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Direitos Humanos - Evolução histórica (inclui direito comparado)

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Estudo para a Prova de Direitos Humanos – 3º PERÍODO 
Direitos e Garantias Fundamentais
Subdividem-se em: 
Direitos individuais (art 5º)
Direito à nacionalidade (art 12º)
Direitos políticos (art 14 a 17)
Direitos sociais (art 6º e 193) 
Direitos Coletivos (art 5º)
Direitos solidários (art 3º e 225) 
Anteriormente à Declaração universal dos Direitos humanos de 1948, entendia-se que Sucessão Geracional, isto é, a criação de novas leis a respeito de um determinado assunto, tinha caráter substitutivo. Ou seja, as gerações mais recentes de leis, superavam as anteriores. 
A partir desta Declaração, inaugurou-se uma concepção contemporânea de direitos que combinava o discurso liberal da cidadania, com o discurso social. Ou seja, a declaração oferece direitos políticos e civis juntamente com direitos sociais, econômicos e culturais; Termos que outrora eram antitéticos passam a ser fornecidos como uma unidade independente e inseparável, ampliando a noção existente de direitos humanos. 
Sendo assim, partindo do critério que classifica os direitos humanos em gerações, metodologicamente, entende-se que uma geração de Direitos não substitui a outra, e se interage com ela. Ou seja, há um afastamento de uma visão geracional de direitos, ao se aproximar de uma nova geração, que defende a expansão e fortalecimento dos Direitos Humanos, sua unidade interdependente e indivisível. Como a autora cita: “Não há mais como cogitar da liberdade divorciada da justiça social, como também infrutífero pensar na justiça social divorciada da liberdade.” (Piovesan, Flavia. 2013 pág. 216). 
1ª Dimensão: Direitos e garantias individuais e políticos clássicos - Liberdades Publicas (Magna Charta de 1215) Entre eles estava o direito da igreja de estar livre da interferência do governo, o direito de todos os cidadãos livres possuírem e herdarem propriedade, e serem protegidos de impostos excessivos.
2ª Dimensão: Direitos sociais, econômicos e culturais – Trabalho, seguro social, subsistência, amparo à doença e à velhice. 
3ª Dimensão: nova roupagem dos Direitos sociais: Direitos de Solidariedade ou fraternidade – Direito a um ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, ap progresso, à paz, à autodeterminação dos povos e a outros direitos difusos (interesses de grupos menos determinados de pessoas, sendo que entre elas não há vínculo jurídico ou fático muito preciso. 
-LIBERTÉ, IGALITÉ, FRATERNITÉ –
JOSÉ AFONSO: 
Magna Charta – 1215 (entrou em vigor em 1225) Símbolo das liberdades públicas, nela consubstanciando-se o esquema básico do desenvolvimento constitucional inglês.
Petition of Rights – 1628 – Petição de Direitos ao monarca, em prol do reconhecimento de Direitos e Liberdades para os súditos da majestade. 
Transação entre o Parlamento e o Rei
A petição pede a observância de direitos e liberdades já garantidos pela Magna Charta, que demonstra que os mandamentos não eram respeitados pelo monarca. Com o crescimento de instituições parlamentares e judiciais, este foi cedendo à imposições democráticas. 
Habeas Corpus – Reivindicações de Liberdade, traduzindo-se, desde logo, e com as alterações posteriores a garantia da liberdade individual, e tirando aos déspotas uma de suas armas mais preciosas, suprimindo as prisões arbitrárias. 
Bill of Rights (1688) Revolução Gloriosa Inglesa – supremacia do parlamento, abdicação do rei Jaime II e designando novos monarcas (Guilherme III e Maria II) que tinhas poderes limitados pela mesma lei. 
Act of Settlement (1707) completa o conjunto de limitações do poder monárquico. 
Declaração de Virginia (1776): Primeira declaração de direitos fundamentais, em sentido moderno. 
Declaração Norte Americana: (1787) declaração de direitos humanos na constituição- Direito a religião, imprensa, reunião pacífica, e direito de petição; inviolabilidade da pessoa, da casa, de papaies e posses de objetos... 
Declaração dos direitos do homem e do cidadão (1789) influenciada pela Revolução Americana, especialemente, a declaração de Virginia. 
	Liberdade, igualdade, Propriedade e legalidade e as garantias individuais ainda se encontram nas declarações contemporâneas, exceto liberdades de reunião, de associação que ela desconhecera – CONCEPÇÃO INDIVIDUALISTA.
