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1 Problema 1 Considere o problema da precessão de spin discutido no texto. Ele pode também ser resolvido no quadro de Heisenberg. Usando o Hamiltoniano z z eBH S wS mc ⎛ ⎞= − =⎜ ⎟⎝ ⎠ , escreva as equações de Heisenberg do movimento para os operadores dependentes do tempo ( )xS t , ( )yS t e ( )zS t . Resolva elas para obter , ,x y zS como funções do tempo. Solução : A equação de movimento de Heisenberg para um operador ( ) ( )HA t (que chamaremos simplesmente ( )A t ) é: [ ] ( )( ), dA tA t H i dt = = . (1) Então, para zH wS= , temos as seguintes equações de movimento para ( )xS t , ( )yS t e ( )zS t : [ ] ( )( ), ( ) xx z y dS tS t wS i wS t i dt= − == = (2) ( ) ( ), ( ) yy z x dS t S t wS i wS t i dt ⎡ ⎤ = =⎣ ⎦ = = (3) [ ] ( )( ), 0 zz z dS tS t wS i dt= = = (4) A equação (4) resulta em ( )( ) (0) Sz z zS t S S= = . (5) 2 Substituindo a equação (2) na (3), temos: 2 2 2 1( ) ( )x x dS t S t w dt = − ou 2 2 2 ( ) ( ) 0x x d S t w S t dt + = . (6) A solução geral desta equação é ( ) cos( )xS t A wt φ= − . (7) Substituindo esta equação em (2), temos que: ( ) ( )yS t Asen wt φ= − , (8) onde A é um operador independente do tempo e φ é um número. Como a fase φ é irrelevante, podemos estabelecer 0φ = . Em 0t = os operadores de Heisenberg e de Schrödinger devem coincidir. Portanto: ( )(0) Sx xA S S= = . (9) Então, temos finalmente: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) cos ( ) ( ) H S x x H S y x H S z z S t S wt S t S senwt S t S = = = (10) 1 Problema 2 Olhe de novo para o Hamiltoniano do capítulo 1, problema 11. Suponha que o datilógrafo cometeu um erro e escreveu H como 11 22 121 1 2 2 1 2H H H H= + + . Qual princípio é agora violado? Ilustre o seu ponto explicitamente tentando resolver o problema mais geral dependente do tempo usando um Hamiltoniano ilegal deste tipo. (Você pode assumir 11 22 0H H= = por simplicidade.) Solução : Observando este Hamiltoniano vemos que ele não é Hermitiano, pois: † 11 22 121 1 2 2 2 1H H H H H= + + ≠ (1) Vejamos qual é o resultado da aplicação do operador †H nos bras ( 1 e 2 ) de base, com 11 22 0H H= = : 01 † =H 12† 12 HH = (2) Usaremos estes resultados posteriormente. Expandiremos agora um ket arbitrário na descrição de Schrödinger em termos dos kets de base 1 e 2 : , 1 1 , 2 2 ,t t tα α α= + (3) Como , ( ) ,0t U tα α= , temos: , 1 1 ( ) ,0 2 2 ( ) ,0t U t U tα α α= + (4) Quando 0t = , temos: 2 2 1 ,0 2 ,0 1α α+ = , (5) que é a probabilidade total. 2 A probabilidade total para 0t ≠ é dada por: 2 2 1 ( ) ,0 2 ( ) ,0 ( )rU t U t P tα α+ = (6) Como H independe do tempo, temos: 0,10,10,)(1 †† ααα ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛= − tiHtiH eetU == . (7) Fazendo tiHe tiH = = † 1 † += , (8) pois ( ) 0nH = para 1n ≠ , usando (2) temos: 0,10,110,1 † † ααα =⎩⎨ ⎧ ⎭⎬ ⎫+=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − tHie tiH = = Portanto 0,10,)(1 αα =tU (9) Da mesma forma, temos: 0,20,20,)(2 †† ααα ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛= − tiHtiH eetU == 0,120,)(2 † † αα ⎩⎨ ⎧ ⎭⎬ ⎫+= tHitU = 0,10,20,)(2 12 ααα tHitU =−= . (10) Voltando em (6), calculamos a probabilidade total no instante 0t ≠ como sendo: 2 12 2 0,10,20,1)( ααα tHitPr =−+= 3 [ ] 12**22122222 0,10,20,20,10,10,20,1)( tHiHttPr == ααααααα −+++= Usando (5), podemos escrever: [ ] 120,0,1Im20,11)( 1222 2212 ≠−+= == tHtHtPr ααα . (11) Vemos então que a probabilidade total é uma função linear do tempo, o que contraria o princípio da conservação da probabilidade total. 1 Problema 3 Um eletron está sujeito a campo magnético uniforme independente do tempo e tamanho B na direção positiva z . Em 0t = o elétron é conhecido estar em um estado de ˆ.S n G com autovalor / 2= , onde nˆ é um vetor unitário posicionado no plano xz , que faz um ângulo β com o eixo z . a. Obtenha a probabilidade de achar o elétron no estado 2x S = = como uma função do tempo. b. Encontre o valor esperado de xS como uma função do tempo. c. Mostre que nossa resposta está de acordo com os casos extremos (i) 0β → e (ii) / 2β π→ . Solução : Figura 1: Geometria para o vetor unitário nˆ . 2 A equação de autovalores do operador ˆ.S n G é (exemplo 1.9): ˆ ˆ ˆ. . ; . ; 2 S n S n S n± = ± ±G G G= , (1) com ˆ. ; cos 2 2 S n senβ β⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ = + + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ G , (2) e ˆ. ; cos 2 2 S n sen β β⎛ ⎞ ⎛ ⎞− = + + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ G . (3) O Hamiltoniano deste sistema é dado por (2.1.53): zH wS= , (4) com e e B w m c = . (5) O operador de evolução temporal é dado por ( ) ziwSiH t t U t e e − −= == = (6) Se o estado do sistema no tempo 0t = era caracterizado pelo ket da expressão (2), no instante t o estado será dado por: ˆ, ( ) . ; exp cos 2 2 ˆ, ( ) . ; exp cos exp 2 2 2 2 ziwS tt U t S n sen iwt iwtt U t S n sen β βα β βα ⎡ ⎤−⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= + = + + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎣ ⎦ −⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= + = + + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ G = G , (7) 3 onde usamos exp exp 2 ziwS t iwt⎛ ⎞ ⎛ ⎞− ± = ±⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎝ ⎠⎝ ⎠ ∓= . a. A probabilidade de se encontrar o elétron no estado / 2xS = = é dada por: 2 ; ,xS tα+ , (8) onde ;xS + é dada por: ( )1; 2x S + = + + − . (8a)Então (8) fica: ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 1; , cos 2 2 2 1; , cos 2 2 2 iwt iwt x iwt iwt x S t e e sen S t e e sen β βα β βα − − ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ = + + − + + −⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ = +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ . (9) Desenvolvendo (9), temos: ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 1; , cos cos cos cos 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1; , cos 1 1 2 2 2 1; , 1 cos 2 2 2 x x x wt wt wt wtS t isen sen isen sen wt wtS t sen sen sen wt wtS t sen β β β βα α β β α ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ = − + +⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎧ ⎫⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ = + + −⎨ ⎬⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎩ ⎭ ⎛ ⎞ ⎛+ = + −⎜ ⎟⎝ ⎠ { }2 1; , 1 cos( ) ( ) 2x sen S t wt sen β α β ⎧ ⎫⎡ ⎤⎞⎨ ⎬⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦⎩ ⎭ + = + Vemos que para 0β → , o lado direito de (10) se torna 1/ 2 . Isto faz sentido, pois se 0β = inicialmente, o sistema está no autoestado + , que é um autoestado do Hamiltoniano, e portanto, estacionário. Logo, a 4 probabilidade de se encontrar o estado / 2xS = += é constante e igual a 1/ 2 , de acordo com (8a). No outro caso limite, / 2β π= , o sistema está inicialmente no estado / 2xS = += e o lado direito de (10) se torna ( ) 21 1 cos cos 2 2 wtwt ⎛ ⎞+ = ⎜ ⎟⎝ ⎠ , que concorda com (2.1.60a). b. O valor esperado xS será dado por: , ,x xS t S tα α= (11) Escrevendo xS em forma de ket-bra, temos: ( ) 2x S = + − + − += . (12) Substituindo (12) e (7) em (11), temos: ( )/ 2 / 2 / 2 / 2 / 2 / 2 / 2 / 2 cos 2 2 2 cos 2 2 cos cos 2 2 2 2 2 iwt iwt x iwt iwt iwt iwt iwt iwt x x S e e sen e e sen S e e sen e e sen S β β β β β β β β − − − − ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞= + + − + − + − +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ ⎡ ⎤⎛ ⎞⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − + + + + −⎢ ⎥⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠⎝ ⎠⎣ ⎦ = = = cos cos 2 2 2 2 2 cos 2 iwt iwt x e sen e sen S sen wt β β β β β −⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞+⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ = = = 5 Logo : cos 2x S sen wtβ= = (13) Se 0β → (estado inicial igual a + ), 0xS = , o que faz sentido, pois o estado + é estacionário, e neste estudo 0xS = . Se / 2β π→ , (13) concorda com (2.1.61). Problema 2.4 Admita ( )tx como o operador coordenada para a partícula livre em uma dimensão no quadro de Heisenberg. Calcule ( ) ( )0,tx x⎡ ⎤⎣ ⎦ Solução Pela definição de comutação, podemos escrever ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0 0 0,t t tx x x x x x⎡ ⎤ = −⎣ ⎦ (4.1) Onde ( )tx é o operador coordenada no tempo t e ( )0x o mesmo operador no tempo t = 0. Para uma partícula livre no quadro de Heisenberg, o operador coordenada num tempo t pode ser escrito como ( ) ( ) ( )0 0t p x x t m ⎛ ⎞= + ⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ (2.2.27) Substituindo em (4.1) temos que ( ) ( )( )( ) ( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( )( ) ( ) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 , , p p p m m m p p m m p p m m p p m m p m x t x x t x x x t x x tx x x x t x x x x tx x t tx x t t x ⎡ ⎤+ = + − +⎢ ⎥⎣ ⎦ = + − − = − + − = − ⎡ ⎤= ⎢ ⎥⎣ ⎦ Que de acordo com (2.2.29) ( )( ) ( )0 0,pm i tt x m−⎡ ⎤ =⎢ ⎥⎣ ⎦ = De modo que ( ) ( ) ( )( ) ( )00 0, ,pmtx x t x⎡ ⎤⎡ ⎤ =⎣ ⎦ ⎢ ⎥⎣ ⎦ Logo, obtemos ( ) ( )0,t i tx x m −⎡ ⎤ =⎣ ⎦ = Aplicando a relação de incerteza (1.4.53) ( ) ( ) [ ] 22 2 1 , 4 A B A BΔ Δ ≥ (1.4.53) Temos que ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 00 2 2 2 0 2 2 2 2 20 1 , 4 1 4 4 tt t t t t t x x x x i tx x m tx x m = = = ⎡ ⎤Δ Δ ≥ ⎣ ⎦ −Δ Δ ≥ Δ Δ ≥ = = (2.2.30) Entre outras coisas, isso implica que mesmo que a coordenada seja conhecida em t = 0, sua posição torna-se gradativamente mais incerta com o passar do tempo. 1 Problema 5 Considere uma partícula em uma dimensão cujo Hamiltoniano é dado por 2 ( ) 2 pH V x m = + . Calculando [ ], ,H x x⎡ ⎤⎣ ⎦ , prove que 2 2 ' '' ' '' ' ( ) 2a aa a x a E E m − =∑ = , onde 'a é um autoket de energia com autovalor 'aE . Solução : Calcularemos antes o comutador [ ] [ ]2 0 , , ( ), 2 pH x x V x x m = ⎡ ⎤= +⎢ ⎥⎣ ⎦ [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] 21, , 2 1 1, , , 2 2 2, 2 , H x p x m H x p p x p x p m m iH x p m iH x p m ⎡ ⎤= ⎣ ⎦ = + = − = − = = (1) Então [ ] [ ] 2, , ,iH x x p x m m ⎡ ⎤ = − = −⎣ ⎦ = = (2) Calculando o valor esperado deste comutador em (2) em relação ao autoestado de energia ''a , temos: 2 [ ] 2'' , , ''a H x x a m ⎡ ⎤ = −⎣ ⎦ = . (3) Desenvolvendo o lado esquerdo desta equação temos: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] '' , , '' '' , '' '' , '' '' , , '' '' '' '' '' '' '' '' '' '' , , '' '' '' '' '' '' '' '' '' '' , , '' 2 '' '' '' '' '' a H x x a a H x x a a x H x a a H x x a a Hxx a a xHx a a xHx a a xxH a a H x x a a Hxx a a xHx a a xHx a a xxH a a H x x a a xHx a a xxH a a Hxx a ⎡ ⎤ = −⎣ ⎦ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= − − −⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ⎡ ⎤ = − − +⎣ ⎦ ⎡ ⎤ = − + +⎣ ⎦ '' Sabendo que '''' ''aH a E a= , temos que (4) fica: ''2 '' '' 2 '' ''aE a xx a a xHx a− (5) Aplicando o operador identidade ' ' ' a a a∑ , (5) fica: '' ' ' 2 '' ' ' ' 2 ' 2 '' ' ' '' 2 '' ' ' '' 2 '' ' '' ' ' '' 2 ( ' '') '' '' a a a a a a a a a a E a x a a x a a xH a a x a a x a E E a x a a x a E E a x a − = ⎧ ⎫− =⎨ ⎬⎩ ⎭ − − ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ (6) Substituindo (6) no lado esquerdo de (3), temos: 2 2 ' 2 2 ' 2 ( ' '') '' '' ( ' '') '' '' 2 a a a a a a E E a x a m E E a x a m − − = − − = ∑ ∑ = = (7) 1 Problema 6 Considere uma partícula em três dimensões cujo Hamiltoniano é dado por 2 ( ) 2 pH V x m = + G G . Calculando [ ]. ,x p HG G obtenha 2 . . 2 d px p x V dt m = − ∇ G GG G G . Para identificar a relação precedente com o análogo quanto-mecânico do teorema de virial é essencial que o lado esquerdo se anule. Sob quais condições isto aconteceria? Solução : Substituindo a expressão para o Hamiltoniano no comutador [ ]. ,x p HG G , temos que: [ ] [ ]21. , . , . , ( ) 2 x p H x p p x p V x m ⎡ ⎤= +⎣ ⎦ G G G G G G G G (1) Desenvolvendo o primeiro comutador do lado direito desta expressão, temos: 2 2. , . ,x p p x p p⎡ ⎤ ⎡ ⎤=⎣ ⎦ ⎣ ⎦ G G G G G G 2, .x p p⎡ ⎤+ ⎣ ⎦ G G G (2) O primeiro comutador é nulo, pois [ ], ( ) 0A f A = (i) O segundo comutadordo lado direito desta expressão será calculado com o auxílio da fórmula [ ] 2, ( ) ( )px F p i p= ∇GG G G= (3) onde 2 ˆˆ ˆ p x y z i j k p p p ∂ ∂ ∂∇ ≡ + +∂ ∂ ∂ G Então: 2, 2x p i p⎡ ⎤ =⎣ ⎦ G G G= , e assim (2) se torna 2 2. , 2x p p i p⎡ ⎤ =⎣ ⎦ G G G G= (4) Desenvolveremos agora o segundo comutador do lado direito de (1): [ ] [ ] [ ]. , ( ) . , ( ) , ( )x p V x x p V x x V x= +G G G G G G G G .pG (5) O segundo comutador do lado direito é nulo, pela razão exposta em (i). Fazendo uso da fórmula [ ], ( ) ( )p G x i G x= − ∇GG G G= . (6) O primeiro comutador do lado direito de (5) fica: [ ], ( ) ( )p V x i V x= − ∇GG G G= (7) Logo, a expressão (5) fica: [ ]. , ( ) . ( )x p V x i x V x= − ∇GG G G G G= (8) Substituindo (4) e (8) em (1), temos: [ ] 2. , . ( )px p H i x V x m ⎧ ⎫= − ∇⎨ ⎬⎩ ⎭ G GG G G G= (9) Esta expressão foi derivada considerando que os operadores são descritos na “representação de Schrödinger”, mas é fácil ver que ela é válida se considerarmos os operadores como sendo operadores de Heisenberg. Para 3 escrever (9) na representação de Heisenberg é só aplicarmos o operador †U a esquerda de ambos os membros e o operador U a direita. Considerando que ( )V xG possa ser desenvolvido em série de potências de x , y e z , temos que: † †( ) ( ) ( )HU V x U V U xU V x= =G G G (10) Assim, (9) pode ser escrita na “representação de Heisenberg”: 2 . , . ( ) H H H H Hpx p H i x V x m ⎧ ⎫⎪ ⎪⎡ ⎤ = − ∇⎨ ⎬⎣ ⎦ ⎪ ⎪⎩ ⎭ G GG G G G= (11) Nesta “representação” o comutador do primeiro membro é: . , ( . )H H dx p H i x p dt ⎡ ⎤ =⎣ ⎦ G G G G= (12) Substituindo em (11) e tomando o valor esperado de ambos os membros chegamos em: ( ) 2. . ( )HH H H Hd px p x V xdt m= − ∇ G GG G G G (13) Como os estados na representação de Heisenberg são independentes do tempo, as operações de derivação temporal do valor esperado são independentes também. Logo, (13) se torna: 2 . . ( )d px p x V x dt m = − ∇ G GG G G G , (14) onde suprimimos o índice H de Heisenberg, pois os valores esperados devem ser independentes da “representação”. Para termos o análogo quântico do Teorema do Virial o lado esquerdo de (14) deve se anular. Isto ocorrerá quando o valor esperado .x pG G for constante. Esta condição será satisfeita sempre que nossa partícula estiver 4 num estado estacionário (autoestado do Hamiltoniano), pois neste caso todos os valores esperados são constantes no tempo. 