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20/04/2017 1 Histologia Vegetal Profª Mayara Silva Histologia Vegetal 1) Introdução A histologia vegetal estuda a formação e a constituição dos tecidos das plantas. Tecido: conjunto de células especializadas, geralmente semelhantes, e adaptadas para realizarem determinadas funções. 2) Tecidos Vegetais I. Meristemas II. Parênquima III. Colênquima IV. Esclerênquima V. Floema VI. Xilema VII. Epiderme VIII. Periderme Crescimento Preenchimento / Sustentação / Reserva Condução de seiva Revestimento Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais I) Meristemas (tecido vivo) Tipo de tecido presente nas partes da planta onde ocorre crescimento por multiplicação celular. Constituído por células meristemáticas: o Pluripotentes (↑ capacidade de diferenciação) o Indiferenciadas o Parede celular delgada o Núcleo volumoso o Alta capacidade multiplicativa Células meristemáticas Histologia Vegetal Meristemas e crescimento Ao contrário dos animais, a produção de órgãos vegetativos e reprodutores é contínua ao longo da vida da planta e é devida à atividade dos meristemas. Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais Tipos de Meristemas: a) Meristema apical: Promove crescimento vertical Origem: Embrião da planta (ápice do caule e da raiz) Meristema apical da raiz Procâmbio Protoderme Meristema Fundamental Meristema Apical do caule Protoderme Origina a epiderme e periderme Procâmbio Origina o xilema e floema Meristema Fundamental Origina o parênquima, colênquima e esclerênquima Meristema apical Origina os meristemas primários Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais Tipos de Meristemas: a) Meristema primário ou apical (na planta adulta) Gema apical do caule (meristema primário) Gema apical da raiz (meristema primário) Gemas laterais do caule (meristema primário) 20/04/2017 2 Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais Tipos de Meristemas: b) Meristema secundário: Gimnospermas e Angiospermas Origem: A partir da desdiferenciação de células parenquimáticas do córtex da raiz e do caule. Promove o crescimento em espessura Tipos: I. Felogênio Súber Feloderma II. Câmbio Xilema secundário Floema Secundário Floema secundário Xilema secundário Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais b) Parênquima (tecido vivo) Origem: meristema fundamental Funções: o Preenchimento de espaços o Reserva de substâncias o Fotossíntese Local: Encontrado em todos os órgãos da planta Tipos I. Parênquima de preenchimento o Realiza o preenchimento de espaços entre os tecidos o Ex: Córtex e medula do caule Caule Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais II. Parênquima clorofiliano o Possui grande quantidade de cloroplasto em suas células o Função: Fotossíntese o Local: Encontrado no mesófilo foliar Mesófilo da folha Parênquima clorofiliano Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais III. Parênquima de reserva o Possui a função de armazenar substâncias o Tipos: a) Amilífero: reserva amido – Ex. Batata b) Aquífero: reserva água – Ex. Cactos c) Aerífiero: reserva gases (ar) – Ex. Aguapé Parênquima amilífero Parênquima aerífero Grânulos de amido Espaçamento entre as células Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais c) Colênquima (tecido vivo) Origem: Meristema Fundamental Função: Promove resistência e flexibilidade aos órgãos da planta Característica: Células com parede celular bastante espessada Localização: Abaixo da epiderme Reforço de celulose nos ângulos da célula. Gavinha - Flexiblidade 20/04/2017 3 Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais d) Esclerênquima (tecido morto) Origem: Meristema Fundamental Função: Sustentação e proteção Característica: Células com parede celular (celulose) bastante espessada contendo impregnação de lignina (polímero) o qual promove impermeabilização e rigidez ao tecido. Obs.: A impregnação por lignina causa a morte da célula. Localização: Caule, folhas, frutos e sementes. Tipos celulares I) Fibras esclerenquimáticas Reforço de lignina Lúmen vazio Promove sustentação esquelética ao vegetal Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais I) Fibras esclerenquimáticas Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais d) Esclerênquima (tecido morto) Tipos celulares II) Esclereídes Possuei lúmen celular vazio e parede celular lignificada Pode ser encontradas Isoladas Grupos (entre as células parenquimáticas) Ex: Pêra. Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais e) Epiderme (tecido vivo) Origem: Protoderme Função: Revestimento externo dos órgãos da planta (raiz, caule, folhas, frutos, etc). Característica: Geralmente formado por uma única camada de células. Epiderme das folhas Estruturas encontradas I. Cutícula: impermeabilização e economia hídrica. II. Estômatos: trocas gasosas III. Tricomas: retenção de água e proteção. IV. Hidatódios: gutação V. Glândulas: atração de polinizadores e proteção Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais e) Epiderme (tecido vivo) Epiderme das folhas I) Cutícula: Camada de cera (lipídio) presente na superfície das células epidérmicas de algumas folhas II) Estômatos: Únicas células epidérmicas que possuem cloroplastos. Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais e) Epiderme (tecido vivo) Epiderme das folhas III) Tricomas: São pêlos epidérmicos que auxiliam na redução da perda de água. III) Hidatódio: Elimina o excesso de água do interior da folha. III) Glândulas: Tricomas especializados em liberar aromas que atraem polinizadores. 20/04/2017 4 Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais e) Epiderme (tecido vivo) Epiderme das raízes Possui pêlos absorventes Aumenta a superfície de contato e a absorção de água e sais minerais pelas células epiteliais das raízes. Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais f) Periderme (tecido vivo) Somente em Gimnospermas e Angiospermas (Dicotiledôneas). Típico de plantas que apresentam crescimento secundário. Possui três camadas: Felogênio, Feloderme e Súber. Estruturas da periderme I) Lenticela: Abertura da periderme que permite a circulação de ar. II) Ritidoma: Periderme morta que se destaca do caule da planta. Lenticela Ritidoma Ar Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais f) Periderme (tecido vivo) Suber + Felogênio + Feloderme Obs.: O súber, tecido morto, faz parte da periderme. Súber Feloderme Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais g) Floema ou Líber (tecido vivo) Origem: Procâmbio Função: Conduzir a seiva elaborada (matéria orgânica) produzida pelas folhas para todas as células da planta. Tipos celulares: (Elementos de tubo crivado) I. Célula crivada (Gimnosperma e Pteridófita) II. Tubos crivados (Angiospermas)o Elementos de Tubo crivado Anucleadas Sobrevive graças ao auxílio das células companheiras. o Células companheiras Nucleada Fornece todas as substâncias necessárias ao metabolismo das células dos elementos de tubo crivado. Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais g) Xilema ou Lenho (tecido morto) Origem: Procâmbio Função: Conduzir a seiva bruta (água e sais minerais) que é absorvida pelas raízes para as partes aéreas da planta e contribuir para a sustentação da planta. Tipos celulares: (elementos traqueais) o Células mortas o Parede celular lignificada o Sem núcleo, citoplasma ou organelas o Dispostas em fileira, formando tubos contínuos I) Elementos de vaso (Angiospermas) o ↑ calibre o Perfuração única II) Traqueídes o ↓ calibre o Várias perfurações I II Histologia Vegetal 2) Tecidos vegetais Condução de seiva 20/04/2017 5 FARMACODIAGNOSE DE FOLHAS PROFª MAYARA SILVA FARMACODIAGNOSE • Envolve análises que visam a identificação da amostra analisada, no sentido de constatar, a presença de certas características peculiares. • Tais características são divididas em dois grupos: características macroscópicas e microscópicas. • A identidade da droga é estabelecida comparando-se a amostra-problema com a amostra de droga padrão ou ainda, com sua descrição farmacopéica ou de monografia especializada. FOLHA • Folhas são órgãos vegetativos, geralmente aplanados, situados lateralmente sobre o caule, encarregados pela fotossíntese. • A morfologia e a anatomia de caules e folhas estão extremamente relacionados. FOLHA PARTES DA FOLHA • LIMBO – Porção verde, plana, fina, com dois lados: adaxial (superior) e abaxial (inferior). • PECÍOLO – Une