NATUREZA JURÍDICA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
São direitos constitucionais na medida em que se inserem no texto de uma Constituição, cuja eficácia e aplicabilidade dependem de seu próprio enunciado - Constituição depende de legislação ulterior para a aplicabilidade de algumas normas definidoras dos direitos sociais (que são inclusos nos fundamentais) 
Eficácia e aplicabilidade imediata 
A CF determina que as normas definidoras dos direitos fundamentais têm aplicação imediata. 
Os direitos humanos fundamentais (art 5º) não podem ser usados como um escudo protetivo para prática de atividades ilícitas. Se houver um conflito entre dois os mais direitos ou garantias fundamentais, o intérprete deve utilizar o principio da concordância prática (harmonização), para combinar os bens jurídicos em conflito, evitando o sacrifício total de uns em relação aos outros, realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance de cada, em busca do verdadeiro significado da norma e da harmonia do texto constitucional com sua finalidade. 
Direitos fundamentais nascem para reduzir a ação do estado aos limites impostos pela constituição, sem desconhecer a subordinação do individuo perante o estado, na garantia de que cada um opere dentro dos limites do direito.
Concepção Jusnaturalista do homem – tais direitos são inatos, absolutos, invioláveis (intransferíveis) e imprescritíveis. 
Historicidade: são históricos como qualquer direito. Nascem, modificam, somem. Baseado no direito natural,na essência do homem ou na natureza das coisas. 
Inalienabilidade: são intrasferíveis, inegociáveis por não serem de conteúdo econômico ou patrimonial.
Imprescritibilidade: Reconhecidos no ordenamento jurídico. Em relação a eles não se verificam requisitos que importem em sua prescrição – não há intercorrência temporal de não exercício (inercia) que fundamente a perda de exigibilidade pela prescrição. 
Irrenunciabilidade: não se renunciam direitos fundamentais. Alguns podem ate não ser exercidos, mas não se admite que sejam renunciados. 
Direitos e as garantias do direito 
Os direitos fundamentais são garantidos na constituição;
Maurice Hauriou: Não basta que o Direito seja reconhecido e declarado, é necessário garanti-lo. 
Ruy Barbosa: Uma coisa é o Direito, outra coisa é a garantia. 
Disposições declaratórias: reconhecem a existência legal, instituem direitos; Disposições securatórias: defesas dos direitos limitam o poder; instituem garantias. 
Sampaio Dória: não é notória as linhas divisórias entre os dois elementos. Direitos são garantias e garantias são direitos. 
Não é decisivo afirmar que os direitos são declaratórios e as garantias assecuratórias, pois, alguns direitos possuem caráter assecuratório e garantias são declaradas na Constituição. 
	Não menciona as garantias, mas boa parte dele constitui-se em garantias através de verbos usados para anuncia-las. A constituição reconhece alguns direitos garantindo-os. Ex.: é assegurado...(art 5º,v); é garantido direito de propriedade (art 5º, XXII), é garantido o direito de herança (art 5º, XXX). Outras vezes, garantias são expressas através da inviolabilidade: a casa é o asilo inviolável do indivíduo (art 5º, XI). Em outros casos ainda, o direito e a garantia se integram “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas” inviolabilidade=garantia; Direito de privacidade= vida privada, honra, imagem pessoal... 
Direitos e deveres individuais (Direitos fundamentais do homem-individuo): Reconhecem autonomia aos particulares, garantindo a iniciativa e a independência dos indivíduos diante dos demais membros da sociedade politica e do próprio estado.
Aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, são assegurados o direito 
À vida (fonte primáriade todos os outros bens jurídicos, dignidade da pessoa humana integridade física, direito a existência digna- direito de estar vivo, de lutar pelo viver e permanecer vivo) 
À liberdade
Liberdade interna: livre arbítrio, simples manifestação da vontade no mundo interior do homem.
Liberdade externa: expressão externa do querer individual, e implica o afastamento de obstáculo, de modo que o homem possa agir livremente.
A LIBERDADE CONSISTE EM PODER FAZER TUDO QUE NÃO PREUJUDIQUE OUTREM: assim o exercício dos direitos naturais do homem não tem outros limites senão os que asseguram aos demais membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Esses limites, somente a lei poderá determinar. A lei não pode proibir senão ações nocivas à sociedade.
Liberdade de pessoa física, liberdade de pensamento, liberdade de expressão coletiva, liberdade de ação profissional (livre escolha de profissão), liberdade de conteúdo econômico e social (liberdade econômica, livre iniciativa, liberdade de comercio). 