1 Problema 7 Considere um pacote de onda de uma partícula livre em uma dimensão. Em 0t = ele satisfaz a relação de mínima incerteza, ( ) ( ) 22 2 4 x pΔ Δ = = ( 0)t = . Em adição, nós conhecemos 0x p= = ( 0)t = . Usando o quadro de Heisenberg, obtenha ( )2 t xΔ como uma função de ( 0)t t ≥ quando ( )2 0t x = Δ é dado. (Dica: Considere a vantagem da propriedade da mínima incerteza do pacote de onda que você utilizou no capítulo 1, problema 18.) Solução : O operador ( )x t para a partícula livre obedece a expressão clássica (0)( ) (0) px t x t m = + . (1) O valor esperado deste operador pode ser facilmente encontrado: ( ) (0)x t x= (0)p m + 0t = (2) Logo a variância ( )2 t xΔ fica simplesmente ( )2 22 ( ) ( ) t x x t x tΔ = − 2 ( )x t= . (3) 2 Usando (2), escrevemos ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 (0) (0) (0)( ) (0) (0) (0) (0) (0) (0) (0) (0) (0) t t p p px x t x x t x t t m m m t t tx x x p p x p m m m Δ = = + + + Δ = + + + (4) Da relação de incerteza e dos valores esperados em 0t = , temos: ( )22 0 (0) t x x = = Δ (5) e ( ) ( ) 2 22 20 0 (0) 4t t p p x= = = Δ = Δ = (5) Resta-nos agora calcular os valores esperados (0) (0)x p e (0) (0)p x . Como (0) (0) 0x p= = , temos que ( ) 0(0) tx x == Δ e ( ) 0(0) tp p == Δ (6) Logo : 0 (0) (0) t x p x p == Δ Δ e 0 (0) (0) t p x p x == Δ Δ Do exercício (18) do capítulo (1), temos que a relação de incerteza mínima é satisfeita por um estado α tal que x pα λ αΔ = Δ ( 0t = ) (7) 3 onde λ é puramente imaginário. Aplicando o operador xΔ pela esquerda em ambos os membros da equação (7), resulta em: ( )2x x pα λ αΔ = Δ Δ ( 0t = ) (8) Multiplicando esta equação pela esquerda pelo bra α , temos: ( )2x x pα α λ α αΔ = Δ Δ ( 0t = ) ou ( )2 00 ttx x pλ ==Δ = Δ Δ Então ( )2 0 0 (0) (0) t t x x p x p λ = = Δ Δ Δ = = . (9) Fazendo agora o Hermitiano adjunto da equação (7), temos: *x pα λ αΔ = Δ ( 0t = ) (10) Multiplicando esta equação a direita pelo ket x αΔ , chegamos em: ( )2 *x p xα α λ α αΔ = Δ Δ ( 0t = ) ou ( )2 * 00 ttx p xλ ==Δ = Δ Δ . Então ( )2 0 *0 (0) (0) t t x p x p x λ = = Δ Δ Δ = = (11) 4 Substituindo (11), (9) e (5) em (4), temos: ( ) ( ) ( ) ( ) ( )2 22 2 02 2 0 *220 0 4 tt t t t x xt tx x mm x λ λ == = = ⎧ ⎫Δ Δ⎪ ⎪Δ = Δ + + +⎨ ⎬Δ ⎪ ⎪⎩ ⎭ = (12) Como ( )2 0t x = Δ é real (pois ( )2xΔ é Hermitiano) e λ é puramente imaginário o termo entre chaves se anula (pois é o dobro da parte real de um número puramente imaginário, e é evidentemente zero ). Então, finalmente obtemos: ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 220 0 4t t t x x t m x= = Δ = Δ + Δ = , (13) e o pacote se alarga no transcorrer do tempo. 1 Problema 8 Considere 'a e ''a serem autoestados de um operador Hermitiano A com autovalores 'a e ''a , respectivamente ( ' '')a a≠ . O operador Hamiltoniano é dado por ' '' '' 'H a a a aδ δ= + , onde δ é apenas um número real. a. Claramente, 'a e ''anão são autoestados do Hamiltoniano. Escreva abaixo os autoestados do Hamiltoniano. Quais são os seus autovalores de energia. b. Suponha que o sistema é conhecido estar no estado 'a em 0t = . Escreva abaixo o vetor de estado no quadro de Schrödinger para 0t > . c. Qual é a probabilidade de achar o sistema em ''a para 0t > se o sistema esta no estado 'a em 0t = ? d. Você pode pensar em uma situação física correspondente a este problema ? Solução : a. A matriz de H na base { }' , ''a a é 0 0 H δ δ ⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠� . (1) Os autovalores de H são as raízes da equação secular det( ) 0H Iλ− = , 2 que resulta em 2 2 0λ δ λ δ − = = ± . (2) Então, 'E δ= e ''E δ= − . Determinaremos os autovetores usando a equação de autovalores ' ' 'H E E E= . Em forma matricial, temos: 1 1 2 2 0 0 c c c c δ δδ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎛ ⎞ =⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠ (3) Então, associado ao autovalor 'E δ= temos o autovetor 1 2 c c ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠ que, normalizado, fica: 11' 12 E δ ⎛ ⎞= = ⎜ ⎟⎝ ⎠� (4) Da mesma forma, para o autovalor ''E δ= − temos associado o autovalor 1 1 c c ⎛ ⎞⎜ ⎟−⎝ ⎠ , que normalizado, fica: 11'' 12 E δ ⎛ ⎞= − = ⎜ ⎟−⎝ ⎠� (5) Em termos dos kets da base { }' , ''a a , temos: ( )1' ' '' 2 E a aδ= = + (6) e 3 ( )1' ' '' 2 E a aδ= − = − (7) b. Se em 0t = o sistema estava no estado 'a , o estado num tempo 0t > é obtido através da aplicação do operador evolução temporal no estado 'a : , ' ' iH t t U a e aα −= = = (8) É mais conveniente expressarmos 'a em termos dos autoestados do Hamiltoniano. Somando (6) e (7) podemos escrever: ( )1' ' '' 2 a E Eδ δ= = + = − (9) Substituindo em (8) temos: 1, exp ' exp '' 2 1, exp ' exp '' 2 iHt iHtt E E i t i tt E E α δ δ δ δα δ δ ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − = + − = −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − = + = −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ = = = = (10) Escrevendo novamente em termos de 'a e ''a , temos: ( ) ( )1 1, exp ' '' exp ' '' 2 2 , cos ' '' i t i tt a a a a t tt a isen a δ δα δ δα −⎛ ⎞ ⎛ ⎞= + + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ = = = = (11) c. A probabilidade de se encontrar o sistema no estado ''a no tempo 0t > , sendo que no instante 0t = o estado em 'a , é dada por: 2 ( '' , ) '' ,rP a t a tα= (12) 4 Usando (11), temos: 2 2( '' , )r t tP a t isen senδ δ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − =⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠= = . (13) d. Uma situação física que corresponde a este problema é o problema da precessão do spin, tratado na seção 2.1 do livro texto. Para que estes problemas se equivalham, as seguintes associações são necessárias: ' ; '' ; / 2 ' '' x x a S a S w E E δ δ δ → + → − → = → + = − → − = 1 Problema 9 Uma caixa contendo uma partícula é dividida em compartimentos direito e esquerdo por uma fina partição. Se a partícula é conhecida estar sob o lado direito (esquerdo) com certeza, o estado é representado pelo autoket de posição R ( L ), onde nós temos negligenciado variações espaciais dentro de cada metade da caixa. O mais geral vetor de estado pode ser escrito como: R R L Lα α α= + , onde R α e L α pode ser pensado como “funções de onda”. A partícula pode tunelar através da função partição; este efeito é caracterizado pelo Hamiltoniano ( )H L R R L= Δ + , onde Δ é um número real com dimensão de energia. a. Encontre os autokets de energia normalizados. Quais são os correspondentes autovalores de energia? b. No quadro de Schrödinger os kets de base R e L são fixos, e o vetor de estado se move com o tempo. Suponha que o sistema seja representado por α como dado acima em 0t = . Encontre o vetor de estado 0, 0;t tα = para 0t > pela aplicação do operador de evolução temporal apropriado para α . c. Suponha que em 0t = a partícula está sobre o lado direito com certeza. Qual é a probabilidade para observar a partícula sobre o lado esquerdo como uma função do tempo? d. Escreva abaixo as equações de Schrödinger acopladas para as funções de onda 0, 0;R t tα = e 0, 0;L t tα = . Mostre que as soluções para as equações de Schrödinger acopladas são apenas aquelas que você esperaria a partir do item (b). e. Suponha que o datilógrafo tenha cometido um erro e escreveu H como 2 H L R= Δ . Resolva explicitamente o problema para a evolução temporal mais geral com esse Hamiltoniano, mostre que a conservação de probabilidade é violada. Solução : a. O Hamiltoniano pode ser representado (na base de { };L R ) como: 0 0 H Δ⎛ ⎞= ⎜ ⎟Δ⎝ ⎠� . Logo, podemos determinar os autovalores e autovetores pelo método padrão. Então, temos: det( ) 0 0H I λλ λ − Δ− = → =Δ − Logo, 2 2 0λ λ −Δ = = ±Δ Assim, temos dois níveis de energia; 1E = Δ e 2E = −Δ . Os autovetores serão portanto: ( )1 1 0H E I E− = Calculo de 1E : 1 2 0 0 x x −Δ Δ ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞=⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟Δ −Δ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠ 3 1 2 1 2 0 0 x x x x −Δ + Δ =⎧⎨ Δ −Δ =⎩ 1 2 2 1 x x x x =⎧⎨ =⎩ Fazendo 1 1x = , obtemos: 1 11 12 E ⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠ 1 1 1 2 2 E R L= + Calculo de 2E : ( )2 2 0H E I E− = 1 2 0 0 x x Δ Δ ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞=⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟Δ Δ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠ 1 2 1 2 0 0 x x x x Δ + Δ =⎧⎨Δ + Δ =⎩ 1 2 1 2 x x x x = −⎧⎨ = −⎩ Fazendo 2 1x = − , obtemos 1 1x = , logo: 2 11 12 E ⎛ ⎞= ⎜ ⎟−⎝ ⎠ 2 1 1 2 2 E R L− onde 1E = Δ e 2E = −Δ . 