a lamina ao caule, é geralmente estreito e cilíndrico. A folha que não apresenta pecíolo é séssil. • BASE FOLIAR – é a porção dilatada por onde o pecíolo se insere. • ESTÍPULAS: Estão situadas sobre a base foliar, em ambos lados do pecíolo, são apêndices de forma diversa, a vezes foliáceos. CARACTERÍSTICAS MACROMORFOLÓGICAS • Aspecto geral: forma na qual a droga se apresenta. Pode ser: Inteira, Amarrotada, Fragmentada, Pulverizada e Contaminada ou Adulterada. • Tamanho • Transparência: Observa-se frente a uma fonte luminosa pontos ou traços translúcidos relacionados a glândulas ou idioblastos 20/04/2017 6 TRANSPARÊNCIA CARACTERÍSTICAS MACROMORFOLÓGICAS Características Organolepticas: Odor , Sabor, Cor e Superfície. • Odor: Inodoro, Característico, Aromático ou agradável e nauseoso ou desagradável. • Sabor: Adstringente, Acre, Oleoso e Mucilaginoso. • Cor: Concolor – mesma coloração em ambas as faces Discolor – colorações distintas nas faces da lamina Variegadas – apresentam manchas de outras cores COLORAÇÃO DA LAMIINA CONCOLOR DISCOLOR VARIEGADA CARACTERÍSTICAS MACROMORFOLÓGICAS Superfície: • De acordo com o tato: Lisa Áspera Verrucosa Sedosa Lanudas Tomentosa • De acordo com a visão: Glabra, Pubescentes, Rugosas, Onduladas, Hirsutas e Luzidas CARACTERÍSTICAS MACROMORFOLÓGICAS Consistência: • Coriáceas – Consistência de couro • Papirácea – Consistência de papel • Membranácea – Consistência de membranas • Suculenta – Consistência de carne CARACTERÍSTICAS MACROMORFOLÓGICAS MARGEM ÁPICE NERVAÇÃO CONTORNO BASE 20/04/2017 7 CONTORNO FOLIAR CONTORNO FOLIAR CONTORNO FOLIAR CONTORNO FOLIAR BASE DA LAMINA ÁPICE 20/04/2017 8 BORDA DO LIMBO BORDA DO LIMBO NERVAÇÃO PALMATINÉRVIA UNINÉRVIA PARALELINÉRVIA PELTINÉRVIA PENINERVIA CURVINÉRVIA RECORTE DO LIMBO • O aspecto da lamina foliar depende de sua forma, do grau de divisão da mesma, da distribuição da margem e do tipo de nervação. • Divisão da Folha Simples: - inteira - fendida (lobada): a incisão é menor que 50%. - partida, quando a incisão é maior que 50%. - sectada, quando a incisão chega quase até a nervura ou até a nervura propriamente dita. FOLHA SIMPLES DIVISÃO DO LIMBO INTEIRO PARTIDA SECTADA FENDIDA PARTIDA SECTADA LOBADA 20/04/2017 9 FOLHA COMPOSTA DIVISÃO DO LIMBO Lamina foliar esta dividida em varias subunidades chamadas folíolos, articuladas sobre raque de uma folha ou sobre as divisões do mesmo. Podem ter pecíolos ou ser séssil. BIFOLIADA TRIFOLIADA DIGITADA IMPARIPENADA PARIPENADA PECÍOLO FOLIAR FORMA DO PECÍOLO 1 – ACHATADO 2 – TORCIDO 3 – CURVO 4 - RETO SECÇÃO TRANSVERSAL 1 – QUADRANGULAR 2 – TRIANGULAR 3 – CIRCULAR 4 - ELÍPTICO 5 – BICÔNVEXO 6 - CANALETADO PECÍOLO FOLIAR INSERÇÃO 1 – CENTRAL 2 - MARGINAL SUPERFÍCIE DO PECÍOLO 1 – ESTRIADO 2 – RUGOSA 3 – VERRUCOSA 4 - PILOSA DISPOSIÇÃO DAS FOLHAS NO CAULE 1 – VERTICILADAS 2 – OPOSTAS 3 - ALTERNAS MICROMORFOLOGIA • A análise micromorfológica é realizada após a elaboração de cortes. Os cortes são executados com auxílio da lamina de barbear ou micrótomo, seguindo dois planos de orientação: paradérmico e transversal. • Corte paradérmico é realizado para o estudo da epiderme. MICROMORFOLOGIA • Corte Paradérmico: 1. Contorno celular e conteúdo(inclusões celulares) 2. Espessamento da Parede 3. Pontoações Primárias 4. Estômatos (Tipo, freqüência, localização) Face adaxial – epiestomática Face abaxial – hipoestomática Ambas as faces - anfiestomática 5. Pelos tectores e glandulares (localização e tipo) 6. Cutícula: Lisa e estriada 20/04/2017 10 CORTE PARADÉRMICO MICROMORFOLOGIA • Corte transversal: 1. Epidermes e seus anexos 2. Espessamento da cutícula e parede 3. Cavidades Secretoras 4. Mesófilo – região compreendida entre as epidermes (abaxial e adaxial): TIPO Homogêneo: formado por um único tipo de parênquima. Heterogêneo : Assimétrico: parênquima paliçádico e lacunoso Simétrico: parênquima paliçádico, lacunoso e paliçádico 5. Inclusões MESÓFILO HOMOGÊNEO MESÓFILO HETEROGÊNEO ASSIMÉTRICO MESÓFILO HETEROGÊNEO SIMÉTRICO Phyllanthus tenellus R. – Quebra - pedra 20/04/2017 11 Phyllanthus tenellus R. – Quebra - pedra Phyllanthus tenellus R. – Quebra - pedra BOM FERIADO E BOA PASCOA!!!
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