 
À igualdade, ( jurídico-formal: igualdade perante a lei; material: proibição de distinção fundadas em certos fatores aos vedarem diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil e qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.) 
Repulsa a qualquer forma de discriminação, a universalidade da seguridade social, a garantia a saúde, à educação baseadas em princípios democráticos e de igualdade de condições para o acesso e 
Permanência na escola, enfim, a preocupação com a justiça social como objetivo das ordens econômica e social constituem reais promessas de busca da igualdade material. 
À segurança 
Direito à segurança refere-se à necessidade de assegurar a todos o exercício dos direitos fundamentais, como o direito à vida, à liberdade pessoal, à integridade física, à inviolabilidade da intimidade, do domicílio e das comunicações pessoais, à propriedade, o direito à legalidade, à segurança das relações jurídicas. A segurança do Estado é exercida pelas denominadas forças de segurança, que são constituídas pelas forças policiais e Forças Armadas. Cada corporação possui a sua atribuição prevista em lei, para se evitar o denominado conflito de competência, que em nada beneficia o cidadão, que é o consumidor final desses serviços que devem ser eficientes e de qualidade.
À propriedade (garantia de um conteúdo mínimo existencial)
Não é um direito natural, pois não se há de confundir a faculdade que tem todo individuo de chegar a ser sujeito desse direito, que é potencial, com o direito de propriedade sobre um bem que so existe quando é atribuído positivamente a uma pessoa, e é sempre direito atual, cuja característica é a faculdade de usar, gozar, e dispor de seus bens
A noção de função social da propriedade relaciona-se com a capacidade produtiva da propriedade, ou seja, trata-se do poder de dar ao objeto da propriedade destino determinado, de vinculá-lo a certo objetivo. Função social é elemento da estrutura e do regime jurídico da propriedade; é, pois, o princípio ordenador da propriedade privada. 
Direitos Sociais e Coletivos
Adquiriu dimensão jurídica através da Constituição Mexicana de 1917; no Brasil, na constituição de 1934, sob influência da Constituição de Weimar (1919). 
Art 6º/CF- direitos sociais: à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, à previdência, proteção à maternidade, à infância, à assistência aos desamparados. 
São prestações positivas proporcionadas pelo estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos. São direitos que se ligam ao direito de igualdade. 
Direito à educação, que designa ao Estado e a família, e toda a sociedade, o dever de incentivar e colaborar com a educação, visando o desenvolvimento da pessoa, em busca de melhor preparação profissional e entendimento como cidadão. 
Direito à saúde, que deve ser garantida pelo Estado, mediante políticas sociais e econômicas que ofereçam saúde a todos, igualmente, contando com ações e programas que reduzam o risco à doenças, e reafirmem a qualidade e eficácia do Sistema de Saúde. 
Direito ao Trabalho, é expresso no art.170, caput. Que afirma que o Estado não poderia estabelecer uma política econômica não recessiva, que garanta a busca do pleno emprego (art. 170, VIII) como fundamento da República, da ordem econômica que se baseiam na valorização do trabalho humano e livre-iniciativa. 
Direito à moradia foi expresso pela EC n.26/2000, que obriga a todos os entes federativos a promover programas de construção de moradias, e melhora das condições habitacionais e de saneamento básico. Além disso, inclui-se a impenhorabilidade do bem de família, que impede de um credor tomar patrimônio móvel ou imóvel que seja de uso e subsistência da família do devedor. 
Direito à lazer, que é automaticamente relacionado à qualidade de vida, permitindo à todos a entrega ao divertimento, ao esporte, ao brinquedo, e para isso, requerem lugares apropriados e tranquilos, oferecidos pelo Estado. 
Direito à segurança, que está relacionada à ideia de garantia individual e segurança publica expostos nos arts. 5º e 6º, como dever do Estado, porém, responsabilidade de tosos, para preservação da ordem, e garantindo de antemão, a segurança das pessoas e da propriedade. 
Direito à previdência social, instituído e garantido pelo Welfare State, é relativo à seguridade social das pessoas, quando não forem mais aptas ao trabalho. 
Proteção à maternidade, que se inclui na previdência, mas que se complementa também como direito assistencial, e trabalhista, que se destina a prorrogar por 60 dias a duração da licença maternidade, fixada em 120 pela constituição. 
Proteção à infância, de natureza assistencial, expressa pelo ECA., e previsto nos art.227. 