4 b. Temos: R R L Lα α α= + , então 0, ; ( ,0) ( ;0) ( ;0)t t U t R U t R L U t Lα α α α= = + . (1) Assim, para determinar 0, ;t tα , devemos conhecer ( ;0)U t R e ( ;0)U t L . Para isso, precisamos escrever ( ;0)U t na base { },R L . Agora, sabemos que: /( ;0) iHtU t e−= = logo, / 1 1 / 2 2 i t i t U E e E U E e E − Δ Δ ⎧ =⎪⎨ =⎪⎩ = = Portanto na base de H , U tem a representação: { }1 2 /. / , 0 ( ;0) 0 i t i t base E E e U t e − Δ Δ ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠= = = A matriz unitária de transformação, Ω da base { }1 2;E E para base { };R L é dada por: ( ) ( ) 1 2 1 0 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 0 1 0 01/ 2 1/ 2 0 0 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 R E L EΩ = + ⎛ ⎞ ⎛ ⎞Ω = + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞Ω = +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟−⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎛ ⎞Ω = ⎜ ⎟⎜ ⎟−⎝ ⎠ 5 Portanto ( ,0)U t na base { },R L será: { } { }; ,1 2 †( ,0) basebase R L E E U t UΩ Ω= . E substituindo os dados: ( ) ( ) / / / / / / / / / / /1/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 20 ( ,0) 01/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 / 2 / 2 1/ 2 1/ 2 ( ,0) / 2 / 2 1/ 2 1/ 2 1 2 2( ,0) 2 i t i t i t i t i t i t i t i t i t i t i t i e U t e e e U t e e ie e e e iU t i e e i − Δ Δ − Δ Δ − Δ Δ − Δ Δ Δ − Δ Δ − Δ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎛ ⎞= ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟− −⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎛ ⎞⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟− −⎝ ⎠⎝ ⎠ −+ − = − − = = = = = = = = = = = � � � ( ) ( ) { } / / / ; 1 2 cos / / ( ,0) / cos / t i t i t base L R e e t isen t U t isen t t Δ − Δ ⎛ ⎞⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟+⎜ ⎟⎝ ⎠ Δ − Δ⎛ ⎞⎜ ⎟− Δ Δ⎝ ⎠= = = = = = = =� E aplicando R e L , obtemos: cos / / 1 cos / / cos / 0 / cos t isen t t U R isen t t isen t t tU R R isen L Δ − Δ Δ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞= =⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟− Δ Δ − Δ⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Δ Δ= − = = = = = = = = (2) cos / / 0 / / cos / 1 cos / cos t isen t isen t U L isen t t t t tU L isen R L Δ − Δ − Δ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞= =⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟− Δ Δ Δ⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Δ Δ= − + = = = = = = = = (3) 6 Substituindo (2) e (3) em (1), obtemos: 0 0 , ; cos cos , ; cos cos t t t tt t R R isen L L isen R L t t t tt t R i L sen R L i R sen L α α α α α α α α Δ Δ Δ Δ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − + − +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Δ Δ Δ Δ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − + −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ = = = = = = = = c. Em 0 0t = , temos para Rα = Temos que 0, 0; ( ,0) cos t tt t U t R R isen Lα Δ Δ= = = −= = onde usamos equação (2) do item (b). Assim, a probabilidade será: 2 2 2 0( ) , ; t tP L L t t isen senα Δ Δ= = − == = . Logo 2( ) tP L sen Δ= = . d. Temos 0 0, 0; , 0;ti t t H t tα α∂ = = == Inserindo 1 R R L L= + e substituindo H , obtemos: ( ) ( )0 0 0 0, 0; , 0; , 0; , 0;ti R R t t L L t t L R t t R L t tα α α α∂ = + = = Δ = + == 7 Os ket’s da base estão fixos na representação de Schrödinger. Logo, 0 0, 0; , 0;t tR R t t R R t tα α∂ = = ∂ = e 0 0, 0; , 0;t tL L t t L L t tα α∂ = = ∂ = Assim, temos: ( ) ( ) ( ) ( )0 0 0 0, 0; , 0; , 0; , 0;t tR i R t t L i L t t R L t t L R t tα α α α∂ = + ∂ = = Δ = + Δ == = Igualando os coeficientes de L e R , temos: 0 0 0 0 , 0; , 0; , 0; , 0; t t i R t t L t t i L t t R t t α α α α ⎧ ∂ = = Δ =⎪⎨ ∂ = = Δ =⎪⎩ = = que são as equações acopladas de Schrödinger. E substituindo (2) em (1), obtemos: 0 0, 0; , 0;t t ii L t t L t tα α⎛ ⎞∂ ∂ = = Δ =⎜ ⎟Δ⎝ ⎠ == 2 2 0 02 2 2 0 02 2 2 2 0 02 2 , 0; , 0; , 0; , 0; , 0; , 0; 0 d L t t L t t dt d L t t L t t dt d L t t L t t dt α α α α α α − = = Δ =Δ Δ= = − = Δ= + = = = = = Supondo 0, 0; tL t t eλα = = , temos: 8 2 2 2 0 t te e i λ λλ λ Δ+ = Δ= ± = = Logo, a solução geral para a equação diferencial é: / / 0 0 , 0; , 0; cos i t i tL t t Ae Be t tL t t A Bsen α α Δ − Δ= = + Δ Δ= = + = = = = E procurando da mesma forma após substituir (1) em (2), vamos obter: 0, 0; cos t tR t t D Esenα Δ Δ= = += = Sabemos que 0, 0t R R L Lα α α= = + E como 0 0 0 0 , 0, , 0; , 0; , 0, cos cos t t R R t t L L t t t t t tt t R D Esen L A Bsen α α α α = = = + = Δ Δ Δ Δ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= = + + +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠= = = = E, fazendo 0t = , em (6), obtemos: 0, 0;0t A R D Lα = = + E comparando com (5), temos: A R α= e D L α= . 9 O ket 0, 0;t tα = deve ser normalizado, isto é, * ** * 0 0 * * 0 0 * , 0, , 0, cos cos cos cos 1 , 0, , 0, cos cos cos t t t tt t t t R R B sen L L E sen t t t tR R Bsen L L Esen t t t tt t t t R B sen R Bsen L α α α α α α α α α α α ⎡ ⎤Δ Δ Δ Δ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= = = + + +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ ⎡ ⎤Δ Δ Δ Δ⎛ ⎞ ⎛ ⎞+ + + =⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ Δ Δ Δ Δ⎛ ⎞⎛ ⎞= = = + + +⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠⎝ ⎠ Δ = = = = = = = = = = = = ( ) ( ) ( ) * 2 2 2 22 2 0 0 * ** * cos 1 , 0, , 0, cos cos 1 t t t tE sen L Esen t tt t t t R L sen B E t tR B B R L E E L sen α α α α α α α α α Δ Δ Δ⎛ ⎞⎛ ⎞+ + =⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠⎝ ⎠ Δ Δ= = = + + + + Δ Δ+ + + = = = = = = = = = Desde que 0 0, 0; , 0; 1t t t tα α= = = , então 2 2 1R Lα α+ = , então ( ) ( ) 2 22 2 0 0 * ** * , 0, , 0, cos cos 1 t tt t t t sen B E t tR B B R L E E L sen α α α α α α Δ Δ= = = + + + Δ Δ+ + + = = = = = Para que a igualdade seja satisfeita, devemos ter: 2 2 * ** * 1 0 B E R B R B L E L Eα α α α ⎧ + =⎪⎨ + + + =⎪⎩ (7,8) Comparando com a solução, item “b”, os valores de A e D obtidos são idênticos a solução do item “b”. Agora, se escolhermos B i L α= − e E i R α= − e substituindo em (7) e (8), obtemos: 2 22 2 1B E L Rα α+ = + = pois, 10 0 0, 0; , 0; 1t t t tα α= = = e, * * * * 0i R L i R L i L R i L Rα α α α α α α α− − + = E vemos que as condições impostas são verificadas, mostrando que a resposta obtida em b é consistente. e. Seja α um estado mais geral escrito na base { },L R . Então 1 2a L a Rα = + com 22 1a L α= a probabilidade de obtermos L e 222a R α= a probabilidade de obtermos R . Façamos com que a equação de Schrödinger α evolua no tempo: ( ) ( )( ) 0 0 1 2 1 2 1 2 2 , 0; , 0; 0 t t i t t H t t i a L a R L R a L a R i a L i a R R a L α α∂ = = = ∂ + = Δ + + = + Δ = = � �= = onde, obtemos 2 2 2 0 (0) dai dt a a cte = = = = 1 2 1 2 i a a da a dt i = Δ Δ= �= = Logo, obtemos 1 1 2( ) (0) (0) ta t a aΔ= + = 11 Então 0 1 2 2, 0; (0) (0) (0) tt t a a L a R i α Δ⎛ ⎞= = + +⎜ ⎟⎝ ⎠= Na equação (1) supomos que 1α α = , tal que: 2 2 1 2 1a a+ = Ou seja, a soma das probabilidades de obter L ou R é 1. No caso de 0, 0;t tα = , a soma das probabilidades não é constante, mas depende do tempo: 2 2 1 2 2(0) (0) (0) ( ) ta a a f t i Δ⎛ ⎞+ + =⎜ ⎟⎝ ⎠= Para que uma quantidade seja conservada, ela deve ser constante no tempo, o que não ocorre neste caso. 1 Problema 10 Usando o oscilador harmônico simples em uma dimensão como um exemplo, ilustre a diferença entre o quadro de Heisenberg e o quadro de Schrödinger. Discuta em particular como (a) as variáveis dinâmicas x e p e (b) o vetor de estado mais geral evolui com o tempo em cada um dos dois quadros. Solução : a. Para a equação de Heisenberg para o operador p temos: [ ] [ ] [ ]{ } 2 2 2 1 1, , 2 , , 2 dp mwp H p x dt i i dp mw p x x x p x dt i ⎡ ⎤= = ⎣ ⎦ = + = = = Temos