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Síndrome da angustia respiratoria

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SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA (SARA)
APRESENTAÇÃO
Disciplina : Respitatória 1
Discentes : Jaqueline Ferreira; Thalauanna Azevedo,
 Pricilla Lucena.
Docente: Ilza Paredes
Curso de Fisioterapia, 6º período.
Conceito	
A SARA é um processo de edema pulmonar, agudo, não hidrostático ou não cardiogênico, acompanhado de uma hipoxemia persistente, associado a uma ampla lista de situações que predispõem ao seu desenvolvimento, caracterizada pelo aumento da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar, com extravasamento de células e proteínas para o interstício pulmonar. E que pode atingir um índice de mortalidade, dependendo do fator etiológico envolvido, de10% a 90%.
 (ANTONIAZZI P et al)
Conceito
Pacientes evoluí, agudamente com;
Taquipnéia
hipoxemia
Diminuição da complacência do sistema respiratório 
infiltrados pulmonares, difusos, na radiografia de tórax.
Por esta razão,
é de fundamental importância identificar o paciente com o risco de desenvolver a síndrome, pois, quanto mais precocemente se intervém na causa básica, melhor será o prognóstico. 
(ANTONIAZZI P et al)
Os fatores de risco mais relacionados à SARA
 Lesão direta ; 
Pneumonia
 Aspiração
 Infecção pulmonar, difusa (bacteriana, viral,pneumocystis e outros)
 Afogamento
 Inalação tóxica
 Contusão pulmonar
 Embolia gordurosa
 Toxicidade pelo oxigênio
Os fatores de risco mais relacionados à SARA
 Lesão indireta;
 Sepse
 Politraumatizado
 Politransfusão
 Choque
 Grandes queimados
 Pancreatite
 Intoxicação 
 Coagulação intravascular, disseminada
 Excesso de fluido
(ANTONIAZZI P et al)
Fases da SARA
O extravazamento do líquido intravascular predomina no início e, à medida que o processo evolui, o edema é substituído pela necrose celular, hiperplasia epitelial, inflamação e fibrose, caracterizando uma lesão alveolar, difusa. A SARA pode ser dividida bem três fases, sendo cada fase variável de acordo com o tempo e a evolução clínica da doença: 
a “fase exsudativa”, de edema e hemorragia, 
a “fase proliferativa” de organização e reparação, 
a “fase de fibrose”.
(ANTONIAZZI P et al)
fase exsudativa
Estende-se, geralmente, durante a primeira semana após o início da insuficiência respiratória, e as alterações vistas na microscopia óptica são ;
congestão capilar.
o edema alvéolo intersticial 
a hemorragia intra alveolar. 
Nessa fase, há uma necrose extensa do epitélio alveolar, com perda da barreira epitelial, alveolar e livre passagem do líquido intersticial para o espaço alveolar, caracterizando, assim, o edema pulmonar não hidrostático.
(ANTONIAZZI P et al)
Fase proliferativa
Os pneumócitos do tipo II (Pneumócito II - Produção do surfactante ) Proliferam se nos septos alveolares a partir do terceiro dia do início da SARA. Os fibroblastos convertem o exsudato em tecido de granulação celular e, posteriormente, pela deposição de colágeno, em tecido fibroso denso. Após a lesão da unidade alvéolo capilar, as paredes alveolares colapsam, e tornam-se vedadas pela deposição de fibrina.
(ANTONIAZZI P et al)
Fase de fibrose pulmonar
Nos pacientes sob ventilação mecânica, que sobrevivem por três (3) ou quatro (4) semanas do início da SARA, o pulmão é totalmente remodelado por tecido rico em fibras de colágeno. Além do colágeno, há um aumento de elastina, fibras musculares lisas e glicoproteínas com comprometimento de todo o sistema alvéolo capilar, envolvido nas trocas gasosas, levando à hipertensão arterial pulmonar, de anormalidades severas • Hipoxemia grave • Não responde ao tratamento • Shunt pulmonar elevado • Acidose respiratória e metabólica extrema, responsáveis pela fase terminal da SARA
(ANTONIAZZI P et al)
Fisiopatologia
A SARA é caracterizada por inflamação difusa da membrana alvéolo-capilar, em resposta a vários fatores de risco pulmonares ou extrapulmonares. Esses fatores de risco causam lesão pulmonar através de mecanismos diretos ou indiretos.
Ocorre lesão à membrana alvéolo-capilar, com extravasamento de fluido rico em proteínas para o espaço alveolar. A lesão epitelial alveolar envolve a membrana basal e os pneumócitos tipo I e tipo II, levando à redução da quantidade e à alteração da funcionalidade do surfactante, com o consequente aumento da tensão superficial alveolar, ocorrência de atelectasias e redução da complacência pulmonar. 
Lesão ao endotélio capilar é associada com numerosos eventos inflamatórios, como recrutamento, sequestro e ativação de neutrófilos; formação de radicais de oxigênio; ativação do sistema de coagulação, levando à trombose microvascular; e recrutamento de células mesenquimais, com a produção de colágeno. No espaço alveolar, o balanço entre mediadores inflamatórios favorece a manutenção da inflamação. A lesão pulmonar inicial é seguida por reparação, remodelamento e alveolite fibrosante.
 (AMATO, Marcelo B. P. et al. 2013). 
Fisiopatologia
Quadro Clínico Respiratório
Evolução do quadro clínico para insuficiência respiratória pode ser súbita ;
Dispnéia. 
Hipoxemia. 
Edema pulmonar.
Taquicardia.
Taquipnéia com batimentos das asas do nariz e cianose.
Roncos e estertores pulmonares bilaterais e difusos. 
A radiografia de tórax mostra infiltrados pulmonares bilaterais e difusos, na maioria dos casos assimétricos, sem evidência de cardiomegalia.
 destacam-se a diminuição da complacência pulmonar. 
 (ANTONIAZZI P et al)
Epidemiologia
A incidência de SDRA é estimada em 79 casos a cada 100 mil habitantes ao ano;
A incidência aumenta de acordo com a idade e chega 306 casos por 100 mil habitantes; 
Sua maior prevalência ocorre na faixa dos 75 aos 84 anos;
A taxa de mortalidade é alta, e estimada entre 34 a 60%.Os pacientes que sobrevivem permanecem muito tempo na UTI; 
DE 10 A 15% dos pacientes admitidos da UTI e cerca de 20% sob ventilação mecânica são pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo.
Uso de Ventilação mecânica / Tipos
Na síndrome do desconforto respiratório agudo é utilizado a ventilação mecânica para promover a troca gasosa adequada e evitar lesões pulmonares decorrentes do comprometimento hemodinâmico e aumento da pressão intratorácica.
É utilizado a ventilação com volume controlado ou ventilação com pressão controlada. No volume controlado utiliza-se fluxo decrescente que proporciona melhor distribuição do ar inspirado e menor pressão na via aérea. Na ventilação com pressão controlada o paciente deve estar sedado e o objetivo é promover conforto e trabalho respiratório mínimo. 
Nesses pacientes o volume corrente baixo, associado a pressão de platô menores que 30 CMH2O são recomendados;
A pressão positiva expiratória final (PEEP) deve ser utilizada para minimizar o potencial de lesão pulmonar e evitar colapso no final da expiração; 
A fração inspirada de Oxigênio (FiO2) deve ser mantida abaixo de 60% sempre que possível. 
Gasometria
Um estudo realizado em 2012 ,em modelos experimentais de sessenta que levaram a severas SDRA observou –se presença de ácidos e mista, na gasometria. 
Todos apresentavam ph menor que 7,35, bicarbonato menor que 22 e PaCO2 acima de 45;
Os pacientes apresentaram tanto ácidos e metabólica, quando respiratória ou apresentavam só distúrbios metabólicas acompanhado de hipercapnia. 
Espirometria
Apresenta quadro obstrutivo com VEF1 abaixo de 80% e capacidade vital forçada normal.
Imagens radiológicas
Presença de infiltrados pulmonares difusos bilaterais no exame radiográfico
Pressão da artéria pulmonar menor ou igual a 18 mmHg 
Quociente entre a pressão arterial de oxigênio e a fração inspirada de oxigênio (PaO2/FiO2) menor ou igual a 200. 
 (ANTONIAZZI,1998)
Imagens radiológicas
(ANTONIAZZI,1998)
Tratamento Fisioterapêutico 
Não existe um tratamento específico para a síndrome do desconforto respiratório agudo. Desse modo, o manejo baseia-se em medidas de suporte e tratamento dirigido para a condição de base subjacente. fisioterapeuta
dentro das UTI, pois as novas técnicas de tratamento e o grande número de elevados recursos têm diminuído a mortalidade, levando pacientes a permanecerem por períodos prolongados restritos ao leito e necessitando de assistência ventilatória mecânica. Tendo como objetivo;
 Manutenção de tônus 
 Força muscular, 
Amplitude articular 
Prevenção de escaras
O fisioterapeuta inicia a movimentação dos membros de forma ativa ou passiva, de acordo com o grau de colaboração do paciente, o mais precocemente possível, associado a mudanças de decúbito e à deambulação de forma segura e gradativa.
Atuação Fisioterapêutica
Manobras de higiene brônquica: São técnicas capazes de reverter rapidamente a hipoxemia causada pela obstrução das vias aéreas e pelo aumento da secreção. Elas permitem a diminuição da carga de trabalho dos músculos respiratórios durante a ventilação mecânica.
Terapia de expansão pulmonar: Os exercícios de expansão pulmonar são exercícios de respirações profundas enfatizando a inspiração.
 