Assistência aos desamparados, garantido no art. 203, defende que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, sem levar em consideração a contribuição à seguridade social. Ou seja, serão realizadas ações com recursoso do orçamento da seguridade social, mediante o art. 195. 
Direitos sociais do homem como... 
Como produtor: Liberdade de instituição sindical, direito de greve, direito de o trabalhador determinar as condições de seu trabalho (contrato coletivo de trabalho), direito de cooperar na gestão da empresa e direito de obter emprego. 
Como consumidor: Direitos à saúde, à segurança social, ao desenvolvimento intelectual, i igual acesso das crianças e adultos à instrumento da família, que são indicados no art 6º e desenvolvidos no titulo da ordem social. 
Dos direitos coletivos: especial categoria dos direitos fundamentais (medidas contra o abuso do estado¿)
Direito de acesso à terra urbana, para nela morar e trabalhar; acesso de todos ao trabalho, direito à transporte coletivo, à energia, ao saneamento básico, o direito ao meio ambiente sadio, direito à melhoria da qualidade de vida, direito à preservação de paisagem e da identidade histórica e cultural de coletividade, o direito às informações do poder judiciário(art 5º, XXXIII), direitos de reunião, associação(art 8º e 37,VI) e de sindicalização; direito de manifestação coletiva (greve, art 9º e 37,VII), direito de controle do mercado de bens e serviços essenciais à população, e os direitos de petição e de participação direta. 
Direitos de nacionalidade (é material e formalmente constitucional, apesar de possuir textos na lei ordinária –Código Civil)
Nacionalidade é um vínculo jurídico político de Direito Público interno, que faz da pessoa um dos elementos componentes da dimensão pessoal do Estado – Pontes de Miranda 
Nacional é o brasileiro nato ou naturalizado.
Cidadão qualifica o nacional gozo dos direitos políticos e os participantes da vida do estado.Primária: resulta de fato natural (nascimento), ou porque se determina qual a ligação à ocorrência do nascimento em territóriode um Estado, ou qual relação tida suficiente pelo Estado de que se trata para que o nascimento firme o laço da nacionalidade. 
 
Nacionalidade ius sanguinis (vinculo de sangue); ius solis (nascimento no território) 
Secundária: adquirida por ato voluntário, depois do nascimento, ou porque a pessoa ao nascer tenha outra (ou outras) nacionalidade, e não ainda a de que se trata, ou porque entre a aquisição de nacionalidade e a data do nascimento medeie lapso de tempo em que o individuo não teve nacionalidade. 
 Art 12, I ,c; art 15,II,a da CF (art 69, IV e V – CF de 1891) aquisição de nacionalidade por residência há mais de quinze anos no Brasil, havendo uma combinação da vontade do individuo com o a do estado. 
Polipátrida é quem possui mais de uma nacionalidade, o que acontece quando sua situação de nascimento se vincula aos dois critérios de determinação de nacionalidade primária. Ex.: Filhos de europeus que nascem no Brasil – tem nacionalidade italiana por ius sanguinis e brasileira por ius solis. ( art 12, parágrafo 4º, II,a) 
Heimatlos a pessoa na dada circunstância do nascimento, não se vincula a nenhum daqueles critérios, que lhe determinariam uma nacionalidade. Ex.: filho de brasileiro, nascido na Itália, se seus pais não estiverem a serviço do Brasil. Não adquire nacionalidade italiana, porque lá adotase o ius sanquinis, e não adquire a brasileira por não estar em solo do Brasil, ius solis. 
São brasileiros natos: 
Os nascidos na Republica Federativa do Brasil (território), filhos de pais brasileiros, ou pais estrangeiros que estejam a serviço do seu país ou se estiver no país por conta própria. (exceção a regra ius solis). O filho será brasileiro nato. 
Os nascidos no exterior, de pai ou mãe brasileiros (natos ou naturalizados), desde que qualquer deles esteja a serviço da republica federativa do Brasil, os filhos adotivos também recebem a nacionalidade da mesma forma, desde que sejam filhos de brasileiros
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mão brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente. Ou, o filho de brasileiros que, após atingir a maior idade, requerer nacionalidade se vier a morar no Brasil. 
Naturalização (Art 12,II) 
Naturalização expressa, aquela que depende de requerimento do naturalizando, e compreende duas classes: ordinária e extraordinária. 
Ordinária: é o que se concede ao estrangeiro, residente no país, que preencha os requisitos previstos na lei de naturalização, exigidas aos ordinários de países de língua portuguesa.