ainda que: [ ],x p i= = , Logo ( )2 2 2 2 dp mw i x dt i dp mw x dt = − = − == Para a equação de Heisenberg para o operador x , temos: [ ] [ ] [ ]{ } { } 1 , 1 , , 2 1 2 2 dx x H dt i dx p x p x p p dt mi dx i p dt mi dx p dt m = = + = = = = == 2 Logo, temos duas equações acopladas: 2 dx p dt m dp mw x dt = = − Derivando a primeira: ( ) 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 0 d x dp dt m dt d x mw x dt m d x w x dt = = − + = , e derivando a segunda: 2 2 2 2 2 2 2 0 d p dx pmw mw dt dt m d p w p dt = − = − + = . Condições iniciais: 0 0 (0) (0) x x p p =⎧⎨ =⎩ e 0 2 0 (0) (0) px mp mw x ⎧ =⎪⎨⎪ = −⎩ � � Soluções: (0)( ) (0)cos px t x wt senwt mw ⎡ ⎤= + ⎢ ⎥⎣ ⎦ 3 ...................................................................................................................... Demonstração : 0 0 0 0 (0) (0) cos x x A x p px Bw wt m m = → = = → =� 0pB mw → = ...................................................................................................................... [ ]( ) (0) (0)cosp t mwx senwt p wt= − + ...................................................................................................................... Demonstração : 0 0 2 2 0 0 (0) (0) cos p p C x p w x mw x DwBw wt = → = = − → − = +� 0D mwx→ = − ...................................................................................................................... Utilizando estas equações podemos mostrar que o Hamiltoniano é independente do tempo. [ ]{ } { } 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 ( ) 1( ) ( ) 2 2 1( ) (0) (0)cos 2 1 (0)(0)cos 2 1( ) (0) (0)cos 2 (0) (0) cos 2 1 (0) 2 (0) (0)(0)cos cos 2 p tH t mw x t m H t mwx senwt p wt m pmw x wt senwt mw H t m w x sen wt p wt mwx p senwt wt m p x pmw x wt sen wt wt m w mw = + = − + + ⎧ ⎫⎡ ⎤+⎨ ⎬⎢ ⎥⎣ ⎦⎩ ⎭ = + − + + 2 2 2 2 2 20 0 (0) 1( ) (0) 2 2 1( ) (0) 2 2 senwt pH t mw x m pH t mw x H m ⎧ ⎫⎨ ⎬⎩ ⎭ = + = + = 4 Pode-se perceber que H é independente do tempo. Variáveis dinâmicas x e p são dependentes do tempo no quadro de Heisenberg. No entanto, em 0t = , os quadros de Heisenberg e Schrödinger coincidem, ou seja, 0(0) (0)H Sx x x= = (com ( ) (0)S Sx t x= ) e 0(0) (0)H Sp p p= = (com ( ) (0)S Sp t p= ) Podemos notar a independência em relação ao tempo das variáveis dinâmicas no quadro de Schrödinger 0 0 (0) (0) S S x x p p = = As relações entre os quadros de Heisenberg e Schrödinger são: / / 0 ( ) iHt iHtH S x x t e x e− → = = = e / / 0 ( ) iHt iHtH S p p t e p e− → = = = Ou seja, usando (2.3.48) e (2.3.50), pode-se conhecer: 0 0( ) cosH px t x wt senwt mw ⎛ ⎞= + ⎜ ⎟⎝ ⎠ e 0 0( ) cosHp t p wt mwx senwt= − 5 b. Em 0t = , o vetor de estado geral em ambos os quadros são iguais, 0, 0H S tα α α= = = , e , 0 (0)n n t C nα = =∑ . Em 0t ≠ , temos: , , 0 (0)nH n t t C nα α= = =∑ . Isto é, independente do tempo, enquanto / ( 1/ 2), , 0 (0)iHt iw n tnS n t e t C e nα α− − += = =∑= E é independente do tempo, lembre-se, nós usamos ( 1/ 2) ( ) ( ) H w N F N n F n n = + = = o qual é independente do tempo em ambos os quadros. Podemos pensar também , S tα como , ( )nS n t C t nα =∑ , com ( 1/ 2)( ) (0) iw n tn nC t C e − += 6 A equação de Schrödinger para o vetor de estado é , , S S i t H t t α α∂ =∂= . Neste caso ( )nC t pode ser determinado: a) Quadro de Schrödinger ( 1/ 2)( ) , (0) iw n tn nSC t n t C eα − += = em que os kets de base são independentes do tempo. ...................................................................................................................... Demonstração : ( 1/ 2) , (0) , , (0) n n n iw n t n n t n n C t t C e n α α α α − + = = = ∑ ∑ ∑ Logo ( 1/ 2)( ) (0) iw n tn nC t C e − += ou ( ) ,n SC t n tα= ...................................................................................................................... 7 b) Quadro de Heisenberg / ( 1/ 2)( ) , , , 0 (0)iHt iw n tn nH HC t n t t t C en eα α− − += = = == com os kets de base /, iHtn t e n= = dependentes do tempo. 1 Problema 11 Considere uma partícula sujeita a um potencial do oscilador harmônico simples em uma dimensão. Suponha que em 0t = o vetor de estado seja dado por exp 0ipa−⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠= , Onde p é operador momento e a é algum número com dimensão de comprimento. Usando o quadro de Heisenberg, calcule o valor esperado x para 0t ≥ . Solução : Na descrição de Heisenberg o vetor de estado não varia com o tempo e é igual ao vetor de estado de Schrödinger em 0t = . Então: , exp 0 H ipatα −⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠= (1) Observamos que o operador exp ipa−⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠= é o operador translação espacial em 0t = . Então: , ( , 0) 0 H t a tα = ℑ = (2) onde ( , 0) ', ' , H H a t x t x a tℑ = = + (3) O valor esperado ( )x t é, portanto, dado por: ( ) , ( ) , 0 ( , 0) ( ) ( , 0) 0TH Hx t t x t t a t x t a tα α= = ℑ = ℑ = (4) A forma como ( )x t varia com o tempo é obtida resolvendo-se a equação de movimento de Heisenberg. Isto já foi feito no texto e o resultado é 2 (0)( ) (0)cos px t x wt senwt mw = + . (5) Substituindo esta em (4), resulta em † † ( ) 0 ( , 0) (0) ( , 0) 0 cos 0 ( , 0) (0) ( , 0) 0 x t a t x a t wt senwta t p a t mw = ℑ = ℑ = + ℑ = ℑ = (6) Pelas propriedades do operador translação temos que: † ( , 0) (0) ( , 0) (0)a t x a t x aℑ = ℑ = = + (7) e † ( , 0) (0) ( , 0) (0)a t p a t pℑ = ℑ = = (8) A primeira destas relações já foi derivada no texto (equação 2.2.7). A segunda surge do fato que ( , 0)a tℑ = comuta com (0)p . Substituindo (7) e (8) em (6), temos: ( ) { } ( ) 0 (0) 0 cos 0 (0) 0 ( ) 0 (0) 0 cos 0 (0) 0 senwtx t x a wt p mw senwtx t x a wt p mw = + + = + + (9) Também já vimos no texto que os valores esperados do operador posição e do operador momento no estado fundamental em 0t = são nulos. Então : 0 (0) 0 0 (0) 0 0x p= = (10) Logo: ( ) cosx t a wt= (11) 1 Problema 12 a. Escreva abaixo a função de onda (em coordenadas espaciais) para o estado especificado no problema 11 em 0t = . Você pode usar 2 1/ 4 1/ 2 0 0 1 '' 0 exp 2 xx x x π − − ⎡ ⎤⎛ ⎞⎢ ⎥= − ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦ , (1) onde 1/ 2 0x mw ⎡ ⎤⎛ ⎞≡⎢ ⎥⎜ ⎟⎝ ⎠⎢ ⎥⎣ ⎦ = . b. Obtenha uma expressão simples para a probabilidade que o estado seja achado no estado fundamental em 0t = . Essa probabilidade muda para 0t > ? Solução : a. O estado especificado no problema anterior em 0t = é: / 0ipaeα −= = . (2) A função de onda para este estado é dada por /( ') ' ' 0ipax x x eψ α −= = = . (3) Identificando o operador exp ipa−⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠= como o operador translação espacial temos que, quando aplicado sobre o bra 'x em (3), a função de onda se torna: ( ') ' 0x x aψ = − .