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MICROBIOLOGIA – CITOLOGIA E GENÉTICA BACTERIANA Bactérias são microrganismos unicelulares procariontes com morfologia de acordo com sua parede celular. Comparando com uma célula eucariótica, as bactérias possuem parede celular; não possuem membrana nuclear e organelas. O cromossomo é único e celular, os ribossomos são dispersos no citoplasma e a divisão celular é binária. As bactérias possuem altas taxas de metabolismo e crescimento microbiano e a capacidade de replicar e transmitir informação genética para as moléculas hereditárias. Nós temos mais bactérias que células eucariontes, por causa da MICROBIOTA. A microbiota está presente na pele e mucosas, e pode se tornar patogênica, dependendo do sistema imune. NUCLEÓTIDO – “bloco de construção” básico para o DNA bacteriano, constituído de fosfato + açúcar + base (A=T e G≡C). Possui estrutura de dupla hélice enovelada. ESTRUTURAS ESSENCIAIS PAREDE CELULAR – estrutura que confere rigidez, proteção osmótica e mecânica e fixação de bacteriófagos. Composta por peptídeoglicanos n-acetilmurâmico e n-acetilglucosamina. A parede das bactérias GRAM POSITIVAS é constituída de 15-50% de peptídeoglicanos; proteínas e ácidos teioico e lipoteioico, e são de cor roxa. Já a das GRAM NEGATIVAS possui 5% de peptideoglicanos, proteínas e lipopolissacarídeos (o LPS tem em sua composição o lipídeo A, uma endotoxina que dá cor róseo-avermelhada para essas bactérias). Algumas bactérias não possuem parede celular. MEMBRANA CELULAR – bicamada fosfolipídica entremeada de proteínas transpeptidases. Tem a função de permeabilidade seletiva, produção de enzimas e reações para obtenção de energia. Comparada a membrana eucarótica, não possui esteróis. MESOSSOMAS – invaginação da membrana celular, com a mesma composição dela. Tem função de respiração celular e orientação da divisão. RIBOSSOMAS – Tem somente 2 unidades 70S, responsáveis pela síntese proteica. CROMOSSOMO – é o genoma da célula, formato circular disperso no citoplasma e responsável pelo armazenamento da informação genética. ESTRUTURAS ACESSÓRIAS CÁPSULA – envoltório externo a parede celular, com composição polissacarídica. Ela dificulta a fagocitose e é um antígeno. CAMADA LIMOSA – substâncias poliméricas ligadas a parede celular (glicocálix ou slime). Formam o BIOFILME, estrutura amorfa aderida a uma superfície. O biofilme contribui para a fácil colonização, comunicação entre células, reserva nutritiva e proteção. FLAGELO – estrutura longa que confere motilidade, composto por flagelina e participa da quimiotaxia e fototaxia. FIMBRIAS – filamentos menores que o flagelo e não móveis, compostos por pilina, com função de aderência específica e conjugação nas Gram -. ESPORO – Secreta toxinas produzidas numa pressão física ou química da bactéria, sendo importante para sua sobrevivência. Fica inserido no citoplasma e é resistente a temperatura, fármacos e substâncias químicas. GRÂNULOS DE RESERVA – reserva de nutrientes e energia. PLASMÍDIOS – fita de DNA extracromossomal que replica genes e plasmídios com resistência a antimicrobianos e toxinas. Toda bactéria precisa das estruturas essenciais para sobreviver (com exceção da parede celular), mas não precisa das estruturas acessórias. Anel FtsZ direciona a divisão celular. FORMAS BACILOS – células cilíndricas COCOS – células esféricas ESPIRILOS/ESPIROQUETAS – células espirais com rearranjo isolado. ARRANJOS Modo como as bactérias se acoplam. Diplobacilos – em 2 Estreptobacilos – fita com vários bacilos Cocobacilos – são menores e ficam soltos Diplococos – em 2 Tétrade – em 4 Sarcina – em 8, forma um cubo Estreptococos – “colar” Estafilococos – em cacho de uva O DNA bacteriano pode ser CROMOSSOMAL ou EXTRACROMOSSOMAL. O primeiro é essencial e está no citoplasma, enquanto o último está fora do cromossomo com forma circular e é acessório – a bactéria que possui este DNA é mais virulenta e resistente do que as que não o tem. O plasmídeo pode passar para outra célula e tem replicação independente, e são classificados de acordo com sua função: resistência, virulência, metabólico ou conjugativo (migrar de uma célula a outra). Os plasmídeos pequenos não são conjugativos e estão em múltiplas cópias e os plasmídeos grandes são conjugativos mas estão em uma ou duas cópias. A explicação para ser conjugativo é que alguns têm região TRA e outros não. É uma região de 32 genes que promovem a conjugação. TRANSPOSON – outro tipo de DNA extracromossomal; é um elemento móvel e deve estar inserido num material genético (cromossomo ou plasmídeo). Não se replica como o plasmídeo e precisa estar associado um deles – não são replicons mas estão inseridos em replicons. TRANSPOSASE – presente no transposon; enzima que corta o DNA alvo e insere o transposon. REPLICAÇÃO DO DNA É semi-conservativa. Existe uma forquilha de replicação e a DNA polimerase III fabrica a nova fita a partir desta forquilha, no sentido 5’-3’ (a fita molde deve ser 3’-5’). oriC – região onde inicia a forquilha de replicação. A leitura da fita 3’-5’ é contínua; a leitura da fita 5’-3’ é em pedaços, feita pelos FRAGMENTOS DE OKASAKI. A RNA primase produz primers e lê de forma lenta e descontínua. Esta é retardada em comparação à fita líder (contínua). Uma enzima retira os primers e a DNA ligase conecta os fragmentos de Okasaki. A DNA helicase desenrola a fita no início do processo para poder iniciar a replicação. RECOMBINAÇÃO GENÉTICA É a transferência de genes entre as bactérias. Causa a variabilidade genética e a mutação. A recombinação é um processo horizontal, enquanto a mutação é um processo vertical. CONJUGAÇÃO – feita entre células F+ (doadoras), Fr e F- (receptoras), é necessário contato entre as mesmas para que haja transferência de plasmídeos e transposons conjugativos. Ocorre geralmente em Gram -. TRANSFORMAÇÃO – Ocorre em Gram +, - e leveduras e não é necessário contato. É a captação do DNA solúvel no meio, por espécies compatíveis. TRANSDUÇÃO – Transferência de DNA cromossômico ou plasmidial por bacteriófagos, ocorre em Gram + e -.
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