Art.12,II, a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
Extraordinária: aos estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram nacionalidade brasileira. 
Perda de nacionalidade
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) (adquirir outra nacionalidade por naturalização VOLUNTÁRIA) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Minimo existencial e Reserva do Possível 
O mínimo existencial consiste na definição, garantia e implementação de um piso mínimo de direitos que permitam o suprimento das necessidades básicas e uma vida digna ao ser humano- o mínimo existencial não se limita a garantir simples sobrevivência física, pois isso significaria uma vida sem opções, o que não proveria a dignidade humana. 
Condições mínimas que o individuo necessita ppara viver dignamente e não somente sobreviver no aspecto vital como pessoa, e esta cláusula deve ser atendida por meio de políticas públicas e demais ações estaduais e da sociedade civil.
Núcleo essencial dos direitos fundamentais que pode ser observado sob duas dimensões: Positiva e negativa. 
Positiva: prestação de serviços pelo estado que dizem respeito a um conjunto essencial mínimo de direitos prestacionais a serem implementados e concretizados que possibilitem aos indivíduos uma vida digna. 
Negativa: margem de proteção aos direitos fundamentais de cada um contra as ações do estado ou outros particulares – Minimo existencial opera como um limite e impede práticas (estatais ou particulares) que subtraiam do indivíduo as condições materiais indispensáveis para uma vida digna. 
Ingo Wolfgang : a garantia do mínimo existencial esta “fundada no princípio da dignidade humana, pois ela não estaria assegurada apenas pela proteção das liberdades individuais, mas precisaria também ser protegida por um mínimo de segurança social, já que sem os recursos materiais para uma existência digna, a propria dignidade humana ficaria sacrificada.”
Da Reserva do Possível – Alemanha, 1970 
Objeto limitador à Ação estatal na implementação de politicas públicas – limitador à efetivação dos direitos sociais prestacionais. 
“... o individuo só pode requerir do estado uma prestação que se dê nos limites do razoável, ou seja, a qual o peticionante atenda aos requisitos objetivos de sua fruição. 
No Brasil – Utilizada pela administração publica 
A reserva do possível consiste na impossibilidade de prestação dos serviços em razão da inexistência de orçamento disponível nos cofres públicos. Já a reserva jurídica diz respeito à indisponibilidade do Estado de dispor desses recursos, quando existentes – como, por exemplo, a indisponibilidade de uma previsão orçamentária que autoriza a efetuação da despesa. 
Assim, ao se tratar da reserva do possível, deve-se considerar: 
A efetiva existência de recursos para a efetivação de direitos fundamentais 
Disponibilidade jurídica de dispor desses recursos, em função da distribuição de receitas e competências federativas, orçamentárias, tributárias, admininstrativas; e a razoabilidade daquilo que esta sendo pedido. 
Mínimo existencial vs. Reserva do Possível 
Os cidadãos tem o direito de invocar a tutela do estado do Poder Público para que condições mínimas para uma vida digna sejam asseguradas, não sendo justificativa do abstencionismo estatal o princípio da reserva do possível. 
O Mínimo existencial se sujeita ao crivo da reserva legal. Na ausência de norma de Direito Positivo que garanta a efetivação dos direitos fundamentais, o mínimo existencial submete-se à atuação da Administração ou do Legislativo, ainda que não dependa da discricionariedade destes poderes. 
Dworkin: toda discução entre a reserva do possível ou do mínimo existencial – mascarar o problema da escolha política quanto à alocação de recursos orçamentários levada a cabo pelos três poderes. 
	
Princípio da Proibição do Retrocesso Social – EFFET CLIQUET
Uma vez concretizado o Direito, este não pode mais ser diminuído ou esvaziado. 
Preocupação em estabelecer que todas as fases para a efetivação dos direitos fundamentais sejam postos em prática: legislador deve promulgar leis que assegurem a aplicabilidade e existência fática dos direitos fundamentais de âmbito social – Cria-se a limitação de que as leis, responsáveis pela garantiade aplicabilidade, não sejam revogadas, sem que haja forma substitutiva. 
Possuem hierarquia superior a normas infraconstitucionais 
Direitos resguardadados pela Magna Charta (1215) que trata Clausulas pétreas – 
Thiago Lima Breus – a proibição do Retrocesso está intimamente ligada a alguns princípios da seguridade jurídica reconhecidos no ordenamento, Expressos no texto constitucional por meio de alguns institutos, como o Direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito. 