(4) 2 Aplicando o operador identidade '' '' ''dx x x∫ nesta expressão temos que: ( ') '' ' '' '' 0x dx x a x xψ = −∫ , (5) onde '' 0x é dado pela expressão (1). Usaremos a notação 0 ( '') '' 0x xψ = . (6) A expressão (5) pode então ser escrita como [ ] 0 0( ') ' ' '' ( ' ) ( '') ( ' )x dx x x a x x aψ δ ψ ψ= − − = −∫ . (7) Usando a expressão (1), temos finalmente: 2 1/ 4 1/ 2 0 2 0 1 ( ' )( ') exp 2 x ax x x ψ π − − ⎡ ⎤−= −⎢ ⎥⎣ ⎦ . (8) b. A probabilidade de que o sistema esteja no estado fundamental em 0t = é dada por 222 / /0 0 0 ' 0 ' ' 0ipa ipae dx x x eα − −= = ∫= = . (9) Usando (1), (3), (6) e (8), temos que: ( ) 22 * 0 2 2 1/ 2 1 2 2 2 0 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 2 2 2 1/ 2 02 2 0 0 2 2 2 0 0 ' ( ') ( ') 10 'exp 2 ' 2 ' 2 1 10 'exp ' ' 2 10 exp 4 0 exp 2 o dx x x x dx x ax a x a adx x x x x x x ax x x a x α ψ ψ α π α π α ππ α − − = ⎡ ⎤= − − +⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎡ ⎤= − + −⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎛ ⎞−= ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎛ ⎞−= ⎜ ⎟⎝ ⎠ ∫ ∫ ∫ (10) 1 Problema 13 Considere um oscilador harmônico simples em uma dimensão a. Usando † 2 a mw ipx a mw ⎫ ⎛ ⎞= ±⎬ ⎜ ⎟⎝ ⎠⎭ = , (1) e † 1 1 1 n na n a n n n ⎧ −⎫⎪ ⎪=⎬ ⎨ + +⎪⎭ ⎪⎩ , (2) Calcule m x n , m p n , { },m x p n , 2m x n e 2m p n . b. Mostre que o teorema do virial vale para os valores esperados da energia potencial e cinética quando se considera um autoestado de energia. Solução : Podemos, usando (1), escrever os operadores x e p em função dos operadores a e †a : †( ) 2 x a a mw = += (3) †( ) 2 m wp i a a= − += (4) Usando estas expressões e com o auxílio de (2), temos: 2 † , 1 , 1 2 1 1 1 2 1 2 m n m n m x n m a n m a n mw m x n n m n n m n mw m x n n n mw δ δ− + ⎡ ⎤= +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= − + + +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= + +⎣ ⎦ = = = (5) e † , 1 , 1 2 1 2 m n m n m wm p n i m a n m a n m wm p n i n nδ δ− + ⎡ ⎤= − +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= − + +⎣ ⎦ = = (6) Usando (3) e (4) escrevemos o operador { },x p { } { } 2 † † †2 2 † † †2 2 †2 , ( ) 2 , ( ) x p xp px i a aa a a a a aa a a a x p i a a = + = − + − + − − + + = − + = = (7) Então, { } ( )2 †2,m x p n i m a n m a n= − += (8) Observando (2), temos: 2 ( 1) 2a n n n n= − − (9) e †2 ( 1)( 2) 2a n n n n= + + + . (10) Substituído estas expressões em (8), temos: { } ( ), 2 , 2, ( 1) ( 1)( 2)m n m nm x p n i n n n nδ δ− += − − + + += (11) 3 Escrevemos agora os operadores 2x e 2p usando (3) e (4): ( )2 2 † † †22x a aa a a amw= + + += (12) ( )2 2 † † †22m wp a aa a a a= − − − += (13) Assim, temos: ( )2 2 † † †22m x n m a n m aa n m a a n m a nmw= + + += (14) Observando que †a a N= ; † †,aa a a N⎡ ⎤= +⎣ ⎦ e que †, 1a a⎡ ⎤ =⎣ ⎦ , o que sai de (2), sendo que N n n n= , temos que: ( )2 , 2 , , 2( 1) (2 1) ( 1)( 2)2 m n m n m nm x n n n n n nmw δ δ δ− += − + + + + += (15) onde usamos (9) e (10). Da mesma forma, usando (13), temos: ( ) ( ) 2 2 †2 2 , 2 , , 2 ( 1) 2 ( 1) (2 1) ( 1)( 2) 2 m n m n m n m wm p n m a n m N n m N n m a n m wm p n n n n n nδ δ δ− + = − − + − + = − − − + + + + = = (16) Consideraremos agora os valores esperados das energias cinética e potencial usando (16) e (15), com m n= : [ ]21 12 1 2 4 2 2 w wT n p n n n m ⎛ ⎞= = − − − = +⎜ ⎟⎝ ⎠ = = (17) e ( )2 2 12 1 2 4 2 2 mw w wV n x n n n⎛ ⎞= = + = +⎜ ⎟⎝ ⎠ = = (18) 4 De (17) e (18) vemos que T V= . (19) que e o Teorema Virial. 1 Problema 14 a. Usando ( ) 1/ 2 ' '/' ' 2 ip xx p eπ −= == (uma dimensão) (1) prove ' ' ' p x i p p α α∂= ∂= . (2) b. Considere um oscilador harmônico em uma dimensão. Começando com a equação de Schrödinger para o vetor de estado, derive a equação de Schrödinger para a função de onda para o espaço dos momentos. (esteja certo em distinguir o operador p a partir do autovalor 'p .) Você pode encontrar as autofunções de energia no espaço dos momentos? Solução : a. Calcularemos a quantidade ' 'p x x usando (1): ( ) ( ) * 1/ 2 ' '/ 1/ 2 ' '/ ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' 2 ' ' ' 2 ' ' ' ' ' ' ip x ip x p x x x p x x x p p x x x e p x x i e p p x x i p x p π π − − − − = = = ∂ ⎡ ⎤= ⎣ ⎦∂ ∂= ∂ = = = = = = (3) Consideraremos agora a quantidade 'p x α . Com o auxílio do operador identidade escrevemos esta quantidade como: ' ' ' ' 'dx p x x x p xα α=∫ . 2 Substituindo (3) nesta integral temos que: ' ' ' ' ' ' p x i dx p x x p α α⎛ ⎞∂= ⎜ ⎟∂⎝ ⎠∫= (4) Supondo que α não seja o autoestado 'p do operador p , temos que o produto interno 'x α não depende de 'p . Logo, podemos escrever este produto sob a operação de derivação em (4). ( )' ' ' ' ' ' p x i dx p x x p α α∂= ∂∫= (5) A derivação em 'p e a integração em 'x são operações independentes. Logo: ' ' ' ' ' ' ' ' p x i dx p x x i p p p α α α∂ ∂= =∂ ∂∫= = (6) b. A equacao de Schrödinger para um vetor de estado é a seguinte: 0 0, ; , ;i t t H t tt α α∂ =∂= (7) Aplicando o bra 'p (independente do tempo) a ambos os lados desta equação esta se torna: 0 0' , ; ' , ;i p t t p H t tt α α∂ =∂= (8) No caso do oscilador harmônico simples unidimensional o Hamiltoniano é dada por: 2 2 2 2 2 p mw xH m = + (9) 3 Assim o lado direito de (8) fica 2 2 2 0 0 0 1' , ; ' , ; ' , ; 2 2 mwp H t t p p t t p x t t m α α α= + . (10)O primeiro termo do lado direito desta expressão resulta em 2 2 0 0 1 '' , ; ' , ; 2 2 pp p t t p t t m m α α= (11) O fator 2 0' , ;p x t tα de (10) é calculado como segue: 2 0 0' , ; '' ' '' '' , ;p x t t dp p x p p x t tα α= ∫ (12) Usando a expressão (6), temos: ' '' ' '' ( ' '') ' ' p x p i p p i p p p p δ∂ ∂= = −∂ ∂= = (13) 0 0'' , ; '' , ;'' p x t t i p t t p α α∂= ∂= (14) 4 Substituindo isto na integral em (12), temos que: ( ) ( ) ( ) 22 0 0 22 0 0 22 0 0 2 2 2 0 02 ' , ; '' ( ' '') '' , ; ' '' ' , ; '' ( ' '') '' , ; ' '' ' , ; ' , ; ' ' ' , ; ' , ; ' p x t t i dp p p p t t p p p x t t i dp p p p t t p p p x t t i p t t p p p x t t p t t p α δ α α δ α α α α α ⎡ ⎤∂ ∂= −⎢ ⎥∂ ∂⎣ ⎦ ∂ ∂= −∂ ∂ ∂ ∂= ∂ ∂ ∂= − ∂ ∫ ∫ = = = = (15) onde usamos a seguinte propriedade da função delta de Dirac: '' ( ' '') ( '') ( ')dp p p G p G pδ − =∫ Em que ( ')G p é uma função qualquer do argumento 'p . Assim, substituindo (11) e (15) em (10), temos: 2 2 2 2 0 0 0'2 '' , ; ' , ; ' , ; 2 2 p mwp H t t p t t p t t m p α α α∂= − ∂ = . (16) Substituindo esta expressão em (8) e usando a notação 0( ') ' , ;p p t tφ α≡ , temos: '2 2 2 2 2( ') ( ') ( ')2 2 ' p mwi p p p t m p φ φ φ∂ ∂= −∂ ∂ == (17) Esta é a equação de Schrödinger para a função de onda no espaço dos momentos. Vemos que a equação (17) se assemelha muito com a equação no espaço de coordenadas. Com um re-escalonamento conveniente do sistema de unidades podemos fazer que as autofunções ( ')E pφ tenham a mesma forma funcional que ( ')xψ . Assim, mediante um re-escalonamento conveniente, podemos fazer 5 ( ') ( ')E Ep pφ ψ= . 1 Problema 15 Considere uma função, conhecida como função de correlação, definida por ( ) ( ) (0)C t x t x= , onde ( )x t é o operador posição no quadro de Heisenberg. Calcule a função de correlação explicitamente para o estado fundamental de um oscilador harmônico simples em uma dimensão. Solução : O estado fundamental do oscilador simples unidimensional é caracterizado pela função de onda: 2 1/ 4 1/ 2 0 0 1 '' 0 exp 2 xx x x π − − ⎡ ⎤⎛ ⎞⎢ ⎥= − ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦ , (1) onde 0x mw = = . A função de correlação neste estado é dada por ( ) 0 ( ) (0) 0C t x t x= (2) A solução da equação de movimento de Heisenberg para o operador ( )x t já é conhecida, (0)( ) (0)cos Px t x wt senwt mw = + . (3) Substituindo em (2), vem: 2 1( ) 0 (0) 0 cos 0 (0) (0) 0C t x wt p x senwt mw = + (4) 2 Do exercício (13) podemos determinar 20 (0) 0x . Então 2 2 00 (0) 0 2 2 xx mw = == . (5) O segundo termo do lado direito de (4) pode ser calculado facilmente escrevendo os operadores (0)p e (0)x em termos dos operadores de criação e aniquilação, de maneira idêntica a feita no exercício (13). Assim, aquele termo resulta em: 21 0 (0) (0) 0 2 2 oxp x senwt senwt senwt mw imw i = == (6) Assim, substituindo (5) e (6) em (4), temos que [ ]2 20( ) cos 2 2 iwtox xC t wt isenwt e−= − = . (7) 1 Problema 16 Considere de novo o oscilador harmônico simples em uma dimensão. Faça o seguinte algebricamente, isto é, sem usar funções de onda. a. Construa uma combinação linear de 0 e 1 tal que x seja tão grande quanto o possível. b. Suponha que o oscilador esteja dentro do estado construído em (a) em 0t = . Qual é o vetor de estado para 0t > no quadro de Schrödinger? Calcule o valor esperado de x como uma função do tempo para 0t > usando (i) o quadro de Schrödinger e (ii) o quadro de Heisenberg. c. Calcule ( )2xΔ como uma função do tempo usando ambos os quadros. Solução : a. Seja α o estado definido como combinação linear de 0 e 1 , então: 0 1a bα = + Assim temos: ( ) ( )* *1 0 0 1x x b a x a bα α= = + + . Agora temos que: ( ) ( ) † † 0 0 1 2 2 1 1 0 2 2 2 2 2 x a a mw mw x a a mw mw mw = + = = + = + = = = = = Logo, (1) se torna: 2 ( ) ( ) * * * * 1 0 1 0 2 2 2 2 2 2 x x b a a b b mw mw mw x b a a b mw α α ⎡ ⎤= = + + +⎢ ⎥⎣ ⎦ = + = = = = Se, a e b são reais, podemos escrever: 2 2 x ab mw = = (1) Se, 1α α = ; então 2 2 2 21a b a b+ = = + , logo podemos determinar b em função de a , logo, 21b a= − , substituindo (1) temos: 1/ 2 1/ 2 2 2 22 1 1 2 x a a a a mw mw ⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − = −⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ = = Assim x será máximo quando 2( ) 1f a a a= − for máximo. Assim, o valor de a a= � tal que ( )f a e máximo e obtido igualando a derivada de ( )f a a zero. Logo, '( ) 0f a = Temos: ( ) 1/ 22 2 2 2 2 1/ 2 2 1/ 2 2 2 11 . 