia de 10 a 20m.
• Equipamento:
Barrilete amostrador para sondagem à percussão
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Quando associada ao Ensaio de Penetração Dinâmico (STP), 
mede a resistência do solo ao longo da profundidade 
perfurada.
• Ao se realizar uma sondagem pretende-se conhecer:
– O tipo de solo atravessado através da retirada de uma 
amostra deformada, a cada metro perfurado.
– A resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do 
amostrador padrão, a cada metro perfurado.
– A posição do nível ou dos níveis d'água, quando 
encontrados durante a perfuração.
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Execução da Sondagem
A. Limpeza do terreno e abertura de sulcos para desvio de águas da 
chuva;
B. Marcação dos furos (piqueteamento)  ponto referência para 
medidas de profundidade e para amarração topográfica;
C. A sondagem inicia com o trado concha, passando a utilizar trado 
helicoidal até o nível freático ou até atingido o impenetrável ao trado 
(avanço do trado helicoidal inferior a 5 cm em 10 min de perfuração);
D. A sondagem passa a utilizar o avanço por percussão com circulação 
d’água (lavagem) onde é utilizado o trépano como ferramenta de 
escavação;
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
•Execução da Sondagem
E. O sistema de circulação de água deve ser mantido a 30 cm do fundo
do furo. Deve ser imprimido movimento de rotação ao hasteamento
durante a ação do trépano;
F. Detritos pesados (não carreados com a circulação de água) devem
ser retirados com bomba-balde (baldinho);
G. São registradas as transições das camadas pela observação do
material tradado ou trazido a superfície pela água de lavagem;
H. Deve ser registrado o nível freático.
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• A sondagem deve encerrar nos seguintes casos:
– Quando atingir a profundidade especificada na
programação dos serviços;
– Quando ocorrer a condição de impenetrabilidade;
– Quando prevista a continuidade da sondagem pelo
processo rotativo.
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
•Ensaio de penetração SPT:
A. Deve ser executado a cada metro a partir de 1 m de 
profundidade;
B. O fundo do furo deve estar limpo;
C. Consiste na penetração do barrilete (45 cm) através do 
impacto de um martelo de 65 kg caindo de uma altura de 75 cm. 
O martelo deve ser erguido manualmente por corda e polia;
D. Apoiado a amostrador verticalmente no fundo do furo, o 
martelo é suavemente apoiadosobre a composição (penetração 
decorrente corresponderá a 0 golpes);
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Ensaio de penetração SPT:
E. Não tendo ocorrido penetração ≥ 45 cm com o procedimento 
anterior, inicia-se a cravação do amostrador pela queda do 
martelo a 75 cm, anotando-se o nº de golpes necessários para 
cravação de cada 15 cm;
F. O índice de resistência a penetração obtido do ensaio (NSPT) 
consiste no nº de golpes necessários para cravação dos 30 cm 
finais do amostrador;
G. A cravação é interrompida e o ensaio de penetração suspenso 
quando se obtiver penetração inferior a 5 cm após 10 golpes 
consecutivos ou quando o nº de golpes ultrapassar a 50 num 
mesmo ensaio → impenetrável ao SPT.
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Ensaio de lavagem por tempo:
A. Atingido o impenetrável ao SPT, havendo interesse no
prosseguimento da sondagem por percussão, inicia-se o
processo de avanço por lavagem para execução do ensaio de
lavagem por tempo.
B. São anotados os avanços obtidos a cada período de 10 min
de lavagem;
C. Quando, no mesmo ensaio de lavagem por tempo forem
registrados avanços inferiores a 5 cm por 10 min, em três
períodos consecutivos → impenetrável ao trépano;
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Índice de resistência a penetração – NSPT
NSPT ⇒ soma do n° de golpes necessários a penetração dos 30
cm finais do amostrador padrão (Ex. 40, 37, 8).
Apresentação de forma diferenciada:
• O amostrador penetra somente com o peso do martelo - 0 golpes;
• O solo é tão inconsistente ou fofo que ao primeiro golpe penetra
mais do que os 45 cm do amostrador - Ex: 1/58;
• O solo é tão rijo ou compacto que não se consegue cravar todo o
amostrador, indicando-se a razão golpes/profundidade - Ex: 30/15.
• Apresentação dos resultados da sondagem:
• Apresentação dos resultados da sondagem:
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• A correlação básica do NSPT → os solos são classificados, 
quanto à compacidade (solos arenosos e silte-arenosos) ou 
consistência (solos argilosos e silte-argilosos).
ABNT – NBR 7250/82
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Vantagens da sondagem SPT
– Custo relativamente baixo;
– Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em 
locais de difícil acesso;
– Descrição do subsolo em profundidade e coleta de 
amostras;
– Fornece um índice de resistência a penetração (NSPT) 
correlacionável com a compacidade ou a consistência dos 
solos;
– Determinação do Nível Freático.