Restrições legislativas aos direitos fundamentais 
Limites materiais ao poder da reforma da Constituição 
Vedação de produção normativa que represente um retrocesso no que tange à concretização de direitos sociais,
Canotilho: A partir do momento que o Estado cumpre tarefas constitucionalmente impostas, para realizar um direito social, o respeito constitucional deste deixa de consistit numa obrigação positiva, para se transformar ou passar também a ser uma obrigação negativa. O estado que estava obrigado a atuar para dar satisfação ao direito social, passa a estar obrigado a abster-se de atentar contra a realização dada ao direito social. 
Proibição do retrocesso social exerce proteção aos direitos humanos, uma vez que justifica um limite à ação do intérprete do legislador, proibindo-o de realizar mudança que impliquem um retrocesso na área juridicamente protegida pelo direito fundamental em discussão. 
Horizontalização dos Direitos fundamentais: 
A eficácia vertical pode ser compreendida como a aplicabilidade dos direitos fundamentais nas relações estabelecidas entre o indivíduo e o estado. 
A eficácia Horizontal consiste na aplicabilidade dos direitos fundamentais nas relações privadas. 
Teoria da Função Pública (State action doctrine): Corte americana, 1940 (Warren)
O Estado é Dual: união – direitos públicos / estados membros legislavam sobre a vida privada.
Corte de Warren: barrar a insconstitucionalidade de ações particulares por violação direta dos direitos fundamentais. 
Crítica: falta de consistência de critérios para a aplicação – deixou de aplicar direitos fundamentais contra abusos praticados contra clientela, e que uma empresa privada de energia poderá cortar serviçoes sem observar o principio do devido processo legal. 
Valorizar os direitos fundamentais do violador em detrimento desses mesmos direitos daquele que sofreu agressão – preservar direitos do infrator negaria os da vítima. Erwin Chermensky 
Proteção de direitos sociais sempre para os mais fortes e deixam de lado as pretensões dos mais carentes. 
Teoria da convergência estatista: Jurgen Schwabe 
Vê todos os direitos fundamentais como direitos públicos subjetivos, mediante ao positivismo clássico. 
Qualquer ação de um particular que lese ou ameace o direito de outrem pode ser imputável ao estado – Relações particulares publicizadas. 
Não há responsabilidade imputável ao particular, ou esta sempre sera compartilhada com o Estado. 
Eficácia Indireta ou mediata – Gunter Durig- conciliação de direitos fundamentais e o direito provado sem que haja domínio daqueles sobre estes. Os direitos fundamentais devem ser aplicados de modo reflexo, tanto em uma dimensão proibitiva e voltada para o legislador (que não podem editar leis que violem os direitos fundamentais) como a dimensão positiva, voltada para que o legislador implemente os direitos fundamentais (ponderando quais deles devem ser aplicados nas relações privadas) 
Supremacia da ordem privada sobre a publica, de forma que se justifique essa forma atenuada de incidência dos direitos fundamentais. 
Daniel Sarmento (Crítica): teoria dos efeitos diretos – conciliação com o principio da autonomia privada através da regra da proporcionalidade. 
O legislador ordinário acaba ganhando verdadeira primazia sobre o legislador constituinte.
Teoria dos Deveres de Proteção - Claus Wilhelm Canaris: nao seria legitimo ao judiciário apreciar lesões aos direitos fundamentais entre particulares, exceto pela via de controle omissivo de inconstitucionalidade, sob pena grave de ameaça à democracia. 
Cabe ao legislador político não violar os direitos fundamentais, e impões-se obrigatoriedade de se respeitar s liberdade desse legislador na graduação de valores na esfera privada. 
Teoria da eficácia Direta, ou imediata: Hans Carl Nipperdey, Walter Leisner – entende que alguns direitos fundamentais podem ser aplicados às relações privadas sem que haja necessidade de “intermediação legislativa” para a sua concretização. 
Entidades privadas possuem poder oilitico, econômico e social, que afetam não somente a sociedade mas o Estado como um todo. Logo, não é razoável que a aplicabilidade dos direitos fundamentais fiquem adstrito às relações do individuo com o Estado, e por isso, ignorando o princípio da dignidade humana, a isonomia e o direito à diferença. 
Direitos fundamentais têm sido tratados como se valores fossem sob o título da proteção de bens e interesses jurídicos – aprofundamento da concepção de jurisdição de valores. 
Direitos fundamentais ajudam a compor a essência de um sistema jurídico que pretenda legitimamente estabilizar as expectativas sociais do comportamento.

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