1 ( 2 ) 0 2 1 (1 ) 0 (1 ) 1 0 1 2 a a a a a a a x a a a a − − − + − − = − − − = − − − = = ± � � � � � � � � � � � Agora, temos dois valores possíveis para a� . Assim, vamos tomar a segunda derivada para determinar especificamente o valor de a� que maximiza ( )f a . Assim, temos: 3 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1/ 2 1/ 22 2 1/ 22 2 1/ 2 1/ 22 2 1/ 2 22 1/ 2 1/ 22 2 1/ 2 22 12 1 1 ( 2 )1 2''( ) 1 2 2 1 2 1 1 ''( ) 11 2 1 11''( ) 11 a a a a f a a a a a aaf a aa a a f a a aa − − − − ⎛ ⎞− − − −⎜ ⎟= − − −⎜ ⎟−⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎛ ⎞− + −− ⎜ ⎟= − ⎜ ⎟−− ⎝ ⎠ ⎡ ⎤− + −⎢ ⎥= − +⎢ ⎥−−⎣ ⎦ Vemos que o sinal de ''( )f a depende exclusivamente do sinal do fator “ a− ” multiplicando a função entre colchetes, que por sua vez sempre resulta em um valor positivo independente do sinal de a . Assim, para que a� seja um ponto de máximo, devemos ter ( ) '' 0f a < , o que ocorre somente se 1/ 2a = +� . Assim, o valor médio fica max 1 2 2 x mw = = . Logo, como 2 2 1 11 1 2 2 b a ⎛ ⎞= − = − =⎜ ⎟⎝ ⎠ , o estado que maximiza x será: 1 10 1 2 2 α = + b. Na representação de Schrödinger, os operadores estão fixos, e os kets evoluem. Assim, temos ( )0 1, 0; ( ,0) 0 12t t U t U Uα α= = = + (1) 4 Com /( ,0) iHtU t e−= = , e 2 2 21 2 2 pH mw x m = + , cujos autovalores são, 1 2n E n w⎛ ⎞= +⎜ ⎟⎝ ⎠= , então, temos que: /( ,0) niE tU t n e n−= = Portanto (1) se torna: ( ) ( ) / 2 3 / 2 0 / 2 3 / 2 0 1, 0; 0 1 2 1, 0; 0 1 2 i wt wti iwt iwt t t e e t t e e α α − − − − = = + = = + = = = = Cálculo dos valores médios de x , x : (i) Versão de Schrödinger Vamos usar †( ) 2 x a a mw = += . Agora, na versãode Schrödinger, o valor médio será: ( )( )( ) ( )( ) ( )( ) † 0 0 0 0 † / 2 3 / 2 0 / 2 3 / 2 3 / 2 0 / 2 3 / 2 / 2 3 / 2 3 / 2 2 / 2 2 , 0; , 0; , 0; , 0; 2 , 0; 0 1 4 , 0; 1 0 2 2 4 1 0 1 1 0 2 2 42 2 iwt iwt iwt iwt iwt iwt iwt iwt iwt iwt iwt iw x t t x t t t t a a t t mw x t t a a e e mw x t t e e e mw x e e e e e mw e ex mw α α α α α α − − − − − − − − − + = = = = = + = = = + + = = + + ⎡ ⎤= + + +⎣ ⎦ += = = = = = / 2 2 cos 2 t x wt mw ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠ = = 5 (ii) Versão de Heisenberg Precisamos determinar o valor de ( )x t , pois nesta versão x evolui no tempo. Assim, sabendo-se que 2 2 21 2 2 pH mw x m = + , temos: [ ]1 ,dx x H dt i = = Assim, substituindo H , temos: 2 2 21 1 1, , 2 2 dx px x mw x dt i m i ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= +⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦⎣ ⎦= = [ ] [ ]{ } 21 , 2 1 , , 2 1 2 2 ( ) dx x p dt im dx p x p x p p dt im dx i p dt im dx p t dt m ⎡ ⎤= ⎣ ⎦ = + = = = = == (1) Agora [ ] [ ] [ ]( ) 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1, , , 2 2 1 1 1, , , 2 2 1 2 2 dp pp H p p mw x dt i i m i dp mw p x x p x p x x dt i i dp mw i x dt i ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= = +⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦⎣ ⎦ ⎡ ⎤= = +⎣ ⎦ = − = = = = = == Com [ ] [ ], ,p x x p i= − = − = , temos: 2dp mw x dt = − . (2) Substituindo (2) em (1), obtemos: 6 ( )2 22 2 2 2 1 1 0 d x dp mw x dt m dt m d x wx dt = = − + = (3) Sendo ( ) tx t eλ= ; 2( ) tx t eλλ=�� , logo, a eq. (3), se torna: 2 2 0t te w eλ λλ + = . Como 0te tλ ≠ ∀ , então, iwλ = ± . E temos duas situações possíveis. Logo ( ) ( ) 'cos ' iwt iwtx t Ae Be x t A wt B senwt −= + = + onde 'A e 'B são constantes. Derivando ( )x t em relação a t , temos: ( ) ' 'cosx t wA senwt wB wt= − +� E, se ( 0) (0)x t x= = e, ( 0) (0)x t x= =� � , obtemos: ' (0)A x= e, (0) ' ' (0) / x B w B x w = = � � . 7 Logo (0)( ) (0)cos xx t x wt senwt w = + � . (3) Observação: No cálculo do comutador, [ ]( ), ( )x t p t , fizemos: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] † † † † † † † † † † ( ), ( ) ( ) (0) , (0) ( ), ( ) (0) (0) (0) (0) ( ), ( ) (0) (0) (0) (0) ( ), ( ) ( (0) (0) (0) (0)) ( ), ( ) , x t p t U t x U U p U x t p t U x UU p U U p UU x U x t p t U x p U U p x U x t p t U x p p x U x t p t U x p U ⎡ ⎤= ⎣ ⎦ = − = − = − = E como [ ](0), (0)x p i= = , temos [ ] [ ]† †( ), ( ) (0), (0)x t p t U x p U i U U i= = == = . Pois † 1U U = , ou seja, o operador de evolução temporal é unitário. Agora podemos determinar o valor médio de ( )x t na versão de Heisenberg. Sabemos que os ket’s, nesta representação estão fixos, logo, ( )( )1( ) 0 1 0 1 2H x x t x xα α ⎡ ⎤= = + +⎣ ⎦ (4) 8 Agora, na equação (3), observamos que (0) (0)x p w mw =� , assim, (0)( ) (0)cos px t x wt senwt mw = + Logo ( ) ( ) 0 cos (0) 0 (0) 0 1( ) 0 cos 1 1 2 2 ( ) 0 cos 1 1 2 ( ) 0 1 2 iwt senwtx t wtx p mw senwt m wx t wt mw mw i x t wt isenwt mw x t e mw = + = + − = + = = = = = Também 1/ 2 1/ 2 (0)( ) 1 (0)cos 1 ( ) 1 cos (0) 1 (0) 1 ( ) 1 cos 0 2 2 0 2 2 2 2 2 2 ( ) 1 0 2 2 2 2 iwt iwt px t x wt senwt mw senwtx t wtx p mw senwt m w m wx t wt i i mw mw mw x t e e mw mw − ⎛ ⎞= +⎜ ⎟⎝ ⎠ = + ⎡ ⎤ ⎛ ⎞= + + − +⎜ ⎟⎢ ⎥ ⎜ ⎟⎣ ⎦ ⎝ ⎠ = + = = = = = = E substituindo estes resultados em (4), vamos obter: ( ) ( ) 1 0 1 1 0 2 2 2 2 2 2 1 2 2 cos 2 iwt iwt iwt H iwt iwt H H x e e e mw mw mw x e e mw x wt mw − − ⎡ ⎤⎛ ⎞= + + +⎢ ⎥⎜ ⎟⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦ = + = = = = = = 9 e vemos que H S x x= . c. Vamos usar a representação de Schrödinger. Temos, ( ) ( )22 22x x x x xΔ = − = − . Já conhecemos x . Vamos calcular 2x , assim, 2 2 0 0, ; , ;x t t x t tα α= . Agora, 2 † † † †( ) 2 x aa a a aa aa mw = + + += , logo ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 † † † † / 2 3 / 2 † † † † 0 2 / 2 1/ 2 1/ 2 3 / 2 0 2 / 2 / 2 3 / 2 3 / 2 2 1 , ; 0 1 22 1 , ; 2 2 0 2 3 3 1 2 1 22 0 0 3 1 1 4 (1 3) 4 iwt iwt iwt iwt iwt iwt iwt iwt x t t aa a a aa a a e e aa a a a a aa mw x t t e e mw x e e e e mw x mw α α − − − − − − ⎡ ⎤= + + + + + + +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= + + + +⎣ ⎦ = + = + = = = = Logo, 2x mw = = . Lembrando que cos 2 x wt mw = = , e 2 2cos 2 x wt mw = = , temos: 10 ( ) ( ) 2 2 2 2 cos 2 cos1 2 x wt mw mw wtx mw Δ = − ⎛ ⎞Δ = −⎜ ⎟⎝ ⎠ = = = . 