 (MENDES, 2014)
Atuação Fisioterapêutica
Exercícios respiratórios: Retreinar os músculos da respiração melhorando ou redistribuindo a ventilação, diminuindo o trabalho respiratório e melhorando as trocas gasosas. Ensinam o paciente a controlar a respiração, aumentar a coordenação e eficiência dos músculos respiratórios, mobilizar a caixa torácica.
Respiração diafragmática: Melhorar a eficiência da ventilação, diminuir o esforço respiratório, e melhorar a troca de gases e oxigenação.
 
 
 (MENDES, 2014)
Referências
ANTONIAZZI P et al. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). Medicina, Ribeirão Preto, 31: 493-506, out./dez. 1998.
STEFFENS, J. T.C; CAMPOS, R. Manobras de recrutamento alveolar na lesão pulmonar aguda. Rev. Interdisciplinar saúde e meio ambiente 
ÌSOLA et al. Ventilação mecânica na Síndrome do desconforto respiratório agudo SIDA. REVISTA. BRASILEIRA PNEUMOLOGIA. 2007.
GALHARDO,F.P. L. MARTINEZ, J. A. BARBOSA. Síndrome do desconforto respiratório agudo. 2003
MENDES,F.C.V. et al. Ventilação Mecânica na Síndrome da Angústia Respiratória SARA). Revista UNINGÁ Review. V.17.n3.p.24-30.jan/mar 2014

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