MÉTODOS DIRETOS
4) SONDAGEM A PERCUSSÃO
• Programação de sondagens de simples reconhecimento 
dos solos para fundações de edifícios.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Em materiais impenetráveis a percussão (bloco de rocha, 
matacão, solo concrecionado ou rocha) é necessário a 
execução de sondagens rotativas.
• Conjunto motomecanizado projetado para obtenção de 
amostras contínuas de materiais rochosos através de ação 
perfurante dada for forças de penetração e rotação.
Permitem:
• Obtenção de amostras → testemunhos de sondagem.
• Determinação da permeabilidade in situ → ensaios de perda 
d’água.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Perfurado por meio de um amostrador (barrilete) com uma 
broca rotativa (coroa) acoplada na extremidade de uma haste 
rotativa oca. 
• Um motor (elétrico ou a combustão) produz movimento 
rotativo à broca;
• O barrilete geralmente tem uma camisa livre em seu interior 
para preservar o testemunho do terreno.
• Corrente de água injetada sob pressão por uma bomba no 
interior da haste, atua no resfriamento e lubrificação, 
retornando à superfície os fragmentos das rochas perfuradas 
através dos revestimentos e do furo aberto pela broca,
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Equipamento:
Sonda rotativa – imprimem o avanço da perfuração, pressionando o 
hasteamento rotatório com macacos hidráulicos.
Hastes - Tubos (1,5 a 6 m). 
Transmite movimentos de 
rotação e penetração à 
ferramenta de corte. Conduz 
água para refrigeração e 
limpeza do furo.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Equipamento:
– Barriletes - Tubos 
destinados a receber o 
testemunho.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Equipamento:
– Coroas - matriz de aço, corpo da coroa, saídas d’água e 
diamantes (ou vídia - pastilhas de tungstênio impregnadas 
na matriz).
• matriz → elemento de fixação dos diamantes;
• corpo da coroa → elemento de ligação da coroa com os 
elementos superiores;
• saídas d’água → espaços deixados na coroa para saída da 
água de refrigeração;
• diamantes (industriais) → cravados ou impregnados na coroa.
As coroas são escolhidas em função da dureza da rocha a perfurar, e 
do diâmetro do furo que se pretende abrir.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Equipamento:
– Revestimentos - Quando as paredes do furo são instáveis. 
Resistentes tubos de aço de parede fina;
– Sistema de circulação de água - conjunto motor bomba, 
tanque e mangueiras. Refrigeração da coroa, expulsão dos 
detritos e adicional estabilidade das paredes por pressão 
hidrostática.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Operação da Sondagem:
A. A sonda é instalada sobre plataforma ancorada no terreno;
B. O conjunto (hastes, barrilete e coroa) é acionado junto com o
sistema de circulação d’água.
– Operação de manobra → ciclos sucessivos de corte e retirada 
dos testemunhos. O comprimento da manobra de perfuração é 
função do comprimento do barrilete (3 a 5 m) e da qualidade do 
material perfurado.
– Recomendação: para que o maciço seja bem representado 
pelo testemunho  comprimento da manobra > 95% do 
avanço.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Operação da Sondagem:
C. Ao final da manobra o barrilete é retirado do furo e os
testemunhos cuidadosamente removidos;
D. Os testemunhos são dispostos nas caixas de testemunhos e
medidos após arrumação que recomponha a disposição no
barrilete.
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
MÉTODOS DIRETOS
5) SONDAGEM ROTATIVA
• Apresentação dos resultados:
– Registros sobre o tipo de sonda e diâmetros utilizados;
– Natureza dos terrenos perfurados;
– Nº de fragmentos em cada testemunho;
– Perfil geológico;
– Descrição detalhada dos testemunhos:
• Classificação litológica;
• Estado de alteração da rocha;
• Grau de fraturamento (nº de fraturas/metro);
• Recuperação
• RQD (rock quality designation)
• Classificação litológica
– Classificação geológica simplificada - em muitos
casos as informações implícitas são úteis.
• Maciços calcários ⇒ Grutas, vazios
• Materiais gipsíferos ⇒ Solubilidade, expansão
• Materiais graníticos ⇒ Boa resistência, Dificuldade de
escavação
– Classificação litológica - Baseada na mineralogia,
textura e fábrica dos materiais, além da gênese.
• Estado de alteração do maciço (ABGE, 1998)
• Graus de coerência
• Grau de fraturamento
– Número de fragmentos por metro (alguns consideram 
por manobra).
• Recuperação
– Porcentagem do comprimento total de amostragem 
recuperada pelo testemunho ⇒ f (fraturamento e 
alteração da rocha).
• RQD (Rock Quality Designation)
– Barriletes duplos (φ > 76mm)

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