1 Problema 17 Mostre para o oscilador harmônico simples em uma dimensão 2 20 0 exp 0 0 / 2ikxe k x⎡ ⎤= −⎣ ⎦ , onde x é o operador posição. Solução : Da equacao (1.7.10), temos: ' '' ' ' '' ''A dx dx x x A x xβ α β α= ∫ ∫ . Fazendo : 0 0 ikxA e α β = = = temos: 0 0 ' '' 0 ' ' '' '' 0ikx ikxA e dx dx x x e x xβ α = = ∫ ∫ * 0 00 0 ' '' ( ') ' '' ( '') ikx ikxe dx dx x x e x xψ ψ= ∫ ∫ * '' 0 00 0 ' '' ( ') ( '') ' '' ikx ikxe dx dx x e x x xψ ψ= ∫ ∫ * '' 0 00 0 ' '' ( ') ( '') ( ' '') ikx ikxe dx dx x e x x xψ ψ δ= −∫ ∫ * '' 0 00 0 ' ( ') '' ( '') ( ' '') ikx ikxe dx x dx e x x xψ ψ δ= −∫ ∫ * ' 0 00 0 ' ( ') ( ') ikx ikxe dx x e xψ ψ= ∫ (1) 2 Temos ainda da equação (2.3.30) que 2 0 1/ 4 1/ 2 0 0 1 1 '' 0 ( ') exp 2 xx x x x ψ π ⎡ ⎤⎛ ⎞⎢ ⎥= = − ⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦ , em que 0x mw = = , ou 1/ 4 2 0' 0 ( ') exp 2 mw mwxx xψ π ⎛ ⎞⎛ ⎞= = −⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠= = . Também, do problema 13, temos: 20 0 2 x mw = = ou { }2 , 2 , , 2( 1) (2 1) ( 1)( 2)2 m n m n m nm x n n n n n nmw δ δ δ− += − + + + + += . Fazendo 'x x= na expressão (1), temos: 2 2 1 1 4 4 / 2 / 20 0ikx mwx mwx ikxmw mwe dxe e eπ π − −⎛ ⎞ ⎛ ⎞= ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ∫ = == = 2 1/ 2 /0 0ikx ikx mwxmwe dxeπ −⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠ ∫ == Esta integral pode ser calculada usando a fórmula 2 2( ) ( 4 ) / 4ax bx c b ac adxe e a π+∞ − + + − −∞ =∫ , 3 em que 2 2 / 0 a mw b ik b k c = = − → = − = = Temos finalmente que: 2 1/ 2 / 40 0ikx k mwmwe e mw π π −⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠ == = 2 2 20 0 k ikx mwe e ⎛ ⎞− ⎜ ⎟⎝ ⎠= = 2 20 0 20 0 k xikxe e −= 1 Problema 18 Um estado coerente de um oscilador harmônico em uma dimensão é definido estar em um autoestado do operador não-Hermitiano de aniquilação a : a λ λ λ= , onde λ é, em geral, um número complexo. a. Prove que 2 †/ 2 0ae eλ λλ −= é um estado coerente normalizado. b. Prove a relação de incerteza mínima para um tal estado. c. Escreva λ como 0 ( ) n f n nλ ∞ = =∑ . Mostre que a distribuição de 2( )f n com respeito a n é da forma de Poisson. Encontre o valor mais provável de n , então deE . d. Mostre que um estado coerente pode também ser obtido pela aplicação do operador translação (deslocamento finito) /iple− = (onde p é o operador momento, e l é a distancia deslocada) ao estado fundamental. (veja também Gottfried 1966, 262-64.) Solução : a. Temos que escrever λ na base do Hamiltoniano, pois conhecemos a sua atuação sobre os kets da base da energia. Assim, temos: a λ λ λ= 2 0 0n n a n n n nλ λ λ∞ ∞ = = =∑ ∑ 1/ 2 0 0 1 n n n n n n nλ λ λ∞ ∞ = = − =∑ ∑ 1/ 2 1 0 0 1 n n n n n n nλ λ λ∞ ∞ = = + − =∑ ∑ 1/ 2 ' 0 0 ( ' 1) ' ' 1 n n n n n n nλ λ λ∞ ∞ = = + + =∑ ∑ Como 'n é um índice mudo, fazemos a troca 'n n= , logo: 1/ 2 0 0 ( 1) 1 n n n n n n nλ λ λ∞ ∞ = = + + =∑ ∑ 1/ 2 0 ( 1) 1 0 n n n n nλ λ λ∞ = ⎡ ⎤+ + − =⎣ ⎦∑ Desde que os kets { }n formam uma base, eles são linearmente independentes e, assim, para que a igualdade seja satisfeita, devemos ter: 1/ 2( 1) 1 0n n nλ λ λ+ + − = 1/ 21 ( 1) n n n λλ λ+ = + (1) A equação é uma relação de recorrência que permite determinar os coeficientes de λ na expansão na base { }n , em termos de 0 λ . Assim, vamos calcular alguns termos: 1 0λ λ λ= 2 1/ 2 1/ 22 1 02 2 λ λλ λ λ= = 3 3 1/ 2 1/ 23 03 (3!) λ λλ λ= = . . . 1/ 2 0( !) n n n λλ λ= Portanto, temos: 1/ 2 0 0 0 ( !) n n n n n n n λλ λ λ∞ ∞ = = = =∑ ∑ 1/ 2 0 0 ( !) n n n n λλ λ ∞ = = ∑ (2) Para determinar 0 λ , vamos impor que 1λ λ = , logo 1λ λ = , ou seja, 2 1/ 2 0, 0 0 ( ! !) n m n m m n n m λλ λ λ +∞ = = = ∑ 2 2 2 2 2 , 1/ 21/ 2 2, 0 0 0 0 0 1 ( ! !) !( !) n m n n n m n m n nn m nn λ λ λλ λ λ δ λ λ + = = = = = =⎡ ⎤⎣ ⎦ ∑ ∑ ∑ Como 2 2 0 ! n n e n λ λ∞ = =∑ , então temos 22 0 1eλλ = . 4 Portanto: 22 0 e λλ −= 2 / 20 e λλ −= Caso λ seja real, então 22 / 2/ 2e e λλ −− = , e podemos escrever , 2 / 20 e λλ −= . E substituindo (3) em (2), obtemos: 2 / 2 1/ 2 0 ( !) n n e n n λ λλ ∞− = = ∑ (4) O operador †a atuando sobre n p vezes, tem o termo: [ ]1/ 2† ( )( 1)...( 1)pa n n p n p n n p= + + − + + , ou, ( ) 1/ 2† ! ! p n pa n n p n ⎡ ⎤+= +⎢ ⎥⎣ ⎦ , e se 0n = , temos: † 1/ 20 ( !)pa p p= , (5) ou † 1/ 2 1 0 ! ( !) p pa p p = . 5 De modo que podemos reescrever (4) como, 2 2 †/ 2 / 2 1/ 2 0 0 0 ( !) ! n n n n n n ae e n n λ λλ λ λ∞ ∞− − = = ⎛ ⎞= =⎜ ⎟⎝ ⎠∑ ∑ , 2 2† †/ 2 / 2 0 0 ( )0 0 ! ! n n n n n a ae e n n λ λλ λλ ∞ ∞− − = = ⎛ ⎞ ⎡ ⎤= =⎜ ⎟ ⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎣ ⎦∑ ∑ . E reconhecemos a soma como †aeλ , logo, 2 †/ 2 0ae eλ λλ −= . (6) Vemos então, que a partir da equação que define λ como um estado coerente obtivemos o ket 2 †/ 2 0ae eλ λλ −= , o que mostra que o mesmo é compatível com um estado coerente. Falta mostrar que este estado é normalizado, ou seja: 1λ λ = . Mas vemos que a normalização de λ , foi uma condição imposta para determinar 0 λ a partir de (4), resultando em 2 / 20 e λλ −= . Assim, o fato deste fator existir na equação (6) dada, reflete que o estado λ está normalizado. Segunda maneira de provar que λ é um estado coerente normalizado. Nesta maneira temos o objetivo de a partir da equação que define λ , queremos obter a equação de autovalores que define λ como um estado coerente. Assim, temos: 2 †/ 2 0ae eλ λλ −= (7) 6 E, fazendo ( )† † 0 ! n a n a e n λ λ∞ = =∑ , temos: 2 / 2 † 0 1 0 ! n n n e a n λλ λ∞− = = ∑ . Mas por (5), temos que, † 1/ 20 ( !)na n n= , logo, 2 / 2 1/ 2 0 1 ( !) ! n n e n n n λλ λ∞− = = ∑ . (8) E aplicando o operador aniquilação em (8), obtemos: 2 / 2 1/ 2 0 ( !) ! n n a e n a n n λ λλ ∞− = = ∑ . Como 0 0a = , começamos a soma de 1n = . Logo 2 / 2 1 ! n n a e a n n λ λλ ∞− = = ∑ . Como 1a n n n= − , temos: 2 1/ 2 1/ 2/ 2 1/ 2 1/ 2 1/ 2 1 1 ( 1)!( !) 1 1 ! ( 1)! n n n n n na e n n n n n n n n λ λ λλ ∞ ∞− = = −= − = −−∑ ∑ ( )2 1/ 2/ 2 1 1 ! 1 ( 1)! n n n a e n n λλ λ∞− = ⎡ ⎤−⎣ ⎦= −−∑ E fazendo 1n n= − temos 2 21/ 2 †/ 2 / 21 0 0 ( !) 0 ! ! n n n n n n aa e n e n n λ λλ λ λ λ∞ ∞− −+ = = = =∑ ∑ . 7 ( ) ( )2 2 ††/ 2 / 2 0 0 0 ! n a n a a e e e n λ λ λλλ λ λ∞− − = ⎛ ⎞⎜ ⎟= =⎜ ⎟⎝ ⎠ ∑ Mas como 2 †/ 2 0ae eλ λλ −= , obtemos: a λ λ λ= , que é a relação que define o estado coerente. Temos também que: ( )( )2 2* †0 0a ae e e eλ λλ λλ λ − −= ( )( )2 * †/ 2 0 0a ae e eλ λ λλ λ −= Mas como †, 1a a⎡ ⎤ =⎣ ⎦ , então podemos usar a fórmula de Glauber para reescrever as exponenciais, pois a e †a comutam com o comutador: 2 * † † 2* † * †, / 22 a a a aa a a ae e e e e λλ λ λλ λ λ λ⎡ ⎤+ + ⎣ ⎦ += = . Logo, 2 2 * †/ 2 / 2 0 0a ae e eλ λ λ λλ λ − += ( ) ( )2* † †10 0 0 0 0 ...2!a a a aλ λ λ λ λ λ⎡ ⎤= + + + + +⎢ ⎥⎣ ⎦ , 1 0 0 0 ... 1λ λ = + + + + = 1λ λ = novamente o estado é normalizado. 8 b. Temos que: † † 2 2 x x a a a a mw mw λ λ λ λ λ λ λ λ⎡ ⎤= = + = +⎣ ⎦= = Como, a λ λ λ= e † *aλ λ λ= , assim, ( )* *2 2x mw mwλ λ λ λ λ λ λ λ⎡ ⎤= + = +⎣ ⎦= = (1) e, ( ) 2 2 2 † † † † 2 2 *2 * † 22 * 2 1 2 1 2 x x xx x aa aa a a a a mw x a a mw x mw λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ = = ⎡ ⎤= + + +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= + + + +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= + +⎢ ⎥⎣ ⎦ = = = onde usamos †, 1a a⎡ ⎤ =⎣ ⎦ , e † †1aa a a= + . Portanto, ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 22 2 22 * * 2 2 2 2 2 x x x x mw mw mw x mw λ λ λ λ Δ = − Δ = + + − + Δ = = = = = Vamos agora calcular ( )2pΔ . Sabemos que: 9 ( )†2m wp i a a= − −= , logo, † p p m wp i a a w λ λ λ λ λ λ = ⎡ ⎤= − −⎣ ⎦ = , então: * * 2 2 m wp i m wp i λ λ λ λ λ λ λ λ ⎡ ⎤= − −⎣ ⎦ ⎡ ⎤= − −⎣ ⎦ = = Temos também que: ( ) 2 † † † 2 2 * *2 22 * 2 2 2 1 2 m wp aa a a a a m wp m wp λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ λ ⎡ ⎤= − − − +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= − − − +⎣ ⎦ ⎡ ⎤= − − −⎢ ⎥⎣ ⎦ = = = Logo, ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 22 2 22 * * 2 1 2 2 2 p p p m w m wp m wp λ λ λ λ Δ = − − ⎡ ⎤Δ = − − + −⎢ ⎥⎣ ⎦ Δ = = = = Portanto, 10 ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 2 2 2 2 2 4 m wx p mw x p Δ Δ = Δ Δ = = = = Este é o valor mínimo da relação de incerteza. c. Vamos reescrever a equação (4) do item ”a”: 2 / 2 1/ 2 0 ( !) n
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